HUGO CALDAS
Mais outro caso que nos envergonha no poder judiciário. Pensaram que ficaríamos apenas no juiz Lalau et caterva? Dessa vez o sexo dito frágil está representado na pessoa da Meritíssima Sonia Maria Leite Machado, Juíza Titular da 4ª Vara de família de São Gonçalo, RJ. Não é que Sua Excelência ficou indócil ao telefone, com um cupincha lá da máfia porque feita a sua parte, a grana não havia ainda sido paga? Mais respeito, grana coisa nenhuma. Sua Excelência engendrou o esperto eufemismo de "empréstimo sem devolução." Pois é, tudo isso acontece em Pindorama o país da galhofa. Lembram do tempo em que tínhamos o maior respeito pelos juizes? Pois, é.
No Congresso, existiam, segundo "nossuguia," 300 picaretas. No filme 300 de Esparta, estrelado pelo Rodrigo Santoro, 300, como diz o título. E agora, apareceram como passe de mágica, 330 mil cartões irregulares do Bolsa-Família. O número até que está nos conformes, mas o governo, (?!) desfazendo do cabalístico número acrescentou uns dez por cento e contabilizou 330 mil fraudadores do Programa. Eu tinha certeza que essa palhaçada iria acabar desta maneira. Lembro de quando a gangue toda visitou uma cidade do Piauí no início nos primeiros dias do primeiro desgoverno do apedeuta; um habitante dos mais velhos, do alto da sua sabedoria vaticinou: "Carece disso, não. Basta botar água aqui que nós se vira com o resto!"
Uma resolução da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, simplesmente achou de, noutro passe de mágica, expurgar a nota "insuficiente" dos boletins escolares e adotou um tal de sistema de ciclos de formação em toda a rede escolar pública. A medida acaba com a repetência nas escolas de ensino fundamental. A justificativa foi a opção por uma avaliação formativa, que deve ser "diagnóstica, dialógica, investigativa, prospectiva e transformadora". Haja Deus! A avaliação, segundo os doutos reformadores "deve considerar o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno, a auto-avaliação do gestor, do professor e do aluno, a prática pedagógica em sala de aula e a gestão escolar". É, só nos resta mesmo é rezar.
E a violência corre solta. O jovem Anderson, administrador de empresas, era uma pessoa tranqüila sempre de bom humor, inteligente, futuro brilhante, teve a vida terminada bruscamente em um assalto nos semáforos da cidade. Mais uma bala perdida. Desta vez na Avenida Recife. O ato de sair de casa seja qual for o propósito, deixar a namorada em casa por exemplo, pode ser fatal. Anderson nunca fez mal a ninguém, não tinha inimigos, apenas teve a suprema audácia de dirigir seu carro, como qualquer um. E assim, de uma hora para outra, termina tudo. Ao tirarem a sua vida, o tiraram também de sua família dos seus amigos, sem explicação. Muito provavelmente na semana que vem poderá ser outra pessoa, depois outra, quem sabe outro de nós. Isso não tem fim. Ninguém é capaz de por um freio na bandidagem. Não há investigação policial, não há perspectivas, não há mudanças. O exemplo vem de cima e a impunidade é regra. Tudo fica na mesma, as pessoas esquecem até a próxima tragédia. Então o círculo vicioso recomeça.
Até quando esse caos vai continuar ninguém sabe. Ontem duas garotas 9 e 15 anos respectivamente foram atropeladas e mortas na Avenida Domingos Ferreira, uma das mais movimentadas de Boa Viagem. A mais velhinha tinha ido buscar a outra, mais nova na escola, estavam as duas na calçada. O excomungado vem em desabalada carreira, e embriagado perde o controle, sobe a calçada e imprensa as duas contra o poste de iluminação. Sabe o resultado? Para a sua indignação, saiba que o assassino pagou R$ 800,00 de fiança e vai responder ao processo e liberdade. Cuidem-se todos.
P.S. Soube que o meu amigo de juventude, Severino Lucena Filho, nosso Silvinha, foi hospitalizado e não está nada bem. Por favor, meus parcos leitores, quem tiver notícias do Silvinha - favor me repassar pelo e-mail ou pelo celular abaixo relacionados. Ficarei grato.
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