Um 1º de Abril verdadeiro: nossos votos de FELIZ PÁSCOA. Que a paz do Senhor esteja com todos vocês.
Flores - Valdez Juval -
Óleo em Tela
Para não prolongarmos mais ainda a nossa ausencia, aproveitamos o arquivo de hoje para a transcrição de alguns trabalhos merecedores de nossa consideração.
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Carlos Drummond de Andrade
Amor é bicho instruído
Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
A MENINA E O MURO – valdez juval – (MAR/2010)
Pintura e montagem com retoque em guache, sobre papel.
EXISTEM 4 COISAS QUE NUNCA SE PODE RECUPERAR:
a pedra ... depois de atirada!
a palavra ... depois de proferida!
a ocasião ... depois de perdida!
o tempo ... depois de passado!
(autor desconhecido)
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Preciso me sentir amada.
Vivi Star
Parnamirim
RN - RECANTO DAS LETRAS
Eu não preciso saber lidar com tudo na vida. Não preciso saber lidar com a dor, com a perda, com sentimentos. Não está escrito em nenhum lugar, que eu tenho que aprender a lidar com isso, eu aprendo se eu quiser, se me for conveniente. Eu não preciso gostar de todo mundo, não preciso gostar de tudo que ouço, gostar do dia, da noite, não preciso entender sempre, não preciso esconder o que sinto, não preciso ser um poço de virtude. Como se escreve, como se fala, como se anda, como se vestir, essas coisas que a sociedade tanto valoriza, eu aprendo se eu quiser, não quero ser rótulo da sociedade.
Eu sou livre, vivo em um pais livre, e acima de tudo eu sou um ser humano errante, tenho direito de errar de acertar de não querer nada disso, tenho direito de chorar de acordar sensível e deprê. Eu não preciso de sapatos sofisticados, jóias finas, roupas chics, status, nada disso me interessa.
Me atrevo a dizer, que não preciso do sol, não preciso do vento, da chuva, da lua, das estelas, das flores, "nesse momento", eu preciso apenas me sentir amada.
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“...os seus lindos e grossos lábios desnudados do carmim, deixavam na minha boca o gosto da paixão.”
(Do romance inédito MARIAS , de Valdez Juval)
Charllote Swan
Ipojuca
PE - RECANTO DAS LETRAS
A mesa
Em certo ano, no início da minha mais fiel amizade, uma amiga minha passa a conviver com uma grande dor: a morte da mãe.
Aconteceu de uma hora para outra; ora estava alegre, ordenando a vida das três filhas, ora estava morta, pálida e calada na mesa de jantar da família. Não penses que ela faleceu em pleno jantar. Não! A questão é que a mesa foi o lugar mais “cabível” pra a última despedida da família. As lembranças que mais me repudiam são aquelas dos jantares felizes aos domingos, os disputadíssimos jogos e todas as boas reuniões familiares. Que de uma hora pra outra foram trocadas pelo precoce corpo morto, de uma das melhores mães. Tempos depois da chegada do corpo a casa, o caixão é aberto em um cortejo infeliz. Como um prato novo, desconhecido, onde ninguém jamais havia provado o seu gosto amaríssimo. O caixão é aberto, servido à mesa onde ninguém ali gostaria de sair sem saborear. Após admirarem por horas o cadáver como um cálice de vinho do porto antes de ser degustado, o corpo ali exposto dá seu último adeus.
Como é ruim aquela sensação! Eu tenho muita raiva daquela situação deprimente. Penso na curiosidade como a pior das pragas... Meu corpo estava ali, mas minha mente estava em estado de choque, atirando mentalmente o corpo com toda raiva possível, o mais longe da mesa. Logo em seguida, ao surto que só aconteceu em minha mente, o caixão é fechado. Assim como no final de um processo digestivo comum a todos e a todas as refeições... Hoje após dois longos anos, a mesa continua intacta, no mesmo lugar. Lembro-me dessa situação às escuras, pois não quero que relembrem um passado distante. Na última vez que estive em uma reunião familiar como agregada, não tive coragem de almoçar ou sequer sentar à mesa, onde uma vez serviu para apoiar o sombrio caixão funerário. Um lugar marcado, onde as lembranças infelizes tiveram começo, e também foram testemunhas do mais novo surto que agora eu demonstrara.
27 de MARÇO DIA MUNDIAL DO TEATRO
Orgulhosamente exibo o trofeu MELHORES ATORES que conquistei no FESTIVAL NACIONAL DE TEATRO AMADOR, realizado em SANTOS/SP, em 1959.
Meus agradecimentos a todos pela consideração, muito especialmente ao site Recanto das Letras
pela liberação das obras publicadas. Ao inteiro dispor de todos vocês, um grande abraço e até breve.
Brasil, 1 de Abril de 2010
Valdez Juval valdez_juval@hotmail.com
AUTO RETRATO – VALDEZ JUVAL
GUACHE EM PAPEL
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