quinta-feira, janeiro 31, 2013

Jornal da Aliança



E foi só um dia...

Freud explica?
As empresas de ônibus do Grande Recife tiveram enorme prejuízo no último domingo 27, dia do desfile do bloco das "Virgens de Verdade Abraça Brasil", em Olinda. Cento e trinta e dois ônibus depredados. Haja animação, haja alegria, haja alma carnavalesca de um povo feliz. Evoé, Baco!

O barulho do mundo

Téta Barbosa

- Um chiado. Um grande e constante chiado. Tipo um chuvisco, sabe?

Sei. Sei demais. E sei que a descrição acima não é de uma televisão com o canal fora do ar, nem do ruído de chuva forte em teto de zinco. É o barulho do mundo.

Um barulho uniforme e constante.

Não se distinguem palavras, pelo menos não palavras específicas, não se escutam sirenes, muito menos portas de carro batendo. Só um chiado, um murmúrio de todas as bocas com todas as palavras enquanto tocam todas as sirenes e batem todas as portas (dos carros e dos quartos).

Ouvir o barulho do mundo é fácil, basta fechar os olhos. No trânsito, na escola, no shopping, na festa, em casa, inclusive. Basta fechar os olhos e ouvir o ruído que o mundo faz.

Claro que ninguém anda por aí, de olhos fechados, fazendo teste de audição global. É sempre preferível escutar o que lhe estão dizendo ao pé da orelha, ou a porta que está batendo ali, no apartamento do lado.

Por isso estranhei quando Rafael, aqui da produção, avisou que ia se operar do ouvido, e por isso ficar sem trabalhar nos próximos dias, para tirar um chiado que lhe acompanha há quatro anos.

- Um chiado, Rafa?

- Sim, um chiado. Já fui a quatro médicos e ninguém sabe do que se trata.

- É o barulho do mundo, Rafael!

- Prefiro o silêncio, Téta.

O fato é que o chiado persegue o rapaz desde um acidente de carro e, só agora, os doutores resolveram fazer uma operação exploratória. Pode ser que daqui a dois dias ele acorde num silêncio digno de fundo de piscina, sem nenhum barulhinho sequer, numa paz que a gente só vê em fotografia. Pode ser, no entanto, que Rafael desperte com seu companheiro de todas as horas, o chiado.

Deve ser difícil dormir e acordar com o mundo fritando em chapa quente, como se fosse um pedaço de bife no óleo de soja. Mais difícil ainda deve ser saber que o mundo não diz muita coisa. Chia, murmura, fato, mas não diz nada, digamos assim, relevante.

A ideia da operação exploratória poderia, muito bem, servir ao mundo. Exploraríamos, de perto, quem diz o quê, que incêndios vão ser apagados pelas sirenes dos bombeiros, que portas são batidas por adolescentes rebeldes ou que brigas conjugais fizeram a esposa bater, tão bruscamente, a porta do carro do marido.

De perto, talvez, o mundo tenha o que dizer e o chiado vire poesia, o barulho vire música, o ruído se transforme em silêncio.

Ah, o silêncio.

Téta Barbosa é jornalista, publicitária, mora no Recife e vive antenada com tudo o que se passa ali e alhures. Escreve sobre modismos, modernidades e curiosidades. www.batidasalvetodos.com.br

Yoani Sánchez comemora recebimento de passaporte


O Globo
A blogueira cubana Yoani Sánchez informou nesta quarta-feira, via Twitter, que recebeu seu passaporte, duas semanas depois de entrar em vigor uma reforma migratória que eliminou a obrigação de pedir permissão para fazer viagens ao exterior. O privilégio, no entanto, não foi concedido ao dissidente Angel Moya, que afirmou nesta quarta-feira ter seu pedido de passaporte negado.

- Incrível. Me ligaram na minha casa para me dizer que meu passaporte já estava pronto. Acabam de me entregar - comemorou a dissidente. - Estou feliz e triste. Por um lado tenho o meu documento para viajar, mas vários amigos como Angel Moya não conseguiram - complementou.

Leia mais em Yoani Sánchez comemora recebimento de passaporte

Do Blog do Noblat

A frase do dia


 “Ensinaram-me, em menino, que todos os castigos vêm do céu, de Deus. E que, mesmo assim, eu deveria fazer tudo para ir para o céu. Não quero”! Antônio Maria, compositor, 1921-1964.

O Clipe do Dia


Em tempo:
Em "Pé na Cova", nova mini-série de Miguel Falabella, Luma Costa e Mart’nália, vivem um casal gay. Atenção patrulheiros, nada contra, cada um faz da vida o que quiser, mas também nada a favor. Dizia Lalau Ponte Preta: “Antigamente as pessoas fingiam que não viam, ignoravam, era um silêncio conveniente. Hoje, é incentivado. Tenho medo que se torne obrigatório”.

Em "Lado a Lado", novela de época, exibida às 18 hs é um primor de informação histórica. Durante o episódio sobre a Revolta da Chibata não há uma única menção ao Marinheiro João Cândido, herói do movimento. Para a vênus platinada, o verdadeiro herói da revolta foi o Lázaro Ramos.

quarta-feira, janeiro 30, 2013

Deu Nas Folhas

30/01/2013 | 00:00

Coincidência 

O PT indicou seu deputado Paulo Pimenta (RS), que é de Santa Maria, para relatar o projeto que regulamenta as regras de segurança em casas noturnas. Por coincidência, adversários do PT têm citado Pimenta, nas redes sociais, como suposto sócio oculto da boate “Kiss”.


Sócio da boate Kiss tenta suicídio
A polícia de Cruz Alta (RS) disse que um dos sócios da boate Kiss tentou se matar na tarde desta terça-feira (29). Segundo a delegada Lylian Carús, Elissandro Spohr usou a mangueira do chuveiro. O policial que fica de plantão no quarto o impediu ao perceber sua intenção. Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil. Spohr está com prisão temporária decretada por cinco dias. "Ele fala que não tem mais vontade de viver, que não se achava em condições de carregar toda essa tragédia nas costas", afirmou a delegada. O médico Paulo Viécile havia declarado que o paciente estava muito abalado. "O psicológico dele está arrasado. O paciente oscila crises de choro com crises de depressão. Chega a ter ideias delirantes, paranóicas.", informou.

Kiss: Prefeito de Santa Maria culpa bombeiros por incêndio em boate.

O prefeito de Santa Maria (RS), Cezar Schirmer, recebeu a imprensa ontem (29) para esclacercer alguns pontos relacionados ao incêndio na boate Kiss, que matou 235 pessoas, na madrugada de domingo. Segundo ele, a casa noturna estava em dia com suas obrigações e o alvará da Prefeitura estava regular. De acordo com o jornal Metro, o prefeito culpou a falta de fiscalização do Corpo de Bombeiros pelo incidente e afirmou que havia uma vistoria marcada no local para abril. O subcomandante do 4º Comando Regional, major Gérson Pereira, saiu em defesa da corporação e afirmou que os Bombeiros não têm competência para trocar o forro das casas noturnas. Após saber da declaração, o governador Tarso Genro proibiu o major de dar entrevistas.

Perdeu a prova
A UNE soltou só ontem “nota de pesar” pelos estudantes mortos em Santa Maria (RS), três dias depois da tragédia, anunciando que está “à disposição para levar conforto” às família e assistência aos internados.

Sem estrutura
Após o encontro da presidenta Dilma com prefeitos de todo o País, em Brasília, milhares de pessoas tiveram de votar aos hotéis a pé, sob chuvisco. Não havia táxis, ônibus, nada. E pensar que a Copa vem aí...

Precavidos
As Excelências, além de pouco aparecerem, não têm o que temer: o Congresso Nacional tem saídas de emergência e portas corta-fogo.

Coluna do Cláudio Humberto


E o Anco Márcio...?


A cidade violenta em que se transformou João Pessoa 
Em 12/02/2012 às 18:38
A cidade violenta em que se transformou João Pessoa

Anco màrcio de Miranda Tavares

Tenho por hábito ver os programas policiais de nossa tv.Não que eu goste de ver cabeças estouradas ou corpos dilacerados.Não que eu goste de ver menores sendo presos por estarem vendendo droga.Mas tão somente para ter um pé, uma idéia de quanto anda a violência na minha outrora cidade pacata João Pessoa.
Essa tal dupla da moto diariamente executa pelo menos um e fica por isso mesmo.Ninguém sabe quem são ou se sabe não se interessam em prendê-los.Eles matam e somem misteriosamente dentro da cidade como se por acaso dois homens e uma moto pudessem sumir assim tão misteriosamente.
Há quem avente a hipótese de serem até mesmo policiais que saem fazendo justiça com as próprias mãos, como se fazia no antigo oeste.Mas não estamos no antigo Oeste e isso não se faz.E mesmo não é atributo da polícia sair por aí matando pessoas, ex-presidiárias ou não.
Dizem os que querem defender os executores que até agora eles não mataram nem um homem de bem.Parece mesmo que não.Mas um ex-presidiário já cumpriu sua pena e se estiver trabalhando e vivendo honestamente tem todo o direito de refazer sua vida junto com sua família.
Prenderam dois homens numa moto e disseram tem descobertos os matadores da moto.Só se exiete mais de dois ou se pagaram a dupla errada, pois com dois dias, ume execução violentíssima sacudia a cidade.E as ececuções se sucederam os crimes se seguiram e o numero de mortos aumentando.
Resta à polícia botar seu Serviço de Inteligência nas ruas e localizar esses criminosos.Eles podem até estar exterminando bandidos, mas estão errados.Isso não existe em local nenhum do mundo e os "matadores da moto preta" já sairam de nossas fronteiras e estão conhecidos no país inteiro.

"Engula o choro, presidente

Beto Roberto

"Engula o choro, presidente. Engula o choro ao falar da tragédia de Santa Maria. Engula o choro e todos os problemas desse país que nele estão escancarados. Engula que o medo do segurança de ser demitido neste país é maior do que sua consciência de deixar as pessoas saírem sem pagarem suas contas para não morrerem. Engula a soberba dos donos de empresa desta nação que não estão nada preocupados com pessoas como eu e até mesmo como a senhora porque estão focados demais em lucrar, e preferem fechar as portas como numa câmara de gás a ter prejuízos. Engula a pressão que todos os seus funcionários sentem todos os dias. Engula que para arcar com seus altíssimos impostos, todos eles dão um jeitinho bem brasileiro de se desviar dos regulamentos e leis. Engula que os órgãos responsáveis por evitar que isso aconteça não funcionam. Engula que eles deixaram essa, entre tantas e tantas casas mais, funcionar sem licença. Engula que provavelmente alguém que também ganha pouquíssimo aceitou um suborno para que isso acontecesse. Engula que a senhora deu "é" sorte por ser apenas essa casa entre todos os tantos lugares que deveriam estar fechados, que caiu na boca da mídia. Engula a mídia que vai atacar com todo o sensacionalismo possível em cima das famílias que estão procurando celulares em cima de corpos para reconhecer seus filhos. Engula as operadoras que não funcionam e que provavelmente impediram uma série de vítimas a pedirem socorro. Engula que o socorro que chega para se enfiar em lugares como este, pegando fogo, cheio de corpos de jovens para serem resgatados, recebe um salário vergonhoso, com descontos ainda mais vergonhosos, e ainda assim executam um trabalho triste e digno antes de voltarem para a casa e agradecerem por seus próprios estarem dormindo.

Não, presidente. Não chore ao falar da tragédia. Faça! Faça alguma coisa. E pare de nos dar como exemplos uma série de catástrofes para tomar medidas idiotas que não valerão de nada alguns meses depois. Não se emocione. Acione! Acione a todos os órgãos públicos, faça uma limpa em sua maldita corrupção e devolva à segurança pública, às instituições sérias, aos Médicos, aos professores, aos bombeiros, aos enfermeiros, aos seguranças, aos jovens, o mínimo de dignidade. Não faça um discurso. Mude o percurso. Mude tudo porque estamos cansados de ver nossos iguais pegando fogo, morrendo afogados, morrendo nas filas, morrendo no crack, morrendo, morrendo, morrendo, e tendo como última imagem àquela tv aos fundos anunciando o fim de mais uma bilionária obra de estádio de futebol.

Não, presidente. Desculpe, mas na minha frente, a senhora não pode chorar. Não pode chorar sua culpa. Não pode chorar sua inércia. Não pode chorar no Chile, mas também não pode chorar em Santa Maria. Porque isso é muito maior do que só um acidente. Isso é muito maior do que só sua comoção. Engula o seu choro, presidente. O seu, o dos jovens que perceberam que não teriam mais o que fazer que não morrer, e em especial, o de seus amigos e familiares, que em um país como esse, não têm outra opção que não chorar. Engula o choro, presidente."


Colhido no Facebook.

POLÍTICA AMBIENTAL EM ENERGIA: HÁ QUEM LUCRE COM OS DESACERTOS


“Belo Monte é um absurdo e termelétricas são desnecessárias”




O setor de energia ganhou as primeiras páginas dos jornais no início de 2013 com o baixo nível dos reservatórios e a possibilidade de manter as termelétricas ligadas ao longo de todo o ano para compensar a falta de chuvas. Célio Bermann, professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, é um crítico severo dessa solução. Um dos mais respeitados especialistas na área energética do país, trabalhou como assessor da então Ministra Dilma Rousseff no Ministério de Minas e Energia, entre 2003 e 2004. “Saí quando verifiquei que o Ministério de Minas e Energia estava fazendo o contrário do que eu pensava que seria possível”, diz ele. Severo crítico da hidrelétrica de Belo Monte, fez parte do painel de especialistas que concluíram que o projeto da usina não deveria ter seguimento.

Bermann conversou com ((o))eco sobre os caminhos do setor energético e possíveis soluções para evitar o uso intensivo das termoelétricas como complementação das hidrelétricas.

((o))eco: O Ministério de Minas e Energia estuda usar as termelétricas de forma permanente, para poupar os reservatórios. O que o senhor acha disso?

Utilizar termelétricas para complementar o sistema hidrelétrico é uma solução equivocada. Em primeiro lugar, estamos falando de um sistema elétrico que prioriza a geração de energia a partir da água, o que o torna dependente do regime hidrológico. É preciso com urgência diversificar a matriz de eletricidade do Brasil, utilizando fontes que, ao mesmo tempo, possam complementar o regime da falta de água e que sejam viáveis do ponto de vista econômico e ambiental.

((o))eco: Por quê?

Primeiro, porque a termoeletricidade pode custar 4 vezes mais do que a hidroeletricidade. Além disso, utiliza três fontes fósseis derivados de petróleo: óleo combustível, carvão mineral e gás natural. O principal problema na utilização das fontes fósseis, ao meu entender, não são as emissões de gases de efeito estufa. No caso brasileiro, o problema maior das termoelétricas é serem emissoras de hidrocarbonetos, de dióxido de nitrogênio, de dióxido de enxofre, de material particulado e de fumaça.

((o))eco: Quais são as consequências?

O impacto ambiental dessas fontes é sobre a saúde pública. A vizinhança dessas usinas fica suscetível a doenças crônicas causadas por esse coquetel de poluição.

((o))eco: Há termelétricas que utilizam água na sua refrigeração. Isso causa impactos negativos?

Em geral, essas usinas utilizam água dos rios próximos. Existem regiões no Brasil em que o comprometimento hídrico impede a construção de termelétricas. No estado de São Paulo, no rio Piracicaba, por exemplo, não foi possível construir usinas a gás natural porque elas demandavam um volume de água além das possibilidades da bacia deste rio.

((o)) eco: Qual é o custo das termelétricas?

A energia das termelétricas pode custar até 4 vezes mais do que a hidroeletricidade. Ao mesmo tempo, com a Medida Provisória 579, o governo quer reduzir a tarifa de energia usando recursos do Tesouro Nacional. É um absurdo, pois esta medida afeta indiretamente o bolso dos consumidores. Somos nós que vamos pagar por essa redução da tarifa. É uma forma fictícia de fazer algo desejável: reduzir a tarifa. Temos uma das tarifas de energia elétrica mais cara do mundo, algo absurdo porque nossa matriz com ênfase em hidrelétricas produz energia que deveria ser barata.

((o))eco: E quais seriam essas alternativas?

São três: a conservação da energia, o uso da biomassa e da energia eólica. A primeira alternativa é pensar na conservação e no uso eficiente da energia. É preciso uma ampla campanha nas mídias para ensinar à população a reduzir o desperdício. O governo está fazendo o contrário, quando diz que não há risco de racionamento.Quando o governo prefere a termoeletricidade como base, está dizendo: vamos usar a termoeletricidade de forma que não se tenha riscos durante o período em que a hidrologia é desfavorável, que é o período entre junho e outubro. Essa solução, como já pontuei antes, é completamente inadequada.
A campanha por redução do consumo de energia deve abranger também grandes consumidores industriais. Estou falando de 6 setores: cimento, siderurgia, alumínio, química, ferro-liga e papel/celulose. Em conjunto, eles respondem pelo consumo de 30% da energia no Brasil. Não estou falando em fechar essas fábricas, mas que um esforço desses setores na redução da sua escala de produção aumentaria a disponibilidade de energia para a economia e para a população. É uma questão de interesse público.

((o))eco: E a segunda alternativa?

A segunda alternativa é a utilização do potencial do setor sucroalcooleiro como fonte de complementação de energia. O Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP recentemente constatou que, a partir do bagaço da cana de açúcar, resíduo da produção sucroalcooleira, pode-se produzir 10 mil megawatts excedentes, o que equivale a mais de 2 vezes a energia média produzida por Belo Monte. Essa energia pode chegar ao sistema elétrico em 3 ou 4 meses e a custo baixo. Hoje, o bagaço é utilizado para complementar a própria necessidade de eletricidade das usinas. Mas elas também poderiam comercializar o excedente que é dessa ordem que eu falei, de 10 mil megawatts. Elas já comercializam 1.230 megawatts de energia elétrica excedente.

((o))eco: Por que essa energia não está disponível?

Uma resolução da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) determina que cabe à usina o investimento para construir as linhas de transmissão de energia que levem esse excedente da usina até uma subestação ou uma rede de distribuição de energia elétrica. Nosso levantamento, feito para algumas regiões, mostra que a distância entre as usinas e a rede varia de 10 a 30 km, percurso relativamente curto.

((o)) eco: E o que poderia ser feito para viabilizar estas pequenas linhas?

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) poderia financiar a construção dessas linhas. Com crédito, esse excedente poderia estar disponível já na próxima safra, em abril de 2013. Com investimento na troca de equipamentos de cogeração – caldeiras de maior pressão – esses 10 mil megawatts potenciais da biomassa podem dobrar para 20 mil megawatts. De novo, em nome do interesse público, o BNDES poderia ser o financiador. Infelizmente, o BNDES está usando 22,5 bilhões de reais para financiar a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Quando ficar pronta, em 2019, ela acrescentará apenas 4.400 megawatts médios ao sistema elétrico. Veja o absurdo, a política do governo prioriza megaobras de hidrelétricas, quando existem soluções de energia complementar às hidros, que funcionam justamente na época das secas. A safra da cana de açúcar ocorre no período de menos chuvas, que vai de maio até novembro.

((o))eco: Belo Monte deveria ser descartado, então?

Belo Monte deveria ser descartada. O custo é enorme: 30 bilhões de reais para uma capacidade instalada de 11.233 megawatts. Essa capacidade estará disponível durante 3 ou 4 meses por ano, no período das chuvas. No mês de outubro, por causa do regime hidrológico, a capacidade de geração ficará reduzida a 1mil megawatts, ou seja, 10 % da capacidade instalada. A média ao longo do ano é de 4400 megawatts. A contribuição do rio Xingu e da Usina de Belo Monte é uma fração do que está sendo alegado para justificar a construção da usina. Eu afirmo, Belo Monte atende ao interesse das empreiteiras e empresas ligadas à sua construção, e não à população e a economia brasileira.

((o))eco: E a terceira alternativa?

A terceira alternativa é a energia eólica. No nordeste, o regime de ventos é maior justamente na época da estiagem. Os reservatórios do rio São Francisco podem acumular água durante o período mais crítico, enquanto a energia eólica abasteceria a região nordeste. Ouve-se a alegação de que a biomassa, a eólica, são fontes intermitentes. Ora, a hidroeletricidade também é intermitente, pois depende do regime hidrológico.

((o))eco: E quanto a eficiência, qual é o percentual de perda nas linhas de transmissão?

Conforme dados oficiais, o sistema de transmissão e distribuição nacional tem uma perda técnica (excluindo os gatos) da ordem de 15,4%. É impossível eliminar todas as perdas, mas cortar 5 pontos percentuais é tecnologicamente viável e traz grandes benefícios econômicos. Basta investir na manutenção do sistema: isolar melhor os fios de transmissão e trocar transformadores que já esgotaram sua vida útil. O número crescente de apagões é uma evidência de má manutenção. Por exemplo, parafusos velhos levam à queda de torres de transmissão.

Dessa forma, a perda poderia ser reduzida para cerca de 10% e acrescentariam ao sistema elétrico o equivalente a uma usina hidrelétrica de 6.100 megawatts – 150% mais da média de Belo Monte – de acordo com cálculo recente que fiz com estudantes da Pós-Graduação em Energia do IEE. Isso poderia ser alcançado a um terço do custo de produzir um novo megawatt.

A Aneel é leniente em relação às perdas. É fundamental que ela defina, em nome do interesse público, metas de redução de perdas técnicas nas empresas de distribuição e concessionárias de distribuição de energia. O alcance dessas metas deveria ser associado à redução tarifária.

((o))eco: É caro construir novas linhas de transmissão?

Sim, principalmente para levar energia distante dos centros de consumo, como é o caso dos projetos de hidrelétricas que estão sendo construídas na Amazônia.

((o))eco: E a energia nuclear? O Brasil deve pensar em investir nesta alternativa de energia?

A energia nuclear é uma fonte cara, desnecessária e com um risco de ocorrência de acidentes severos. Além das usinas de Angra 1 e 2, estamos construindo Angra 3. Todas elas numa região que é imprópria para a implantação de usinas nucleares. Angra dos Reis é uma região suscetível a grandes chuvas no verão. Não é impensável a possibilidade que uma chuva mais severa derrube as linhas que transmitem energia elétrica do sistema até as usinas. O resultado da interrupção de fornecimento de energia elétrica pode fazer as bombas de refrigeração de água dos reatores pararem, provocando o superaquecimento e a explosão do reator, que foi o que aconteceu, em fevereiro de 2011, nos 4 reatores de Fukushima, no Japão. Com um agravante: a única via de escoamento da população é a Rio-Santos, absolutamente incapaz de evacuar toda a população local. A empresa Eletronuclear considera, hoje, uma população da ordem de 200 mil habitantes. Essa população dobra na

Por: Daniele Bragança
Fonte: O Eco 
Do Blog:  http://www.ecologiaemfoco.blogspot.com.br/

O Clipe do Dia




Bandidos roubam um carro e fogem até a saída da cidade de Guapó (GO). A polícia, eficientíssima como sempre, os esperava no bem-bom.  Perspicaz, ao inspecionar o veículo, o sargento Cunha encontra um boné com um nome bordado, a prova definitiva. Segundo ele, muito provavelmente o nome de um dos assaltantes, um tal de Harley Davidson!

terça-feira, janeiro 29, 2013

Contatos Imediatos...

O tal Fórum Econômico Mundial resolveu sair de vez do armário e assumir sua total inutilidade. Revelou-se agora empenhadíssimo em preparar psicologicamente os terráqueos para futuros encontros com ETs.

do Site da Marcia Lobo - http://antesqueeumeesqueca.weebly.com/

O Clipe do Dia



Criança sem computador dá nisso...

segunda-feira, janeiro 28, 2013

Luto

Maria Eugenia Ferreira Caldas

Sou mãe. E o que agora sinto, em meu peito, em meu coração é a dor dessas mães, e pais que perderam seus filhos nessa tragédia em Santa Maria. A dor não vai passar nunca mais. O vazio vai permanecer. A lembrança vai se moldar dentro do coração de cada um. Só mesmo Deus para fortalecer e fazer com que cada amanhecer tenha algum significado depois de uma perda assim. Irreparável. Essa música do clipe abaixo registra esse momento agora pra mim que sou sensível a dor de cada mãe e pai. Não palavras, não a mídia excessiva, mas o silencio das almas pra que a dor que precisa ser vivida saia em forma de choro e musica e alivie o coração de cada mãe e de cada pai. Oremos!




Porque me Ufano...


 Queridos brasileiros e queridas brasileiras...

Não se trata de ciumeira, tampouco estou aqui, pobre mortal, tentando denegrir ou menosprezar a tragédia de Santa Maria. Não é nada disso. O país está de luto, as pessoas estão chocadas, traumatizadas, o mundo inteiro, enfim, a nos olhar com piedade, pela perda de tantas vidas causada por acontecimentos que bem ou mal poderiam ter sido evitados se nesta terra não imperasse a lei do faz de conta. Da incúria. Da irresponsabilidade. Do descaso. O que aconteceu em Santa Maria foi um crime hediondo. Quanto quer apostar que vai ficar por isso mesmo?

Mas vamos a outros fatos: Vamos transpor a tragédia para o Nordeste, a cidade de Campina Grande, por exemplo: Será que teríamos três ministérios envolvidos? Luto oficial por três dias? Bandeira a meio pau? Alguém interromperia uma viagem oficial e o bem-bom de um hotel em Santiago para fazer proselitismo político junto às famílias das vítimas?

Persiste por este Nordeste sofrido a tragédia da seca e ninguém faz absolutamente nada. Não derrama uma mísera lágrima, sequer. Não. Aqui basta uma bolsa-isso, bolsa-aquilo, bolsa-aquiloutro e pronto. Os cabrestos estão mantidos e os votos garantidos. Água? Pra que? O Rio São Francisco vem por aí, sabe Deus quando. Não me sai da cabeça a imagem anos atrás, de um repórter da televisão gaúcha muito indignado, a mostrar as cosequências de uma seca "que já dura três meses". Parece piada.

Mas, como disse acima, estamos todos traumatizados. A cultura do "depois de roubado" já começa a fazer efeito por aqui. O prefeito do Recife cogita uma varredura nas casas noturnas da cidade. Só nos resta rezar pelas almas dos que morreram.

Desesperar, jamais. O Big Brother Brasil está no ar e o carnaval será animadíssimo.

O Clipe do Dia



A Boa Música Brasileira...

domingo, janeiro 27, 2013

Volto para o Brasil. É lá que mais precisam de mim.

Dilma chora e diz que todos estão juntos com Santa Maria

SYLVIA COLOMBO
ENVIADA ESPECIAL A SANTIAGO
FOLHA DE SÃO PAULO

Com a voz embargada, a presidente Dilma Rousseff declarou que não participaria mais da reunião da cúpula dos países da América Latina com a União Europeia, que acontece em Santiago, no Chile, e viajará para Santa Maria, no RS, onde um incêndio em uma boate deixou mais de cem mortos e 200 feridos. Ela chorou ao comentar a tragédia e disse que o povo brasileiro precisa dela.

"Gostaria de dizer a população de nosso país e de Santa Maria (RS) que estamos todos juntos nesse momento". Dilma disse ainda que todos os ministros estão mobilizados para prestar toda ajuda possível às vítimas e aos familiares envolvidos na tragédia. Durante a entrevista, Dilma começou a chorar e terminou o depoimento.

O anúncio foi realizado do hotel The Ritz-Carlton, onde a presidente está hospedada. O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, disse em sua conta de Twitter que irá para Santa Maria até o final da manhã deste domingo para acompanhar o trabalho do Corpo de Bombeiros na retirada e na identificação dos corpos. "Domingo triste! Estamos tomando as medidas cabíveis e possíveis. Estarei em Santa Maria no final da manhã".

O número de mortos no incêndio pode ser ainda maior do que o divulgado até o momento, afirmou o tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs afirmou na manhã deste domingo.



PS - Enquanto isto, nem uma mísera lágrima pelos milhares ameaçados ou atingidos por uma das mais graves secas que já atingiram o Nordeste.

A Radio Tabajara PRI-4


 Nesta sexta-feira 25, a Rádio Tabajara PRI-4 comemorou 76 anos de atividades. Para celebrar o evento postamos esse texto de 2008. HC

Década de cinqüenta. Tempos amenos, sem a violência reinante dos dias de hoje. Nós éramos felizes e sabíamos. Ginásio Solon de Lucena do Professor Otacilio, alí nas Trincheiras, perto da casa de Elpídio Navarro. Lá estudavam comigo, Walter Lins, da Radio Tabajara, Ivo Bechara, Marcos Meireles, uma lourona - sempre elas - chamada Iris e mais uma porção de gente boa. Onde estarão hoje, Ivo Bechara, Marcos Meireles, Íris e todos os outros? Tempos do canto orfeônico, matéria obrigatória, invenção de Villa Lobos onde cantávamos e por força teríamos que estudar teoria musical e viver às voltas com um fatídico ditado, "tá-aaa-tá-ti-tá-tá."

Tempos dos circos, Garcia e Nerino que erguiam as suas lonas na Lagoa. Contava meu pai que certa noite em espetáculo concorrido no Circo Garcia, um tal Sargento Nunes herói da Revolução de 1930, por causa de uma aposta, quase matou um urso durante a função. O Sargento Nunes era meio avantajado no físico. Anos mais tarde, meio ressabiado, tive um namorico com uma de suas filhas.

Tempos da PRI-4, Radio Tabajara da Paraíba.

Tempos do "Trio Jaçanã," Walter Lins, Zé Pequeno e Marlene Freire. Cantavam e ainda cantam que é uma harmonia só. De deixar sabiá complexado. Jamais encontrei vocalização mais perfeita. A Marlene foi uma garota prodígio. Certa vez, já famosa, de volta de uma viagem, em aniversário na casa de umas tias, lá na Rua 4 de Novembro, tanto pediram que ela constrangida se dispôs a cantar, a capela, olhando pros lados visivelmente incomodada pelo fato de não haver uma orquestra a acompanhá-la.

A PRI-4 foi fundada em janeiro de 1937 e tinha uma programação de primeira linha. Várias atrações nacionais e internacionais aconteciam no seu auditório. Era a glória. Convivi bastante com a atmosfera sadia da Radio porque uma das minhas tias trabalhava na secretaria durante o dia e às vezes dava recitais de piano em programa tarde da noite. O primeiro transmissor da emissora, com a potência de 5.000 watts foi montado na Mata do Buraquinho, enquanto seus estúdios funcionavam em um prédio Art Déco na esquina da Rua da Palmeira por trás do Palácio da Justiça. Lá, cheguei a assistir: Xavier Cugat, Ruy Rey, Agustín Lara, (autor de "Maria Bonita - sucesso mundial) Orquestra Cassino de Sevilha, João Dias, clone perfeito do Francisco Alves, e infindáveis atrações.

Com o passar do tempo e já no governo de Zé Américo, Antonio Lucena na direção da rádio, querendo marcar a sua administração, trouxe a João Pessoa a famosa orquestra de Tommy Dorsey. Dá para acreditar? Eu, quase menino lembro, assisti à performance sentado no chão do palco bem ao lado do pianista. Hoje, fico relembrando meio que duvidando se tudo aquilo aconteceu mesmo. A imagem é bastante forte. Como são fortes as imagens dos locutores Gilberto Patrício, Jaci Cavalcanti, e de dentro do "aquário" a figura simpática de Linduarte Noronha ainda sem os louros da fama, fones nos ouvidos, mero locutor de estúdio. Pascoal Carrilho e seus programas de auditório, antecipa em décadas o fenômeno Chacrinha. Anos mais tarde, Paulo Pontes, nosso maior dramaturgo, também fez parte do "Cast" de locutores da Tabajara. O maestro Nôzinho, de curta passagem. Severino Araújo e sua Orquestra Tabajara há muito haviam se mudado para o Rio de Janeiro. O cantor Ruy de Assis, sucesso até hoje, mais tarde meu Diretor Regional, quando da minha passagem traumática por uma Franquia dos Correios. A cantora Meves Gama, Eclipse, cantor de bela voz. Esse pessoal faz muita falta ao cenário pobre e ridículo da música brasileira de hoje. Dizem, aliás, que a MPB morreu. Eu acho que morreu, sim. Quem de vocês se lembra de alguma música realmente bonita destes últimos anos?

A presença da Tabajara era tal que à época o Mago Gilvan, sobrinho do "Seu" Lemos do Plaza, sabia de cor e repetia a toda hora o texto do encerramento da programação da PRI-4 que era mais ou menos assim: "24 horas. Últimos instantes de um dia. A noite moribunda apressa-se para ceder lugar à madrugada... A seqüência dos fatos cronológicos..."

Pasmem, mas assisti na PRI-4 uma das primeiras performances de José Vasconcelos - "Eu Sou O Espetáculo" - o pai de todos esses "show-men" que temos hoje, à partir do mestre Chico Anysio. Como era prazeroso ver e ouvir um grupo formado por dois irmãos e duas irmãs que cantavam afinadíssimos, os "Tabajaras do Ritmo." A imagem do Sargento da polícia, Dedé, saxofonista dos bons e que andava de motocicleta. Aliás, os músicos eram um caso a parte, todos excelentes. Canhoto começou tocando no Regional da Rádio. Vieram para João Pessoa conjuntos vocais, como Los Panchos, Los Palomitos, Quinteto Los Pioneros, as Irmãs Parisi e cantores como Josefine Baker, Ninon Sevilla, Ester de Abreu, Gregório Barrios, Ernesto Bonino e o famoso "Bigode Cantante", Bienvenido Granda. Chico Alves veio inaugurar a emissora em 1937. Era muito prestígio. Mas, o bom mesmo para mim, era o Trio Jaçanã. Pascoal Carrilho anunciava... "E com vocês... O Trio Jaçanã...”

O Trio atacava com o seu conhecido prefixo:

“E eu te encontrei tão sozinha na tua estrada”.
Te dei minha mão mesmo em troca de nada
Para amenizar teu desgosto
Com todo o prazer te ajudei
Carreguei tua cruz
Dei-te apoio moral
Transformei tua vida
Numa alvorada de luz.”

Da convivência no Solon de Lucena nasceu um "clone" do Jaçanã - Valter Lins, Marcos Meireles e o-locutor-que-vos-fala. Chamava-se "Trio Coqueiro Seco" e o nosso carro chefe era nada mais nada menos do que "Prece ao Vento" (vento que embalança as paia do coqueiro), de Gilvan Chaves. Mais tarde, já de volta ao Colégio Marista surgiu uma outra formação do Coqueiro Seco. Desta vez com Aldemir Sorrentino e Marcos (Quinho) Aguiar,"O Homem da Estrela de Ouro," por onde andam o meu amigo e seus irmãos José e Hugo?


P.S. Soube que o atual prefeito tem projetos para fazer voltar o Ponto de Cem Réis à sua antiga feição. Parabéns. É preciso tirar mesmo essa aberração do centro da minha cidade. Por que ele não aproveita e reconstrói o prédio da PRI-4 criminosamente derrubado?

O Clipe do Dia



Espere aí, vou lhe dizer, meu bem...

sábado, janeiro 26, 2013

Porque me ufano...

Queridos brasileiros e queridas brasileiras.

A sargentona em seu pronunciamento de rádio e TV na última quarta-feira (23) anunciou e garantiu que apagões eram coisa do passado. Cuido que a bola de cristal do Planalto anda necessitada de uma recauchutagem completa pois logo no dia seguinte um apagão de dimensão nacional atingiu o Ceará e outros estados do Nordeste, parte do Norte, Sudeste e Centro-Oeste. Em Fortaleza, o blecaute, se estendeu das 23h15 até às 02h20, deixando ruas, casas, prédios públicos e hospitais sem energia.

Apenas as luzes de carro iluminavam as ruas de Fortaleza na madrugada desta sexta-feira (26) (Foto: André Teixeira/G1)

 Certas maluquices só acontecem em Pindorama... 

Moradores do município de Primavera, na Mata Sul de Pernambuco, fecharam os dois sentidos da BR-101, na altura do km 136, durante um protesto na manhã desta sexta-feira. A manifestação cívica começou por volta das 5 horas como forma de reivindicar novas eleições para a cidade. Eles protestavam contra a decisão do TRE, que autorizou a posse de Jadeildo Gouveia, o "Galego do Gás" e segundo colocado nas eleições do município. O vencedor, Romildo César, o popular "Pão com Ovo", teve a candidatura indeferida por acusação de compra de votos.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o engarrafamento chegou a 10 quilômetros de extensão e o trânsito só foi normalizado por volta das 11 horas.

Clipe do Dia


O Índio Velho é bom, che...

sexta-feira, janeiro 25, 2013

Piada para o fim de semana

O pinto do Orlando

Orlando sofreu um terrível acidente de carro e seu pinto foi dilacerado, arrancado fora. Perda total. Do pinto, é claro. Na emergência, o médico assegura-lhe entretanto que a medicina moderna poderá trazer o pinto de volta, através de um transplante, mas o plano de saúde provavelmente não cobrirá a cirurgia, por ser considerada estética. O médico acrescenta ainda que os preços da cirurgia são os seguintes:

- R$ 5.000,00 - tamanho pequeno;
- R$ 9.000,00 - tamanho médio;
- R$ 15.000,00 - tamanho grande.

Orlando aceita imediatamente o transplante, ficando todavia, em
dúvida, somente quanto ao tamanho a ser escolhido, médio ou grande, porque pequeno, nem pensar. O médico, então, o aconselha a conversar com a parte mais interessada, a esposa, antes de decidir.

O doutor sai da sala para deixá-lo à vontade. Orlando então telefona para a esposa e explica toda a situação. Voltando à sala, o médico encontra Orlando na maior depressão e pergunta:

- E então, o que você e sua esposa resolveram?

Orlando responde com os olhos rasos d'água:

- Ela disse que prefere reformar a cozinha...

A Frase do Dia

Ayn Rand
“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário,  são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”!


 Nota da Redação: Judia nascida e educada na Rússia, fugitiva da Revolução, Ayn Rand emigrou para os Estados Unidos em 1920, mostrando uma visão com conhecimento de causa.  Esta frase foi produzida nos anos 20. Cuido que agora, em 2013, se  aplicaria perfeitamente  a um certo país tropical, abençoado por Deus!

Porque me ufano...

25/01/2013 | 08:16 - Coluna Cláudio Humberto

CE: Cid pode ser obrigado a devolver cachê de R$ 650 mil de Ivete Sangalo

Foto
O GOVERNADOR E A CONTRATADA PARA SUA FESTA: ELE FATUROU POLITICAMENTE NA PROVÍNCIA, ELA FINANCEIRAMENTE

O Ministério Público de Contas, ligado ao Tribunal de Contas do Ceará, quer que o governador do Estado, Cid Gomes (PSB), devolva aos cofres públicos os R$ 650 mil pagos a título de cachê à cantora Ivete Sangalo. A farra com dinheiro público, tema da coluna Claudio Humberto há uma semana, foi realizada na inauguração de um hospital em Sobral, reduto político do governador. No Ceará, 175 municípios se encontram em estado de calamidade pública, em razão da seca, a pior das últimas décadas, e os cerca de R$ 1milhão torrados pelo governador com sua festa seriam suficientes para levar água a pelo menos três municípios de pequeno porte. O MP de Contas não faz alegações de desperdício, apenas cobra um terceiro orçamento (somente dois foram apresentados) para justificar o pagamento do cachê sem licitação.
Enviar por e-mail

Porque me ufano...


O Hino Nacional? Claro que eu sei. É assim ó:
Fi, fi, fi, ri, fi, fi, fi, ri, fi, fiii, fi, fi!

Uma caixinha de música

Ainda sem notícias de Anco Márcio. Nem mesmo seus colaboradores parecem se importar. Será que eles NÃO LÊEM O SITE DO ANCO?

Em 09/03/2012 às 06:27

Anco Márcio de Miranda Tavares

Eu tive uma namorada linda que se perdeu no tempo. era muito branca com cabelos negros e olhos rasgados. A gente conversava horas ao telefone. Praticaments os mesmos assuntos, mas a gente nunca cansava. Eu achava que aquele amor seria eterno. Que nunca se acabaria, que nunca teria fim, que seria para sempre.

Durou algum tempo. Juntos passamos alegrias e tristezas, sabores e dissabores. Um dia ela me disse que queria uma caixinha de música, que aquele era seu sonho desde pequena. Procurei, vasculhei a cidade e não achei.Viajei à Recife e achei a caixinha, a linda caixinha estava na vitrine!!

Peguei encantado no objeto. Como esse fato já faz bastante tempó, não era nenhum primor da tecnologia. Mas era uma caixinha de música!! Tinha uma bailarinazinha e a gente dando corda, ela executava piruetas e dançava ao som de música... musica... musica de caixinha de música, naturalmente...

As poucas joias, as poucas bijouterias que essa minha namorada tinha, foram parar nessa caixa. E ela passava um tempão olhando a pequena bailarina. E esse som embalou gente grande e crianças que hoje também são adultos... Era o som da gente, eu o distinguiria em qualquer lugar, pois era diferente de todas as outras caixinhas de música!!

O tempo passou e a gente foi ficando cada vez mais distante. A bailarina dançava cada vez menos, dançava ao rítmo da fragmentação de nosso amor que morria... A bailarina, antes animada, dançava quase que uma marcha fúnebre, dançava sem nenhum entusiasmo, perdeu o riso dos lábios de plástico.

Hoje, eu nem sei onde anda a caixinha... Talvez tenha sido jogada no lixo. é o mais provável. Deve ter sido recolhida por algum menino no lixão. Tudo está no lixo, o tempo passado está no lixo, a vida está no lixo... Ou quem sabe, talvez a caixinha esteja guardada placidamente numa gaveta qualquer, esperando que alguém lhe dê corda para poder dançar... Ah,como é triste uma caixinha de música sem música e sem baliarina...

Porque me ufano...



Segura esse homem aí, pelo amor de Cristo...

quinta-feira, janeiro 24, 2013

Piedosa piada para um fim de tarde


SEXO APÓS A MORTE...

Um casal fez um acordo: se existisse mesmo a reencarnação, o primeiro a morrer voltaria para dizer ao outro como era. O marido morreu primeiro e baixou  numa sessão espírita - contatou a esposa e contou:

- Meu bem... levanto-me cedo e faço sexo. Tomo o café da manhã e vou para o campo de golfe. Faço mais sexo, apanho sol e faço sexo, mais algumas vezes. Depois almoço, como muitos legumes e verduras e... mais sexo. Depois do jantar volto ao campo de golfe e faço mais sexo, até anoitecer. Depois durmo, muito bem, para me recuperar e, no dia seguinte, recomeça tudo igual. Ufa!
 
A mulher pergunta:

- Mas como, você não está no Paraíso, bem?

- Não querida, eu já reencarnei... Agora sou um coelho numa granja aqui em Gravatá.

A Frase do Dia

 "Sempre inicio a leitura do jornal pelo obituário. Geralmente não acontece nada, mas às vezes tenho surpresas muito agradáveis".
Millôr Fernandes

Porque me ufano...

Augusto Nunes - Veja

 O palanqueiro que não desencarna do Planalto resolveu virar co-presidente


Quando Lula agarra um microfone, os plurais saem em desabalada carreira, a gramática se refugia na embaixada portuguesa, a regência verbal se esconde no sótão de um casarão abandonado, o raciocínio lógico providencia um copo de estricnina (sem gelo) e os dicionários se apavoram com a iminência de outra selvagem sessão de tortura. Já no primeiro parágrafo, os brasileiros que não tratam o idioma a socos e pontapés ficam pálidos de espanto ou vermelhos de vergonha. Menos os devotos da seita lulopetista.

“Quando Lula fala, o mundo se ilumina”, jura há quase 10 anos Marilena Chauí, professora da USP que também jura ser filósofa. A descoberta assombrosa justifica o lugar reservado à companheira no “Encontro com  Intelectuais sul-americanos”, promovido nesta segunda-feira pelo Instituto Lula: Marilena está no palco, sentada à direita do Mestre. Com o rosto apoiado numa das mãos, parece à espera do momento em que a luminosidade do orador obrigará a plateia a proteger os olhos com óculos escuros.

Os presentes, esclarece a inscrição atrás da mesa, são Intelectuais (assim mesmo, com I maiúsculo). Estão reunidos não para um “encontro de” qualquer, mas para o  “Encontro com”. Com Lula, naturalmente. Na abertura da discurseira, o ex-presidente avisou que estava ali para ouvir. Só parou de falar quando a garganta implorou por descanso. Gastou alguns minutos louvando a integração dos Intelectuais da América do Sul. No resto do tempo, tratou do que efetivamente interessa a um palanqueiro em campanha há quase 40 anos.

Primeiro, Lula comunicou que está aprendendo a ser ex-presidente, e ensinou que “é necessário tomar cuidado para fazer política sem parecer que quer continuar no cargo de mandatário”. Em seguida, deixou claro que continuará fazendo exatamente o contrário do que acha certo. “Lula vai cuidar pessoalmente das articulações com a base de Dilma para tentar garantir apoio à reeleição da presidente”, contou o companheiro Paulo Vanucchi aos jornalistas proibidos de testemunhar a aula de incoerência. Segundo o diretor do Instituto Lula, o chefe “vai gastar toda a energia para a manutenção da aliança entre PT, PMDB e PSB”. Ou seja: para assegurar a permanência de Dilma Rousseff no poder, Lula resolveu reduzir-lhe os poderes e nomear-se co-presidente.

O primeiro encontro entre a presidente eleita e o presidente que nunca desencarnou do Planalto deveria ocorrer em Brasília. Dilma sugeriu que conversassem em São Paulo nesta sexta-feira, quando visitará a cidade para participar das comemorações do aniversário. A aparente demonstração de subserviência camufla a esperteza geopolítica. Assombrado pelo caso Rose e pelo pau de macarrão de Marisa Letícia, tudo o que Lula quer é ficar longe de casa. A presidente vai mantê-lo  por aqui no feriadão que começa no dia 25.

Pena que a afilhada não se anime a bater de frente com o padrinho. Se lhe estendesse o tratamento que dispensa aos ministros, o local do encontro seria o escritório da Presidência da República em São Paulo. Assim que Lula  entrasse na sala que abrigava a chefe de gabinete, Dilma perguntaria se o visitante notou alguma mudança na paisagem. Ou se acha que está faltando alguém.

Porque me ufano...

Show de Ivete Sangalo provoca bate-boca entre Cid Gomes e procurador

Bruno Góes, O Globo


A cantora Ivete Sangalo foi convidada e aceitou realizar um show para a inauguração do Hospital Regional da Zona Norte, em Sobral, no Ceará. Apesar da animação da apresentação da última sexta-feira, o cachê de R$ 650 mil, que foi pago nesta quarta-feira com dinheiro público, provocou uma troca de farpas entre o governador do estado, Cid Gomes (foto abaixo), e o procurador de Contas do Ceará, Gleydson Alexandre.
O procurador, que é contra o valor do show, recorreu após pedido do Ministério Público sobre o caso ser arquivado no dia 16 de janeiro pelo Tribunal de Contas do Ceará. Ele listou seis shows da cantora em outras cidades que foram realizados por um valor menor, com variação entre R$ 400 mil e R$ 500 mil. Em Eunápolis, na Bahia, por exemplo, R$ 400 mil foi o preço para ter Ivete Sangalo como atração.

Leia mais em: Show de Ivete Sangalo provoca bate-boca entre Cid Gomes e procurador

THE END

W. J. Solha

Adeus ao cinema. Tenho recebido alguns convites – não muitos, mas expressivos – pra integrar elencos de outros filmes, depois de O Som ao Redor e de Era uma vez eu, Verônica – de Kleber Mendonça Filho e Marcelo Gomes - e faço este comunicado porque não quero parecer – a este ou aquele diretor - estar recusando o trabalho que acaso vier a me oferecer. Estava exausto, no final de 2010, quando voltei do Recife com esses dois títulos no currículo e a caminho do sertão, pra participar do curta Antoninha, Laércio Ferreira em sua primeira experiência com ficção. Fui ao sítio Acauã justamente pra não parecer subestimar o roteiro, de que gostara muito, nem o produtor Heleno Bernardo, que me convidara. Mas não tive condições físicas de fazer minha parte como deveria, e acho que tirei o brilho maior que o filme poderia ter. Pela primeira vez eu sentia o que significa “idade”. Mas por que me esgotara tanto? Por causa do peso da responsabilidade que assumira ante tão grandes roteiristas-diretores, em Pernambuco. Passava as noites em claro, nos quartos em que fiquei em Boa Viagem, entregue a ensaios solitários, procurando, milimetricamente, a exatidão de cada olhar, gesto e fala a serem utilizados durante o dia.  Valeu a pena, claro. Recebi muitos elogios de críticos daqui e de fora, depois, naturais em obras tão premiadas. E é fácil, para mim, ver que se me saíra bem agora, isso nunca se dera antes, a não ser no curta A Canga, de 2001, em cima de meu livro homônimo e com direção de Marcus Vilar, elenco preparado pelo Nanego Lira. É óbvio que o fator determinante fora o de  receber papeis mais densos em 2010, trabalhar com grandes diretores e, também, com grandes assessores deles: Leonardo Lacca e Amanda Gabriel, em O Som ao Redor, Pedro Freire no Verônica. Os papeis, por outro lado, vieram-me por conta do físico certo para meus personagens – o chamado physique du rôle – descoberto pelo cineasta Daniel Aragão ao me ver subir ao palco do Teatro de Santa Isabel, com o maestro Eli-Eri Moura, no final de nossa ópera Dulcineia e Trancoso. Quando ele me ligou, dias depois, convidando-me para um teste, recusei-me. Não queria, mais,  me dar mal ante as câmeras. Insistiu tanto, que lhe pedi o roteiro do Som... e vi que ali estava um filme e um personagem extraordinários, um modo de superar todo o trauma que me atormentava desde a produção de O Salário da Morte, em 70. E acertei, como acertei ao ser o primeiro a ver que o Vau do Sarapalha iria estourar. Daí que, feita a minha catarse, volto à velha, querida e ingrata literatura.  That´s all, folks!

Porque me Ufano....

É destamanho, Ó...

Queridos brasileiros e queridas brasileiras, vejam a sábia resposta do Ministro Lobão, instado a mensurar a real dimensão do "Prativai" (pra mim não vem) nos apagões da Copa.

Bandeira

Celso Japiassu




Comecei a escrever quando era muito jovem e triste e arrogante como são os jovens. Lí um poema de Manuel Bandeira e disse para mim mesmo que aquilo eu também poderia escrever.


O poema dizia  

“Quando hoje acordei, ainda fazia escuro
(embora a manhã já estivesse avançada).
Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação
como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.
Então me levantei,
bebi o café que eu mesmo preparei,
depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei pensando...
- Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei.”
 

Desde aquele dia já escrevi muitos poemas, mas nunca consegui escrever um só que chegasse ao menos perto desse poema que Bandeira dedicou a Jaime Ovalle.

http://celsojapiassu.blogspot.com.br/

Porque Me Ufano Do Meu País



A partir da presente data iniciamos uma nova fase no Blog. Toda matéria postada, texto ou vídeo, terá, de acordo com a pertinência do assunto, o título: "Porque me ufano do meu país". HC 

quarta-feira, janeiro 23, 2013

Clipe do Dia


Porque me ufano do meu país!

A Volta do Boêmio

 Aqui me tens de regresso...

Claro que esta seria uma bela introdução para anunciar o final do Recesso. No entanto, sinto que não estou sendo nada original. Um certo cronista mineiro já descreveu esses magníficos versos, de Adelino Moreira, quando da sua volta das férias. Mas, em verdade vos digo: eu tive a idéia antes. O mineiro aquele, apenas se adiantou, eis tudo. O que se há de  fazer? Fica parecendo a velha história do "samba é que nem passarinho" entre Sinhô e Heitor dos Prazeres. Mas deixa pra lá. Eles é que eram bambas e os bambas se entendem. 

Confesso, já não era sem tempo! Foram exatos nove longos e insuportáveis dias sem um pingo de vontade para levar adiante a  bandeira do Blog. Um desânimo e uma preguiça descomunais, de fazer corar um José Sarney. Pindorama e suas mazelas realmente não me suscitaram absolutamente nada a não ser um certo sentimento de desonra, humilhação, diante dos sucedimentos que descaradamente ocorrem nesse triste país, diuturnamente. Acho que o Clipe do Dia de hoje mostra muito bem o opróbrio ao qual me refiro. 

O Recesso também serviu, para, de certa maneira, inflar um pouco o ego desse velho escriba que andava mais por baixo que poleiro de pato. Muito me alegrou, por exemplo, a preocupação denotada pelos amigos que acorreram em comentários e indagações sobre os reais motivos do meu afastamento. Bom sentir-se querido. Agradeço a todos, de coração. Porém, há sempre um porém, percebi que o Recesso também produziu alguns comentários que convenhamos, se encaminham para o perigoso terreno da galhofa. Até um sujeito chamado "Hugão" deu o ar da sua graça acalmando a todos, prometendo a minha volta o mais rápido possível. Ora vejam só! Menos, pessoal, menos. Sei que temos no país cerca de duzentos milhões de humoristas, mas tudo demais é veneno. Até água.

Aproveitei-me do interregno para colocar em dia as coisas do mundo, Minha Nega tais como: consultas médicas, alguma leitura, o ensejo de desordenar mais ainda a minha estante de livros, coisas assim. Liguei um pouco a Máquina de Fazer Doidos e constatei que a violência anda com o maior prestígio por estas bandas. A certeza da impunidade está tornando o roubo, o assassinato, numa banalidade sem jaça.

Falei pelo Skype com os netos da França. Maior frio. Eles na  saudade do sol de Boa Viagem. Mas o bom mesmo foi ouvir do meu filho:

- "Aqui em Montpellier está se falando muito de um filme pernambucano – O Som ao Redor!

Em suma, esses os verdadeiros motivos do recesso. Estava mesmo precisado de umas pequenas férias. Estou de volta e como dizia aquele antigo filósofo alagoano: 


"Vocês vão ter que me engolir!"

terça-feira, janeiro 15, 2013

segunda-feira, janeiro 14, 2013

PONTO DE CULTURA DESENHA O PATRIMÔNIO EM ALHANDRA.


Durante 08 (oito) semanas, o Ponto de Cultura Cinema de Animação desenvolveu seu método de produção cultural denominado “Cine Anima - cinema de animação popular” com jovens das escolas públicas na cidade de Alhandra, mata sul da Paraíba.
 

O objetivo do projeto foi realizar oficinas de animação sobre a temática da educação patrimonial. Todos os desenhos e sequências foram feitas a partir da pesquisa realizada pela equipe do arqueólogo Ulisses Pernambucano de Melo (Differo Patrimônio Cultural) o qual realizou uma completa pesquisa arqueológica e de educação patrimonial sobre o Patrimônio Material e Imaterial da cidade.

Alhandra é uma cidade com relevante potencial cultural e é conhecida pela religiosidade dos cultos afro-indígenas e da árvore sagrada da Jurema. O projeto está ligado numa ação de preservação exigida pelo IPHAN para a construção da Fábrica de Cimentos Elizabeth. E, contou com o patrocínio do IPHAN-PB, do Ministério da Cultura e da Fábrica de Cimentos Elizabeth, também tivemos o apoio da Prefeitura de Alhandra e da Matriz Nª Sª da Assunção.

O produto final foi um vídeo de animação produzido pelos alunos e lançado na Casa Paroquial da Matriz, em Alhandra, no dia 27 de dezembro de 2012.

O Ponto de Cultura Cinema de Animação realiza oficinas de cinema de animação popular, ou seja, as etapas da produção, roteiro, desenhos, animações, traço e arte final, digitalização, edição, exibição e discussão compõe receita metodológica simplificada do nosso Ponto de Cultura,: participação popular de todos envolvidos em todas as fases de execução, num movimento de imersão no audiovisual. O projeto transporta um estúdio de animação completo para comunidades quilombolas, indígenas, ribeirinhas, assentamentos de Sem Terra, escolas e pontos e pontões de cultura priorizando as regiões norte e nordeste, visando democratizar o acesso a  todos as matizes sociais e regionais.

Lula Gonzaga
Cineasta de Animação - Especialização: Cinema de Animação na Zabreb Film Croácia e Krakty Film República Checa


Clipe do Dia


Bebeu...  dirigiu.....?

domingo, janeiro 13, 2013

Quem diz o que quer, ouve o que não quer!


Decididamente esse inicio de 2013 não foi nada prazeroso para mim. Logo de cara, houve o que alguns de vocês já sabem, a coisa de ter passado mal e sido levado a se internar com uma crise braba de respiração. Porém, meus caros as dores físicas, mercê de uma sábia prescrição médica, acabam por serem curadas. Ruim mesmo são as dores morais, àquelas que calam fundo na alma da gente.

Pois muito bem, estava eu posto em sossego, na varanda do meu tugúrio, plantado à beira do Atlântico, curtindo uma convalescença, no dolce far niente. Uma coisa, no entanto me dizia para dar uma passada no computador. E não é que eu estava certo! Lá, estampada numa rede social estava, o escracho, a falta de respeito, o ataque gratuito, a perfídia e o pior, usando o insidioso recurso da indireta. Gelei. Leve tonteira: será que terei que voltar à clinica? Essas coisas me fazem muito mal.

A frase que encima estas mal-traçadas era uma das máximas preferidas da minha mãe, a pessoa que me educou e a quem, até hoje, por força dos seus ensinamentos nunca consegui esquecer. Dizia ela que "Educação cabe em todo canto" quando eu saia em viagem ou ia freqüentar a casa de amigos.

Foi exatamente este último tópico que, apesar da hesitação, me fez decidir por escrever. E agora, o rumo dessa  conversa passa a ter destinatário certo.

Ter filhos não significa seguir regras da sociedade. É da ordem natural das coisas. Não se sofre preconceitos se temos ou não temos filhos.

Veja que eu não fui bater na porta da sua fábrica de bebês para encomendar neto algum. Até porque já estou muito bem servido. Neto é filho com açúcar. Tenho seis. Se os homens lá em cima decidirem estarei aqui à espera de outro tanto. Isso mesmo, seis netos. Deus me deu quatro e por tabela, ganhei mais dois adotados. Não, ninguém leu nada errado. Adotado. Eu fui ADOTADO por um casalzinho de ex-alunos que me pediu para ser o "Avô Honorário" deles. Devo ser mesmo um peste de velho ranzinza e sem noção. Ninguém repito, ninguém, com alma de Cinderela deslumbrada, consegue jamais entender a grandiosidade, o alcance de um fato dessa natureza. Ser escolhido para avô. Pois é, aconteceu comigo.

Comentei com pessoas que estavam na minha casa no último domingo, sobre a suprema irresponsabilidade de um casal de idosos (61 anos) que fez tratamento e a senhora conseguiu engravidar e tiveram os filhos. Convenhamos que quando os garotos estiverem com 10 anos eles, se não morrerem antes, estarão com 71. Comentários?

Salientei que o parto após os trinta anos de idade às vezes se torna extremamente perigoso para a mãe. Quem quisesse ter filhos que colocasse a mão na massa. E só. Eu prezo, acima de tudo, o respeito. Desculpe se estou batendo demais nessa tecla, mas assim é que fui criado. Esses os meus valores.

"Filhos? Melhor não tê-los! Mas se não os temos como sabê-los"? Já dizia em tempos idos o poetinha Vinícius em seu  "Poema Enjoadinho".

No fundo, acho que você tem razão. Não pode, não tem condições e cada um faz da sua vida o que quiser. Você, decididamente não tem o perfil para ser mãe.

Do mais íntimo recôndito da minha memória me vem agora um episódio que pouca gente sabe, até mesmo na família.

Um dos meus irmãos foi "casado" e dessa união nasceu um filho. Ocorre que viviam às turras e terminaram por se separar. Ela, sentindo-se abandonada, cuidou do filho por uns tempos e achou por bem deixá-lo aos cuidados de amigos ou parentes, não sei bem. O fato é que o garoto  morreu de pneumonia antes de completar dois anos de idade, pela incúria de uma doidivanas qualquer. Comoção. Meus pais sofreram muito. Eu cheguei a conhecê-lo em um retratinho muito mal tirado. Lembrava muito a todos nós na mesma idade.   

Gostaria de lembrar que redes sociais não são exatamente o local adequado para assuntos dessa natureza. Outros tempos? Mas, como dizia minha mãe: "Em terra de sapos, de cócoras com eles."

Lembrando que o amanhã sempre virá. O mundo continua a girar, apesar de nós todos. Deixe de contemplar o próprio umbigo, baixe um pouco essa bola e não se dê a importância que você muito provavelmente não tem. Veja se consegue algum ensinamento nestas mal-traçadas. Tudo, no fundo, é uma questão de boa educação. Cresça!

Clipe do Dia


Se for dirigir, não beba...

sábado, janeiro 12, 2013

A Frase Lapidar

"No meu tempo ser de esquerda dava cadeia, hoje dá emprego". Ferreira Gullar

O Massacre de Conneticut


Depoimento de uma brasileira que mora nos Estados Unidos e tem um filho na escola 

Tatiana Valadares Gonçalves,
Sarasota, FL – USA


Uma coisa que me chateou bastante ontem, foi que diante a notícia tão triste do massacre das crianças em Connecticut, ao invés de meditar, parar o coração um momento para pensar e mentalizar algo bom para quem sofria com a tragédia, muita gente do meu círculo de amizades resolveu bombardear minha caixa de mensagens, inclusive me telefonar, com comentários inúteis sobre os EUA, a segurança, o povo, etc. Registro aqui minha decepção com cada um que se achou no direito de julgar e generalizar o fato.

Agora me espanta que isso tenha vindo de brasileiros, o Brasil é um país tão seguro e organizado, né ?

Eu fui obrigada a escutar que os americanos são todos doentes mentais, que aqui é uma fábrica de malucos e o que estou fazendo aqui num lugar que não tem segurança. Sabe qual é a diferença entre isso aqui e o que os brasileiros têm ai ? Ordem.

Aqui tem muito maluco sim, tanto quanto aí, só que aqui o maluco se suicida depois da cagada, por que ele sabe que a JUSTIÇA será feita. Ele sabe o que lhe espera. No Brasil, a gente sabe o que acontece com o maluco. Nada!

SAIBAM VOCÊS, AS ESTATISTICAS DOS HOMICÍDIOS AQUÍ É DE 8 POR CADA 100.000 HABITANTES. AÍ NO BRASIL É DE 70 POR 100.000. AQUÍ É MESMO MUITO VIOLENTO.

Daqui 7 anos no máximo, dois malucos que jogaram a filha de 5 anos pela janela estarão fazendo compras no Shopping Center Norte. Sabe quando isso aconteceria aqui? Nunca. Daqui 5 anos, a maluca Ritchtofen estará passeando no Parque do Ibirapuera com o cachorro e tirando fotos no Instagram.

Doentes mentais, revoltados, loucos e psicopatas não existem somente aqui ou aí no Brasil, eles estão no mundo, não há como evitá-los. Mas eu prefiro viver em um lugar onde existe um simples diferença – Cumprimento da Lei.

Por isso me espanta tanto a reação de alguns brasileiros; filhos coniventes de um país que elege ladrões, sai na rua pelado no carnaval cantando a própria desgraça e termina tudo em pizza.

Sabe qual é o GRANDE problema do Brasil? O povo só olha pra fora. Quantas vezes ouvi piadas que americano não conhece o mapa e não sabe diferença entre Brasil e Argentina. Palmas para eles ! Por que perdem o tempo deles conhecendo detalhadamente o seu próprio mapa. Quando eles sentam no assento do metrô, no fim do dia para ir para casa, estão lendo notícias internas e se preocupando em fazer algo pela escola do seu bairro. O brasileiro não lê no metrô, também não senta, porque vive uma realidade miserável de falta de tudo, falta espaço, falta trem, falta ônibus, falta asfalto e sobra assunto descartável. Vai todo mundo no estilo sardinha em lata falando da novela das 8. Ou da tragédia do país alheio.

Todo mundo feliz por que ganhou o 13º salario, vão torrar tudo no mesmo dia comprando coisas caríssimas, pagando um imposto gigante, para se exibir para a vizinha no elevador.

Natal ? Ah, no Natal o brasileiro gosta muito dos americanos, por que os copia em tudo! Isso é ridículo! Arranque esse monte de roupa do Papai Noel, por que NÃO vai nevar no Tocantins.

E os EUA que não têm segurança e nada, lá só se come hamburguer e pizza, mas vamos lá pra Miami fazer as compras de Natal !!! Nessa hora todo mundo ama o bando de malucos daqui. Assim é o Natal Brasileiro, todo mundo comprando em 5 vezes no cartão, que nem louco algo que NÃO precisa e nem pode pagar.

Na noite do Natal está todo mundo louco para passar logo a meia noite, largar a família pra trás e pegar a primeira estrada com trânsito infernal para ter 4 dias de sossego em algum lugar tão perigoso quanto o próprio bairro (seja qual for) . Aqui, a gente escuta musica de Natal dezembro inteiro, no carro, em casa… aqui a gente ainda manda cartões pelo correio. Aqui a gente leva o filho para tirar foto com Papai Noel, de graça. Fazemos listas de tudo que devemos agradecer no ano. Repetimos a frase Feliz Natal 30 vezes por dia, para o caixa do super mercado, para o cara do correio, para o vizinho, no trânsito para a pessoa do carro ao lado. Aqui se acende uma vela na janela durante 25 dias para lembrar aqueles que partiram e não estarão conosco neste Natal. A gente come cereal como forma de agradecer a colheita do ano todo. O nosso Papai Noel está vestido adequadamente para a estação. Ou seja, aqui se vive com o que se tem e o que se é. No Brasil se vive com o que os OUTROS têm.

Estou tão chateada assim, porque nunca ouvi uma piada sequer de americano algum com relação ao Brasil. Muito pelo contrario, mesmo lendo notícias ruins daí, nunca alguém aqui se atreveu a fazer qualquer tipo de comentário que não fosse um elogio ao meu país. E o interessante é que grande parte de quem faz as piadas contra americanos, NUNCA colocou os pés aqui. Pior, julgam algo sem conhecer, que atitude ignorante!

Portanto, quando quiserem apontar o dedo , apontem mas não na minha frente, pois se vc tem o direito de expressar sua opinião a respeito do que bem entender, eu tenho o direito de me sentir ofendida e expressar a minha opinião sobre você. Eu sou Brasileira com letra maiúscula, mas a minha ‘Casa’ é aqui e o meu coração por opção está aqui e não vou me permitir mais escutar tais ofensas. Tenho orgulho de viver e criar meu filho em uma fabrica de possíveis malucos, ao invés de criá-lo dentro da certeza de habitar uma fabrica de corruptos, vagabundos e cegos por opção.


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Clipe do Dia



Conheci a bela terra venezuelana no período pré-Chavez. Era um país rico e feliz, hoje transformado nesta perigosa ópera bufa.O que não consegue fazer a igorância...