quinta-feira, fevereiro 17, 2011
Dúvidas e crenças sobre o misterioso Universo
José Virgolino de Alencar
De minha janela, contemplo o céu, o firmamento;
O que será que há além do céu, parte azul, parte nublada?
Vejo o mar imenso, até a linha do horizonte, traçada
Pelo arquiteto-mor do Universo; paira um momento
De dúvida, de agnosticismo; porém, na fundada crença,
Meu subconsciente cobra-me visão com fé espiritual,
Convenço-me de que há um ente superior, sacral,
Construtor do cosmo sideral e quem sabiamente pensa
Sente o mistério, pouco sondável, mas plenamente crível,
Sobre a existência desse arquiteto que desenhou a partir
Do nada que se fez tudo, e aos nossos olhos fez surgir
Uma realidade que somente com fé conhecer é possível.
Vejo as matas, os rios, as cachoeiras, os pássaros, enfim
A bela natureza, tão perfeita, quadros de arte admirável,
Pintados com tintas, cores, matéria-prima não palpável,
Encantamento indescritível; entanto, a mente vê, sim,
E crê, ainda que não desvende a origem da criação,
Que é real, é um produto tangível, nele se toca,
Olfata-se o aroma, ouve-se o rugir do vento e se foca,
Se deslumbra com tanta - e pouco explicável - emoção.
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