
Encontrei o texto abaixo no Jornal Tribuna Literária uma publicação mensal editada pelo poeta Octávio Caúmo Serrano, falando de poesia e literatura, representando uma heróica batalha de seu editor, num país riquíssimo de criadores de arte, porém paupérrimo de leitores/consumidores da produção artística, salvo novelas de televisão, insípidas no que diz respeito à arte, mas consumidas avidamente por um povo que não lê.
Na edição de novembro/2006, como sempre recheada de poesias e de textos e frases para pensar e curtir, há uma lição sobre a importância da pontuação na escrita, tirada de uma historinha que tem um sabor engraçado tanto quanto tem de saboroso pelo ensinamento que encerra, a partir da singela colocação da vírgula num texto.
A história e a importância da virgulação é a seguinte:
“Um homem rico estava muito mal. Pediu a pena da morte e escreveu assim...
“Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres”
Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna?
Eram quatro concorrentes.
1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:
“Deixo meus bens a minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.”
2) A irmã chegou em seguinte. Pontuou assim o escrito:
“Deixo meus bens a minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.”
3) O padeiro pediu a cópia do original. Puxou a brasa para sardinha dele:
“Deixo meus bens a minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.”
4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido fez essa interpretação:
“Deixo meus bens a minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.”
Assim é a vida. Nós é que colocamos os pontos. E isso faz a diferença...”.
Pois é. Uma simples vírgula, quando colocada incorretamente, pode mudar até o curso da história.
Ou pode sugerir um novo Curso de História.
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