quarta-feira, janeiro 19, 2011

Ufa, até que enfim!

"Eu saio da presidência, mas não pensem que vão se livrar de mim, porque vou estar nas ruas desse país para ajudar a resolver os problemas do Brasil."

Nunca antes na história desse país um governante tanto imitou ou tentou imitar personagens da História.

Luís Inácio, o Messiânico, qual um Napoleão Bonaparte redivivo, se canonizou! Vejam abaixo que o estilo raspa a Oração de São Francisco de Assis. Pretensão e água benta...

“Onde houver um brasileiro sofrendo, quero estar espiritualmente ao seu lado. Onde houver uma mãe e um pai com desesperança, quero que minha lembrança lhes traga um pouco de conforto. Onde houver um jovem que queira sonhar grande, peço-lhe que olhe a minha história e veja que na vida nada é impossível. Minha felicidade estará sempre ligada à felicidade do meu povo. Vivi no coração do povo e nele quero continuar vivendo até o último dos meus dias. Mais do que nunca, sou um homem de uma causa só e esta causa se chama Brasil”.

Petulância em imitar Getúlio Vargas e a carta-testamento em 1954. O suicídio que não houve. Uma pena! O famoso "saio da vida para entrar na História" encontra similar em "saio do governo para viver a vida das ruas".

Jânio Quadros em 1961. A renuncia que não houve. Uma pena que a semelhança se restrinja apenas às carraspanas tomadas na Granja do Torto.

Mas, com o mais profundo respeito e conhecimento de causa, umas boas dicas para o ex-presidente:

“Fazer 65 anos e estar desempregado tem lá os seus encantos. Vossa Mercê compra um novo isopor e retorna ávido aos pileques nalguma instalação ou próprio federais em praias paradisíacas. Ou poderá conseguir uma carteira de velho para andar de graça no metrô, nos ônibus e ter fila especial nos supermercados, bancos. E, o mais importante: utilizar os serviços do SUS. Malefícios tais como: espinhela caída, dor nos quartos, tosse de cachorro, pano branco, papeira, ou uma reles frieira o sus dá conta. Ora se dá! É só entrar na fila às 4 da manhã...”.

Então, como se dizia na Paraíba da minha infância:

"Já vai tarde
fora de hora
calça rasgada
bunda de fora"

2 comentários:

João Luís Barreto disse...

Caro Hugão

Se foi na sua infância foi também na minha. Lembro muito que assim se falava. Me fez muito bem lembrar agora na saída do sacripanta no rumo do anonimato. Deus queira! Obrigado pela minha volta à infância. João

Unknown disse...

O Luis Brasileirao...

Estranhas forças políticas, nas relações França-Brasil, ectoplasmaram o fantasma de “Luís Français” em forma de um “Luis brasileiro” em meio a nevoa nauseabunda que, perigosamente, continua nos rodeando.

Ele, o “Luís brasileiro”, afirmava que fizera, fazia e continuaria fazendo...

Por quê? Ora, porque ele era e é um “Luís” que vive sobre os “saltos XIV” de seu egocentrismo, só não usa os “saltos XV” porque seu bisneto, ainda, não os inventou, mas está, doentiamente, convencido de que é “o Sol que a todos ilumina”!...

Implícita e explicitamente vivia dizendo: “L’État c’est moi”!... Enquanto, nós, Povo, “estávamos e continuamos” no chão da realidade brasileira ele “estava e continua” entre os espelhos do egocentrismo de seu “Versailles”!...

Ora!... “S’il a été l’État qui ne sont plus”... ...Os fatos estão “a” comprovar o “óbvio, que, a muito, é ululante”...