domingo, fevereiro 28, 2010

TEMPUS FUGIT

José Antônio Oliveira de Resende

Professor de Prática de Ensino de Língua Portuguesa, do Departamento de Letras, Artes e Cultura, da Universidade Federal de São João del-Rei.

Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido.. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite.

Ninguém avisava nada, o costume era chegar de paraquedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.

– Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre.

E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.

– Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!

A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando- nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro... casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.

Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha – geralmente uma das filhas – e dizia:

– Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa.

Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite... tudo sobre a mesa. Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança... Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam.... era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade...

Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa.. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos... até que sumissem no horizonte da noite.

O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail... Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:

– Vamos marcar uma saída!... – ninguém quer entrar mais.

Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.

Casas trancadas.. Pra que abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos do leite...

Que saudade do compadre e da comadre!

Perguntinha do Dia

E O TERRORISTA BATTISTI CONTINUA POR AQUI?

Cinismo


AVISO AOS NAVEGANTES:

Quero aqui reparar um grande erro. Por distração talvez, havia omitido a fonte de onde vinha a preciosidade abaixo. Muito bem: O post, bem como a ilustração foram colhidos em "Aqui Tem Coisa" do Fernando Stickel, um dos Blogs mais inteligentes do país. H.C.


A atitude de Lula em Cuba, gargalhando ao lado de Raul Castro, enquanto esse é entrevistado sobre a morte de Orlando Zapata, levado ao cárcere por ter cometido o crime de discordar do regime, não me sai da cabeça.

Não é possível escrotidão tão fenomenal, não é possível tanta mentira em um só ser humano. Não é possível Lula candidamente dizer que “Aprendi a não dar opinião sobre as atitudes de outros governos porque muitas vezes metemos a colher onde não deveríamos” poucas semanas depois de meter gigantesca colher em Honduras. Simplesmente não é possível, e ainda assim o homem tá aí, feliz como pinto no lixo. É simplesmente inacreditável. É monstruosamente vergonhoso ter um presidente assim.

Oportuníssima a carta no Forum dos Leitores no Estadão de hoje, que reproduzo:

“Foi em 21 de fevereiro que os jornais brasileiros publicaram que 50 dissidentes cubanos – 42 opositores presos e 8 que têm “licença extrapenal” por razões de saúde, todos eles do grupo de 75 condenados em 2003 a penas de até 28 anos de prisão, acusados pelo governo de serem “mercenários” dos EUA – haviam divulgado carta em Havana pedindo que Lula intercedesse por eles.

“Dirigimo-nos ao senhor para pedir que, nas conversas que sustentará com os máximos representantes do governo cubano, contemple nossa situação e a dos demais prisioneiros políticos pacíficos cubanos e defenda nossa libertação”, diz a carta. “Esperamos que o senhor se interesse pelo prisioneiro de consciência Orlando Zapata Tamayo, que desde dezembro faz uma greve de fome para reivindicar seus direitos e se encontra hoje em condições de saúde perigosas para sua vida.”

Lula não pode dizer que “não sabia”, se sabíamos todos nós. Por acaso ele pediu pela liberdade dos signatários da carta? Nem sequer falou nisso! Limitou-se a dizer que não chegou carta nenhuma. Ora, Lula imagina que as cartas saem livremente dos porões de Cuba pelos correios? Cinismo tem limites.

M. CRISTINA DA ROCHA AZEVEDO crisrochazevedo@hotmail.com
Florianópolis”

A cereja no bolo colocou-a Marco Aurélio Garcia na versão cubana do seu top-top indecoroso: “Há problemas de direitos humanos no mundo inteiro.”

Dr. Diniz, Meu Pediatra

MARCUS ARANHA

Diária e pacientemente, examinava os recém nascidos, um por um.

Nasci no ano de 1942, ainda no período da Segunda Guerra Mundial. Contava minha mãe que eu gozava de boa saúde, mas, vez ou outra havia de me levar a um pediatra. Ou para seguir o meu crescimento, ou por causa de pequenas mazelas dessa primeira infância.

Esse meu primeiro médico tinha consultório no Ponto de Cem Réis, num primeiro andar, sobre a farmácia de “Sêo” Teixeira, mais ou menos, hoje, onde é a loja King Jóias.

Chamava-se Francisco da Costa Diniz.

O Dr. Diniz cuidou de mim até ficar taludinho. Dizia minha mãe que ele, como outros médicos da época, ainda formulava. Ou seja, receitava a fórmula do remédio que indicava ao pequerrucho doente, pozinhos que “Sêo” Teixeira preparava e colocava em papelotes. A mãe da criança dissolvia em água e administrava com uma colherinha ou numa chuca.

E com essa terapia leve eu comecei a viver

Em 1945, inauguraram a Maternidade Cândida Vargas e Dr. Diniz foi o primeiro pediatra dela. Naquela época havia até um certo “romantismo” no berçário, cujos berços possuíam cortinados, com fitinhas azuis ou cor de rosa, conforme o ocupante dele fosse menino ou menina. Na velha maternidade de Jaguaribe, anos e anos, Dr. Diniz, diária e pacientemente, examinava os recém nascidos, um por um. Até aos 70 anos ele trabalhou na Cândida Vargas.

Quando pensaram o Instituto de Proteção a Infância junto com o Hospital São Vicente de Paula, o Dr. Guedes Pereira e o Dr. Diniz foram seus fundadores. O Instituto destinava-se a dar assistência médica às crianças carentes. O Hospital tinha como objetivo gerar recursos para manter o primeiro.

Pois, desde a fundação, Dr. Diniz estava lá atendendo gratuitamente, todos os dias, as crianças que estavam internadas. Além disso, realizava o atendimento num ambulatório onde a sala de espera vivia cheia todos os dias da semana.

Houve uma época em que os dirigentes do Instituto quiseram contratá-lo como médico, com a carteira assinada, salários, férias e outras vantagens. Ele recusou peremptoriamente, alegando que o compromisso dele com o Dr. Guedes Pereira, ao fundar a instituição, foi de que ele atenderia até quando pudesse, gratuitamente, aos pequeninos. E que ele ainda podia fazer assim... Fez finca pé e ninguém conseguiu demovê-lo da idéia. E aos 80 anos de idade medicava gratuitamente as crianças do Instituto.

Foi assim o trabalho médico voluntário de amor a criança, exercido pelo Dr. Diniz durante décadas. Acredito que a religiosidade evangélica protestante que possui e professa, o mantinha incansavelmente apegado ao trabalho médico de sempre cuidar de crianças.

Dono de um vigor extraordinário, o vi muitas vezes, já em idade avançada, na direção de um jipe Willys, capota de aço, sem muitos confortos, sem direção hidráulica e sem câmbio automático. Nunca soube de divertimentos mundanos praticados pelo Dr. Diniz; diziam-me que gostava de criar cachorros de raça e passarinhos.

No começo da década de 90 assumi a direção da Maternidade “Cândida Vargas” e senti que apesar esse trabalho magnífico em prol da infância de João Pessoa, nunca ninguém havia lhe feito uma homenagem, coisa mais que merecida.

Achei que era meu dever providenciar uma homenagem ao meu pediatra. Por força de Lei aprovada na Câmara Municipal e sancionada pelo Prefeito Carlos Mangueira, à ala dos recém nascidos na “Cândida Vargas” denominei “Berçário Francisco da Costa Diniz”, a mais humilde das honras a quem tanto fez na pediatria da Paraíba.

No último dia 10 de fevereiro Dr. Diniz completou 100 anos. Os filhos dele me mandaram um convite para uma comemoração, ao qual eu não pude atender em razão de doença. No teor do convite, as palavras sábias do Dr. Diniz: “Guardo a vitória alcançada em poder desfrutar meus 100 anos vividos em bom gozo. Perto de todos e distante de tudo. É assim que a benevolência imprime sua força e sabedoria”.

Hoje viajo a São Paulo para, durante semanas me submeter a drogas anticancer aplicadas nas veias. Já não é possível, como em 1942, recorrer ao Dr. Diniz...

Com essa quimioterapia muito pesada eu vou tentar continuar a viver.

sábado, fevereiro 27, 2010

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

QUE MAL LHE PERGUNTE...


O CRIMINOSO TERRORISTA CESARE BATTISTI JÁ FOI DEVOLVIDO À ITÁLIA?

PREPAREM-SE

Deu no Correio Braziliense

Meio milhão de guerrilheiros virtuais

Para fortalecer a campanha presidencial de Dilma Rousseff, 500 mil petistas serão estimulados a inundar as redes sociais na internet com propaganda favorável à ministra, além de respostas às críticas feitas pelas siglas de oposição

O PT prepara uma operação de guerra na internet a fim de dar fôlego à campanha presidencial da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

A ideia é municiar com textos, áudios e vídeos os 518.912 filiados que participaram, em novembro de 2009, das eleições internas do partido. Eles terão a missão de reproduzir e distribuir o material de propaganda em blogs e redes sociais, como Orkut, Facebook, Twitter e Google Buzz.

Uma das prioridades do novo secretário nacional de Comunicação do PT, deputado federal André Vargas (PR), a estratégia tenta transplantar para o mundo virtual (1)a base social da legenda, considerada um dos trunfos na ofensiva para derrotar o PSDB na sucessão presidencial.

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

VIDEO DO DIA

Morte de Orlando Zapata Tamayo provoca protestos e repressão cubana


Agência Estadão - 25-02-2010.

A morte do preso político cubano Orlando Zapata, após mais de dois meses de greve de fome, desatou ontem uma série de protestos fora de Cuba e uma onda repressiva na ilha caribenha. A mãe da vítima, Reina Luisa Tamayo, acusou o governo de Raúl Castro de "assassinato premeditado" e pediu ao mundo que exija a libertação dos outros prisioneiros políticos. Segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), depois da morte do dissidente, pelo menos 25 pessoas foram detidas na ilha, mas algumas fontes da oposição cubana falam em até 50 prisões.

Zapata morreu na terça-feira, no mesmo dia em que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a Havana para reunir-se, no dia seguinte, com Raúl e Fidel Castro. A denúncia de Reina foi feita em uma entrevista ao blog Geração Y, de Yoani Sánchez, que ficou conhecida internacionalmente por descrever o duro cotidiano da população cubana sob o regime dos irmãos Castro. Segundo Reina, Zapata também foi torturado na prisão.

O dissidente começou a fazer greve de fome em dezembro para protestar contras as condições do sistema carcerário cubano. No domingo, 50 presos políticos pediram, em carta, que Lula intercedesse por sua libertação durante a visita a Cuba. "Acompanhei meu filho antes de morrer e o vi morto. Ele perdeu a vida em um assassinato premeditado. Foi torturado durante todo o tempo em que esteve preso, o que foi objeto de sofrimento para esta família", afirmou Reina, em uma gravação colocada no blog.

"Com minha dor profunda, peço ao mundo que exija a libertação dos demais presos, dos nossos irmãos que estão detidos injustamente, para que não volte a ocorrer o que aconteceu com o meu filhinho." De acordo com a oposição, Zapata foi o primeiro opositor a morrer nos centros de detenção da ilha em quatro décadas.

Grupos do exílio cubano em Miami convocaram uma grande manifestação para domingo para protestar contra o "assassinato" do opositor. O Departamento de Estado dos Estados Unidos lamentou o desfecho do protesto do dissidente e informou que este mês, em reunião com autoridades cubanas para discutir migração, funcionários norte-americanos haviam manifestado preocupação com o estado de saúde dele. A União Europeia (UE) pediu a Havana que mostre mais respeito pelos direitos humanos.

Já a Anistia Internacional (AI) exigiu uma investigação para definir se os maus-tratos colaboraram para a morte. Operário de 42 anos, Zapata era considerado um "prisioneiro de consciência" pela AI. Ele foi condenado a três anos de prisão em 2003 em um processo paralelo ao que levou outros 75 dissidentes (53 dos quais ainda estão detidos em Cuba) a receber penas de até 28 anos. Mas, depois, sua condenação foi ampliada para 25 anos e 6 meses.

PS. Não seria o caso de perguntar o que os meus amigos do "Cordão Encarnado", o senhor Niemeyer por exemplo, acham desse assassinato? Tenho a mais absoluta certeza que nenhum deles falará coisa alguma, pois o partido proíbe. E eles, covardes, obedecem. Ou no máximo dirão que isso faz parte do materialismo dialético-histórico. Claro que nas masmorras cubanas não existe tortura. Eles tiram os condenados, levam para o pátio e baixam o cassete! Que moral esses caras têm pra reclamar de torturas aqui e alhures? HC.

Perguntinha do Dia


Lula já mandou o criminoso Battisti de volta pra Itália???!!!

A Imagem do Dia

Ao lado de Lula Fidel lamenta a morte de Orlando Zapata




- Lamentamos mucho la muerte del mercenário americano. "Se murió, se murió antes ele de que Yo"! Qua, Qua, Qua!

- No me faças rir cumpanhêro cumandante. El tipo sifú! Qua, qua, qua!

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Homofilia, homofobia e pedofilia

José Virgolino de Alencar

Espero me expressar bem em tão delicado assunto, para não criar polêmica estéril e ser vítima de mal-entendido, e que não coloquem em meu texto idéias que não estão na minha mente.

Não sou preconceituoso, nem segregacionista, em matéria de opções e gostos pessoais, salvo em relação aos crimes contra a sociedade, os crimes hediondos e os comportamentos ostensivos que prejudicam a harmonia da convivência humana.

Ao falar aqui de homofilia (o desejo afetivo e sexual pelo mesmo sexo), de homofobia (a ira fóbica contra os adeptos da homofilia), e da pedofilia, um crime hediondo cometido por quem seduz e abusa de criança, procurarei separar o joio do trigo, para não cair no ranço preconceituoso e até não ferir as normas legais que definem tais matérias sociais.

Na homofilia, na homofobia e na pedofilia, pretendo analisar os comportamentos claramente nocivos à sociedade, ou seja, a exposição pública das preferências, a insistência em colocar, via mídias, imagens, atos e anomalias na sala das famílias, contra a vontade destas, principalmente das que têm crianças em formação, que não possuem condições de avaliar o nível das inconveniências a que estão sujeitas.

Não estou entrando no mérito em si da homossexualidade, da escolha pessoal pelo tipo de relacionamento que a pessoa deseja abraçar. Nada contra.

O que não é aceitável é juntar-se pessoas em ambientes públicos, em frente a câmeras de televisão e de paparazzi, para mostrar explicitamente os atos sexuais, que a humanidade, em todas as épocas e em todas as civilizações, recomendam que o façam entre quatro paredes, na intimidade não devassada.

Programas como o BBB (na realidade “Big Bordel Brasil”) representam a grosseria escatológica do sexo, porque os produtores escolhem a dedo os personagens, elegendo pares de homossexuais assumidos, lésbicas, mocinhas a procura das páginas da Playboy como forma de conseguir um espaço “artístico”, todos estimulados pela produção do programa para, numa casa que se abre para o mundo, praticarem atos sexuais com toda as características de inconvencionalidades sociais.

Os pares são formados e induzidos a se relacionarem como único objetivo de obter audiência, patrocínios caros e fabulosas receitas, e as famílias que se lixem.

É desse contexto, da exibição de menininhas em fase pré-menarca, que acende o apetite e ação dos pedófilos, cujo ação é estimulada por sua anormalidade pessoal, mas também pela impulsividade exarcebada que as imagens criam para as libidos e as libidinosidades.

A humanidade e os governos gastando uma enormidade de recursos para combater a pedofilia, enquanto os irresponsáveis, movidos por suas convicções pessoais injustificáveis e pelo interesse nos 15 minutos de sucesso, desmancham todo o trabalho dos órgãos e entidades especializadas que se dedicam ao combate dessas verdadeiras mazelas sociais.

E tem mais. É também nesse contexto que as drogas proliferam, outro cenário de atração e destruição da juventude, igualmente neutralizando a ação, seja de governos, seja de organismos dedicados a discutir, esclarecer, educar, na tentativa de blindar o jovem e protegê-lo desse mau ambiente.

Como certa opinião pública quer resumir tudo em um jogo de palavras e um conjunto de slogans fajutos, inibem os que combatem jogando na cara um verdadeiro anátema assustador. É o tal do “politicamente correto”, que impede as pessoas de usar termos normais da língua, como “a coisa preta”, “coisa de judeu”, “noite negra”, “veadagem”, “mulher de sapato grande”, “velho na idade”, “gordão barrigudo”, e vai por aí, com um monte de besteirada condenando formas seculares do falar humano.

Portanto, insisto, homofilia, homofobia e pedofilia são circunstâncias mal-discutidas, porque qualquer palavra não claramente explicada pode levar o comentarista a um processo judicial.

Por fim. A heterofobia não é crime? A fobia é uma doença em qualquer circunstância.

E por que o heterossexual não pode cobrar respeito por sua preferência, que inclusive está na raiz do comportamento e da formação da humanidade?

O combate ao preconceito está sendo uma via de mão única, onde um segmento conseguiu a superproteção e a coloca acima das demais preferências naturais e costumes consuetudinários.

Coloquemos, então, as questões nos seus devidos termos, assinalemos os pingos nos “is” de modo justo e igualitário, desconsiderando essa balança com um prato pendendo para um lado, agressivo e autoritário.

O PT já nasceu corrompido

Olavo de Carvalho

Entrevista concedida a Sionei Ricardo Leão
Jornal de Brasília, 31 de janeiro de 2010



Os escândalos que atingiram recentemente o DEM em Brasília e o PT na época do Mensalão são resultado de uma degradação da moral e da intelectualidade nacional que vem ocorrendo há duas décadas no País, analisa o filósofo Olavo de Carvalho. "Se o Brasil ficar assim mais cinco anos, ele não se levantará nunca mais". O filósofo concedeu esta entrevista exclusiva ao Jornal de Brasília por telefone, de Richmond, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, onde mora desde 2005. Na Academia, Olavo de Carvalho é considerado um crítico impiedoso das esquerdas brasileiras. Para ele, o Partido dos Trabalhadores enganou a sociedade.

"O prestigio do PT cresceu pelo discurso de combate à corrupção. Mas a máquina de corrupção do partido já estava sendo montada há muito tempo". Nessa avaliação, ele aponta que, no quadro partidário atual, o eleitor não tem opção, pois faltam candidatos que consigam ou sejam interessados em representar os anseios do povo brasileiro, que "é profundamente conservador, sobretudo no aspecto social".

Da mesma maneira, ele considera que há um monopólio de pensamento político no Brasil. "Isso não pode acontecer num país". Os desafetos de Olavo de Carvalho o classificam de direitista convicto ou até reacionário, rótulo que ele desdenha. "Qual é o problema de ser de direita? É proibido? Não tem sentido você proibir a direita e ao mesmo tempo falar em pluralismo democrático. Em todos os países, há esquerdas e direitas. Agora, com quem vou debater isso no Brasil? Com pessoas indignas, cuja obra intelectual é zero? Imagine se eu vou querer que essas pessoas me respeitem ou me reconheçam!"

Nos EUA, o filósofo ocupa o tempo com um curso de Filosofia a distância que tem adesão de vários alunos brasileiros. Ele também está preparando uma publicação sobre o pensador Mário Ferreira dos Santos.


O PT durante anos brandiu a causa da ética. Ao chegar ao poder foi desgastado pelo escândalo do mensalão. O DEM passou a levantar a mesma bandeira, mas foi tragado com o caso de Brasília. A defesa da ética tem alguma maldição?

Em primeiro lugar, o prestígio do PT cresceu pelo discurso de combate à corrupção, mas a máquina de corrupção do partido já estava sendo montada enquanto isso acontecia. Tanto que foi organizado um serviço de inteligência privado do PT, que ficou conhecido como PTPol. A coisa foi denunciada pelo governador Esperidião Amin (Santa Catarina), mas nada se investigou depois. Em 1993, quando houve aquela famosa CPI da Corrupção, a máquina já estava montada, já fazia três anos que o PT fundara o Foro de São Paulo, associando-se a organizações de traficantes e seqüestradores como as Farc (Força Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o Mir chileno ao mesmo tempo em que, em público, pregava a moral e os bons costumes. Todo aquele combate aparentemente moralista era para encobrir o esquema. O PT foi o partido que mais enganou a população, pois ele já nasceu corrompido. Em segundo lugar, a decadência moral dos partidos acompanha a decadência geral do Brasil, que se aprofundou muito nos últimos 20 anos.

Para o senhor a desmoralização partidária é então resultado de um processo mais amplo?

A decadência não se dá apenas no aspecto moral, ela aconteceu intelectualmente. Nossos estudantes invariavelmente tiram os últimos lugares nos testes internacionais, abaixo de gente que vem de países muito mais pobres. Note que a produção de trabalhos científicos no Brasil aumentou bastante nos últimos anos. Mas as citações de pesquisas internacionalmente diminuíram muito, mostrando que a produção nacional tem cada vez menos valor para o progresso da ciência no mundo. A produção de trabalhos científicos tornou-se mera empulhação quantitativa para facilitar a caça às verbas. Compare o Brasil dos anos 50 a 70 com o atual. Tínhamos então uma infinidade de escritores e pensadores de nível mundial. Hoje, "intelectual" é o Jô Soares, é o Luís Fernando Veríssimo, é o Emir Sader. É comparar Atenas com a Baixada Fluminense. No campo moral, até se você usar como referência líderes de esquerda do passado como Carlos Marighella e Luiz Carlos Prestes, não há qualquer menção de que eles tivessem se envolvido com negociatas, com corrupção. Tanto que recentemente houve o episódio de a filha do Prestes negar-se a receber qualquer indenização do Estado, porque para ela isso mancharia a imagem do pai. Até os esquerdistas eram mais decentes naquele tempo. Agora, esse pessoal que está aí, descaradamente, assalta os cofres do Estado. Eles também apelam à violência. Veja as mortes dos prefeitos de Santo André e de Campinas.

Há luz no fim do túnel em outras legendas partidárias?

Os outros partidos são cúmplices. Hoje não se pode falar de esquerda e de direita, o que se tem é um sistema único. Destruíram o quadro partidário do Brasil.

O senhor defende que a polarização entre direita e esquerda ficou no passado?

O Brasil não tem uma direita há muito tempo. Nas últimas eleições presidenciais, os discursos de todos os candidatos eram semelhantes. O Partido Democratas foi inspirado na esquerda americana. Portanto, não pode ser considerado exemplo de partido conservador.

Como o senhor classifica o eleitor brasileiro? Desinformado e provinciano ou consciente, engajado, universalista?

O povo brasileiro é profundamente conservador. Sobretudo no aspecto social. É maciçamente contra o aborto, o feminismo radical, as quotas raciais, o gayzismo organizado. No entanto, não há político que fale em nome do povo: estão todos comprometidos com os lobbies bilionários que protegem esses movimentos.

Então a seu ver, falta hoje no quadro partidário quem traduza ou represente politicamente o pensamento da sociedade?

Não há candidato que defenda os valores em que o povo acredita. Aí fica esse vácuo. E a nossa suposta direita está mais interessada em comer dinheiro do governo. Se só há candidatos de esquerda, então o eleitor vai votar em quem? Durante as eleições, os candidatos camuflam o seu radicalismo, mas depois de eleitos, quando se sentem firmes no poder, tiram a máscara. Na eleição seguinte, o contingente de eleitores novos não sabe o que se passou e confia de novo em candidatos que já enganaram a geração anterior.

Por que os brasileiros votam em pessoas, em lugar de partidos?

O discurso dos partidos não é nítido. Numa eleição na Inglaterra, por exemplo, você tem uma direita e uma esquerda bem definidas. Você sabe quem é quem. Aqui nos Estados Unidos ninguém ignora que a Hillary Clinton é de esquerda, que o Glenn Beck é de direita, tal como todo mundo sabia que Ronald Reagan era de direita e Jimmy Carter era de esquerda. Apesar disso, nas últimas eleições, os americanos parecem que copiaram o Brasil: a postura dos democratas e dos republicanos foi igual, os candidatos ficaram jogando confete um no outro.

Há algum otimismo de sua parte quanto ao futuro do quadro político brasileiro, o senhor acredita em melhoras?

Poder melhorar sempre pode. Mas depende da ação humana. O nível de coragem política diminuiu assustadoramente no Brasil. As novas gerações são muito covardes. Se o Brasil ficar assim mais cinco anos, ele não se levantará mais. Veja o caso do filme que foi lançado sobre a biografia do Lula. Se aqui o governo financiasse um filme sobre a vida do Obama, isso daria em impeachment. No Brasil, a realização do filme do Lula não gerou nenhum protesto organizado. A reação está vindo do povo, que não vai ver o filme no cinema.

No seu modo de ver, como se dará à disputa entre a ministra Dilma Rousseff (PT) e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), nessas eleições presidenciais?

Os dois candidatos vão promover um campeonato de esquerdismo. Como o Serra tem alguns aliados conservadores, talvez ele venha com um discurso mais moderado, e sua eleição dê uma folga para que a direita possa se reconstruir, se ainda houver nela alguém interessado mais nisso do que em bajular a esquerda e participar do banquete de verbas públicas.

Para o senhor a ausência de discursos e de programas de direita empobrece a política brasileira?

O que o Brasil tem é um unipartidarismo disfarçado. Fui contra a exclusão da esquerda, durante o regime militar, como hoje sou contra a exclusão da direita. A normalidade do sistema deve estar acima das preferências partidárias, mas a esquerda se colocou acima do sistema, engoliu o Estado e o transformou em instrumento do partido. Note que nem mesmo os militares fizeram isso: no Parlamento, na mídia e nas cátedras universitárias havia mais esquerdistas naquele tempo do que direitistas hoje. Os milicos foram autoritários, mas não totalitários. Hoje estamos caminhando para o totalitarismo perfeito e indolor.

A Palhaçada Geral

Estamos muito bem servidos de líderes. Por quem sois?! Não será preciso dizer mais nada!

terça-feira, fevereiro 23, 2010

A árvore revolucionária do Porto

Plínio Palhano

Em 1963, em Portugal, ainda sob o domínio ditatorial de Salazar, no conhecido e tradicional café de nome Magestic, no Porto, frequentado por artistas plásticos, escritores, poetas, arquitetos, jornalistas e profissionais de vários segmentos, foi se concretizando a necessidade de se criar uma associação que congregasse as intenções artístico-culturais, como a grande meta, mas que terminou se refletindo como uma postura política para o fortalecimento de ideias e de obras que pudessem favorecer certa liberdade à sociedade daquela estagnação para uma dinâmica visão da arte e da política. Assim, em abril do mesmo ano, nasceu a Árvore - Cooperativa de Atividades Artísticas, com a realização da escritura de sua constituição. Um sugestivo nome escolhido pelos fundadores e que, com a sua força simbólica e nos 47 anos de plena atividade, definitivamente marcou a história cultural da cidade do Porto e expandiu, para todo o país, a Europa e além-mar, a certeza de que é uma das cooperativas mais importantes do gênero no mundo.

Fomos apresentados à Árvore por um de seus importantes membros, o artista plástico Carlos dos Reis, que, fraternalmente, nos ofereceu um almoço no restaurante da própria Cooperativa e, logo em seguida, ciceroneou, mostrando-nos todas as outras instalações desenvolvidas ao longo dos anos na Instituição e motivando, com suas explanações históricas e técnicas, um natural reconhecimento de nossa parte das lutas enfrentadas pelos artistas e intelectuais portuenses para consolidar, na sociedade e na estrutura política nacional, uma Árvore plena de vigor, com as raízes fincadas na vontade coletiva de uma cidade reconhecida como uma das destacadas na Europa pela sua cultura.

No almoço, estavam presentes os artistas plásticos pernambucanos Sérgio Lemos - que nos proporcionou, com o seu prestígio construído em Portugal, o elo para a realização de uma exposição coletiva (com o título Pernambuco - arte além-mar) de intercâmbio com a cidade do Porto, na Por Amor à Arte Galeria -, Ferreira, José de Moura e este articulista. Roberto Botelho estava representado por suas obras, na exposição, mas não presente à Cooperativa naquele momento. Ficamos surpreendidos com as instalações das várias seções das atividades de cursos e laboratórios. Visitamos as salas da Galeria, de pintura, cerâmica, litografia, gravura em metal, serigrafia, fotografia, escultura, biblioteca: todas com uma qualidade de organização técnica única. Hoje, é uma Cooperativa consolidada, não somente no Porto, mas em todo o país; inclusive com o apoio de colaboradores efetivos, que lhe dá condições administrativas junto à diretoria, formada por artistas.

A Árvore percorreu um longo caminho para alcançar esse nível. No início, todas as dificuldades foram enfrentadas pelos seus fundadores, a começar pela conquista da casa, com suas várias reformas, chamada de Casa das Virtudes: um belo exemplar arquitetônico (do século 18) da aristocracia do Porto, que abriga, até hoje, a sua sede e oferece espaços suficientes para as imensas atividades. Mas essa casa foi também vítima de atentado à bomba, em 7 de janeiro de 1976, que destruiu a Galeria e a fachada principal; e a consequência desse fato foi a divulgação, com maior força, da Árvore, nos âmbitos nacional e internacional.

No 38º ano da existência da Cooperativa, em 2001, coincidindo com o título do Porto como Capital Europeia da Cultura, a Árvore se destacou como uma das notáveis obras coletivas contemporâneas, e, na ocasião, foi lançado um belo livro com o título Árvore das Virtudes, que contém pesquisas históricas, as editorações gráficas de catálogos, livros, cartazes etc., além de depoimentos que dão o testemunho sobre o trabalho da Cooperativa e reproduções de obras dos artistas plásticos fundadores e participantes históricos. Por essa publicação, nós vemos a seriedade do envolvimento dos artistas para que a Árvore se mantenha como uma das naus mais importantes da divulgação da cultura portuguesa. É essencial salientar que, para a própria fundação, a população do Porto contribuiu financeiramente, principalmente porque sabia da importância da Cooperativa na formação também das gerações futuras. Muitos artistas e docentes em destaque, hoje, passaram pela Árvore e sentem-se gratificados pela experiência sob sua copa frondosa.

Plínio Palhano - Artista Plástico
ppalhano@hotlink.com.br
www.pliniopalhano.art.br/

Pérolas da Semana



Pára-choque de caminhoneiro antenado:

"O que Lula realmente merecia era um segundo torno".

O presidente errou!

Ao contrário do que acha o presidente, não é ruim para a política brasileira que vá preso um governador apontado pela Polícia Federal como chefe de "uma organização criminosa". É bom. Muito bom. Porque mostra, nem que seja pela primeira vez, que mesmo um governador está sujeito à lei. E que a impunidade, regra em vigor até hoje, sofreu um abalo. É espantosa a mania cultivada por Lula de passar a mão na cabeça de bandidos. A corrupção pode não ter crescido durante o seu mandato presidencial. Mas banalizou-se. Essa será a herança maldita que ele legará ao seu sucessor.

E voltar pra frente, pode?

Este país não pode voltar para trás como se fosse um caranguejo... nós não vamos parar mais.” (Lula)

TCU mira a nova negociata

O Tribunal de Contas da União determinou ao Tribunal Superior Eleitoral medidas que evitem o sobrepreço na obra de sua nova sede, em Brasília, após constatar irregularidades. O projeto, com o custo inicial R$ 328,5 milhões, é uma cópia do projeto da sede do Partido Comunista francês em Paris, pelo qual Oscar Niemeyer nada pediu. Mas aqui ele cobrou R$ 5,9 milhões ao TSE.

Larga o meu bolso

Os gastos com aviões, hospedagem, diárias etc na visita a Governador Valadares foram maiores que as 98 casas inauguradas por Lula et caterva.

Caça aos nazis

Criada há sete meses, reúne-se nesta quarta a comissão especial da Câmara que investiga as quadrilhas de neonazistas no Brasil. Depressa, chama o Mossad!

Aluna nota -10

Depois da omelete que virou ovo mexido num programa de TV, a ministra Dilma, que é mineira, chamou de Juiz de Fora a cidade de Governador Valadares. Deve ser a “herança maldita” de Lula..

AFP

Chávez & suas "bromas"

EUA vão apostar tudo em vitória da direita no Brasil. O governo dos Estados Unidos "jogará tudo" para que a direita vença as próximas eleições no Brasil, afirmou neste este domingo o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, durante seu programa semanal de rádio e televisão, "Alô, Presidente".

"Estamos seguros de que o império norte-americano vai jogar tudo para que ganhe a direita no Brasil", disse Chávez.

"O império está tentando ter, para janeiro do outro ano (2011), um governo subordinado a seu mandato, o que seria verdadeiramente nefasto para a união dos governos da América do Sul e de nossos povos", completou.

"Temos a esperança de que o governo de Lula, que não se subordinou aos mandatos dos Estados Unidos, siga seu curso, a seu próprio ritmo, mas sendo um governo aliado dos povos da América do Sul".

Ziraldo não terá anistia igual a de Cony. VERGONHA!

De Ilimar Franco:

A juíza federal Cristiane Pederzolli, de Brasília, negou, dia 20, pedido de Ziraldo para aumentar sua prestação mensal de anistiado político de R$ 4,3 mil para R$ 19,4 mil.

O cartunista argumentou que merece receber valor equivalente ao do jornalista Carlos Heitor Cony, que teve aprovada mensalidade de R$ 19,1 mil, em 2004.

A juíza alegou que Ziraldo, se na ativa estivesse, não chegaria ao cargo de diretor de redação por ocupar o posto de "chargista político". Cabe recurso.

Pela transcrição. HC.

Brasília, mãe de todos os escândalos

Ipojuca Pontes

Mergulhada num eterno mar de corrupção e sufocada por ondas sucessivas de escândalos, Brasília vai completar 50 anos no próximo 21 de abril. Os principais veículos da mídia cabocla estão faturando alto com anúncios programados pelo ora trancafiado (ex-) governador José Roberto Arruda, que, entre outras bravatas, diz ser a cidade artificial uma das “mais admiráveis do mundo”.

No recente carnaval do Rio, os bicheiros da Escola de Samba Beija-Flor também não se deram mal, faturando a partir de contrato com o GDF mais de R$ 5 milhões para o desfile do samba-enredo “Brilhante ao sol do novo mundo, Brasília do sonho à realidade, a capital da esperança”.

Na onda das festividades, o insaciável Arruda, homem para quem a política é a melhor forma de se navegar na lama, tratava também de trazer à Capital Federal, por alguns milhões de Euros, o ex-beatle Paul McCartney - queria ouvir de perto “Yesterday”.

Por sua vez, como a cultura no Brasil vive sempre farejando “bons negócios”, vários cineastas tupiniquins, permanentemente ativos na “captação” das perdulárias verbas públicas, trataram de articular projetos cinematográficos para louvar a Jóia da Coroa. O próprio Carlos Diegues, o velhíssimo Cacá, prefaciador de indigente livro de José Roberto Arruda sobre a mãe de Glauber Rocha (“Lúcia – A mãe de Glauber” - Geração Editorial, São Paulo, 1999), já havia se reunido em Brasília com o governador “mensaleiro”, tramando a produção de filme milionário para “celebrar” os 50 anos da “Capital da Esperança”.

Não sei se os leitores sabem, mas Brasília nasceu de um porre. O negócio foi assim: em abril de 1955, Juscelino Kubitschek, então candidato à presidência da República, saltou na pequena cidade de Jataí, Goiás, para fazer discurso de campanha. Lá para tantas, no final do comício, entre promessas, acenos e sorrisos, JK foi interrompido por um popular - o Toniquinho da Farmácia - que estava completamente embriagado. Sem se agüentar nas pernas, voz pastosa, a folclórica figura jataíense provocou o candidato:

- “Se vosmecê for eleito vai mudar a Capital Federal para o Centro Oeste, conforme reza a Constituição de 1891?”.

Tomado de surpresa, Juscelino, raposa velha, improvisou:

- “Sendo um preceito constitucional, daria, sim, os primeiros passos neste sentido”.

Mas logo depois, enxergando na provocação do bêbado um “negócio da China”, passou a fazer dela o cavalo de batalha do seu “plano de metas”.

Ninguém contesta hoje que Brasília é uma cidade visceralmente corrupta – páreo duro para Sodoma, a urbe que, segundo relato bíblico, por excesso de corrupção foi destruída por bolas de fogo e enxofre enviadas pela vontade divina. Para construí-la Juscelino, sujeito totalmente irresponsável, imprimiu dinheiro sem fundo, pediu empréstimos em larga escala e estourou inúmeros orçamentos, fomentando gastos colossais que levaram o país à inflação galopante e, por extensão, boa parte da população pobre à miséria brutal.

Na nova capital, o próprio JK incrementou um regime de privilégios e negociatas que fez de Brasília símbolo da degradação nacional. Para povoar o serrado desértico, ele importou do Rio uma burocracia sedenta de benesses, mais tarde transformada em nomenclatura despótica, a produzir, em ritmo alucinante, tão somente - papel, discursos e impostos.

(Neste universo degradante, fechado sobre si mesmo e afastado do trabalho produtivo, a padrão da moralidade pública viu-se reduzido à zero. Basta observar: transpira no lugar uma atmosfera diuturna de subornos, propinas, traições, mentiras e conchavos os mais indecentes, capaz de atordoar o próprio Demônio. Por conseqüência, convive-se neste ambiente doentio com elevados índices de alcoolismo, dependência tóxica, loucura, suicídio, prostituição, adultério, cleptomania, ociosidade e, inevitavelmente, o apelo à prática da baixa magia – esta, consagrada pelo rito do sacrifício animal).

Em retrospecto, no ano de 1961, Jânio Quadros – um louco de pedra - tomou posse do governo em Brasília prometendo prender JK, mas, de porre permanente, terminou por condecorar o sanguinário “Che” Guevara e renunciar ao cargo com 7 meses de mandato.

Por sua vez, ainda em Brasília, feito presidente, o latifundiário Jango, parceirinho de comunistas históricos (“Com Goulart em Brasília, nós já estamos no poder” - Luiz Carlos Prestes à revista “Manchete”, em junho de 1963), ao tentar golpear a nação e transformá-la numa república “popular sindicalista”, levou-a aos estertores – o que obrigou a milicagem de plantão, na base do contragolpe, a tomar o mando político do país.

Com o Marechal Castelo Branco em Brasília, estancado o drama da subversão janguista, vieram as cassações e a pretensão de se manter o poder sem a legitimidade do voto, o agitprop da subversão comunista, o AI-5 de Costa e Silva, as guerrilhas terroristas de Marighela e Fidel Castro, o vigoroso governo Médici e a estupidez estatizante de Geisel, Golbery e Figueiredo - generais “simpatizantes da esquerda” que devolveram o poder à mesma corriola vermelha pré-64.

Já na transição para a sôfrega “Democracia Permissiva”, Zé Sarney, o Impostor, típica flor do lodo brasiliense, não só estuprou a nação com a hiperinflação de 3% ao dia, como ajudou, pela inépcia, a eleger Collor de Mello, o “Caçador de Marajás”.

Figura insensata e vã, Collor de Mello, de formação 100% brasiliense, foi deposto do poder por causa de um Fiat Elba, indício, para o PT (bons tempos, hein!), de “grossa corrupção”. Seu sucessor, Itamar Franco, o “Inocente Inútil”, além das tolices de praxe, apenas adubou o terreno para o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, marxista protetor de banqueiros e criador do Proer e outros bichos arrepiantes.

Por fim, este velho senhor, sempre lépido e falante, depois de oito anos de poder, passou a bola para Lula, o Messiânico, afinado instrumento do totalitarismo petista, cujo governo já contabiliza para mais de 3 mil escândalos, todos rigorosamente impunes, entre os quais o do mensalão – modelo seguido ipsis litteres por Zé Arruda, o governador delinqüente.

Para concluir, eis o que previ sobre o “futuro de Brasília”, conforme solicitado por um editor de jornal do Rio, ainda a ser publicado (ou não): “Nada indica que Brasília mude de rota ou padrão ao completar meio século de existência. Pelo contrário. A perspectiva inelutável, nas próximas décadas, com gente da estatura de Dilma Roussef e congêneres no comando, é que a cidade se torne ainda mais sinistra, totalitária e deletéria, fazendo do resto do país refém de sua infinita miséria moral, política e ideológica, como bem evidencia o Programa Nacional de Direitos Humanos – o famigerado PNDH3 – assinado por Lula”.

PS - Alguns “formadores de opinião” têm por hábito tratar Brasília, ironicamente, como a “Ilha da Fantasia”. Nada mais irreal. Ali ninguém sonha com nada, tudo é muito concreto, na base do toma lá da cá. O mero voto aliado é trocado por rios de dinheiro e sua burocracia está sempre ávida por novos tetos salariais, isonomias e privilégios mesquinhos. Não é em vão que, sem produzir nenhuma riqueza socialmente útil, detenha há anos a maior renda per capita do país – hoje quase o triplo da renda nacional: R$ 37, 700 mil.

Charge do Dia

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Doutores em humilhação

Debora Diniz

Antropóloga, professora da Universidade de Brasília e pesquisadora da Anis: Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero, natural de Maceió, vive em Brasília. Tem 34 anos, é casada.

"Agredir e insultar um homem a caminho do trabalho é obviamente inaceitável. Pior quando os agressores estudam medicina".

O Estado de S.Paulo
- 07-02-2010

Três rapazes agridem um senhor em uma bicicleta com um tapete de carro. A força do impacto leva o homem a se desequilibrar e cair da bicicleta. Excitados pelo impulso sádico, os rapazes teriam gritado ô, nego. Um grupo de testemunhas denuncia os rapazes à polícia. Eles são presos, o que poderia ser considerado um desfecho justo ao ritual de humilhação racial e de classe. Mas o Centro Universitário Barão de Mauá, no interior de São Paulo, decidiu também expulsá-los do curso. Eles estudavam medicina.

O que há de tão grave nessa história, além da injúria racial e da agressão física a um homem inocente a caminho do trabalho? O fato de os três rapazes estudarem medicina. Esses são desvios inaceitáveis para qualquer cidadão, mas particularmente inquietantes quando seus autores são futuros médicos. Há um espaço simbólico reservado ao médico em nossa vida social: a ele cabe o conforto, a escuta e o cuidado. Há uma expectativa de acolhimento universal que não distingue cor, idade, sexo ou religião. Um pacto silencioso de confiança é o que nos move ao entrar em um consultório médico: aquela pessoa de branco diante de nós está ali para cuidar de nosso medo da morte.

Dos médicos se espera mais do que o simples cumprimento das regras fundamentais da cidadania: é preciso uma consciência ética sobre o lugar sagrado que socialmente lhes é reservado. Por isso, não pode haver médicos racistas, sexistas ou violentos. As crenças privadas de um médico são simplesmente seus valores sobre o bem viver, o que não lhes confere nenhuma autoridade para julgar ou reprimir moralmente seus pacientes. Um ginecologista, por exemplo, não tem o direito de expressar suas inquietações homofóbicas ao atender uma paciente lésbica, assim como um obstetra de um hospital público, na ausência de colegas que o substituam em um plantão, deve atender uma mulher com autorização para o aborto legal. Esses encontros atualizam a consciência ética que todo médico deve ter ao exercer a medicina.

O homem da bicicleta foi humilhado pelos três rapazes que acreditavam ser divertido agredir ou assustar pessoas a caminho do trabalho. O exercício da humilhação é um instrumento de poder dos fortes e os médicos são indivíduos com poder sobre o corpo vulnerável de um paciente. Mesmo que não estivessem ainda no exercício da medicina, os rapazes testavam os limites das vantagens conferidas pela desigualdade de classe e de raça que contornam nossa vida social. Se um dia vierem a ser médicos e ainda distantes da consciência ética sobre a dor do outro, eles terão outros homens da bicicleta como pacientes e diante deles expressarão semelhante desprezo. Certamente, não mais os agrediriam com um tapete nas costas, mas com a indiferença pelo sofrimento.

Muito se fala na humanização da medicina e das outras profissões de saúde. Essa expressão é uma forma simples de traduzir alguns dos valores fundamentais que devem acompanhar a formação ética dos futuros médicos. Um bom médico não é apenas aquele que se atualiza nas técnicas e conhecimentos sobre sua especialidade, mas é principalmente aquele que se aproxima de seu paciente e é capaz de entender as sutilezas do seu sofrimento. O reconhecimento do papel simbólico do médico está diretamente relacionado ao exercício desses atributos. Por isso, no sentido mais clássico da expressão, um bom médico exercita a nobreza de caráter.

A expulsão do curso de medicina não deve ser entendida como um ato de vingança ou de duplo castigo. Os rapazes foram submetidos a duas ordens de julgamento. A primeira foi penal e resultou na prisão temporária e no pagamento da fiança pela agressão. A segunda foi ética e anuncia um sinal importante dado por aqueles que se preocupam com a formação dos futuros médicos - há valores fundamentais à consciência ética de um médico e um deles é o respeito ao humanismo. A decisão da faculdade em expulsá-los indica que, apesar da intensa mercantilização da medicina, a ética importa para a formação médica.

Há vários desafios éticos na formação das novas gerações de médicos. O modelo brasileiro de saúde pública se vê continuamente ameaçado pela sedução mercantil da medicina dos desejos, como é o caso das cirurgias estéticas. A medicina deve ser uma prática que reconhece a universalidade da condição humana e não simplesmente o poder de consumo de seus pacientes. O medo da morte e as fragilidades que nos acompanham são parte de nossa condição humana compartilhada e desconhecem qualquer diferença que nos situem como trabalhadores negros ou estudantes brancos de uma faculdade privada.

BRASIL: do Melting Pot à “Geléia Geral”


Carlos Mello



Este blog (prefiro trocar essa palavra gringa pela brasileira e esculachada “brogue”) é apenas mais um dos milhares que atravancam o ciberespaço brasileiro. Não falo assim por desprezo, mas tão somente como constatação. Cada um desses brogues reflete o espaço multifacetado da cultura brasileira – da minha, da sua, da nossa cultura – deste universo de mil rostos, dinâmico, multívago e multíssono em que vivemos os últimos anos deste kali-yuga. Somos como aquele caldeirão fundente, exaltado pelo jovem David, onde “o grande Alquimista” mistura e funde “este e oeste, norte e sul, a palmeira e a nogueira, o pólo e o equador, o crescente e a cruz” em seu fogo purificador. Mas somos também, e talvez mais ainda, aquela “geléia geral” de Gilberto/Torquato, “resplendente, cadente, fagueira, num calor girassol com alegria”.

Nosso brogue, felizmente, tem de tudo. Pra que citar nomes? Eis aqui um espelho da nossa face – que abriga intelectuais de peso e também meros escrevinhadores – como é o meu caso – gente com notável percurso intelectual e pessoas mais ingênuas – euzinho, de novo – que confundem personagens literários com gente real – o que, diga-se de passagem, é uma boba e bela homenagem à literatura. Melting pot ou geléia geral, aqui convivem e umas vezes se engalfinham, outras vezes se abraçam e beijam, opiniões as mais diversas e contraditórias, nesta saudável respiração de nossos pulmões pensantes, ainda limpos e elásticos. “Pão ou pães, é questão de opiniães”, como lembra Rosa/Riobaldo. Deus nos livre do mofado spleen do tédio europeu, ou do cego pragmatismo unívoco dos norte-americanos. Não, aqui tudo é novo e velho, bonito e feio, sério e brincalhão, permanente e provisório – como nosso colorido, embolado, democrático Carnaval.

Este brogue gosta de malhar o Lula e o petismo – mas com certeza dará o maior e mais merecido cacete no Serra, se ele chegar lá, ou desancará Dilmão e sua pose de “Comissária do povo”, se for a vez dela. A gente é assim, ama e maltrata. Que ninguém nos venha de borzeguins ao leito, com seriedades postiças e poses de gente fina. Já nos bastam os colibris do Itamarati. Muitas vezes o Lula fala por nós e nos enche de alegria, quando chuta o balde e desmascara a postura hipócrita do primeiro mundo. Outras vezes, temos de olhar de banda, quando depois de uma dose mais alentada, ele mistura alhos com bugalhos e nos torna meio ridículos diante do sorriso irônico dos donos do poder. Ele é “o cara” mesmo, Mr. President, mas não o vemos assim, do seu modo escarnica e falso. Ele é nosso Presidente, nós o elegemos, com toda a sua inteligente ignorância, e somos nós que temos o direito de cutucá-lo.
A gente morre de rir do mau humor dos comunas, incapazes de uma boa gargalhada, de rirem se si próprios, de não se levarem tão a sério nessa fugaz e fluida existência. Relaxem, garotos, ninguém vai tomar suas sinecuras. Nós somos meio malucos, capazes até de, em plena ditadura, chamar um milicão fascistóide de “gênio da raça” – quando já sabíamos, desde Ascenço, que o gênio da raça nunca foi nem Rui Barbosa, mas “a mulatinha chocolate fazendo o passo do siri congado”. Lembro-me do olhar estupefacto de um amigo belga, no calor senegalês do Rio, diante de um Papai Noel de araque, tocando um sininho e recebendo por cima flocos de neve artificial. Ora, meu caro, você não gosta de nossas contrafações? Temos para todos os gostos, políticos safados com cara de gente séria, imortais que já morreram e não perceberam, empresários especializados em mamar nas tetas, e até, como dizia Osman Lins, “a contrafação das contrafações’, o índio brasileiro representado pelos garotos de escola como arremedos dos peles vermelhas dos desenhos animados.

Nós gostamos de brincar, esta é a nossa marca registrada. Há muito tempo entendemos – e com mais argúcia que os budistas – que maia é apenas uma manifestação que passa – ou, em linguagem mais cristã, que a realidade que nos vem pelos sentidos é totalmente ilusória e provisória. Não temos saco para conversas enroladas no ar rarefeito dos departamentos acadêmicos. Deixá-los lá, eles são pagos para isso e não fazem mal a ninguém. Mas a gente prefere uma conversa franca, de preferência com uma cerva gelada, ou uma água de coco tinindo. Levianos?! Que nada, doutor, a gente sempre trabalhou como mouros. Se não fosse assim, quem ia sustentar essa farra da nomenklatura, que veio nas naus portuguesas e aqui ficou para todo o sempre? Sabemos com certeza, como bem lembrava Keynes, que a longo prazo estaremos todos mortos. Que tempus fugit, nec revertetur. Aprendemos essa lição sem nenhum latim, sem nenhum título de Oxford ou de Harvard, mas olhando para nós mesmos e para a dura realidade que nos cerca. Que é pura ilusão, como vimos. Mas como dói!

domingo, fevereiro 21, 2010

Solteira, sem filhos. E daí?

Marli Gonçalves

50 anos, solteira, sem filhos. E não é gay! E SE FOSSE??? Em referência à citação da Min Marta Suplicy - na época em que se candidatou à prefeitura da cidade de São Paulo e fez alusão jocosa e preconceituosa ao então seu adversário, Gilberto Kassab.


Dona Marta e sua gente, que me perdoem todos, mas diretamente desejo de coração que vocês todos sejam jogados na lata do lixo da história. E que suas cabecinhas falsas, perversas, atrasadas e ignorantes fiquem bem longe de nossa cidade.

Vocês, Dona Marta e sua gente, estão querendo governar São Paulo? Deus nos livre de vocês, com esse pensamentinho barato, esse jeitinho comunista de ser que não resiste a um vento, essas balelas religiosas, esses estelionatos que estão
praticando em todo o país.

Dona Marta e sua gente, vocês não mexeram só com os gays ou os seus simpatizantes, o que já seria mais do que suficiente para afundá-los na lama.
Vocês mexeram com os solteiros, sem filhos. Mexeram comigo. E com milhões de outras pessoas que são, sim, SOLTEIROS. E que não têm filhos, não!

Vocês chamaram para a guerra, e como seus fidagais inimigos, os solteiros, sem filhos. Somos muitos, Dona Marta, e somos poderosos! Porque vivemos para nós.Podemos ser gays. Podemos não ser.

Podemos ter cachorro, gato, papagaio, beijá-los na boca, dormir com eles na cama. Podemos transar. Podemos nos manter sem transar. Podemos transar com um, com dois, com três.

Podemos nos apaixonar. Sabia? Podemos até casar! E ter filhos... Ou adotar, ou cuidar dos filhos dos outros...

Olha, só, Dona Marta, podemos ter amantes! Não é muito mais divertido?

Está com inveja? Saiba, Dona Marta e sua gente, que há muitos de nós! Sabe que somos muito bem requisitados e valorizados no trabalho?

Que nossas casas são mais bonitas? Que gastamos melhor nosso dinheiro?
Que somos mais responsáveis, carinhosos e ligados aos nossos amigos e familiares?

Por um acaso, Dona Marta, sabe que somos a cara da cidade que a senhora ousa se recandidatar a governar?

Que papelão, que nojo. Quem são vocês, Dona Marta e sua gente, para ousar
questionar essa opção? Vocês têm alguma idéia de como é, para nós, importante, poder responder orgulhosamente: Solteiros, sem filhos.

Imaginam o que eu, mulher, solteira (embora com muitos casamentos sem papel) já passei, encontrando nesses meus 50 anos de vida, gentinha como vocês?

Gentinha que considera, no fundo de suas pequenas almas, que somos gente de segunda categoria, ou que, nossa!, por não sermos casados, somos gays?

Cansei e canso de ouvir insinuações, em geral veladas. Humm... Ela deve ser sapatão! Sou não, Dona Marta.

Mas nem eu nem o prefeito Kassab, nem nenhum de nós, lhe deve satisfações sobre para quem damos, se comemos ou somos comidos, se fazemos sexo com homens, mulheres, ou ambos.

Não, Dona Marta e sua gente: somos livres!

Eu, por exemplo, não tenho que agüentar um marido argentino rabo de saia ou um senador idiota ilustre por anos para dizer que tenho alguém.

Eu não tenho que sorrir em festas infantis, muito menos ver meus lindos filhinhos virando pseudopunks ou sambistas chatos e sem noção.

Mais: eu não tenho que a qualquer preço vender a minha biografia ou tentar mudar minha cara e minha personalidade.

Dona Marta, a quem a senhora pretende enganar tentando parecer a Luiza Erundina? Ficou igual à Vovó Donalda, Dona Marta, olhe bem no espelho.

Porque a Luiza Erundina, Dona Marta, que deveria estar muito envergonhada de estar do seu lado, nunca teve problemas em dizer que era solteira, sem filhos.
Governou a cidade, foi muito querida, e só se atrapalhou mesmo quando essa sua corja petista começou a meter a mão na cumbuca.

Como vocês ousam fazer essa pergunta ao prefeito Kassab? Sim, eu respondo por ele: é solteiro, sem filhos; ouvi dizer que tem um gato de estimação.

Mas Kassab tem uma família; todos com uma história construtiva, muitos engenheiros, gente do bem, Dona Marta! Irmãos, que o querem muito bem, com certeza. Cuida do pai, cuidou da mãe, vive feliz, seus olhos brilham e ele gosta de trabalhar pela cidade.

A senhora pode dizer que tem uma família? Cadê?
Mostra aquela foto da sua família!
Aparece com o Luis Favre!
Apresente-o para a gente!
Não me faça rir.

Mas, por favor, chega, não me faça querer xingá-la, como é o pensamento que tenho agora. Me deixe simplesmente esquecê-la, ou lembrar apenas de seus
melhores momentos. Olha que já está ficando difícil lembrar dessa parte de sua
biografia.

Vamos falar sério, Dona Marta e sua gente: podemos começar com Celso Daniel. Que tal?

Não, não quero saber de nada de crime de Santo André. Quero saber como é que vocês conseguem dormir depois de, por causa do preconceito, há exatos 6 anos fazer de tudo para que a verdade mais clara do mundo a respeito de Celso
Daniel (e verdade com a qual ele lidou numa boa) não aflorasse?

Petista não pode ser veado, né? Pode, sim!
A senhora e sua gente acha mesmo que levantou alguma suspeita sobre o prefeito Kassab?

Ora, seu filhinho Suplinha pula dali, pula daqui... e não é
que ele é solteiro, sem filhos?
Será gay?
Será por isso que ele usa aquelas tachas na roupa, pinta o cabelo, faz cara de mau? Lá pelos lados do Palácio do Planalto tem outras pessoas assim, hein?

Solteiras, sem filhos!

Quer que eu lembre de algumas ou não precisa? Dona Marta, que vergonha, que papelão! A gente não lutou tanto tempo, não morreu brigando, foi
torturado, batalhou tanto para a senhora e sua gente vir agora mexer com uma coisa tão importante como é a liberdade individual.

Dispensamos e desprezamos gente como você, e como o Eduardo Paes, esse simplesmente um moleque safado, que deveria ir, logo, para o PT.

Marli Gonçalves, jornalista, 50 anos, solteira, sem filhos.

Às moscas


Com beleza invulgar, a presença da “miss” chamava a atenção.

MARCUS ARANHA

Quinta feita passada foi aniversário de nascimento de Anayde Beiriz, que veio ao mundo em 18 de fevereiro de 1905.

Com exceção de uma excelente “Carta a Anayde Beiriz” publicada na imprensa pelo Profa. Mariza de Oliveira Pinheiro, nenhuma outra menção, nenhuma homenagem foi feita a esta paraibana emblemática e mulher heróica que viveu no começo do século passado.

Apesar da origem modesta, filha de um gráfico do jornal “A União”, as amizades que fez na Escola Normal, onde estudou, aliadas ao cultivo das letras, permitiram Anayde frequentar rodas da sociedade, comparecendo a tertúlias e saraus denominados “líteros-dançantes”, realizados periodicamente em residências de personalidades sociais da época.

Pesou ainda para a aceitação dela na alta sociedade o fato de ter obtido o primeiro lugar em um concurso de beleza promovido pelo jornal “Correio da Manhã”. Com beleza invulgar, a presença da “miss” chamava a atenção.

Começou a seguir um caminho intelectual vinculada ao “Modernismo”, movimento encetado por intelectuais, na Semana de Arte Moderna, realizada em 1922, em São Paulo.

Nesse ano, a Escola Normal diplomou mais um grupo de professoras. A mais jovem delas, Anayde Beiriz, com 17 anos, foi laureada como primeira dessa turma e abraçou apaixonadamente as propostas de renovação lançadas depois da Semana de Arte Moderna. Daí em diante a professorinha se pôs numa situação de vanguarda lutando com denodo pelos direitos da mulher.

Definitivamente, tornou-se feminista quase uma personalidade libertária. Passou a defender abertamente a liberdade da mulher e rejeitar a repressão ao seu sexo. Clamava a favor do direito ao voto, naquela época coisa ainda negada às mulheres brasileiras. Tornou-se também jornalista da imprensa nanica.

Há quem diga que Anayde foi uma mulher avançada demais para sua época. Com certeza ela foi uma das precursoras do movimento feminista e poderia ser considerada o primeiro ícone feminino do modernismo na Parahyba, assemelhando-se a Patrícia Galvão, a Pagu, de projeção nacional e tida como musa do modernismo brasileiro.

Demonstrando seu partidarismo pela liberdade absoluta, Anayde desprezava as restrições feitas às mulheres e aos preconceitos daqueles tempos. Lutava contra o maniqueísmo e o obscurantismo reinantes na sociedade predominantemente masculina da década de 20.

Há depoimentos que relatam Anayde como precursora de novas modas, rompendo barreira impostas ao sexo feminino na década de 20. Usar rouge e batom, sair a rua desacompanhada e cortar os cabelos “a la garçonne, foram atitudes mostradas por testemunhas oculares, as que marcaram a professora e intelectual como lutadora contra o falso moralismo e os modelos arcaicos que se impunham as mulheres.

Em 1928, Anayde começou um relacionamento com o advogado João Duarte Dantas, que em julho de 1930 assassinou a tiros o presidente da Parahyba, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. A partir daí, a Parahyba do Norte, terra natal querida de Anayde, para ela, tornou-se um Gólgota...

Há uma praça com o nome dela no bairro do Valentina Figueiredo.

Simbolizando hoje, a ingratidão das autoridades e dos organismos feministas da Paraiba, o logradouro está às moscas.

Caridade com o chapéu alheio!


O apedeuta-presidente adora bravatas, adora "se amostrar" (como dizia a minha avó) gastando o dinheiro dos outros. Não é que o indigitado terá na próxima quarta uma reunião privada (sic) com Fidel Castro, em Havana? Encontro de “velhos amigos”. Lula deve ir lá para dar de mão beijada a bagatela de US$ 300 milhões de dólares, do meu, do seu, do nosso bolso (sem a nossa autorização), para a modernização do Porto de Mariel, em Havana. O decrépito comandante já estava de olho nessa grana há tempos! Enquanto isso... em Pindorama... deixa pralá. Não adianta mesmo! HC.

sábado, fevereiro 20, 2010

UM CABRA TINHOSO

Hugo Caldas

Crônica tirada de uma notícia de jornal:

El País: "Faleceu no último dia 4 de fevereiro em Costa Blanca, Espanha, de causas naturais aos 91 anos de idade, o recordista de fugas durante a Segunda Guerra Mundial, o cidadão bri
tânico, Horace Joseph "Jim" Greasley."

Nascido em Ibstock, Leicestershire, Greasley era um pacato barbeiro quando a Alemanha invadiu a Tchecoslováquia em março de 1939. A Inglaterra logo em seguida publicou o Ato de Treinamento Militar, convocando homens de 18 a 40 anos para o serviço de guerra. Alistado, ele recebeu treinamento que durou sete semanas, sendo então integrado ao 5º Regimento de Leicestershire. Foi em seguida enviado à França como componente da Força Expedicionária Britânica. Em maio de 1940, enquanto recuava na confusão reinante em Dunquerque, Horace foi feito prisioneiro, e juntamente com outros soldados britânicos, enviado a um campo de concentração na Silésia, no leste da Alemanha. A guerra durou muito pouco para o nosso herói.

Aqui começa uma aventura inteiramente nova.

A história começa a tomar cores de produção cinematográfica quando ao chegar ao campo de prisioneiros, Horace conhece Rosa Rauchbach a filha de um funcionário de uma mina de mármore anexada ao campo. Rosa tinha 17 anos e trabalhava como intérprete de inglês. Logo, que bateu os olhos nela uma forte atração surgiu entre os dois. O sentimento foi recíproco pois em pouco tempo, Jim Greasley e Rosa Rauchbach não mais faziam o mínimo segredo do namoro proibido dos dois. Se encontravam pela manhã, à tarde, e de noite, em lugares os mais diversos como dormitórios, oficinas, escritórios ou qualquer outro espaço que lhes assegurasse "uma rapidinha". Oh, doce pássaro da juventude. Contudo, o que é bom dura pouco. Não demorou muito e ele foi transferido, um ano depois, para o campo de Freiwaldau, uns 65 quilômetros mais para o leste. Greasley se viu no mato sem cachorro e sem o seu amor. Intuiu então que a única maneira de manter vivo o seu relacionamento com Rosa seria fugir do campo. Puro devaneio tentar voltar à Inglaterra. Forçosamente ele teria que pensar numa maneira de escapar e voltar ao cativeiro. Iniciou então, uma série de "saídas rápidas" sempre disfarçado, em meio a grupos de trabalho temporário, e logo passou a receber ajuda de pessoas da região. Como barbeiro do campo, Greasley começou a receber com britânica freqüência recados de Rosa, trazidos por colegas que vinham até ele a fim de cortar o cabelo. Ela ainda conseguiu enviar peças isoladas em pequenos pacotes, que permitiram aos prisioneiros montar um rádio e escutar a BBC. Tudo na maior mordomia. De fazer inveja aos "Hogan's Heroes ("Guerra, Sombra e Àgua Fresca”), uma série de TV que satirizava a II Guerra Mundial, mostrando espertos prisioneiros de guerra aliados que enganam de todas as formas seus captores nazistas. No caso de Greasley, uma desmoralização pura e simples à rigidez sinistra e assassina dos SS a quem os campos de concentração eram subordinados.

Greasley fugiu e voltou ao campo 250 vezes, sempre desapercebido.

Cabra tinhoso. Tanto, que certa vez teve o topete de peitar o SS-Reichsführer Heinrich Himmler, durante uma inspeção de prisioneiros. Ele, simplesmente tirou a camisa para mostrar a Himmler o estado de magreza em que se encontrava, e ainda exigiu, de acordo com a Convenção de Genebra, alimentação adequada, ou seja, aumento nas rações diárias. Esse insólito encontro foi devidamente registrado e aí está a foto que não me deixa mentir.

Himmler é esse baixinho invocado de óculos, dono de um bigodinho mais ridículo do que o do Führer. Estou reunindo documentação para um texto sobre esse senhor a quem o maluco do Hitler delegou "A Solução Final" que outra coisa não era que a eliminação de TODA a população judia na Europa ocupada. Mas, voltemos ao nosso heroi.

O tempo passou. A guerra acabou. Os russos chegaram e libertaram o campo. Jim Greasley se reencontrou com a liberdade em 24 de maio de 1945, após 5 anos na prisão. Já de volta à Inglaterra, continuou recebendo cartas de Rosa. Certo dia lhe chegou a notícia. Rosa havia falecido de parto juntamente com a criança. Ele jamais soube se o filho era seu.

Nos anos que se seguiram o após-guerra, Jim Greasley voltou a trabalhar como barbeiro, fundou uma companhia de táxis e uma firma de entregas. Em 1970 conheceu Brenda com quem se casou em 1975. Em 1988 foram morar na Espanha. Na Costa Blanca, em 2008, Greasley publicou o seu livro "Do The Birds Still Sing In Hell?" ("Os Pássaros Ainda Cantam no Inferno?”). Ele sempre se prometia voltar à Silésia. No final de 2009 concordou em rodar nas dependências do campo um documentário para uma TV americana, com a direção de Steven Spielberg que estava interessado em filmar a história completa de Horace Greasley.

Horace Joseph "Jim" Greasley, faleceu dormindo antes que pudesse cumprir a promessa. Deixou esposa, e um casal de filhos.

A "mente" de Dilma


Augusto Nunes

O jornalista Celso Arnaldo acabou de chegar de mais uma incursão pela mente inquietante de Dilma Rousseff. Segue-se o relato do implacável caçador de cretinices:

Metida num charmoso macacão da Petrobras, suando pouco menos do que Lula, que reclamou estar se sentindo como um “pintinho que caiu na poça”, a palanqueira é instada a falar na inauguração do Gasduc III, em Duque de Caxias.

O que está sendo inaugurado é simplesmente o maior gasoduto da América Latina, com um potencial de escoamento de 40 milhões de metros cúbicos/dia. Mas o discurso parecerá igual ao da abertura de uma creche para 12 crianças, na semana passada. A esta altura, já pegamos a fórmula: cada discurso de Dilma começa por um tatibitate sobre os benefícios da obra em si e logo se encaminha, aos trancos e barrancos, para o segmento “nosso Brasil é melhor do que o deles”, onde ela embaralha e magnifica os feitos do governo Lula e suas próprias promessas de continuidade. Aliás, no fim deste texto, você verá que, para Dilma, creche e gasoduto são a mesma coisa.

“No PAC, esse segmento do gasodutos ele é muito importante (..) permite que hoje, com a temperatura que nós temos aqui, está previsto que mais ou menos se atinja algo como 36, 37, 38 graus, isso implica consumo de ar-condicionado, implica também o fato de que nós sabemos que houve, porque o presidente diminuiu a isenção do IPI, uma compra, né, de eletrodomésticos, a chamada linha branca, né, geladeira e outros eletrodomésticos, permitindo então que as pessoas também tivessem um nível melhor”.

Talvez entorpecidas pelo calor de Duque de Caxias que fazia na Refinaria Duque de Caxias, algumas pessoas presentes ao evento entenderam, nessa fala da Dilma, que o presidente Lula aumentou o IPI dos eletrodomésticos, antes de inaugurar o gasoduto, porque está quente demais ─ mas que assim mesmo houve uma corrida à linha branca e que ninguém deve se preocupar com o calor, porque o Gasduc III também levará ar-condicionado para todos e, portanto, um nível melhor.

Eleita Dilma, teríamos na presidência o mais baixo padrão de oratória da história da República. Pior do que Costa e Silva e Dutra ─ este não apenas pelo discurso chocho e descolorido, como pela má “dicchão” e fragilidade intelectual, motivo de inúmeras piadas. Como sua apresentação ao presidente Truman, que o cumprimentou protocolarmente:

─ How do you do, Dutra.

E Dutra:

─ How tru you tru, Truman.

Com Dilma, não dá vontade nem de fazer piada ─ embora sua desarticulação seja sempre risível. Porque por trás de sua rara incapacidade de costurar uma frase sem graves problemas de concordância, redundância, repetição, concatenação e raciocínio, esconde-se a mais primária e nociva forma de populismo, que vê o Estado como o provedor impossível de todas as necessidades humanas, embaralhando metas e limites de todo e qualquer projeto. Para isso, contribui, no caso de Dilma, a linguagem tosca e geralmente ininteligível.

“No nosso país, é muito importante essa questão de oportunidade. E o PAC eu acho que ele trouxe um grande impulso, um impulso enorme no Brasil, que é o impulso de construir aquilo que estava faltando no Brasil”..

O discurso feito no Gasduc III foi, para variar, um conjunto pastoso de platitudes, ideias desconexas e clichês tão mal formulados que se tornam pastiche do clichê. Para isso, Dilma usa meia-dúzia de imagens e metáforas pífias que ela decorou ou colaram na agenda dela ─ como a do soluço, a do povo de quinta potência, a da creche como berço das oportunidades.

“Nós só seremos quinta potência (lá vem…) se o povo brasileiro for quinta potência nossa, a nossa quinta potência”.

(Só faltou dizer “a potência quinta nossa” e “a potência nossa quinta”)

“Dar um passo além no sentido de que todas as crianças do Brasil (lá vem…) tenham direito a creche (…) Porque todos os estudos mostram que a diferença, a diferença, o momento importantíssimo na vida de cada um de nós seres humanos se dá entre 0 e 3, 3 e 5 anos, que é quando a gente se forma. E quando uma pessoa, quando uma criancinha não tem na família o acesso a livros, o acesso a todas as questões culturais que uma criança de classe média tem, ela não tem a mesma oportunidade do que as outras (…) Vocês vejam que é possível perfeitamente ter uma visão ampla do país, unir gasoduto com creche pra criança”.

(Essa visão ampla, essa obsessão pela creche como oportunidade de vida, essa visão tão gasosa só Dilma tem. E onde estão essas crianças já formadas com 3 anos de idade ─ ou seria com 5? Em Harvard? Ou no MIT?)

A tempestade que castiga o neurônio solitário é coisa de assustar paulistano. É tanta trovoada que o Brasil, se não perdeu de vez o juízo, vai acordar bem antes de outubro.

Fala mais, Dilma.

A Ressaca do Dia


Lula, no 4° Congresso Nacional do PT, mirando a Organização das Nações Unidas, revela um pouco de seus planos para quando deixar a presidência da República:

- Quero que vocês saibam que quando deixar a presidência duas coisas martelam minha cabeça. Uma é a integração da América Latina. Outra é trabalhar mais forte a integração da América do Sul com o Continente Africano, para que possamos fazer surgir um mundo novo.

Obs: Lula quer ser Secretário-Geral da Onu! O que não faz "a marvada"! HC

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Frase do Dia

"MENSALÃO PARA MIM NÃO É CORRUPÇÃO, É FINANCIAMENTO DE CAMPANHA COM CAIXA 2."

José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil da presidência da República

A Piada do Dia


Piadinha, sim que ninguém é de ferro. Vamos dar umas risadinhas, recarregar as baterias. Depois voltamos às habituais xingações! HC.


...Onze e meia da noite, uma senhora toda vestida de preto entra no táxi e pede que o taxista a leve ao aeroporto.

O taxista, muito sério, não falou absolutamente nada durante todo o trajeto, até que a senhora resolveu quebrar aquele silêncio sepucral e toca levemente em seu ombro.

O chofér esperneia muito e grita assustado até que perde o controle do carro e por pouco não causa um grave acidente! Com o taxi parado sobre a calçada, a senhora, também assustadíssima, vira-se para o taxista e diz:

- Meu bom homem você estava dirigindo tão bem. Como é que se descontrolou a tal ponto por conta de um simples toque no ombro?

- Não me leve a mal, senhora, mas... É que esse é o meu primeiro dia como taxista.

- Ah, sim! E o que o senhor fazia antes disso? - perguntou ela.

- Por 25 anos eu fui, motorista de carro fúnebre.

A Imagem do Dia

OS TRÊS CAVALEIROS DO APOCALIPSE - OU... "AMIGO É PRA ESSAS COISAS!"