sábado, março 31, 2012

Et Tu, Brute?

Deputado federal recebeu R$ 160 mil de Carlinhos Cachoeira para comprar apartamento e outros R$ 19 mil para frisas do Sambódromo


O Globo


O deputado federal e ator Stepan Nercessian (PPS-RJ) enviou ao presidente nacional do PPS, Roberto Freire, pedido de licença do partido. Stepan também vai soilicitar sua saída da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara. A decisão foi tomada depois de reportagem publicada neste sábado pela "Folha de S.Paulo".

O jornal informa que o deputado recebeu R$ 175 mil, no ano passado, do contraventor Carlinhos Cachoeira. Parte do dinheiro (R$ 160 mil) seria usada para comprar um apartamento. Outros R$ 15 mil, segundo a reportagem, foram gastos para a compra de um espaço (frisa) no Sambódromo, no carnaval deste ano. Em entrevista ao GLOBO, Stepan afirmou, no entanto, que o valor gasto no carnaval foi de R$ 19 mil.

— Me coloquei à disposição. Tenho preocupação com o partido e não me considero nenhum criminoso. Sou um cara que está na vida pública há 44 anos como artista. Tenho todo tipo de amigo. Conheço o Carlinhos (Cachoeira) há mais de 20 anos e sempre tive relação social com ele. Eu estava comprando um apartamento em junho do ano passado e, em cima da hora, o banco me exigiu um comprovante. A pessoa para quem eu podia pedir ajuda era ele. Liguei e ele me emprestou, mas, depois, o próprio banco aprovou. Aí devolvi os R$ 160 mil para a mesma conta — disse o deputado.

O apartamento que Stepan comprou estaria avaliado em R$ 500 mil. O outro valor, segundo o deputado, foi usado para a compra de frisas no Sambódromo. Segundo ele, Cachoeira já passou vários carnavais no Rio:

— Ele (Cachoeira) e um grupo de amigos de Goiás queriam uma frisa. Aí ele me depositou R$ 19 mil e eu comprei. Essas foram as duas relações com ele.

O PPS vai pedir explicações ao deputado na comissão de ética da legenda.

Tá chegando a Hora

Girley Brazileiro



Toda vez que passo diante de um mo
strador lembrando quantos dias faltam para o início da Copa do Mundo, na Avenida Agamenon Magalhães (região central do Recife), sou acometido de uma atroz dúvida quanto o que pode ocorrer até lá, na cidade, noutras cidades sedes do certame e no Brasil com um todo. Esses dias, visualizei a marca de oitocentos e tantos dias. Ora, falta muito pouco tempo, se comparando a quantidade das muitas obras a serem iniciadas ou concluídas. A começar pela tal Arena Pernambuco. Os responsáveis garantem que estarão concluídas em tempo hábil. Mas, como não temos construções em ritmo chinês, nem dinheiro fácil como eles, a dúvida vai persistir até que as coisas sejam dadas como prontas. E, de preferência, antes da Copa.

Os jornais de hoje (30.03.12), no Recife, trazem com grandes manchetes as melhorias viárias que transformarão a cidade em algo mais humana e de fácil circulação – atualmente é um caos – prometendo aprontar tudo antes do Campeonato Mundial. A rigor, são obras destinadas a solucionar os problemas de mobilidade da cidade, é verdade, mas que urgem serem entregues para o conforto das levas de turistas/torcedores que poderão baixar na cidade, em 2014. E esta data está em cima!

Minha dúvida se exacerba ao virar as folhas dos nossos noticiosos e me deparar com as futricas políticas que assolam a província. E bote provincianismo nisso... Nunca vi tamanho fuxico. Pelo menos não me recordo. Inoportuno para uma ocasião em que, antes de travarem essas escaramuças (*), a classe política devia focar nos imensos problemas da cidade e realizar um pleito mais amadurecido e, sobretudo, pensando no futuro imediato e bem estar da população. Falta união! Tanto como, por exemplo, em Brasília, conforme vimos no processo de aprovação da Lei da Copa. Aquilo foi o melhor exemplo da chafurda que reina no país.

Pensando bem, esses governantes de plantão deveriam aproveitar a chance de operar melhorias de grande porte nas cidades e nos estados, calcados nas possibilidades mais elásticas de financiamentos e subsídios oferecidos. Mas, não. Estão pensando em desenvolver uma política de baixo padrão e somente “puxar a brasa para a própria sardinha”.

No ano passado estive visitando a África do Sul, onde, um ano antes havia ocorrido o último Mundial. Conversando com alguns, soube das dificuldades pelas quais passaram e que foram muitas. Porém, tudo estava pronto para a Copa das Confederações, que sempre ocorre um ano antes da Copa do Mundo. Houve um esforço inteligente e de ordem política que viabilizou a tempo a conclusão das obras. E, olhem que, não foram poucas as melhorais operadas. O país passou por uma reforma geral. Minha primeira surpresa foi no desembarque em Johanesburgo, quando vi a beleza de aeroporto que substituiu o acanhado e lúgubre do passado. Eu já havia ido àquele país, quando nem se falava em uma Copa por lá. Depois do aeroporto, fiquei deslumbrado com a estrutura viária, a urbanização moderna, os veículos leves sobre trilhos (VLT) em circulação e, por fim, um povo mais afável e mais cosmopolita. Nosso guia declarou com alegria que o melhor “governo” que o país já teve foi a Copa do Mundo. “A África do Sul é outro país depois da Copa de 2010. Os turistas são em maior número e todo mundo quer vir nos conhecer” disse o cidadão cheio de júbilo. Concordei com ele.

Se na África do Sul os efeitos de uma Copa foram tão positivos, o que não poderia acontecer no Brasil? Estamos, minha gente, diante da maior chance de projetar o nosso Patropi. Pena que nossos administradores nem percebem ou pouco estão se tocando. Estão pensando SOMENTE nos interesses pessoais e político.

Por outro lado, observo que nossa gente não está fazendo idéia precisa dos desafios que tem pela frente. Penso nos prestadores de serviços. Aqueles que vão estar na linha de frente – na posição de artilheiro, dentro da pequena área – para atender as demandas dos visitantes ensandecidos na turba da torcida, querendo comer e beber, se deslocar, ter uma informação, procurando orientações, e tudo mais que se possa imaginar. O que farão essas criaturas?
Como desempenharão seus papéis? Estão sendo preparados? Não vejo movimentos notáveis nesse sentido.

E nossos restaurantes? Estarão eles pensando em cardápios apropriados – com versão em inglês, por exemplo – para o momento do evento. E os garçons? Imagino o vexame que pode ocorrer. Vai ser trabalhoso e, sobretudo, uma perda de tempo para o cliente, que nesse caso vem apressado e sai do mesmo jeito, focado em torcer pela sua seleção. A não ser que esses torcedores estejam estudando português. A África do Sul, neste caso, levou uma vantagem estupenda porque o inglês é idioma oficial.

Para concluir, fico pensando se vierem jogar, no Recife, as seleções da Alemanha, Suécia, Japão e Costa do Marfim, por exemplo. Vai ser um barato. Nem quero pensar.

Melhor pedir aos padroeiros do futebol que intercedam a nosso favor e no sorteio para a Chave do Recife tirem as bolinhas de: Portugal, Argentina, Chile e Paraguai. Seria bem mais fácil. Não é mesmo? Tá chegando a hora!

NOTA: Foto obtida no Google Imagens
(*) Escaramuça = combate de pequena importâ

DOR DE CABEÇA

O considerado Hugo Caldas, amigo de infância em João Pessoa, diligente blogueiro e professor de inglês no Recife, despacha de seu escritório na Praia de Boa Viagem:

Juro de pés juntos que escutei na Globo (Jornal Hoje de hoje, 29-03), uma repórter bem bonitinha, de nome que lembra sapato, dizer a propósito de um novo golpe na praça:

"Se você receber um telefonema ameaçador de algum cartório de protestos, respire fundo. Raciocine, para não ter dor de cabeça desnecessária."

Peço encarecidamente a vossa sábia interferência junto ao Janistraquis para elucidar o que está a me deixar doidinho da Silva: "Existe dor de cabeça necessária?"

Janistraquis tem certeza de que a única dor de cabeça "necessária" é aquela que sempre acomete as mulheres quando elas querem evitar os maridos.

PS - Todo prosa, comunico que o locutor que vos fala apareceu no "Jornal da ImprenÇa" do Moacir Japiassu.
É só clicar em:http://antesqueeumeesqueca.weebly.com/

MAU COMPORTAMENTO


MANUAL DO MARIDO ESPANCADOR


A obra tem o descarado título Um Presente para o Casal Muçulmano e na primeira das 160 páginas já diz a que veio: "pode ser necessário ameaçar e usar a força com a esposa". O autor de nome quilométrico -- Hazrat Maulana Ashraf Ali Thanvi -- parte do princípio de que é dever do marido manter o controle e, para tanto, não hesitar em bater na mulher "com a mão ou vara, reter seu dinheiro ou puxá-la pelas orelhas". Isto, se a doidivanas ousar sair de casa sem permissão ou não se embelezar para satisfazer os desejos dele.
Provavelmente para evitar futuras ações judiciais, Hazrar dá algumas maneiradas "liberais" do tipo "o marido deve tratar a mulher com bondade e amor, mesmo que ela tenda a ser estúpida e lenta às vezes", e "abster-se de espancá-la excessivamente". Impresso em Nova Deli e lançado no Canadá, por enquanto o manual muçulmano de felicidade conjugal só está à venda em uma livraria de Toronto e em alguns sites.


do site: http://antesqueeumeesqueca.weebly.com/

Palavras de um sábio Tibetano


Quando eu tinha 14 anos, esperava ter uma namorada algum dia.

Quando eu tinha 16 anos tive uma namorada, mas não tinha paixão. Então percebi que precisava de uma mulher apaixonada, com vontade de viver.

Na faculdade saí com uma mulher apaixonada, mas era emocional demais. Tudo era terrível, era a rainha dos problemas, chorava o tempo todo e ameaçava suicidar-se. Então percebi que precisava uma mulher estável.

Quando tinha 25 encontrei uma mulher bem estável, mas chata. Era totalmente previsível e nada a excitava. A vida tornou-se tão monótona, que decidi que precisava de uma mulher mais excitante.

Aos 28 encontrei uma mulher excitante, mas não consegui acompanhá-la. Ela ia de um lado para o outro sem se deter em lugar nenhum. Fazia coisas impetuosas, que me fez sentir tão miserável como feliz. No começo foi divertido e eletrizante, mas sem futuro. Então decidi buscar uma mulher com alguma ambição.

Quando cheguei nos 35, encontrei uma mulher inteligente, ambiciosa e com os pés no chão. Decidi casar-me com ela. Era tão ambiciosa que pediu o divórcio e ficou com tudo o que eu tinha.

Hoje, com mais de 50 anos, gosto de mulheres com a bunda grande. E só. A simplicidade é uma arte.

Tão pensando que o céu é perto?

Fifa: 'queremos atos e não só palavras'


PRESIDENTE DA FIFA, JOSEPH BLATTER

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, criticou o atraso nas obras preparatórias para a Copa do Mundo de 2014. Ele chamou a atenção do Brasil para que agilize as construções de estádios, aeroportos e infraestrutura no Mundial. "Convidamos o Brasil a continuar o desenvolvimento do que eles começaram [Copa]. Pelo menos votaram a lei no Congresso. A bola está no campo deles agora para jogar. Queremos atos e não mais só palavras", afirmou.

Coluna Cláudio Humberto

Tiro&Queda





Eduardo Almeida Reis



Solução –
Pega mal para o Judiciário, muito mal mesmo, esta mania mudar de opinião em 24 horas. Num dia proíbe a festa do Dia de São Patrício para autorizar no dia seguinte. E o Supremo anula, pelos votos da maioria dos ministros, a legitimidade do Instituto Chico Mendes, para voltar atrás no dia seguinte, ao perceber que o tal Instituto arrastaria com ele a validade de mais de 500 medidas provisórias.

Um philosopho, que sempre achou a Constituição de 1988 uma palhaçada, não deve opinar sobre constitucionalidade, mas tem a obrigação moral e intelectual de apresentar solução, como sempre brilhante, para as festas realizadas nas ruas de Belo Horizonte. Aproveitando a oportunosa ensancha para resolver, de uma vez por todas, o problema das prostituições nas ruas da capital de todos os mineiros. Prostituição plural: mulheres, travestis, garotos de programa & companhia ilimitada.

Atenção prefeito Márcio Lacerda, que o assunto é sério e pode ser financiado pelas indústrias do álcool e do tabaco, custando uma tuta e meia, uma tutemeia ou uma tutameia para os cofres da PBH.

Basta localizar área vazia, não muito grande, no município, desapropriá-la, cercá-la muito bem cercada e dividi-la em duas partes, uma para a prostituição permanente, outra para as festas programadas pelas redes sociais, leia-se internet.

Arruamento e asfaltamento simples, água, bueiros, posteação de luz, banheiros públicos, chuveiros etc. correm por conta de investidores interessados: indústrias de bebidas, cadeias de franqueados de alimentos tipo Habib’s, McDonald’s, Bob’s, Eddie & outros. Se precisarem de alguém que faça parte da equipe que vai projetar o negócio, aceito, mas preciso ganhar por mês 100 vezes o que fatura um membro do Conselho Estadual de Educação, com direito a carro oficial enquanto durar o trabalho. Dou nota fiscal.

Já pensaram no sucesso do empreendimento autofinanciado? Bairros nobres sem prostituições e sem festas marcadas pela internet? Festas e prostituições separadas por uma cerca intransponível? Eta philosopho, sô!

Putzgrila! – Aquele professor universitário casado com mulher lindíssima, que abusava sexualmente da enteada de 6 aninhos ajudado pela mãe da garota, fugiu do presídio. Tinha direito a cinco passeios anuais fora das grades, fez o primeiro e desapareceu. Não sei que foi feito da linda mãe estupradora, que deve ter sido presa e condenada junto com o professor. E acabo de percorrer meus dicionários para ver como se escreve putzgrila: são omissos. O Google tem putzgrila e putsgrilo; o importante é que o leitor tenha entendido o meu espanto, quando vi na tevê que o professor passou recentemente por uma equipe de psicólogos e médicos da área psi, que atestou sua cura, daí o direito aos passeios anuais.

Cuidemos de coisas divertidas, como a pancadaria entre os ilustres vereadores de Justinópolis, bordoada cívica que pode ocorrer em todos os 853 municípios mineiros, sem exceção de um único. Pois é: os municípios têm vereadores e prefeitos. Não vejo distante o dia em que o governador de Minas seja campeão de MMA, depois de brilhante carreira esmurrando e chutando vereadores, deputados estaduais e a mais gente que possa enfrentar.

Não me lembro se a briga filmada foi na Câmara Municipal de Justinópolis, município que não tenho a honra de conhecer. Conto por lá com leitores. Dia desses, um deles mandou-me e-mail protestando contra críticas que teriam sido feitas em Tiro&Queda ao município vizinho da Cidade Administrativa, que fica no fim do mundo. De repente, a briga foi na Câmara de Vespasiano, município próximo de Justinópolis. Peço desculpas pela confusão, mas a pancadaria foi muito divertida. Outras virão sobretudo em Belo Horizonte, que já tem edis circulando em carros blindados.

O mundo é uma bola – 31 de março de 1146: Bernardo de Claraval prega seu famoso sermão no campo de Vézelay enfatizando a necessidade de uma Segunda Cruzada. Luís VII, tocado pela pregação de Claraval, se junta aos cruzados. Diz a Wikipédia que Luís VII estava no campo de Vézelay, o que me parece óbvio: em 1146, o rei não poderia acompanhar pela internet o sermonário do futuro São Bernardo.

Em 1821, numa sessão das Cortes Gerais, Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa, é extinta a Inquisição em Portugal. Em 1822, os turcos massacram a população grega da Ilha de Quíos. Em 1854, o comandante Matthew Perry assina o Tratado de Kanagawa com o governo japonês, abrindo os portos de Shimoda e Hakodata ao comércio com os Estados Unidos da América. Hakodata, em linha reta, fica a 387 quilômetros de Sendai, aquela do terremoto. Shimoda fica a 133 quilômetros do centrão de Tóquio, rumo sul. Por aí dá para perceber o trabalho do philosopho em prol dos leitores de Tiro&Queda: procurar no mapa do Japão, medir a distância em milhas e transformar em quilômetros. Deve ser por isso que, desejando comer um arroz de pato, recebi 18 convites para arrozes de pato em BH e região metropolitana.


Ruminanças – “Pelo andar da carruagem, logo teremos chamadas de primeira página e enviados especiais às cidades que anunciarem um casamento entre homem e mulher” (R. Manso Neto).

Brabeza chegou ali e ficou...

"Jeito estúpido de ser" é hilário, mas afasta aliados

Dizem que certo governador, ali
ado da Dilma, acha que ela precisa mudar ou perderá o apoio dos aliados, da classe política e até mesmo do eleitor. Dia desses, no Planalto, ele presenciou uma cena pra lá de hilária se não fosse trágica. Após um violento pontapé na porta de um elevador, "alguém" machucou o mimoso pezinho. Queria ir ao gabinete da ministra Gleisi Hoffmann, mas o elevador nunca que estava no devido lugar esperando. “Ela ficou com raiva. Pior: ficou furiosa”, conta o governador, que não tem coragem de se identificar.

Primeiro Dilma se irritou porque a ministra Gleisi não atendia ao telefone. Nem poderia, coitada: ela estava em reunião com um embaixador estran
geiro. Fora de si, Dilma preferiu sair pelo pequeno corredor, atrás do gabinete, mas, ó céus, seu elevador privativo também não estava lá. Caos. Ela quase explode de sagrada ira. O que esta senhora quer provar e a quem?

Video Clipe do Dia



Depressa, o banheiro mais próximo!

sexta-feira, março 30, 2012

A Coisa Tá Ficando Séria!

Sou, mas quem não é!?

Para responder rápido!


Mas, hein?

Trago aqui um memorando da Central...




Essa história dos atrasos nos trens do Rio e São Paulo é coisa bastante antiga. Tradicional, até. Existe mesmo um sambinha carnavalesco composto em 1941 por Paquito, Francisco da Silva Fárrea Júnior, Estanislau Silva e Arthur Vilarinho. Toda essa gente se reuniu para denunciar os percalços pelos quais passava a laboriosa classe ao tentar chegar ao trabalho. À época existia pelo menos "um memorando da Central" no qual a Companhia até que tentava salvaguardar a classe obreira. Hoje, nem isso mais. A turma perde mesmo o emprego por culpa única e exclusiva do atraso nos trens: uma ignomínia. Mas, são os nossos tempos. Ouça agora o samba na voz de Nara Leão. HC

O Trem Atrasou


Patrão, o trem atrasou
Por isso estou chegando agora
Trago aqui um memorando da Central
O trem atrasou, meia hora
O senhor não tem razão
Pra me mandar embora !
O senhor tem paciência
É preciso compreender
Sempre fui obediente
Reconheço o meu dever
Um atraso é muito justo
Quando há explicação
Sou um chefe de família
Preciso ganhar meu pão
Não me diga que não




AVISO AOS NAVEGANTES:


A partir de hoje (28/03/2012), para manter a coerência, vou ignorar solenemente a ridícula nova ortografia, colocar acentos como sempre coloquei, errar os hífens como sempre errei. E estamos conversados! Márcia Lobo - http://antesqueeumeesqueca.weebly.com/

Há muito que não venho mesmo respeitando essa ridicularia da nova ortografia. Não quero alimentar a diarréia mental de certa gente sem nada de útil a fazer. Usarei os acentos proibidos, o meu querido e simpático trema, e os hífens, por minha própria conta. Achou ruim, achou, se não achou é isso mesmo! HC

Rio Antigo



O Rio já teve ônibus de 2 andares
Eram conhecidos como CHOPP DUPLO



A Praia do Flamengo tinha apenas uma calçadinha
e era fechada com mureta de granito.
Em frente à Rua Paissandu havia uma passagem aberta
e uma escadinha para a pequena faixa de areia.


Havia uma garagem de bondes no Largo dos Leões,
onde hoje é o MERCADO DA COBAL



A Avenida Rio Branco era assim, sem buracos.

Rua Paissandu
ao fundo Palácio da Guanabara
(repare a pavimentação da rua)


Colaboração de Márcia Barcellos
da Cunha

Video Clipe do Dia



A aparência do deputado Justo Veríssimo foi
inspirada em um político pernambucano.
Os bons propósitos, também. HC

quinta-feira, março 29, 2012

Mais um medíocre – Apaniguado do PT assume posto no MEC





Sônia van Dijck



Pois é. Em minha humilde opinião, característica de quem esteve nos bancos escolares, submeteu-se a provas e exames, teve trabalhos avaliados, apresentou trabalhos de grau, esse discente Irailton Lima de Sousa, estudante profissional da Universidade Federal do Acre, diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento da Educação Profissional Dom Moacyr, do Acre, está plenamente capacitado para assumir a Diretoria de Integração das Redes de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação.

A pose do meliante Iralton Lima de Sousa


Por quê?

Resposta: ele tem vasta experiência em matéria de desmoralização do ensino superior.

Isso para não falar das confusões todas do tempo do ministro Haddad e sem lembrar que o atual titular do MEC é Aloísio Mercadante, cuja vasta obra científica ou pedagógica ou cultural ou tecnológica ou filosófica permanece inédita.

Para quem é petista como ele, o mais importante, em uma universidade pública federal, é ter padrinhos petistas (dizer poderosos é cometer redundância).

Evidentemente, antes de qualquer interesse pelo saber, ele tem demonstrado fidelidade canina aos interesses do PT (como demonstra o cargo para o qual está cotado). Com essa qualidade de bom prestador de serviço em benefício dos interesses petistas, ele bem merece a indicação para a Diretoria de Integração das Redes de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, cujo ministro é o petista Aloísio Mercadante. Em sua nova função, o discente profissional da UFAC contribuirá eficazmente para a mais rápida e definitiva desmoralização das políticas de educação do MEC, para a total esculhambação da universidade pública brasileira, para a valorização da mediocridade.

E tem alguém se preocupando com a falta de diploma universitário do petista? Que preocupação inútil!… Enquanto escrevo estas considerações, a cúpula petista do Acre, junto com a cúpula da cambada nacional e mais a nata da mediocridade petista estacionada no MEC já devem estar tomando providências para que lhe seja outorgado um diploma qualquer de curso superior em universidade federal, de preferência com menção de “Louvor” (pela esperteza, é claro!). Logo em seguida, esse sujeito será chamado “doutor” pelos seus subordinados. O próximo passo, será fraudar a Plataforma Lattes (coisa que petista bem sabe fazer – e já fez) e criar toda uma estória pelos caminhos da pós-graduação, com direito a publicações e teses defendidas. Nada é impossível para um petista de fidelidade canina – os petistas são bons companheiros e resolverão tudo a contento. E não importa o que o PT fará junto aos órgãos superiores da UFAC; o que importa é o resultado: dar um diploma a Irailton Lima de Sousa (mesmo que tal diploma tenha menor valor que um saco de pipoca – ele já deveria ter sido jubilado) – e ele até vai mandar colocar o diploma na parede de seu gabinete no MEC.

Como estamos no reino da mediocridade, a festa da posse desse universitário profissional será cheia de alegria: o PT dará mais um passo no projeto de sua política educacional desmoralizadora da universidade pública.

Ainda tem quem duvide que o PT pode tudo? O PT pode até diplomar quem não concluiu o curso universitário. O PT está no poder; o PT é quem manda e diploma quem quiser. Simples assim: é só nomear mais um medíocre para função no MEC e empurrar a universidade brasileira ladeira abaixo.

Passar 21 anos ocupando uma vaga em uma universidade pública é simplesmente imoral – ou é mesmo prova de incapacidade para aprender que 2 + 2 = 4 (informação básica também para quem estuda Ciências Sociais com seriedade). Na verdade, ele é só mais um medíocre – a ser diplomado, por ser petista.

Esse cara até pode ser nomeado “doutor” pelo PT. Só não poderá ser chamado Professor, pois sua travessia não o credencia moralmente para falar da formação das novas gerações.

Esse sujeito é uma vergonha para a universidade pública brasileira.

Em matéria de fraude, essa gente tem competência: vai das cisternas da região do semi-árido, passa pelo mensalão e chega ao diploma de curso universitário.

Vá ter competência assim na casa da velhinha de Taubaté!

A incompetência virou elogio






Marco Antonio Villa



PUBLICADO NO ESTADÃO DESTA TERÇA-FEIRA


O governo Dilma Rousseff lembra o petroleiro João Cândido. Foi inaugurado com festa, mas não pôde navegar. De longe, até que tem um bom aspecto. Mas não resiste ao teste. Se for lançado ao mar, afunda. Não há discurso, por mais empolgante que seja, que consiga impedir o naufrágio. A presidente apresenta um ar de uma política bem-intencionada, de uma tia severa e até parece acreditar no que diz. Imagina que seu governo vai bem, que as metas estão cumpridas, que formou uma boa equipe de auxiliares e que sua relação com a base de sustentação política é estritamente republicana. Contudo, os seus primeiros 15 meses de governo foram marcados por escândalos de corrupção, pela subserviência aos tradicionais oligarcas que controlam o Legislativo em Brasília e por uma irritante paralisia administrativa.

Inicialmente, a presidente vendeu a ideia que o Ministério não era dela, mas de Lula. E que era o preço que teria pagado por ser uma neófita na política nacional. Alguns chegaram até a acreditar que ela estaria se afastando do seu tutor político, o que demonstra como é amplo o campo do engodo no Brasil. Foi passando o tempo e nada mudou. Se ocorreram algumas mudanças no Ministério, nenhuma foi por sua iniciativa. Além do que, foi mantida a mesma lógica na designação dos novos ministros.

Confundindo cara feia com energia, a presidente continuou representando o papel de hábil executiva e que via a política com certo desprezo, como se os seus ideais de juventude não estivessem superados. Como sua base não é flor que se cheire, acabou até ganhando a simpatia popular. Contudo, não se afastou deste jardim, numa curiosa relação de amor e ódio. Manteve o método herdado do seu padrinho político, de transformar a ocupação do Estado em instrumento permanente de negociação política. E ainda diz, sem ficar ruborizada, que não é partidária do toma lá dá cá. Dá para acreditar?

O Ministério é notabilizado pela inoperância administrativa. Bom ministro é aquele que não aparece nos jornais com alguma acusação de corrupção. Para este governo, isto basta. Sem ser enfadonho, basta destacar dois casos. Aloizio Mercadante teve passagem pífia pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Se fosse demitido na reforma ministerial - aquela que a presidente anunciou no último trimestre do ano passado e até hoje não realizou -, poucos reclamariam, pois nada fez durante mais de um ano na função. Porém, como um bom exemplo do tempo em que vivemos, acabou promovido para o Ministério da Educação. Ou seja, a incapacidade foi premiada. O mesmo, parece, ocorrerá com Edison Lobão, que deve sair do Ministério de Minas e Energia para a presidência do Senado, com o beneplácito da presidente. O que fez de positivo no seu ministério?

Numa caricata representação de participação política, Dilma patrocinou uma reunião com o empresariado nacional para ouvir o já sabido. Todas as reclamações ou concordâncias já eram conhecidas antes do encontro. Então, para que a reunião? Para manter a aura da Presidência-espetáculo? Para garantir uma fugaz manchete no dia seguinte? Será que ela não sabe que não tem o poder de comunicação do seu tutor político e que tudo será esquecido rapidamente?

Uma das maiores obras da atualidade serve como referência para analisar como o governo trata a coisa pública. Desde quando foi anunciada a transposição de parte das águas do Rio São Francisco, inúmeras vozes sensatas se levantaram para demonstrar o absurdo da proposta. Nada demoveu o governo. Além do que estava próxima a eleição presidencial de 2010. Dilma ganhou de goleada na região por onde a obra passaria - em algumas cidades teve 92% dos votos. Passaria porque, apesar dos bilhões gastos, os canteiros estão abandonados e o pouco que foi realizado está sendo destruído pela falta de conservação. Enquanto isso, estados como a Bahia estão sofrendo com a maior seca dos últimos 30 anos. E, em vez de incentivar a agricultura seca, a formação de cooperativas, a construção de estradas vicinais e os projetos de conservação da água desenvolvidos por diversas entidades, a presidente optou por derramar bilhões de reais nos cofres das grandes empreiteiras.

A falta de uma boa equipe ministerial, a ausência de projetos e o descompromisso com o futuro do país são evidentes. O pouco - muito pouco - que funciona na máquina estatal é produto de mudanças que tiveram início no final do século XX. A ausência de novas iniciativas é patente. Sem condições de pensar o novo, resta ao governo maldizer os países que estão dando certo em vez de aprender as razões do êxito, reforçando um certo amargor nacional com o sucesso alheio. No passado a culpa era imputada aos Estados Unidos; hoje este papel está reservado à China.

Como em um conto de fadas, a presidente acredita que tudo terá um final feliz. Mas, até agora, o lobo mau está reinando absoluto na floresta. Basta observar os péssimos resultados econômicos do ano passado quando o Brasil foi o país que menos cresceu na América do Sul. E a comparação é com o Paraguai e o Equador e não com a Índia e a China.

Não é descabido imaginar que a presidente foi contaminada pelo “virus brasilienses”. Esta “espécie”, que prolifera com muita facilidade em Brasília, tem uma variante mais perigosa, o “petismus”. A vacina é a democracia combinada com outra forma de governar, buscando a competência, os melhores quadros e alianças programáticas. Mas em um país marcado pela subserviência, a incompetência governamental se transformou em elogio.

Historiador. Professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos. Bacharel e Licenciado em História, Mestre em Sociologia e Doutor em História.

A Charge do Dia

Tiro&Queda





Eduardo Almeida Reis



Midiáticas
– Você sabia que o Hospital Albert Einstein fica na zona sul de São Paulo? Se não sabia, console-se comigo, mas agora sabemos graças ao noticiário radiofônico sobre a cirurgia a que foi submetida a apresentadora Hebe Camargo.

De uns tempos a esta parte, a imbecilidade cardeal (ponto cardeal: cada uma das quatro direções da rosa dos ventos correspondentes ao norte, ao sul, ao leste e ao oeste) tomou conta da mídia brasileira, com ênfase para a falada, ninguém sabe por quê.

Não há notícia sobre Belo Horizonte que não especifique se o fato ocorreu na zona norte, zona oeste, zona sul ou zona leste, como se isso enriquecesse a notícia, esclarecesse o fato, adiantasse alguma coisa. Se o roubo, a trombada, a agressão – se o fato ocorreu no centrão, na Savassi, em Lourdes ou em Venda Nova, tudo bem: a especificação do local ajuda o ouvinte a entender a notícia, sem que entenda como puderam ocorrer os crimes. Mas zona leste, zona sul, zona oeste, zona norte, senhoras e senhores radialistas, tenham a santa paciência!

Dizer o quê? – Nada pior do que ficar naquele “diadema retrós”: escrevo, não escrevo, será que escrevo, dizer o quê? O tema primum da entrada do outono foi o acidente em que Thor, filho do Eike, atropelou e matou um ciclista na BR-040.

Eike é o sujeito mais odiado do Brasil, país em que ser rico é crime e ele é um dos mais ricos do mundo, o sétimo, salvo engano. Matérias impressas, comentários radiofônicos, reportagens televisivas sobre o acidente. Nos dois táxis que tomei logo no primeiro dia outonal, os motoristas só falavam do acidente. Presumo que o leitor também tenha falado, ainda que somente com os seus botões.

A esmagadora maioria dos âncoras das rádios e tevês não tem raiva do Eike, tem ódio mortal, porque a inveja é uma m., di-lo o plástico dos para-brisas. Por isso, resolvi defender o jovem Thor de Oliveira Fuhrken Batista, até saber que seu pai contratou o advogado Márcio Thomaz Bastos para defender o menino. Desisto. Não suporto o ex-ministo de Lula da Silva.

Errores – Há pessoas que deveriam se comportar de uma forma e contrariam o desejável: muitos políticos têm a obrigação de ser honestos, sem que o sejam.

Com as palavras acontece a mesma coisa. Escrevi caixa toráxica, porque fica no tórax, mas o correto é torácica. Diz o Google, nas 105 mil entradas para “toráxica”, que o certo é torácica, mas o erro tem sido anotado até em textos médicos. Errei, sim, manchei o meu nome, como anotou ilustre montes-clarense professor de português. Dou a mão à palmatória e não se fala mais nisso, ok?

Antes, porém, quero dizer que o Aulete/digital tem toráxico com a indicação “ver torácico”. Ora, bolas, quando o sujeito está atrasado de costura e encontra toráxico num dicionário respeitado, o erro é perdoável.

Dilema atroz – Com o iPad 2 custando agora mil e duzentos reais, pensei comprar um deles em dez prestações de R$ 120, mas esbarrei num problema de solução dificílima: não faço a mais mínima ideia da serventia de um iPad 2. Um amigo me disse: “O iPad resolveu todos os meus problemas. Agora, posso ler os jornais na fazenda”.

Acontece que já não tenho fazenda nem sou diretor de dois grandes jornais. Assino os dois em que escrevo e os recebo em casa. Consultada, minha orientadora informática diz que o iPad 2 não terá a menor serventia para mim, a não ser para doar a um neto. Já seria belo investimento, considerando que o neto mais velho está estudando informática.

A orientadora informa que, para mim, talvez fosse mais interessante, ou menos desinteressante, um Samsung. Nesse dilema, termino o quarto charuto do dia e vou ao leito. Pela atenção, muitíssimo obrigado.

O mundo é uma bola – 29 de março de 1867: o Reino Unido anexa o Punjab, “Terra dos Cinco Rios”, região do subcontinente indiano dividida entre a Índia e o Paquistão. Gregos, persas, árabes, turcos, mongóis, afegãos, balúchis e siques precederam os britânicos no domínio da região em que 90% dos habitantes se expressam em panjabi.

Em 1934 Albert Einstein perde a cidadania alemã. Em 1998, inauguração da Ponte Vasco da Gama sobre o Rio Tejo: é muito bonita. Em 1875 nasceu o português Antônio Pereira Inácio, que emigrou para o Brasil e fundou o Grupo Votorantim, onde pontifica seu neto Antônio Ermírio de Moraes.

Ruminanças – “Não há nada mais relapso do que a memória. Atrevo-me mesmo a dizer que a memória é uma vigarista, uma emérita falsificadora de fatos e de figuras” (Nelson Rodrigues, 1912-1980).

Os Quatro Tempos do Olho



Paul






Téta Barbosa



Passado o momento euforia-fofoca-correria foi oficializado: Paul, o ex-Beatle setentão vem ao Recife!

Pelo que tudo indica, a capital pernambucana já pode ser considerada (seguindo sua tradição de grandeza) a cidade mais procurada por bandas semi-aposentadas e quase-em-fim-de-carreira do mundo.

Iron Maiden, A-Ha, Scorpions, Air Suply e mais uma túia de grupos que fizeram sucesso nos anos 70, 80 e 90 resolveram dar o ar da graça na ensolarada Hellcife.

Não tenho certeza se a cidade ficou importante ou se foi a desimportância dos ídolos o responsável por tantos shows internacionais na Veneza Brasileira.

Não, não estamos reclamando. Pelo contrário, assistir ao Beatle (mesmo que o cara seja ex) é massa.

O que são 30 anos de atraso, né Paul?

Aposto que Jude não tem nenhuma ruga e que Sgt.Pepper’s tá um coroa enxuto.

Yesperday nunca foi tão today!

Esse circuito alternativo pós terceira idade é bem vindo. Claro que os caras não têm a mesma vibe-empolgação-energia-voz de antes mas, no lugar de ficar choramingando, preferimos imaginar que as bandas andaram ensaiando bastante, durante décadas inteiras inclusive, só para fazer o show perfeito: o do Recife.

E por falar no Recife, outra característica desta província urbana é o engarrafamento de eventos. É assim: meses sem nenhum evento interessante na cidade e um dia com tudo junto estilo salve-se quem puder.

Desde o Carnaval que não aparece nem batizado de boneca pra ir. Nada! A situação estava tão grave que quase aceitei o convite da vizinha para ir ao aniversário do cachorro da moça do sétimo andar. Aí, me aparece o 21 de Abril com Chico Buarque, Paul MacCartney e Abril Pro Rock no m-e-s-m-o dia!

Vai ser uma delícia pegar um táxi.

Mas, o objetivo desta crônica era, em princípio, dar umas dicas úteis para Paul, já que esse é o primeiro show dele por aqui. Vamos lá:

No lugar de pedir 200 toalhas brancas,engolidores de facas, gueixas massagistas ou qualquer outro desses pedidos estranhos que só os pop stars da música têm criatividade suficiente para fazer, você deve pedir bolo de rolo (no momento larica). Quando for para o show, a dica é ir de helicóptero, estilo o Papai Noel do Shopping, sabe? Porque, meu filho, a situação dos engarrafamentos e ruas esburacadas por aqui não tá fácil não.

Se te convidarem para evento oficial do tipo que você vai conhecer o Prefeito, é pegadinha! O Prefeito não existe.

No mais, seja bem vindo e vê se canta direitinho (porque o ingresso é o preço de duas cestas básicas).

Téta Barbosa é jornalista, publicitária, mora no Recife e vive antenada com tudo o que se passa aqui e alhures. http://www.batidasalvetodos.com.br/

Video Clipe do Dia



Já comprou a sua garrafinha hoje?

quarta-feira, março 28, 2012

Mais um que se foi


Pindorama é realmente uma terra infeliz. Em uma semana perdemos duas figuras ilustres. Com tanta gente boa, já de passaporte carimbado e prontas para a viagem vem a "indesejada" nos fazer mais essa falseta. O país fica cada dia mais pobre, mais burro e mais sem graça. Adeus, eterno Millôr. Obrigado por tudo. Por ter nos ajudado a atravessar os Anos de Chumbo e agora nos ajudava com os Anos de Lama. HC

Chico, ainda - O Menino


Autorretrato inédito de Chico Anysio onde o humorista relembra um menino tímido, calado, subnutrido e de grande olhos

O GLOBO

RIO - Num Natal, já faz alguns anos, Chico Anysio escreveu um texto e pensou em usá-lo na TV Globo. Acabou não fazendo isso. Trata-se de um texto autobiográfico, em que o humorista — que morreu na sexta-feira passada, aos 80 anos — relembra o menino que um dia foi.

Apesar do tom melancólico e triste, há uma passagem bem-humorada, quando ele diz que o mundo pode ser um inferno ou uma badalação, dependendo se ele é visto pelo escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues ou pelo novelista Gilberto Braga.

O texto mostra o Chico Anysio já adulto procurando pelo Chico Anysio ainda criança, um menino de 11 anos, comum, tímido, com grandes olhos, "desproporcionais ao tamanho do rosto".

Nessa busca, ele relembra um amor não correspondido, os brinquedos de infância, as roupas de época, os sentimentos de então. Um autorretrato revelador e inédito de um grande gênio do humor nacional.

Leia abaixo o texto:

"Vou fazer um apelo. É o caso de um menino desaparecido.

Ele tem 11 anos, mas parece menos; pesa 30 quilos, mas parece menos; é brasileiro, mas parece menos.

É um menino normal, ou seja: subnutrido, desses milhares de meninos que não pediram pra nascer; ao contrário: nasceram pra pedir.

Calado demais pra sua idade, sofrido demais pra sua idade, com idade demais pra sua idade. É, como a maioria, um desses meninos de 11 anos que ainda não tiveram infância.

Parece ser menor carente, mas, se é, não sabe disso. Nunca esteve na Febem, portanto, não teve tempo de aprender a ser criança-problema. Anda descalço por amor à bola.

Suas roupas são de segunda mão, seus livros são de segunda mão e tem a desconfiança de que a sua própria história alguém já viveu antes.

Do amor não correspondido pela professora, descobriu que viver dói. Viveu cada verso de "Romeu e Julieta", sem nunca ter lido a história.

Foi Dom Quixote sem precisar de Cervantes e sabe, por intuição, que o mundo pode ser um inferno ou uma badalação, dependendo se ele é visto pelo Nelson Rodrigues ou pelo Gilberto Braga.

De seu, tinha uma árvore, um estilingue zero quilômetro e um pássaro preto que cantava no dedo e dormia em seu quarto.

Tímido até a ousadia, seus silêncios grita$nos cantos da casa e seus prantos eram goteiras no telhado de sua alma.

Trajava, na ocasião em que desapareceu, uns olhos pretos muito assustados e eu não digo isso pra ser original: é que a primeira coisa que chama a atenção no menino são os grandes olhos, desproporcionais ao tamanho do rosto.

Mas usava calças curtas de caroá, suspensórios de elástico, camisa branca e um estranho boné que, embora seguro pelas orelhas, teimava em tombar pro nariz.

Foi visto pela última vez com uma pipa na mão, mas é de todo improvável que a pipa o tenha empinado. Se bem que, sonhador de jeito que ele é, não duvido nada.

Sequestrado, não foi, porque é um menino que nasceu sem resgate.

Como vocês veem, é um menino comum, desses que desaparecem às dezenas todas os dias.

Mas se alguém souber de alguma notícia, me procure, por favor, porque... ou eu encontro de novo esse menino que um dia eu fui, ou eu não sei o que vai ser de mim."

Coisa feia, governador


Flagrado em cortejo oficial chegando a uma festa de sua candidata a prefeita de João Pessoa, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), usava carro com placa (NQC 0876), que, segundo o Detran-PB, não existe. A placa é fria, mas o dinheiro do contribuinte é quente.

Piadina inocente da quarta-feira

Marido chega em casa e pede à mulher:

- Rápido, rápido, me traga uma cerveja antes que comece!

A mulher não entendeu muito, mas pegou a cerveja e levou para ele.

Quando ele terminou aquela cerveja, disse:

- Rápido, rápido, me traga outra cerveja, já está quase começando!

Ela ficou mais confusa ainda, mas trouxe a cerveja. O cara terminou a segunda lata e disse:

- Vai rápido, rápido, logo, me traga mais uma, vai começar a qualquer MOMENTO!

A mulher se revolta:

- Ah, chega! Que droga é essa, você tá aí todo folgado, chega e nem me fala oi, não levanta essa bunda gorda daí e acha que vou ficar trazendo cerveja pra você igual uma escrava? Você não percebe que eu trabalhei o dia inteiro, lavei, passei, limpei a casa, cozinhei, e ainda fiz compras!

- Pronto ... COMEÇOU !!!

Nâo é à-toa que o meu neto Gabrielzinho adora as pipocas do avô dele!

Comer Pipoca ajuda a combater o envelhecimento!

A pipoca já foi apontada como um bom alimento para a dieta devido a seu baixo teor calórico. Mas agora um grupo de cientistas afirma que ela talvez ultrapasse frutas e vegetais no número de antioxidantes, ou polifenóis, que têm uma série de benefícios para a saúde, inclusive o combate ao envelhecimento, uma vez que ajudam no combate a moléculas danosas que podem prejudicar as células.

Especialistas americanos desconfiaram do potencial da pipoca porque é composta de apenas 4% de água, enquanto que os antioxidantes estão mais diluídos em frutas e vegetais, que possuem até 90% de água. Uma porção do alimento tem até 300mg de antioxidantes - praticamente o dobro dos 160mg das porções de frutas.

Eles também descobriram que a casca crocante da pipoca tem a mais alta concentração de antioxidantes e fibra. Os cientistas da Universidade de Scranton, na Pensilvânia, revelaram a sua descoberta em uma reunião da Sociedade Química Americana, em San Diego, nos Estados Unidos.

- Essas cascas merecem mais respeito. Nutricionalmente, elas são pepitas de ouro - disse o pesquisador Joe Vinson ao jornal "Daily Mail".

Mas Vinson alertou que as pessoas não devem abrir mão de consumir frutas e legumes para viver à base de pipoca, que não contém vitaminas e nutrientes vitais encontrados nestes alimentos. No entanto, acrescentou que a pipoca tem muitos outros benefícios para a saúde:

- A pipoca pode ser o aperitivo perfeito. Trata-se do único lanche feito 100% de grãos não processados. Todos os outros são processados e diluídos com outros ingredientes. Uma porção de pipoca proporciona mais de 70% do consumo diário de grãos integrais. Uma pessoa comum costuma receber apenas metade da porção indicada de grãos integrais por dia, e a pipoca pode preencher esta lacuna de uma forma muito agradável.

Os cientistas avisaram que o modo de preparo é a chave para ter acesso aos benefícios da pipoca para a saúde.

- Pipoca de panela tem o menor número de calorias enquanto que a de micro-ondas tem duas vezes o número de calorias da tradicional.

Goya e a Inquisição





Plínio Palhano



No século XVIII, na Espanha, era impossível não se declarar católico, até mesmo porque o Santo Ofício, o braço fortalecido da Inquisição — que exercia maior poder no século XVII —, ainda disposto ao ritual de julgamentos e a incitar a acender fogueiras nutridas de carnes humanas para iluminar a própria obscuridade, estava atento a qualquer deslize e sacrilégios dos cidadãos comuns e de pessoas que representavam importância na sociedade.

Era o caso de Francisco Goya y Lucientes, ou Goya, como o conhecemos, o genial pintor do rei Carlos IV, que se deixava apresentar como católico, mas, na verdade, de um catolicismo sem padres, sem frequência às obrigações nas celebrações das missas semanais e, no leito de morte, sem nenhum registro da presença de padre para confissão de seus pecados nem a extrema-unção tão desejada pelo fervor da crença, apesar de a história consolidá-lo como grande artista espanhol por também decorar igrejas representando santos e anjos e por pintar autoridades eclesiásticas.

Por pouco, o artista não foi perseguido pela Inquisição ao satirizar o mundo sacerdotal quando representou, em desenhos e em gravuras e água-tinta da série Los caprichos, com o olhar agudo e ácido, as cenas de vítimas daquele tribunal e personagens eclesiásticas glutonas, obscenas, hipócritas, que pervertiam o povo com as pregações de superstição e alimentavam o temor ao poder inquisitorial.

A lâmina 52 da mesma série, Los caprichos, diz claramente o que Goya pensava do mundo clerical: com o título O que um alfaiate pode fazer! — onde representa uma mulher ajoelhada numa atitude de prece diante de uma figura monstruosa, de braços abertos e, ao fundo, em silhuetas, outras personagens ajoelhadas a esse gigante envolvido numa batina clerical e, em suas mãos, brotam folhas, como um espantalho no campo a afugentar os corvos.

Com a sua visão humanista, permitia esse tom de ódio à Inquisição pelas imagens, e, numa delas, na lâmina 23, Aquelas partículas de pó está um herético, de cabeça baixa, sentado num palco acima da população presente a testemunhar a sentença definitiva do herege, com o gorro cônico da infâmia que o identificava. Outra, em que diz o título Sonho de certos homens que nos devoram, induz à interpretação pervertida daqueles homens da Igreja devorando o seu próprio rebanho, como no ritual sagrado que converte o sangue e o corpo de Cristo no sacramento da Santa Comunhão. E na gravura Ninguém nos viu, estão monges numa adega a se embriagar, quando pregavam a abstinência, hipocritamente.

Goya, que não era um populista, também demonstrou a sua indignação pela multidão que acompanhava essas execuções públicas, como vemos na gravura Não teve jeito, na qual uma mulher montada em uma mula a caminho da fogueira é cercada por rostos desprezíveis e cruéis.

Plínio Palhano - Artista Plástico
ppalhano@hotlink.com.br

Video Clipe do Dia



E toda essa canalha recebe gordas
pensões dos cofres da viúva.
Pagas por nós, os palhaços!

terça-feira, março 27, 2012

O Ovo da Serpente

Esta nota já é bem velhinha, sinal de as coisas em Pindorama não são levadas a sério. Resolvemos postar novamente como um sério documento na esperança de que mais pessoas tomem conhecimento da canalhice perpetrada pelo srs. Lula da Silva, José Dirceu, Nosso Delúbio et caterva. HC

"Domingo destes, no "Canal livre" da Bandeirantes, o ex-guerrilheiro Cezar Benjamin, preso, exilado, anistiado, sociólogo e professor, coordenador das duas primeiras campanhas de Lula em 89 e 94, rasgou didàticamente o tumor da corrupção de Lula e do PT, contando a história de Lula e do PT no escuro, como numa aula magnífica: uma denúncia brilhante, irrespondível, arrasadora.

1 - Em 93, para retomar o comando do PT que haviam perdido e que reassumiram em 95 com a eleição de Dirceu para presidente do partido, Lula nomeou um desconhecido professor primário de aritmética de Goiânia, Delubio Soares, para representante da CUT no Conselho do FAT. Era a mina.

2 - O FAT é o Fundo de Assistência ao Trabalhador, com mais de R$ 30 bilhões do FGTS. Tem um Conselho, controlado pelo governo, do qual fazem parte as Centrais Sindicais, entre as quais a mais poderosa, a CUT, que é o braço financeiro do PT. O Conselho é quem decide os investimentos.

O dinheiro do FAT

3 - No FAT nasceu Delubio e sua furiosa capacidade de fabricar dinheiro, cujas cavernosas virtudes financeiras só Lula e Dirceu conheciam. Na campanha de Lula em 94, o estupefato guerrilheiro Benjamin descobriu que o grosso do dinheiro do partido vinha criminosamente do FAT.

4 - Benjamin chamou Lula, Dirceu, o comando do PT, e disse que aquilo era um escândalo inaceitável. Lula e Dirceu mandaram que em nome do partido ele esquecesse tudo. Benjamin não esqueceu, discutiu em reuniões internas e abandonou o PT. Foi a primeira grande perda de liderança do PT.

5 - Já naquela época, Benjamin profeticamente disse a Lula, Dirceu e todo o grupo Articulação: "Isso aí é o ovo da serpente". Era. Dez anos depois, Lula, Dirceu, o PT, explodem todos por causa do ovo da serpente, do dinheiro do FAT que apodreceu e emporcalhou o partido, o governo e o País. O pântano em que Lula e o PT afundaram não foi uma FATalidade."

Colaboração: Walter Starling Lopes

A Nova Linguagem


Na era vitoriana, era proibido fazer menção às calças na presença de uma senhorita. Hoje em dia, não fica bem dizer certas coisas perante a opinião pública:

- o capitalismo exibe o nome artístico de economia de mercado;
- o imperialismo se chama globalização;
- as vítimas do imperialismo se chamam países em vias de desenvolvimento, que é como chamar meninos de anões;
- o oportunismo se chama pragmatismo;
- a traição se chama realismo;
- os pobres se chamam carentes, ou carenciados, ou pessoas de escassos recursos;
- a expulsão dos meninos pobres do sistema educativo é conhecida pelo nome de deserção escolar;
- o direito do patrão de despedir o trabalhador sem indenização nem explicação se chama flexibilização do mercado de trabalho;
- a linguagem oficial reconhece os direitos das mulheres entre os direitos das minorias, como se a metade masculina da humanidade fosse a maioria;
- em lugar de ditadura militar diz-se processo;
- as torturas são chamadas constrangimentos ilegais, ou também, pressões físicas e psicológicas;
- quando os ladrões são de boa família, não são ladrões, são cleptomaníacos;
- o saque dos fundos públicos pelos políticos corruptos atende ao nome de enriquecimento ilícito;
- chamam-se acidentes os crimes cometidos pelos motoristas de automóveis;
- em vez de cego diz-se deficiente visual;
- um negro é um homem de cor;
- onde se diz longa e penosa enfermidade, deve-se ler cancer ou AIDS;
- mal súbito significa infarto;
- nunca se diz morte mas desaparecimento físico;
- tampouco são mortos os seres humanos aniquilados nas operações militares: os mortos em batalha são baixas e os civis, que nada tem a ver com o peixe e sempre pagam o pato, são danos colaterais;
- em 1995, quando das explosões nucleares da França no Pacífico sul, o embaixador frances na Nova Zelândia declarou: "não gosto da palavra bomba. Não são bombas, são "artifícios que explodem";
- chamam-se Conviver alguns dos bandos assassinos da Colômbia, que agem sob a proteção militar;
- Dignidade era o nome de um dos campos de concentração da ditadura chilena e Liberdade o maior presídio da ditadura paraguaia;
- chama-se Paz e Justiça o grupo paramilitar que, em 1997, matou pelas costas 45 camponeses, quase todos mulheres e crianças, que rezavam numa igreja do povoado de Acteal em Chiapas.

Eduardo Galeano, em De Pernas para o Ar - a escola do mundo ao avesso

Ironia Fina


"Hoje em dia as pessoas já não respeitam nada. Antes, colocávamos num pedestal a virtude, a honra,a verdade e a lei... A corrupção campeia na vida americana de nossos dias. Onde não se obedece outra lei, a corrupção é a única lei. A corrupção está minando este país. A virtude, a honra e a lei se evaporaram das nossas vidas."

(Palavras de Al Capone ao jornalista Cornelius Vanderbilt Jr. Entrevista publicada na revista Liberty, em 17 de outubro de 1931, dias antes de ir para a prisão).

Explicação muito boa

Repassando!

Uma universitária cursava o sexto semestre da Faculdade. Como é comum no meio universitário, pensava que era de esquerda e estava a favor da distribuição da riqueza. Tinha vergonha do fato de seu pai ser de direita e, portanto, contrário aos programas e projetos socialistas que previam dar benefícios aos que não mereciam e impostos mais altos aos que tinham mais dinheiro.

A maioria dos seus professores tinha afirmado que a filosofia de seu pai era equivocada. Por tudo isso, um dia, decidiu enfrentar o pai. Falou com ele sobre o materialismo histórico e a dialética de Marx, procurando mostrar-lhe que estava errado ao defender um sistema tão injusto como o da direita. No meio da conversa o pai perguntou:

- Como vão as aulas?

- Vão bem, respondeu ela. A média das minhas notas é 9, mas me dá muito trabalho consegui-las. Não tenho vida social, durmo pouco, mas vou em frente.
O pai prosseguiu:

- E a tua amiga Sônia, como vai? Ela respondeu com muita segurança:

- Muito mal. A sua média é 3, principalmente, porque passa os dias em shoppings e em festas. Pouco estuda e algumas vezes nem sequer vai às aulas. Com certeza, repetirá o semestre. O pai, olhando nos olhos da filha, aconselhou:

- Que tal se você sugerisse aos professores ou ao coordenador do curso para que sejam transferidos 3 pontos das suas notas para as da Sônia. Com isso, vocês duas teriam a mesma média. Não seria um bom resultado para você, mas convenhamos, seria uma boa e democrática distribuição de notas para permitir a futura aprovação de vocês duas. Ela indignada retrucou:

- Por quê?! Eu estudei muito para conseguir as notas que tive, enquanto a Sônia buscava o lado fácil da vida. Não acho justo que todo o trabalho que tive seja, simplesmente, dado a outra pessoa. Seu pai, então, a abraçou carinhosamente, dizendo:

- Bem-vinda à Direita! O PT é o partido que tira de quem trabalha para distribuir para quem não trabalha'

Entendeu, ou quer que desenhe?