quarta-feira, junho 30, 2010

South Africa 2010 - Amor, que hermoso eres...


DOIS DIAS SEM COPA DO MUNDO. DEUS DO CÉU, O QUE FAZER????!!!!

O PIOR CEGO


Recebi e repasso esse grilo para o travesseiro de vocês, leitores. HC

Judiciário quer reajuste de 56% e salário de quase R$ 9 mil para copeiro. Os tribunais superiores do país se propõem a pagar até R$ 8.479,71 a funcionários que têm apenas instrução fundamental e desempenham funções de apoio, como copeiros, contínuos ou operadores de copiadora. O salário inicial é de R$ 3.615,44.

Essa situação será criada pela aprovação de um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional. A proposta dá um reajuste médio de 56% aos funcionários do Judiciário. Com ele, profissionais de nível técnico poderão ganhar até R$ 18.577,88 e os de nível superior, R$ 33.072,55 – acima do teto do serviço público, que é de R$ 26.723,13.

O principal argumento dos funcionários do Judiciário para obter o reajuste é que seus salários estão defasados em relação aos dos colegas do Executivo e do Legislativo. Contudo, se os reajustes foram concedidos, os funcionários do nível técnico e auxiliar ganharão mais do que o equivalente no Executivo, o que é inconstitucional.

O projeto de lei foi enviado ao Congresso em dezembro passado, com a assinatura de todos os presidentes de tribunais superiores. Em maio, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, visitou o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).

O custo estimado dos reajustes no Judiciário, que variam de 52,88% a 81,85%, é de pelo menos R$ 6,4 bilhões e beneficia 100 mil pessoas. Em comparação, o aumento de 7,72% das aposentadorias acima de um salário mínimo, sancionado semana passada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, beneficia 8,4 milhões de pessoas e custará R$ 8,3 bilhões no total.

Pronto. Agora pegue sua bandeira e vá torcer pela seleção!

Pesquisas eleitorais

Peter Hof

em 17 de junho de 2010 Opinião - Política

Resultados nas eleições colombianas demonstram como pesquisas eleitorais podem errar, e muito.

Existem coincidências que merecem ser olhadas com cuidado. Até poucos dias antes da eleição presidencial colombiana os institutos de pesquisa davam como certo um empate técnico no primeiro turno. Abertas as urnas, o candidato do presidente Uribe, José Manuel Santos, teve 46,3% dos votos e Antanas Mockus, o darling da imprensa internacional e alegria dos seguidores do títere venezuelano, ficou com 21,7% dos votos.

Tive oportunidade de ler sobre a metodologia aplicada e em quase quarenta anos trabalhando em pesquisas jamais vi uma amostra tão mal desenhada. Some-se a isso uma pitadinha de má-fé da esquerdizóide e estava armado o imbróglio: a “voz das urnas” deu a sua resposta, bem diferente da dos pesquiseiros.

Aqui no Brasil já tivemos muitos casos semelhantes em passado recente, mas um chama a atenção em especial. Qual instituto de pesquisa ousou mostrar, as véspera do Referendo de 25/10/2005, que o Sim, com o respaldo de ONGs apoiadas financeiramente por organizações estrangeiras e o despudorado suporte das Organizações Globo e da dita “grande imprensa” iria ter 36% de apoio da população, enquanto o Não, enfrentando todas as dificuldades - que foram de informações mentirosas a um inquestionável bloqueio da imprensa, iria receber 64% de apoio da população? Vejam que no caso do Referendo a coisa era mais fácil de acertar do que quando se tem muitos candidatos, como no caso de uma eleição presidencial (no caso brasileiro, em especial). No Referendo havia apenas quatro opções: Não, Sim, Nulos e Em branco. Tanto é verdade que os brancos e nulos somaram apenas 3,1% dos votos, um percentual desprezível. Mesmo assim o máximo que li na imprensa, nos dias que antecederam o Referendo, foi que quem quer que fosse o vencedor o seria por uma diferença mínima. Não sei o que essa turma chama de mínima, mas certamente a diferença de vinte e oito pontos percentuais ou 25,8 milhões de votos não é, na minha humilde opinião, tão pouco assim...

As minhas escolhas eleitorais são simples: o candidato deve ser do mesmo matiz político em que me enquadro e defender as mesmas idéias que eu. Assim sendo não tenho nenhuma simpatia por nenhum dos candidatos, em especial pelo senhor Serra devido a sua posição durante o Referendo quando defendeu na “grande imprensa” o desarmamento do cidadão de bem. Da senhora Dilma, também conhecida como companheira Stella, quero maior distância ainda. Mas sou obrigado a reconhecer que as pesquisas que mostram uma ascensão meteórica da “companheira em armas” me causam espécie. Isto está me cheirando a uma nova Colômbia.

É preciso também lembrar que o eleitor é, em parte, responsável por este estado de coisas. Façam a experiência: perguntem a um número razoável de pessoas em quem eles votaram para vereador ou deputado na última eleição ou a que partido seu candidato é filiado. Eu tenho feito a experiência e o resultado é desalentador. Poucas pessoas lembram o nome do candidato em quem votou e menos ainda no partido de seu candidato.

Quem quiser saber mais sobre o assunto em questão leia o excelente artigo do sempre bom Denis Lerner Rosenfield intitulado Descompasso, que foi publicado no jornal O Globo de 7/6/2010. Um parêntesis: Rosenfield é professor de filosofia da Universidade Federal do Reio Grande do Sul e talvez a única voz discordante do “esquerdismo patético” que assola o corpo de jornalistas do jornal dos Marinho. Ele e a jornalista Cora Ronai foram os dois únicos jornalistas do Globo com a coragem para defender o Não no Referendo de outubro de 2005 em artigos arrasadores. Eu não sei como o Globo ainda não mandou os dois embora como fez com Olavo de Carvalho e Reinaldo Azevedo. Pode ser aquela estratégia do “Vejam bem, todos os matizes têm vez no nosso jornal”.

O artigo em questão analisa uma pesquisa do Datafolha de 30/05/2010, publicada na Folha de São Paulo. A pesquisa buscava trazer dados sobre o posicionamento ideológico do eleitor brasileiro.

Apenas para dar uma pequena idéia da confusão mental que assola o nosso eleitor, 54% dos entrevistados se declararam de centro até extrema direita, enquanto apenas 20% se consideram de centro-esquerda até extrema esquerda. Alguém pode me explicar se este é o perfil dos senadores, deputados, vereadores, prefeitos e governadores? Outra “preciosidade”: entre os que se declararam simpatizantes - acredito que sejam também os eleitores – do PT, 51% dos respondentes se declararam de centro até extrema direita. PT de extrema direita? O colunista aceita explicações...

Reproduzido do Midia@Mais
Peter Hof é escritor e empresário.

segunda-feira, junho 28, 2010

Cantando e vivendo. Os outros? Ah, faz favor...!

Cláudio Mattos

O meu canto hoje se exaltou
não parava...

Os vizinhos reclamaram, com razão
Afinal ouvir as mesmas três músicas é chato
e depois de treze horas fica insuportável

É, talvez tenha exagerado um pouco
mas poxa, é férias. Bem, pelo menos por um tempo

Pro mundo não, ele continua a girar e a ter seus problemas
mas eu, pobre eu, posso ter um momento de liberdade e cantar?
Será que me concederam isso...?!

Desci, fui às ruas com o intuito de acordar
não só a mim mas aqueles que dormiam ainda andando
ainda vivos e andando

em feriados ficamos mais abestalhados...

Voltei pro meu canto
depois de tanto "cala a boca" resolvi escancarar a janela e gritar:
"e a quem nunca amou, a este ou esta não dedico essa música..."
e voltei ao meu posto de, na minha ingenuidade cantar para os outros
que acabaram por se mudar de suas casas

triste pra eles
eu canto tão bem

domingo, junho 27, 2010

O brasileiro Rui Barbosa


Ipojuca Pontes

Certa feita, um obscuro comentarista de jornal escreveu que a biografia era um gênero literário de geografia definida, limitado ao norte pela história, ao sul pela ficção, ao leste pelo obituário e a oeste pelo tédio. Desde logo a frase, bem construída, pega pelo balizamento estrutural do gênero, mas peca pelo princípio da generalização: nem sempre a biografia, enquanto gênero literário, aborrece, em particular quando é traçada por um escritor de estilo claro e íntegro, que compreenda o tempo, o sentido da vida e a obra do seu personagem.

(A propósito - cumpre lembrar - ficou célebre nos anais da história literária o caso da biografia do lexicólogo inglês Samuel Johnson: o seu biógrafo e confidente, James Boswell, tornou-se mais festejado do que o próprio biografado - autor, por sinal, da frase lapidar: “O nacionalismo é o último refúgio dos canalhas”).

Este é justamente o caso do escritor Murilo Melo Filho, em seu livro “O brasileiro Rui Barbosa” (União Editora, João Pessoa, 2010), lançamento não apenas oportuno e essencial, mas de leitura cativante.

Oportuno, em primeiro lugar, porque ao ser lançado em momento tão singularmente acanalhado da vida pública brasileira, recoloca na ordem do dia a pouco lembrada figura de Rui Barbosa, um dos nossos raros homens públicos que soube manter ao longo da vida (de 73 anos) a necessária decência; essencial, porque em exatas 255 páginas a obra nos concede, em substância, os elementos indispensáveis para se avaliar com objetividade a presença marcante de Rui Barbosa no cenário nacional – cenário em que se fez legenda não só como jornalista, político e jurista, mas como escritor, filólogo, educador, diplomata (sem jamais ter passado pelo Itamaraty) e orador; e cativante, por sua vez, porque o autor conduz o leitor - em meio ao levantamento de uma vida plena de peripécias e dramaticidade – ao deleite de pura fruição estética, algo só perceptível na genuína obra literária.

Na sua bem-sucedida empreitada, Murilo Melo Filho soube realçar os muitos atributos que definiram (e definem, ainda hoje) o brasileiro Rui Barbosa, especialmente no que ele tinha (vá lá o chavão) de inteligente, culto, corajoso, fluente e tenaz. No capítulo tenacidade, como realçam alguns biógrafos, Rui Barbosa tinha por hábito trabalhar até 15 horas por dia, uma coisa espantosa, sobretudo para quem, como ele, convivia com freqüentes problemas de saúde, não passava de 1,58m de altura, pesando em média 49 quilos.

De ordinário, para se reconstituir a vida de personagem de grande estatura histórica se faz necessário algo mais do que a simples tarefa de coligir fatos, intercalados de datas – uma constante no trabalho de certos biógrafos, nacionais ou estrangeiros, em geral incapazes de refletir sobre o passado.

Neste terreno intrincado, como é sabido, antes de cumprir as tarefas básicas do ofício (ler cartas, livros, estudar documentos, consultar arquivos, entrevistar pessoas, etc.), há que se admirar, nos seus prós e contras, para o bem ou para o mal, a figura do personagem a ser retratado.

Nesta perspectiva, ao considerar Rui Barbosa o protagonista principal da nossa história dita culta e civilizada, no Império e na República, Murilo Melo Filho vai fundo na sua admiração, assumindo a postura de biógrafo consciente e criterioso.

De início, o livro de MMF se impõe como trabalho abrangente. O autor, sem fugir à complexidade do desafio, se empenha em revelar as múltiplas facetas do brasileiro Rui Barbosa, tais como, por exemplo, as do abolicionista, salientando sua extraordinária capacidade de luta para nos livrar, sem o rancor ideológico das cotas raciais em voga, da chaga da escravidão tardia. Neste embate, travado por Rui no parlamento e nas redações de jornais, seu empenho foi tanto que o próprio Machado de Assis diagnosticou: “Ninguém o excedeu, em brilho e em denodo, na libertação dos escravos”.

Não menos importante, por outro lado, foi a sua participação na construção da República (hoje muito exaltada, mas cada vez mais vilipendiada). De fato, embora respeitado por D. Pedro II, um monarca moderador, Rui era um federalista convicto e logo aderiu à conspiração, transformando-se no arauto da idéia republicana.

Quando o Império é derrubado e a República é proclamada sob os olhares do povo “perplexo e bestificado”, em 15 de novembro de 1889, Rui redige o Decreto provisório que estabeleceu a República Federativa Brasileira, separando a Igreja do Estado – quem sabe, uma das prováveis causas do vácuo moral que se abate sobre o País.

Posteriormente, sozinho, redigiu a Constituição de 1891, fortemente inspirada na constituição dos Estados Unidos, descentralizadora dos poderes, dando larga autonomia, hoje sonegada, aos municípios e às províncias, transformadas em “estados”. Feito Vice-Chefe do Governo Provisório de Deodoro da Fonseca, Rui Barbosa lançou um manifesto cujo lema era o seguinte: “Com a lei, pela lei e dentro da lei, por que fora da lei não há salvação. Ouso dizer que este é o programa da República”.

Estudiosos desta fase da vida nacional acreditam que Rui, nomeado ministro da Fazenda, abriu séria fenda na sua biografia. De fato, ao impor, na “macroeconomia” cabocla, a conversibilidade do padrão-ouro, o baiano, tal como o venturoso JK, passou a emitir papel moeda aos borbotões, dando margem à política do “encilhamento”, propulsora do jogo especulativo da bolsa, que fez fortunas da noite para o dia e levou o país à inflação galopante, à “carestia” e à quebradeira geral. Como resultado, veio a crise política e a previsível renúncia do ministério.

Rui só ergueu a cabeça (que lhe era desproporcional ao tamanho do corpo) seis anos depois, em 1907, por ocasião da Conferência de Paz, em Haia, onde representou o Brasil na qualidade de Embaixador Plenipotenciário.

Na Conferencia - considerada a maior assembléia diplomática internacional até então realizada, com a participação de 44 paises do chamado mundo civilizado – a atuação de Rui colocou o Brasil (então, uma floresta gigantesca com 25 milhões de habitantes) nas páginas da história universal.

De início, causou surpresa ver aquela figura mirrada, quase anã, analisar projetos e apresentar emendas e substitutivos no mais irrepreensível francês. Criou ressentimentos, é claro. Numa dessas reuniões, Rui invocou-se ao sentir que um seu discurso, considerado político pelo presidente da Mesa (o embaixador russo De Martens), não seria transcrito nos Anais.

Foi o suficiente para que o orador, até então visto com descaso, subisse à tribuna e, de improviso, fizesse o mais lúcido discurso por acaso já proferido numa conferência internacional sobre as distinções entre a baixa e a alta política, sendo esta, no seu entender, a atmosfera em que podem respirar os povos civilizados – razão pela qual, afirmava, não poderia ser ela excluída de uma assembléia de homens livres. E num arremate marcante, concluiu que a alta política tornava inatacável o princípio da justiça, sem o qual não poderia prevalecer a soberania do direito e a almejada igualdade jurídica entre os povos. O mundo, ali representado, desabou.

Mas o seu grande tento não ficou restrito à palavra. No final da Conferência, no momento da criação da Corte Permanente de Justiça composta por cinco integrantes - Rússia, França, Inglaterra, Áustria e Estados Unidos -, denunciou a manobra, repudiando a formação do quinquovirato. Com o gesto, obrigou as grandes potências incluírem na Comissão Permanente de Justiça de Haia
(que julgou, recentemente, o sérvio Slobodan Milosevic), não apenas a representação das cinco nações, mas de todas as nações presentes. Como registrou o delegado belga Lapradelle, “Aquela figura frágil agigantou-se em tamanho e grandeza. Através do Dr. Barbosa, o Brasil alçava-se a uma posição culminante. Ele poderia aliar-se aos maiores, mas preferiu teimar em defesa dos pequenos”.

Durante quase meio século a Águia de Haia impôs-se como fenômeno político único e duradouro: deputado provincial, inúmeras vezes senador da República e duas vezes candidato (derrotado) à presidente da Nação (numa delas, na campanha Civilista, contra o folclórico Marechal Hermes da Fonseca), ele assumiu, com legitimidade, o papel da melhor consciência nacional, sempre se insurgindo, com voz firme e oratória incisiva, contra os políticos boçais e desonestos, as maquinações de governos malandros, as imposturas dos movimentos supostamente democráticos e, sobretudo, a alarmante e contagiosa burrice nacional.

Escritor exigente, autor de clássicos da língua portuguesa (da qual foi intransigente defensor), presidente da Academia Brasileira de Letras a despeito de sua vontade, Rui Barbosa foi o relator responsável pelo mais completo projeto de Reforma de Ensino Primário, Secundário e Superior até hoje encaminhado ao poder público – reforma que partia da observação singular de que “os maus alunos serão maus professores, que, por sua vez, serão péssimos líderes”. Na verdade, como o seu objetivo era “ensinar a pensar, a compreender as instituições e a construir a nacionalidade”, seu projeto, em essência, continua intocado.

De minha parte, penso que a ação múltipla de Rui Barbosa desmonta o velho trololó marxista de que a história se move por meio da luta de classes e não pela vontade de homens (e mulheres) capazes e decididos. Com efeito, Rui Barbosa, que exaltava o papel do indivíduo, aprofundou os alicerces da nação brasileira, debatendo os seus principais problemas e enfrentando com inteireza suas questões morais, políticas e sociais. Dotado de saber, caráter, energia, constância e sensibilidade, o Dr. Barbosa era um ser muito acima dos seus pares.

Quero crer que se os integrantes mais conscientes das novas gerações soubessem, por exemplo, que Rui Barbosa, no final da vida, doente e necessitado, recusou, por questão de consciência, projeto do Senado Federal que lhe assegurava prêmio de 5 mil contos; e que, para não deixar o Brasil cair de quatro, recusou o privilegiado cargo de Juiz Permanente na Corte Internacional de Haia; e que, exilado em Londres, em vez sacar dinheiro dos cofres partidários ou assaltar bancos, resolveu lecionar em terra estranha, colocando numa placa de rua o anúncio “Ensina-se inglês”; e que, mesmo atacando em prólogo a infalibilidade do Papa, acreditava em Deus e não deixava de ir para a cama sem rezar de joelhos; e que, no final da vida, na alvorada da morte, escreveu peça oratória da dimensão de “Oração aos Moços”, um testamento cívico e moral sem precedentes na vida do povos - bem, repito, se os integrantes das novas gerações soubessem disso, na certa arrancariam os próprios olhos, como fez o malsinado Édipo, em Tebas, diante do horror da realidade trágica que o cercava.

Em suma, “O brasileiro Rui Barbosa” é um livro fascinante, que nos livra da praga das interpretações “desconstrutivistas” dos professores universitários. Devemos agradecer, penhorados, ao jornalista e escritor Murilo Melo Filho ter sabido criar e oferecer uma obra tão inesperada quanto valiosa.

Brasil x Portugal

Existe coisa mais morrinha do que essa Copa do Mundo? A Canarinha, então, virou desfile de modelos de verão, ciente das suas responsabilidades, coeso tal qual o Dunga impôs, na verdade um bando de alegres normalistas usando sapato de salto alto pela primeira vez. Brasil x Portugal, uma frouxidão só. Violência? Pura encenação. Em casa, meus filhos coitados, a gritar, pular e enxugar latinhas de cerveja para ver aquele joguinho de merda. Portugal até que jogou alguma coisa, mas logo se rendeu ao prazer de disputar um pífio jogo de comadres. Não tenho ânimo para fazer mais nada hoje a não ser reproduzir o que as Folhas publicaram. Acho que vou pro céu! HC

Notícias colhidas na Coluna de Claudio Humberto em 26-06-2010

Bonito na ONU

Lula relutou em liberar dinheiro para vitimas da tragédia em Alagoas e Pernambuco, mas doou US$ 900 mil a refugiados internos do Sri-Lanka.

Efeito retardado
A candidata Dilma mudou “o cara”: Lula desiste de uma exibição internacional o G-20, no Canadá – para “acompanhar” a enchente no Nordeste. Conversa mole. Ele apenas sobrevoou áreas atingidas.
Gol contra
Sobra dinheiro, mas o governo poderia ter poupado uns trocados para os brasileiros alagados no Nordeste, cancelando as piruetas da Esquadrilha da Fumaça, no Rio, ontem, após o 0x0 com Portugal.

Argentina oferece ajuda a AL e PE

Presidente da Argentina, Cristina Kirchner

O governo da Argentina ofereceu ajuda humanitária ao Brasil após as chuvas que devastaram regiões de Alagoas e Pernambuco. Através de um comunicado oficial, o país de Cristina Kirchner informou que colocou “à disposição das autoridades brasileiras a ajuda imediata aos prejudicados pelas enchentes”. De acordo com o comunicado, a Argentina ofereceu ainda um hospital de campanha de rápida implantação para apoiar o trabalho do sistema de saúde local. As chuvas na região Nordeste já provocaram pelo menos 50 mortes evacuando mais de 100 mil pessoas.

sexta-feira, junho 25, 2010

“Cala a boca, Galvão”


José Virgolino de Alencar


A torcida brasileira e o grito na garganta

Pronto para ecoar com força e emoção,

Como se fosse um brado de protesto,

Nos decibéis volumosos da vuvuzelização,

Mandando o recado e pedindo semancol,

Dispara da arquibancada: “Cala a boca, Galvão”.



Galvão Bueno, em tom de oficiosa patriotada,

Enche o saco com sua babosante narração,

Comentando lances que a torcida não vê

E que nem aparecem na tela da televisão,

Por isso não dá para segurar o grito

Que pede, implorando: “Cala a boca, Galvão”.



A bola vem correndo para área do Brasil,

Rolando no gramado e a gente suando a mão,

Enquanto Galvão ufanamente esbraveja

Que o time está jogando o que ele chama de bolão,

E aí vem a vontade incontrolável de berrar,

Pelo amor de nosso Deus: “Cala a boca, Galvão”.



O Brasil jogou até agora somente duas vezes,

Mas para Galvão o time já é grande campeão,

Fato que toda a torcida deseja, e confia,

Mas não apóia essa ridícula premonição,

Pedindo ao narrador que modere a puxada

De saco, recomendando: “Cala a boca, Galvão”

quarta-feira, junho 23, 2010

Curpa dos Crente!


Um bêbado chega ao bar e pede uma bebida.
Do seu lado uma senhora distinta querendo chamar a atenção do bêbado diz:

- O senhor sabia que o Brasil é o segundo país do mundo em consumo de álcool?

O bêbado responde:

- É curpa desses crente!

- Como culpa dos crentes? Os coitados nem sequer bebem álcool!

- Pois é, se eles bebesse um poquin, nóis já tava em premero!

Sobre Futebol

Recebi do amigo Osnaldo Araujo e repasso para vocês. Não se preocupem com o audio. As imagens dizem tudo. Há um velho provérbio inglês que diz:

"Rugby é um jogo de canalhas jogado por cavalheiros.
Futebol é um jogo de cavalheiros jogado por canalhas."


Na segunda-feira assisti atônito os comentaristas do SporTV explicar que a mão de L. Fabiano é diferente da mão de Thierry Henry. No jogo de ontem, entre Argentina e Grécia. Após uma paralização por contusão, um jogador argentino devolveu a bola para a lateral, bem póximo do gol adverário. O jogador grego ficou indignado explicando que aquilo não era fair play; que Fair play seria devolver a bola para o goleiro. Esta é uma prática comum entre os jogadores brasileiros que conseguiram uma maneira de tirar vantagem até do fair play. Ainda temos um longo caminho a percorrer na direção da civilidade.

Pena que está contaminando as mulheres também: Clicar no video abaixo:








PARA QUE SERVE O POVO BRASILEIRO?

Carlos Mello

Andei vendo alguns jogos da Copa, somente para constatar o já sabido: nossa seleção é uma coleção de vaidosos e enfatuados, que considera um enorme sacrifício chutar a Jabulani. A torcida continua submissa, agitando bandeiras, sujando as ruas com decorações patrioteiras. De quatro em quatro anos a gente se lembra que é brasileiro e estufa o peito com o nome da pátria. Depois tudo volta à canalhice geral dos políticos e à pasmaceira da sociedade. E ainda registro essa coisa curiosa, mais uma prova de nossa curvatura vertebral congênita: os locutores que transmitem os jogos – seja o bobalhão do Luciano do Valle, seja o chato do Galvão Bueno, ou qualquer outro – não escondem a simpatia pelos times do primeiro mundo. Vibram quando o ataque é do Japão, ou dos Estados Unidos, ou de uma seleção europeia. E ficam nervosos se o ataque parte de um time sul-americano ou africano. Puxa-sacos!

Agora, volto aos meus dois ou três leitores com a pergunta chinfrim que está no título. Deveria perguntar antes se o povo brasileiro existe mesmo. Porque para a nossa “elite”, ele não passa de uma ficção, e uma ficção incômoda, suja e pedincheira. Quando morava no Rio, o cronista social do JB era o Zózimo, homem de confiança e porta-voz dessa tal elite. Sua coluna trazia sempre reclamações das feiras-livres – que atravancam as ruas e impedem os carros da burguesia de circular livremente – dos garotos que vendem balas, biscoitos e água-mineral nos sinais luminosos – um feio espetáculo para os olhos delicados dos donos da cidade – e dos flanelinhas – que pedem dinheiro para “tomar conta” dos carros, enquanto os bacanas vão ao teatro e às casas de show.

Mas a verdade é que esse povão, assim banguelo, faminto e malvestido existe. E não só existe, como tem várias utilidades. Vejamos algumas: 1) figurar como massa de manobra em passeatas e shows evangélicos, realizados de preferência próximo às eleições, como demonstração de força de certas denominações – que valorizam assim seu apoio político; 2) participar de programas de auditório, como o do Ratinho, em que pessoas humildes, algumas com visíveis problemas mentais, têm seu problemas pessoais expostos ao público e ao ridículo 3) engrossar os desfiles das escolas de samba, tendo, é claro, pago antes pelas “fantasias”; 4) encher os estádios, comprando com sacrifício o ingresso para torcer por seu time, e valorizar a equipe, para que depois os cartolas possam negociar os jogadores a preços milionários.

Felizmente não temos guerras. Porque se tivéssemos, seria esse mesmo povão que iria servir de “carne de canhão” – como aconteceu há não muito tempo com os pobres da Argentina na Guerra das Malvinas. As poucas fotos do “exército brasileiro” na guerra do Paraguai – ou seja, das linhas de frente, dos soldados que iam para matar ou morrer – mostram isso, gente pobre, negros em sua maioria, mal alimentados e mal armados. Mas mesmo nesses tempos de paz aparente, o que vemos nessa guerra civil não declarada, é isso mesmo: os pobres escolhem um dos lados, a polícia ou a bandidagem. E morrem às centenas, de um e de outro lado, enquanto a alta burguesia se diverte ou ressona. A conta disso tudo, como sempre acaba sendo paga por essa espécie em extinção – a classe média (ou “mérdia”?), que fica de salaminho, nesse violento sanduíche. Tinha razão o velho Gondin da Fonseca, quando afirmava:

“Só a miséria é nossa!

Do Alto do Pódio da Paz ao Baixo Calão na Guerra

Dunga abre luta contra pronomes e críticos de métodos que adota para treinar seleção nacional

José Nêumanne Pinto

É difícil encontrar expressão mais calhorda que a tal da “pátria em chuteiras”. Mesmo nas primícias do profissionalismo do futebol (até os últimos anos do reinado de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, nos anos 1970), os Campeonatos Mundiais nunca refletiram mais que habilidades específicas para uma prática esportiva em cujo resultado a sorte tem influência similar ou até superior ao desempenho. E este em nada depende da qualidade média de vida dos países cujos selecionados vencem amiúde.

No século 18, o escritor Samuel Johnson escreveu que “o patriotismo é o último refúgio de um canalha”. Na aparência, a afirmação refletia o despojamento de um povo que nunca se levou a sério, apesar de seu país, ou seja, a “pérfida Albion” (denominação da Inglaterra quando era colônia romana), ter conquistado o mundo e a glória na guerra e na literatura. Mas uma leitura fria dos fatos mostra que – em guerra, gestão pública, política e diplomacia – há mais cinismo na exploração cínica do amor do homem comum por sua terra que na crítica do amigo do historiador da decadência do Império Romano, Edward Gibbon. No esporte em geral e, em particular, no futebol, que, em seus moldes atuais, começou a ser jogado pelos ingleses um século depois de Johnson ter cunhado suas frases, ela é até mais válida que nas outras atividades humanas acima citadas.

Não passa de hipocrisia a adoção da lição do barão de Coubertin tentando dar às competições esportivas um falso condão de nobreza, que não condiz com a acirrada disputa em arenas, campos e tatames. O triunfo do velocista negro americano Jesse Owens, presenciado pelo ditador nazista Adolf Hitler na Olimpíada de Berlim em 1936, mesmo tendo negado na prática a teoria absurda da superioridade da raça ariana sobre as outras, em nada aliviou as agruras dos descendentes de escravos nos Estados Unidos. As disputas pela liderança nos quadros de medalhas dos Jogos Olímpicos na segunda metade do século 20 não refletiram a igualdade de condições entre o imperialismo ianque, de um lado, e o império soviético, do outro. O ouro distribuído nos pódios a ginastas e atletas russos ou das Repúblicas ocupadas pelos comunistas não bastou para impedir a derrocada do regime de Lenin, Stalin e seguidores. As vitórias de pugilistas, atletas e atacantes de ponta de rede de vôlei de Cuba não refletiam as condições de vida da população da ilha caribenha sob a tirania dos irmãos Castro.

No mundo contemporâneo, modalidades olímpicas são mais um comércio que mobiliza fortunas do que nobres manifestações de saúde do corpo e da mente. No caso do futebol, a exploração da paixão popular por negociantes inescrupulosos é ainda mais gritante. Numa competição cujo apreço pela ética negocial pode ser medido pela proibição de acesso ao estádio de torcedoras holandesas porque a organizadora da Copa, a Fifa, suspeitou que faziam propaganda de uma empresa que não participou de seu rateio milionário de marketing, cobrar da excessiva cobertura dos meios de comunicação cumplicidade patriótica é de uma desfaçatez de assustar o próprio Johnson.

Mas já que o jogo é esse, meus amigos, vamos jogá-lo dentro da regra que nos foi imposta pelos donos do espetáculo, a Fifa e sua afiliada brasileira, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Tendo a Pátria vestido uma camiseta amarela para sair por aí, é de todo conveniente exigir de quem cobra patriotismo dos críticos um mínimo de compostura. O futebol, hoje menos uma atividade profissional que uma fonte de renda ainda mais fabulosa que os gols marcados pelo artilheiro da seleção Luis Fabiano, paga fortunas mirabolantes aos astros do espetáculo exibido a um público de bilhões de pagantes. Chegou, então, o momento de lembrar que privilégios pressupõem obrigações. Por exemplo: na Pátria que eles imaginam representar se fala uma língua, no caso do Brasil, a portuguesa, enobrecida pelo estro fundador do poeta e soldado caolho luso Luís de Camões e por cultores como o amanuense mulato epiléptico carioca Joaquim Maria Machado de Assis. Vencer o jogo, como fez a equipe brasileira domingo em Johannesburgo, principal sede da Copa africana, anima a torcida brasileira. Mas honrar a Pátria é mais que isso: é, por exemplo, não esmurrar o vernáculo como se este fosse um inimigo figadal.

Com o salário que recebe da “pátria em chuteiras” e tendo a obrigação de falar em público pelo menos duas vezes por semana, o gaúcho de Ijuí Carlos Caetano Bledorn Verri devia ter recebido de seus empregadores a missão de não agredir os pronomes oblíquos, substituindo-os por retos em suas frases anômalas. Da mesma forma, além de selecionar seus pupilos e dirigi-los nos treinos, o treinador deveria ter aprendido na infância o hábito de não insultar adversários e críticos com palavras de calão rasteiro, incompatível com seu sucesso profissional.

Ao disputar uma luta livre particular contra a língua e profissionais encarregados de transmitir e avaliar o desempenho de sua seleção, o técnico brasileiro tem um comportamento à altura do anão da Branca de Neve do qual seu tio Cláudio tirou o apelido que passou a usar como nome de guerra. E não do capitão que do alto do pódio da paz nos EUA ergueu a Copa Fifa, hoje disputada na África, e reafirmou a superioridade técnica do jogador de futebol brasileiro nos gramados. Ao deixar de puni-lo, a Fifa tornou-se cúmplice dele. Esse caso execrável deveria ter alertado os maiorais do futebol para a necessidade de adotarem um código de conduta em respeito aos bilhões de torcedores que enchem sua bolsa de ouro e sua alma de glória. A truculência impune de Dunga, como a brusca retirada do eslovaco Vladimir Weiss da entrevista coletiva e a recusa do francês Raymond Domenech de cumprimentar o colega Carlos Alberto Parreira após derrotas, expõe quão hipócrita é o tal “fairplay” alardeado pela Fifa.

A matéria da obra de Bete Gouveia

Plínio Palhano

Bete Gouveia elabora com grande sensibilidade a sua obra, onde a luz, a sombra e as coisas banhadas por esses contrastes da vida estão em movimento permanente. Vive esse veio à medida que enriquece as percepções dos sentidos para trabalhar a matéria da arte. É a sua luta tornar a pintura algo tão consistente que transpareça tal qual a delicadeza de uma pele, viva, luminosa, ao lado de uma sombria força latente que dá o sentido da existência de todas as coisas. Quer reviver, no espírito, o que Da Vinci, em defesa de sua arte, no Renascimento, conseguiu pensar: que a pintura “é coisa mental”. Porque a imaginação aliada à inteligência oferece a alavanca de possibilidades para concretizar a concepção do artista sobre o mundo, do pintor sobre a matéria. E Bete reafirma, na pintura, a linguagem absoluta e silenciosa da mais pura transfiguração da realidade.

Desde os primeiros trabalhos da sua história, há uma coerência no processo da aproximação do olhar sobre o objeto da criação, particularizando-o, tornando-o abstratizante, com a verve que lhe é própria. Na primeira série de pinturas — Bananeiras (1983), pode-se dizer que estavam, em seu conteúdo, todos os trabalhos posteriores. A cor, a luz, a sombra, as formas, os espaços são percebidos, inicialmente, como uma captação da natureza que se desenvolve nos trabalhos da série, permitindo outras invenções na aparente imprevisibilidade, e, aos poucos, concretiza a concepção plástica plena, consolidada no encontro do caminho que lhe dará a confiança necessária para prosseguir.

Uma das marcas de Bete Gouveia é a minúcia com que trata a superfície da pintura em preciosos pontos que demonstram um exercício meditativo nas pinceladas sofisticadas, numa espiral interminável e ascendente, chegando mesmo a repintar uma obra até quase cem vezes para conseguir resultados ante os problemas pictóricos. É o silêncio que tanto cultiva no ateliê que lhe proporciona o diálogo com essa complexidade da matéria. Talvez por isso a sua tendência notívaga, porque é sob essa luz lunar que desenvolve os pensamentos plásticos. É uma artista de movimentos meticulosos e sólidos e sabe o que está realizando para o seu tempo, junto às atividades, como docente, na UFPE, comunicando os conhecimentos do patrimônio cultural de todas as épocas, sendo esta também uma das artes que domina. Acima de tudo, sua obra se constrói com uma vontade à maneira de Cézanne, na lembrança do artista em retornar à montanha de Sainte Victoire para repintá-la à exaustão.

As séries que se sucederam demonstram uma maturidade notável em todos os níveis no corpus do seu pensamento criador, quando o refinamento aflora naturalmente e a artista está tão consciente do processo do trabalho que a impulsiona a dizer mais e a não se contentar com as facilidades da publicidade. Caminha sempre para o olhar interno, com profundidade, à medida que inventa, encontrando no exercício diário da pintura a espontânea garimpagem. Há uma linha condutora em todas as séries: Varais (1985), Geometria do não (1991), Palimpsestos (1993), Nichos (1998), Oceanos portáteis (1999), Paisagens (2003), Ausências substantivas (2006) e, a mais recente, Clarescuro, com outros trabalhos avulsos, em guache. É perceptível o tratamento, em todas elas, que dá na fatura, nas delicadas nuances das cores, na composição e na matéria, onde há apenas algumas variações no emprego de colagens em madeira, metais, tecidos e pastas que intensificam a superfície do suporte.

É nas diferenciadas paisagens marinhas (nas séries Paisagens e Ausências substantivas), envolvidas em uma luminosidade amena, monocromática, mas com potência latente, que dá o tom orquestral da sua maneira de representar o oceano interno. Como se falasse das moradas da alma da artista: as ondas que a envolvem, a luz de um sol imaginário e de uma solidão profunda do olhar para dentro. Assim, transporta essa visão do oceano para as coisas ao redor (na série Clarescuro), os ambientes, a luz fechada e particularizada em uma sala que ilumina os objetos. A mesma concepção em que não há presença direta humana, mas se imagina, na cena, o olhar de um espectador observando do interior do quadro, o mesmo que contempla o oceano mental.

Plínio Palhano - Artista Plástico
ppalhano@hotlink.com.br

terça-feira, junho 22, 2010

MINISTÉRIOS:

Breno Grisi

OS QUATRO GIGANTES DO CRESCIMENTO ECONÔMICO VERSUS OS QUATRO ANÕES DO DESENVOVOLVIMENTO HUMANO

Já é do conhecimento de muitos brasileiros cientes e conscientes de nossos entraves sócio-econômicos, que sucessivos governos sempre priorizam os quatro seguintes grandes e poderosos Ministérios: Fazenda, Planejamento, Energia e Transporte. Observação similar foi destacada por C. Cavalcanti na notável publicação sob sua coordenação “Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Políticas Públicas. (2004) 4ª. Ed., São Paulo e Recife, Edit. Cortez e Fundação Joaquim Nabuco, 436p.” Estes Ministérios, “consumidores de gordas fatias do bolo” financeiro nacional conduzem os destinos dos recursos disponíveis e consequentemente, ditam as regras do presente e traçam os destinos do nosso país. Ninguém, em sã consciência, seria capaz de negar a importância desses Ministérios, imprescindíveis ao desenvolvimento, melhor dizendo, ao crescimento, para ser coerente com as intenções das ações exercidas por esses gigantes. Nesta linha de intenções em se alcançar o objetivo maior, crescimento sempre mais crescimento!... seus adeptos poderiam dizer que “os quatro gigantes são necessários porque carregam os quatro anões”. Pura falácia!!!

Os quatro Ministérios nanicos em seus papéis nas decisões políticas, quais sejam Educação, Meio Ambiente, Agropecuária e Saúde, mas que alicerçam o desenvolvimento sócio-econômico do nosso país, se não ocuparem seus espaços nas decisões nacionais, minarão os recursos orçamentários, por mais vultosos que sejam, rendendo pouquíssimo em termos de desenvolvimento humano. A lógica ligando estes Ministérios ao desenvolvimento é simples: “povo detentor de conhecimento técnico-científico e com sólida formação educacional vai saber explorar os recursos naturais do país de maneira duradoura, utilizando-os, manejando-os e manufaturando e usando seus produtos sabiamente, alcançando boa qualidade de vida, como um todo”. Resultado maior, bem provável: alto índice de desenvolvimento humano. Assim bem o disse C. Cavalcanti na obra acima citada: “... a ciência econômica convencional não considera a base ecológica do sistema econômico dentro de seu arcabouço analítico, levando assim à crença no crescimento ilimitado. A ideia de sustentabilidade, por sua vez, implica uma limitação definida nas possibilidades de crescimento. É sobre esse fundamento que é indispensável agregar preocupações ecológicas (ou ecossociais) às políticas públicas no Brasil”.

Observando-se o orçamento da União de 2010 (DOU de 27/janeiro/2010) chego à conclusão de que, apesar dos gigantes terem elevadas dotações financeiras, não são unicamente os números que parecem ser cruciais, mas sim as decisões políticas tomadas no âmbito dos Ministérios. Assim vejamos:

Ministério de Minas e Energia: R$87,4 bilhões
Ministério da Saúde: R$66,7 bilhões
Ministério da Educação: R$50,9 bilhões
Ministério da Fazenda: R$19,1 bilhões
Ministério dos Transportes: R$17,6 bilhões
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: R$8,9 bilhões
Ministério da Ciência e Tecnologia: R$5,6 bilhões

Algumas observações importantes: 1) Os orçamentos se reduzem substancialmente nos Ministérios da Agropecuária e da Ciência e Tecnologia. 2) Se há vultosos orçamentos nos Ministérios da Saúde e da Educação e os resultados deles obtidos são lastimáveis, há certamente erros cruciais nas suas ações. 3) É digno de nota que o Congresso Nacional custa aos cofres públicos R$6,8 bilhões (Câmara dos Deputados: R$3,8 e Senado: R$3,0 bilhões). Valor este superior ao destinado à Ciência e Tecnologia. 4) É também de importância vital ficar sabendo que no nosso país estima-se que a corrupção “surrupia” R$41,5 bilhões, atualmente, dos cobres públicos.

Constatações do Dia

Tragédia, que tragédia?

Quando do terremoto no Chile, Lula se mandou pra lá e desembarcou em Santiago, levando dinheiro, hospitais de campanha y otras cositas mas.

Há dias as chuvas castigam cidades e matam pessoas, em Alagoas e Pernambuco, e noço guia acha melhor ficar em Brasília se divertindo e tomando cana no “arraiá” do Torto.

Sonrisal nele!

No mínimo curiosa a nota oficial de Lula sobre a morte de José Saramago, que “valorizou a língua portuguesa”. Como é que ele sabe, se vive dizendo que ler dá azia?

segunda-feira, junho 21, 2010

Ajuda aos Barreirenses

Recebi da minha amiga, Marilu Lamour a seguinte nota desesperada dada a situação do povo de Barreiros, litoral sul. HC.


AJUDE AOS BARREIRENSES QUE ESTÃO MUITO NECESSITADOS DEVIDO AS ENCHENTES DEVASTADORAS!


Estamos recorrendo a todos, em caráter de urgência, para que juntos de mãos dadas possamos ajudar aos nossos amigos de Barreiros que tanto precisam. Acreditamos que todos estejam sabendo da TRAGÉDIA DA ENCHENTE do Litoral Sul. Ninguém pode medir tamanha dor e sofrimento daquelas pessoas que tudo perderam.

O pesadelo vivido em 2000 se repete agora de forma devastadora! Faz-se necessário ajudar de forma concreta e rápida e conto com sua ajuda! Água - Material de Limpeza Roupas - Toalhas - Lençois - Cobertores - Alimentos - Materiais de Higiene Pessoal

(sabonete - creme dental - escova dental) Todo tipo de ajuda sua será de grande valor!

Podem deixar as doações no horário da noite a partir das 17hs na residência de Marilu L`Amour: Rua Monte Castelo, 69 Apt. 06 Boa Vista - Recife (Estarei em casa esperando cada um de vocês e sua ajuda!)

FONES: 99175514 e 97216776

DEUS SE ENCARREGARÁ DE RECOMPENSAR CADA UM DE VOCÊS! OBRIGADA!

Marilú L`Amour

A minha ficha é a mais limpa do Brasil'

Paulo Maluf

Deu no Estadão, Seg, 21 Jun, 02h14


O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) disse hoje não temer que a Lei da Ficha Limpa impeça sua candidatura para reeleger-se à Câmara, ou mesmo que seu registro seja negado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ao participar hoje da Convenção Estadual do partido, que lançou o deputado federal Celso Russomanno ao governo de São Paulo, Maluf repetiu as frases que o tornaram célebre em campanhas anteriores. "A minha ficha é a mais limpa do Brasil", afirmou. "É bom que se diga: sou elegível, sou candidato a deputado federal e não tenho nenhuma condenação que me impeça. Tenho 43 anos de ficha limpa de trabalho. Este é o fato."

Maluf negou que os processos relacionados ao "frangogate" e à Paulipetro sejam barreiras à sua candidatura. No primeiro caso, Maluf foi inocentado em primeira instância, mas condenado depois pelo Tribunal de Justiça de São Paulo pela compra supostamente superfaturada de frangos congelados quando era prefeito de São Paulo, em 1996. Ainda cabe recurso da condenação. No outro caso, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Maluf, em dezembro passado, a ressarcir cerca de R$ 4,3 bilhões aos cofres públicos pelos prejuízos causados pela Paulipetro, empresa criada por ele quando foi governador de São Paulo, em 1979, para prospectar petróleo no Estado, sem sucesso.

Maluf negou ter comprado frango superfaturado. "Fui inocentado em primeira instância e o caso está agravado. É mentira". Em relação à Paulipetro, reiterou: "Não tenho condenação na Paulipetro. Aliás, foi a coisa mais divina que fiz na vida dizer que tinha petróleo no Estado de São Paulo. Demorou 25 anos e a Petrobras descobriu o pré-sal na Bacia de Santos. Tem uma Arábia Saudita lá embaixo". Também presidente estadual do PP, o deputado afirmou que todos os postulantes da legenda não enfrentam problemas com a Justiça. "Todos os candidatos são gente de bem." Sobre sua candidatura, afirmou: "Sou candidato e desejo que a população reconheça aqueles que trabalham por ela. A marca Maluf está por todo o Estado e por toda a cidade e tenho muito orgulho disso."

domingo, junho 20, 2010

Mico Presidencial

Paulo Mayr

Detesto o termo. Primeira vez que uso. Mas logo mais, todo o primeiro escalão do nosso governo vai começar a pagar um belo Mico. Ministros e, certamente, muitas outras autoridades foram convidadas para o último Arraiá do Torto, a partir das 20,30, na Granja do Torto. Receberam um convite, em forma de coraçãozinho, com fotos de Lula e d. Marisa, devidamente trajados de caipiras, inclusive com chapéu de palha esgarçado (que graça!!!). No convite, segundo notícia da Folha de S. Paulo, há orientações para que os convidados levem um prato de doce ou salgado e se vistam a caráter.
No início, tudo bem...

Em episódio da fabulosa série A Grande Família da TV Globo, na repartição pública do Lineu, dos principais personagens, foi organizada uma festa a fantasia. Lineu, disciplinado como sempre, e sua boa mulher Nenem se empenharam na produção da fantasia. Animado, o casal entra na festa e constata que eram os dois únicos com fantasias. Lineu reclama com o chefe Mendonça. Mendonça é taxativo ao explicar com funcionam as coisas aqui, inclusive em relação a lazer:
Ta começando...

- Ora, Lineu; só você não sabe que não precisa de fantasia para vir a uma festa de fantasia.

Agora, uma coisa é funcionários concursados de uma Repartição Pública não darem ouvidos a determinação do convite do Mendonça de trajar fantasia. Outra coisa é desacatar a ordem de um chefe que não se chama Mendonça, não é sub, do sub do sub, mas sim o Presidente da República do Arraiá, digo, do Brasil!!!
Lá pras tantas...
Já que perdi a virgindade quanto ao uso do termo: é Mico do Tamanho de Um Bonde, principalmente se o Arraiá for aberto para fotógrafos!!!

sexta-feira, junho 18, 2010

Declaração Histórica

Noço Guia discursando (sic) tendo ao fundo o olhar vigilante de um dos seus deuses!

Em solenidade no SEBRAE, Sua Excia. obrou a seguinte declaração:

"Temos que reconhecer que a situação é delicada, e que essa crise é, possivelmente, maior que a crise de 1929. E temos que reconhecer que o Roosevelt só conseguiu resolver a crise de 29 por causa da II Guerra Mundial. Como não queremos guerra, queremos paz, nós vamos ter que ter mais ousadia, mais sinceridade, mais inteligência, porque... eu não admito que, uma guerra, para resolver um problema econômico, tenha 6 milhões de mortos".

COMENTÁRIOS - REGISTROS HISTÓRICOS

1. A segunda Guerra Mundial não teve absolutamente nada a ver com a crise americana de 1929;

2. A segunda Guerra Mundial foi motivada pelas condições impostas à Alemanha pelos vencedores da Primeira Guerra Mundial, que durou de 1914 a 1918;

3. A segunda Guerra Mundial encerrou com 52 milhões de mortos, quase dez vezes mais que o número que o boçal falou;

4. Seis milhões foram as vitimas do Holocausto, patrocinado pelos nazistas. O dito cujo confundiu tudo o que a Assessoria dele informou (tenha paciência, não queira que ele decore tudo que lhe passam).

5. Em 1929, o mundo não tinha e nem imaginava o que seria uma economia globalizada;

6. Franklin D Roosevelt resolveu a crise americana diminuindo custos e impostos, e reduziu drasticamente as despesas do governo, exatamente o contrário do que o antológico anta e seus ministros estão fazendo;

7. Pela declaração imbecil, Sua Excia Metalurgíssima, Sr. Luis Inácio Lula da Silva, imagina que a crise só será extinta por meio de uma guerra mundial, mas ele, "o grande pacifista e magnânimo líder" não admitirá uma guerra mundial para que a crise seja solucionada; E esse é o cara que atingiu 84% de popularidade... Dá para acreditar?

Eu faço parte dos 16%... com muito orgulho!

E vocês?

NAPOLEÃO BONAPARTE


NAPOLEÃO BONAPARTE (que sabia das coisas) classificava seus soldados em quatro tipos de pessoas:

01. Os inteligentes com iniciativa;
02. Os inteligentes sem iniciativa;
03. Os ignorantes sem iniciativa;
04. Os ignorantes com iniciativa.

Aos inteligentes com iniciativa, Napoleão dava as funções de comandantes: gerais, estrategistas, etc.

Aos inteligentes sem iniciativa, Napoleão os deixava como oficiais que recebiam ordens superiores, para cumpri-las com diligência.

Aos ignorantes sem iniciativa, Napoleão os colocava à frente da batalha: para serem "buchas de canhão".

Os ignorantes com iniciativa Napoleão desprezava; não os queria em seus exércitos...

Um ignorante com iniciativa é capaz de fazer enormes besteiras e depois, dissimuladamente, tentar ocultá-las.

Um ignorante com iniciativa faz o que não deve, fala o que não pode, envolve-se com gente inadequada e depois diz que de nada sabia.

Um ignorante com iniciativa faz perder boas ideias, bons projetos, bons clientes, bons fornecedores, bons homens públicos.

Um ignorante com iniciativa produz sem qualidade, porque resolve alterar processos definidos e consagrados.

Um ignorante com iniciativa é, portanto,um grande risco para o desenvolvimento e o progresso de qualquer empresa e/ou governo.

Normalmente você é capaz de identificar os 04 tipos que estão presentes na sua vida, na sua empresa. E toma suas decisões sobre eles.

E NO GOVERNO DO SEU PAÍS? VOCÊ SABE SE LIVRAR DOS IGNORANTES COM INICIATIVA?

O escritor cubano CARLOS ALBERTO MONTANER reproduz a definição sobre o presidente Lula, que ouviu de um seu par, latino-americano:

- "Esse homem é de uma penosa fragilidade intelectual. Continua sendo um sindicalista, preso à superstição da luta de classes. Não entende nenhum assunto complexo, carece de capacidade de fixar atenção, tem lacunas culturais terríveis e por isso aceita a análise dos marxistas radicais que lhe explicam a realidade, como um combate entre bons e maus."

quinta-feira, junho 17, 2010

Copa é alvo da direita dos EUA


Assustadora ainda que risível, a revelação de Patrícia Campos Mello, n'O Estado de São Paulo de hoje, 16-06-2010. A turma da direita nos EUA está enfurecida, mordida mesmo, com a popularidade do futebol (soccer) na terra do Obama. Eles que adoram esportes de menininhas, tais como, basquete, beisebol e aquela loucura violenta e monótona (param a toda hora) que eles chamam "football" e vestem armadura escudo e espadas pra jogar.

"Expoentes da mídia conservadora alegam que o futebol que jogamos com o pé "é coisa de pobre, imigrantes e que estão amarronzando os States ao querer enfiar o soccer goela abaixo dos americanos." Tudo é tudo coisa dos hispânicos, da esquerda, dos comunistas e dos socialistas, enfim do Obama. Comentário do Blog: Por que essa turma não arranja uma lavagem de roupa, atividade bem mais nobre do que ficar dizendo "besteira pela boca" como muito bem dizia Julia, empregada da casa da minha mãe? HC


"A Copa do Mundo é a mais nova vítima da raivosa extrema direita dos Estados Unidos. Vários comentaristas americanos estão atacando a popularização do esporte nos EUA, dizendo que se trata de uma modalidade esportiva "de pobre", coisa de sul-americano, resultado da crescente influência dos hispânicos no país e ligado às "políticas socialistas" do presidente Barack Obama.

Glenn Beck, o mais famoso comentarista conservador da Fox News, compara o futebol às políticas de Obama. "Não importa quantas celebridades o apoiam, quantos bares abrem mais cedo, quantos comerciais de cerveja eles veiculam, nós não queremos a Copa do Mundo, nós não gostamos da Copa do Mundo, não gostamos do futebol e não queremos ter nada a ver com isso", esbravejou Beck na TV. Segundo ele, o futebol é como o governo atual: "O restante do mundo gosta das políticas de Obama, mas nós não."

Com o bom desempenho do time americano no jogo contra a Inglaterra no sábado, os tradicionais fãs de beisebol e futebol americano estão mais entusiasmados com a Copa do Mundo. Mas isso é resultado de uma "conspiração da esquerda", dizem os conservadores. "Futebol é um jogo de pobre", afirma o analista conservador Dan Gainor, do Media Research Center.

"A esquerda está impondo o ensino de futebol nas escolas americanas, porque a América está se "amarronzando", afirmou, em referência ao aumento do número de hispânicos no país. Para Matthew Philbin, do centro de pesquisas de direita Culture and Media Institute, "a mídia liberal sempre se sentiu desconfortável com o fato de sermos únicos entre as nações, sermos líderes; e os esquerdistas são contra nossa rejeição ao futebol, da mesma maneira que são contra nossa rejeição ao socialismo". O radialista Mark Belling foi além, "eles nos estão enfiando futebol goela abaixo", disse Belling no programa de rádio de Rush Limbaugh, ouvido por 20 milhões de americanos.

Para eles, o futebol é um esporte estrangeiro, que não pertence à cultura tradicional dos EUA. O fato é que o futebol conquistou tantos adeptos no país nos últimos dez anos que atualmente rivaliza com beisebol e basquete.

Hoje em dia, mais crianças abaixo dos 12 anos jogam futebol do que beisebol, basquete e futebol americano juntos. Segundo a Fifa, os EUA têm 18 milhões de jogadores registrados. Muitos imigrantes hispânicos trouxeram a tradição de seus países e ajudaram a popularizar o esporte nos EUA.

Mas o futebol nem de longe restringe-se aos hispânicos. Já existe até uma faixa demográfica apelidada de "mães do futebol": mulheres brancas de classe média, que vivem no subúrbio e passam boa parte do tempo em suas minivans, buscando seus filhos nos treinos de futebol."

terça-feira, junho 15, 2010

Nos Tempos da Panair

Hugo Caldas





A primeira Coca-cola foi
Me lembro bem agora,
nas asas da Panair

"Por mais de 30 anos a Panair do Brasil dominou o setor da aviação comercial no Brasil e encerrou as suas atividades abruptamente em 1965, por determinação do governo autoritário, devido à sua "permanente falta de condições operacionais".

No início da tarde do dia 10 de Fevereiro de 1965, um misterioso telegrama do Ministério da Aeronáutica aterrissou nos escritórios da Panair do Brasil no Rio de Janeiro. Mensagem direta curta e grossa, prenúncio sombrio dos ventos que iriam soprar daquele dia em diante. O certificado de operação da Panair havia sido cassado pelo então Ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Eduardo Gomes, naturalmente com a chancela do Marechal Humberto Castelo Branco, primeiro dos generais-presidentes do golpe de 1964. Rubem Berta, o presidente da Varig, de olho nas rotas da Panair na Europa, agia sub-repticiamente nos bastidores. Em outras palavras, esses três, por motivos até hoje não explicados, assassinaram a Panair do Brasil.

Hoje, 45 anos após o fatídico incidente ainda sinto saudades dos Tempos da Panair.

Trabalhar na Panair foi para mim, o entusiasmo do primeiro emprego... o ingresso em uma grande empresa... e acima de tudo a formação de um joven caráter. Trabalhar no aeroporto da Panair então, era uma aventura. Coisas aconteciam à nossa vista, umas boas outras não tão boas e mais outras que você absolutamente gostaria de esquecer. Descarrego dois fatos bem característicos, exemplares.

O Calhorda

O personagem principal desta história, era à época, um moleque fedendo a cueiro. Mal educado filhinho de papai, irresponsável e no momento dos acontecidos, completamente embriagado. Portava uma arma de fogo e a exibia com a maior sem-cerimônia. Melhor será, daqui por diante, tratar o calhorda com o benefício do anonimato em razão das tortuosas voltas que o mundo dá. A nefanda e reles figura, hoje respeitável senador, faz parte do mais alto escalão da república, circula serelepe entre os que gravitam no entorno do "noço guia" ("é assim" com o homem) nos salões da corte em Brasília. Como sei que a corda sempre arrebenta do lado mais fraco.... e eu não sou bobo nem nada...

Os tempos eram outros, não existia a revista obrigatória de passageiros na hora do embarque. O Manual da Companhia, entretanto, determinava claramente que "pessoas embriagadas não seriam admitidas à bordo das aeronaves." Ainda mais com o agravante da arma exibida a todo instante como um ornamento.

- A que horas sai essa merda de avião?

Não respondi e o chamei à um canto mais discreto, longe dos olhos dos outros passageiros que já se mostravam apreensivos diante daquele sujeito potencialmente perigoso. Disse-lhe com a maior paciência deste mundo:

- "O senhor, por favor, controle-se. É absolutamente proibido a qualquer pessoa, em qualquer circunstância, o embarque em nossas aeronaves portando arma de fogo, aliás a única pessoa facultada a viajar armada em uma aeronave civil é o Ministro da Guerra, (hoje Ministro do Exército) ainda mais, sinto que o senhor se excedeu na bebida e se encontra em estado pouco sóbrio"...

- Sabe com quem está falando? Exijo embarcar nessa porcaria de avião agora mesmo, rosnou.

Para encurtar a história, o Vôo 256 já chegou atrasado e por conta de um principio de tumulto dos passageiros e tripulantes, atrasou mais ainda até o momento em que o recalcitrante personagem entregou a bendita arma ao comissário chefe que seguiu os ditames do Manual da Companhia. O Comandante da aeronave ao relatar o atraso em Recife reportou "motivos técnicos", eu pelo meu lado reportei toda a verdade. No confronto entre os dois relatos, condenaram o comandante a uma suspensão por seis meses. O meu contrato de trabalho não foi renovado. Cheguei à conclusão tempos depois, que havia nos firmamentos do episódio algo mais do que simplesmente os aviões de carreira. Notadamente os da Panair do Brasil.

O Cirurgião Plástico

Nos idos de 1959/60 vivia o Recife a efervescência de um congresso ou seminário médico, não lembro mais, o qual tinha entre seus palestrantes a figura impoluta de Ivo Pitanguy. Até aí, tudo bem. Ocorre que quando da sua (dele) volta ao Sul Maravilha, eu estava de serviço no despacho de passageiros.

Ele (Pitanguy) me chega com um amontoado de malas cheias de livros, excedendo em muito a franquia de 20 kg. Cuidei de confabular com o ilustre esculápio para que pagasse o excesso que em última análise seria pago por mim. Em meio à negociação entra de gaiato um repórter do Jornal do Commercio querendo uma entrevista. Esta foi a resposta de Pitanguy ao repórter:

- Espera aí que estou falando com este palhaço aqui!

- Palhaço é você!

- Eu sou Ivo Pitanguy!

- Eu sou Hugo Caldas!

A palhaçada terminou por aí, tendo o indigitado (acho que era pobre à época) tirado todos os livros das malas e distribuído pelos companheiros de vôo. As maletas ficaram no chão do box e tempos depois foram doadas ao Duda, meu pesador de bagagens, que deve ter feito muito bom uso delas.

Viva o Cordão Encarnado

Esta nova série do Blog é dedicada aos meus amigos e inimigos (gratuitos) vermelhinhos, ranzinzas, teimosos, empedernidos, que ainda não tiveram a devida coragem para um "mea culpa"! Ao contrário, ainda sonham com uma ditadura socialista nos moldes da grande nação cubana e seus herois caquéticos que o tempo deles se encarregará. Pois não é que querem porque querem eleger a sargentona para presidente! Abaixo um pequeno ensaio sobre quem foi o salteador de estradas chamado Iossif Vissarionovich Dzhugashvill; para os íntimos apenas Joseph Stalin. Um reles e sanguinário criminoso. HC

Vala comum dos tempos de Stalin é descoberta

Pelo menos 495 esqueletos, muitos dos quais com ferimentos a bala na cabeça, foram desenterrados em uma vala comum que provavelmente data da época dos expurgos do ditador Joseph Stalin nos anos 1930, revelaram autoridades de Vladivostok.

Pelo menos 3,5 toneladas de ossos foram extraídas do local nas proximidades do porto de Vladivostok, na costa do Pacífico, após sua descoberta por trabalhadores que construíam uma estrada.

Milhões de cidadãos soviéticos foram executados ou morreram em campos de trabalho durante o governo de Stalin, dos anos 1920 até sua morte em 1953, mas a descoberta de valas comuns tem se tornado menos frequente após um surto de achados que se seguiu ao colapso soviético em 1991.

Especialistas estão checando a hipótese de que os corpos sejam de vítimas de Stalin.

“Praticamente todos os esqueletos têm ferimentos a bala”, disse Yaroslav Livansky, chefe de um grupo de voluntários que ajudaram a escavar a vala.

Ele disse que dinheiro e roupas dos anos 1930 foram encontrados no local. Um crânio esmagado de criança foi descoberto perto de um pequeno bracelete decorado e uma sandália infantil.

Irina Fliege, pesquisadora-chefe do Memorial dos Direitos Humanos, que coleta informações sobre as matanças da era soviética, disse que não tem dúvidas de que as vítimas foram mortas pelas forças stalinistas.

Ela disse que muitos outros corpos podem ser encontrados nos terrenos adjacentes.

“Isso acontece por todo o país, é impossível contabilizar corretamente”, disse. “Tudo o que podemos fazer é construir monumentos para honrar os mortos”.

Texto extraído do Blog: saladeguerra.blogspot.com

Assino embaixo

Como sou realmente brasileiro, repasso mensagem recebida esta manhã creditada a Arnaldo Jabor. Será? Jabor vive desautorizando textos que algum mequetrefe lhe dá a autoria não desejada. De qualquer modo, repasso pois o mais importante aqui não é a autoria mas o conteúdo com o qual concordo plenamente. HC

Brasileiro é um povo solidário. Mentira.

Brasileiro é babaca. Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida; Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza; Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade…Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária. É coisa de gente otária.

Brasileiro é um povo alegre. Mentira.

Brasileiro é bobalhão.
Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada. Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai. Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.

Brasileiro é um povo honesto. Mentira.

Já foi; Hoje é uma qualidade em baixa.
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso. Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.

90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.

Já foi. Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram. Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime. Hoje a realidade é diferente. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas. Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

O Brasil é um pais democrático. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei. A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente. Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia. Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita. Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores). Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar. Democracia é isso? Pense!

O famoso jeitinho brasileiro.

Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira. Brasileiro se acha malandro, muito esperto. Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar. No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí? Afinal somos penta campeões do mundo né??? Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro. Caramba , meu avô dizia isso em 1950.
Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos. Dessa vergonha eles se safaram... Brasil, o país do futuro !? Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro. Puxa, essa eu não vou nem comentar...

O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira. Para finalizar tiro minha conclusão:

O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente. Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta. Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão. Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce! Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

Quando somos convocados para sair nas ruas pra gritar contra tudo isso não comparecemos, mas quando o assunto é parada Gay, somos 2 milhões de babacas dançando e rindo. Correção, Somos não ! Eu nunca fui! E não irei. De acordo com os números super-faturados de ontem 6/6/2010 da TV globo, Já são 3 milhões !

Mas 90% é só gente querendo aparecer na TV fazendo uma mediazinha com as minorias.

FAÇA A SUA PARTE (SE QUISER)

SE FOR REALMENTE BRASILEIRO REPASSE

segunda-feira, junho 14, 2010

Elas, eles e nós


Nelson Motta


Duas mulheres candidatas à Presidência da Republica é uma boa novidade em um país machista como o nosso. Mas logo vem o Zé Dirceu, sempre sutil, citando Lula: "O Brasil só derrotará o machismo quando eleger uma mulher presidente."

É mesmo? Michele Bachelet no Chile, Margaret Thatcher na Inglaterra, Angela Merkel na Alemanha, Cristina Kirchner e Isabelita Perón, na Argentina, derrotaram o machismo?

Quando chegam ao poder, as melhores e as piores só têm em comum a anatomia feminina. Algumas dão tantos motivos aos machistas que muitas vezes acabam rejeitadas pelo eleitorado feminino, que prefere votar em homens.

Umas são grandes estadistas, prestam relevantes serviços a seus povos, mas outras os conduzem ao desastre, como os piores homens. Não há um jeito feminino de governar, só há bom ou mau governo.
Nos anos 80, na alvorada da redemocratização, com a eleição de Maria Luiza Fontenelle como prefeita de Fortaleza e a de Luiza Erundina, de São Paulo, o machismo foi derrotado?

A administração de Erundina foi medíocre e a de Maria Luiza, um desastre. Mas elas não culpavam o machismo por todos os seus problemas, como hoje faz o feminismo de resultados. Marta Suplicy venceu o machismo em 2000? Ou foi derrotada por ele em 2008?

Dirceu diz que a mídia machista dá muita atenção aos cabelos, maquiagem e figurinos de Dilma para tentar diminuí-la. Como se ela não tivesse mudado de visual várias vezes, em busca da aparência que a campanha considere ideal.

Normal, Lula aparou a barba e trocou os dentes e os ternos. Já o look de Marina Silva, que não usa maquiagem, e tem sempre a mesma cara, não atrai tanta atenção.

Em eficiência no poder, ninguém mais duvida da competência das mulheres. E mesmo em corrupção na política, no geral, elas parecem mais honestas, ou menos corruptas, do que os homens. Os mais cínicos acham que elas só roubam menos porque estão chegando agora ao poder e querem mostrar serviço.

Eleger um ex-operário sem estudo é uma derrota do preconceito muito maior do que a eleição de uma mulher educada de classe média. Mas se fosse uma cabocla seringueira que virou senadora?

Publicado originalmente em O Globo, em 11/06/2010

A Flor dos Ponte Preta

Mulher expondo teoria sobre educação infantil é solteira na certa.
(Sergio Porto)

Frase do Dia


Da Folha.Com:

"Vou governar com alma e coração de mulher". Dilma Rousseff


AGRICULTURA FAMILIAR VERSUS AGRONEGÓCIO: NESSA CONTENDA O PAÍS PODERÁ SER O PERDEDOR

Breno Grisi

Vou começar fazendo algumas considerações sobre “nosso comportamento quanto à linguagem utilizada por muitas pessoas”. Parece ser de uso corrente, em todas as sociedades, linguagem inadequada refletindo talvez inconscientemente (ou causando?) diferentes atitudes comportamentais nos seus diversos segmentos. Às vezes escutamos: “o mundo é dividido em mundo masculino e mundo feminino”; e, com referência às raças humanas: “o povo brasileiro está dividido em diferentes raças”; e na questão da exploração de recursos naturais (agropecuária, por exemplo) “a cadeia produtiva está dividida entre grandes e pequenos produtores”. Outras expressões similares são praticadas, dando-nos a impressão de que tal divisão seja “normal” nas sociedades humanas. É melhor substituir essa expressão, um tanto quanto discriminatória, por formado(a) e formação!!! E assim, tudo que existe nas sociedades (de bom e de ruim) se somam.

No que diz respeito à cadeia produtiva, tal “somatória” deve ser levada em conta quando se trata de grandes e pequenos produtores. Refiro-me à recente querela: “Estudo da FGV – Fundação Getúlio Vargas comprova: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística errou no Censo Agropecuário 2006 ao dizer que a agricultura familiar, sozinha, é quem alimenta o Brasil” conforme alardeou a CNA - Confederação Nacional da Agricultura, na pessoa de sua Presidente, a senadora Kátia Abreu. Ela afirmou que o IBGE equivocou-se nos resultados do Censo Agropecuário 2006, dividindo [grifo meu] o campo entre pequenos e grandes produtores e criando a ilusão de que somente os agricultores familiares são responsáveis por alimentar a população brasileira. Afirmou ela ainda: “Estamos perdendo tempo discutindo uma coisa que é menor, a divisão [grifo meu] entre pequenos e grandes em dimensão de terra. Temos que discutir é quem tem renda ou não para viver com dignidade”.

Os dados dessa nova publicação são resultado de um trabalho realizado pela FGV, a partir dos mesmos microdados utilizados no Censo Agropecuário 2006 do IBGE. “A diferença é que essa nova análise foi realizada exclusivamente sob critérios técnicos, excluindo interpretações ideológicas e tendenciosas”, disse a senadora, destacando as falhas do IBGE quanto à ampliação do grupo da agricultura familiar em detrimento da agricultura comercial e citando regulamentação do Banco Central com relação ao conceito de agricultura familiar.
Afirmou ainda a Presidente da CNA que a leitura equivocada do IBGE aponta o agronegócio brasileiro como voltado somente para as exportações. Disse ela: “Temos, no Brasil, pequenos, médios e grandes produtores que abastecem a mesa do brasileiro e também geram alimentos que são vendidos para outros países”.

Os dados que refletem o posicionamento da CNA (do estudo da FGV) frente à estatística do IBGE, podem ser vistos em

http://www.canaldoprodutor.com.br/

Nas duas séries de vídeos que o “ecologiaemfoco” ora reproduz (nesta e na próxima postagem), o leitor poderá observar que, antes de tudo, somar é bom, como parece ser a idéia principal das colocações da Presidente da CNA.
A primeira série é iniciada com a apresentação de vídeo do programa televisivo Globo Rural, sobre a agricultura familiar, denominado “A Força da Agricultura Familiar Revelada pelo Censo Agropecuário”. E na postagem seguinte será reproduzido vídeo, também do Globo Rural, sobre o Projeto Mandala.

http://www.ecologiaemfoco.blogspot.com/