quinta-feira, julho 23, 2009

Ninguém Se Perde Na Volta

Hugo Caldas

Muito bem, meus amigos. Vou aproveitar a boa vontade do meu filho, em disponibilizar um tal modenzinho (eficiente) e tentar voltar à ativa, mesmo na meia trava. Não prometo porém uma regularidade. Ele se ausenta muito, mercê da sua agenda de trabalhos e leva a pequena maravilha junto. Mas meninos, muita coisa aconteceu e acontece nestes dias de recesso.

Estava eu posto em sossego quando ouvi, trombeteando a noticia pela TV:

"Morre o gênio da música."

Sobressaltado andei me beliscando para constatar se não estava fora do tempo e do espaço. Será, meu São Benedito das Causas Perdidas, que somente agora estão noticiando a morte de Bach, ou quem sabe Mozart, Chopin, Beethoven, talvez? Que tal Frank Sinatra? Qual o que! Falava o indigitado locutor sobre o fantástico show da morte de Michael Jackson, uma irritante ladainha que se repetiria ad nauseam por mais de uma semana. Pois é, Jackson o negro preconceituoso que detestava negros. Tanto fez que virou branco, para regozijo próprio e ridicularia dos mais! Nat King Cole, Sammy Davis Jr. Cassius Clay, Malcom X e outros negros fantásticos jamais se dariam à esse escárnio. Sabe-se lá o que povoava a cabeça desse menino infeliz. Estranho que nunca tenha aparecido uma ong ou no mínimo uma patrulha para o devido corretivo. Sabem de quem estou a falar, pois não? É aquele mesmo, de gestos e trejeitos de robô que a patuléia desvairada chamava de dança. Ou ininteligíveis grunhidos, apregoando aos quatro ventos ser um mau menino e que a malta dizia tratar-se de música. A família enlutada então... o Pai muito à vontade, ao fazer propaganda de um novo CD com novas músicas em pleno velório.

Pois é, passou dessa para outra bem melhor. Que a terra lhe seja leve se não houver pedras no cemitério.

Sabe àquela piada da mãe que foi ver o filho desfilar no 7 de setembro? O sujeitinho marchava de passo errado e ela achou que o regimento é que desfilava em cadência diferente. Me sinto a própria mãe do garoto. Não consigo mais agüentar certas coisas. O pior é que me sinto um peixe fora d' água. Não adianta lutar contra isso tudo. Contra essa inversão de valores. Esse feio que vira bonito e assim por diante. Já falei sobre o assunto várias vezes.

Meu filho reapareceu e levou o modem. Passou uns cinco dias viajando e graças à sua boa vontade estou novamente no ar. Apresso-me a continuar escrevendo antes que algum aventureiro...

Prometo, apesar dos sucessos do Congresso, do Executivo e do Judiciário que ficarei caladinho que nem uma porta. Não falarei em política que é para ver se o amigo Elpídio se condói e me recoloca como redator do seu Eltheatro, do qual enfurecido, por contas de uns achaques de moça velha, me defenestrou. E aí, papudo?!

Vocês não imaginam a nossa capacidade de colecionar quinquilharias no espaço de 35 anos em uma casa. Às vezes ocorrem maravilhas como a descoberta uma carta perdida no tempo, datada de 1943 com a seguinte anotação no envelope amarelado.

"Para ser entregue à Dondinha após a minha morte".

Trata-se de uma carta do meu finado avô Ambrósio para a minha também falecida avó, Dona Maria Eugenia (Dona Dondinha) um ano antes antes da sua morte. São umas 10 páginas escritas à lápis com bela caligrafia. Ainda estou decifrando o teor do escrito mas vê-se que deve ter muita coisa bonita.

Vou ficando por aqui pois enquanto estiver sem internet devo seguir os passos do meu filho que necessita do modem para o seu trabalho. Até a próxima.

Antes de finalizar: Quero aqui mandar um recado para o Barão da Beira Rio, Edinaldo Chaves, meu primo.

"Augusto parente, ONDE ANDA A MINHA BENGALA?

Favor enviá-la para o meu novo endereço: Rua Carlos Pereira (parente?) Falcão, 191, apto 201, Ed. Costa Brava - Boa Viagem, Recife, 51021-350

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