José Virgolino de Alencar(Jogando palavras fora ou a cultura da abobrinha)
Sou ou não sou, sei ou não sei,
Se sei não sou, se sou não sei,
Quero ser, quero saber,
Não sei se sou, acho que sou,
Será que sou, se sou não sei.
Acho, sim, que sei,
Se sei, não sou o que sei,
Se sou, não sei o que sou,
Acho que sei o que sou,
Mas se sou, não sei,
Se sei, não sou o que sei.
Se não sou, então não sou,
Se sei que não sei, então não sei,
Se sei que não sou, então não sou,
Se não sou, o que sou não sei,
Se não sei, então não sei,
Se não sei, não sei o que sou.
Só sei que não sei o que sou,
Só sei que não sou o que sei,
Se soubesse que sei o que sou,
Não saberia que sou o que sei,
Sei que quero saber o que sou
Ou saber que não sou o que sei.
Enfim, sou ou não sou?
Afinal, sei ou não sei?
Por que não sei o que sou?
Por que não sou o que sei?
Se não sei o que sou, não sou,
Se não sou o que sei, não sei.
Nessa altura já não sei o que sou,
Ou já não sou o que penso que sei,
O que penso que sou, acho que não sou,
O que penso que sei, acho que não sei,
Quero saber o que penso que sou,
Ou nunca saberei o que penso que sei.
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