domingo, setembro 01, 2013

A Guerra Vermelha

Ipojuca Pontes

 Nesta altura dos acontecimentos, não há mais como esconder que o poder político na América Latina, operacionalmente comandado pelo Brasil e monitorado ideologicamente por Cuba, foi tomado pelo comunismo, de fundo marxista-leninista, justamente aquele que o genocida Fidel Castro - depois de perder os seis bilhões de dólares enviados anualmente por Moscou ao Cárcere do Caribe - considerou “perdido no leste Europeu”. A etapa mais recente da guerra (a primeira, iniciada na intentona comunista de Carlos Prestes, em 1935) reinstalou-se em julho de 1990 no permissivo Hotel Danúbio de São Paulo, quando Fidel Castro, reunido com Lula e 118 representantes de facções internacionais vermelhas, propôs a tomada do poder pela deflagração de uma “luta estratégica contra o capitalismo imperialista” e seus valores  morais.
     

No início do mês de agosto de 2013, na última reunião do entourage esquerdista transcorrida em São Paulo, Lula da Silva, pomposo como um chefão da máfia, declarou  que ambiciona mudar de escala e “construir um consenso das esquerdas” de proporções globais, a ser posto em marcha na certa em países da África, onde o governo mensaleiro do PT tem enfiado - a fundo perdido e em detrimento da indigência cabocla – bilhões de dólares. (Do jeito que anda o mundo, quem sabe o vosso Papa de Belzebu não conquista o que trama?)  
     

O atual cardápio latino-americano de iniqüidades é mais que vasto. No plano interno, projetando garantir a reeleição de Dilma e derrubar a hegemonia eleitoral do PSDB e do PMDB em São Paulo e Rio de Janeiro, Lula da Silva e a máquina petista têm feito o diabo! Para banir da vida pública Geraldo Alckmin e Sérgio Cabral (este, um antigo vassalo sem o menor resquício de caráter), e eleger Alexandre Padilha e Lindenberg Farias governadores dos dois mais ricos estados da Federação, o camarada Da Silva atinou para uma trampa diabólica: consentiu em introduzir nas manifestações de rua iniciadas em junho, intencionalmente pacíficas, hordas de ativistas fanáticos, alguns pagos com a grana do governo, mas engajados em promover com atos de terror (uma velha tradição leninista) a consolidação do hegemônico poder vermelho.  
     

Na prática, as hordas de encapuzados  partem para a “ação direta” e, portando gazuas e coquetéis molotov, paralisam o trânsito, destroem agências bancárias, incendeiam ônibus, saqueiam supermercados, shopping-centers, invadem delegacias e vandalizam prédios públicos. Confiantes nos habeas corpus da engajada   OAB e na mística  dos “direitos humanos” reeditam o terror das Brigadas Vermelhas, na Itália de Aldo Moro, e do Grupo Baader-meinhof, na Alemanha dos anos 1980 - ambos querendo salvar o mundo pela vertente da sangueira propagada por Marx, Bakunin, Lenin, Mao, Marcuse, Negri, Che, Fidel e sequazes. Mas os “Black Bloc” tupiniquins, pelo que se deduz, não são apenas militantes da violência programática ou simples porras-loucas quando protestam, na base do porrete, contra o regime capitalista e os políticos do 2º escalão do poder, aliados ou não do governo. Eles também estão dopados pela grana fácil do próprio Estado que dizem combater e pelos financistas internacionais que querem ver o circo pegar fogo e liquidar o conceito de pátria e nacionalidade.
     

Quando aos governadores Geraldo Alckmin e Sérgio Cabral, um social-democrata e outro socialista, estão ambos  petrificados pela pusilanimidade típica dos políticos progressistas que têm medo de dizer o que pensam e maior pavor ainda da bilionária máquina petista de triturar  adversários que se intrometem no seu caminho. No que se refere ao malandreco  Cabral (que enriqueceu precocemente ao tempo em que roncava na leitura do “O Estado e a Revolução”, de Lenin), o seu caso tornou-se mais deplorável: é vítima do mesmo escorpião barbudo que, no Rio, durante anos, vinha pajeando da forma mais abjeta. Ele hoje vive acuado, não pode entrar na própria casa onde mora e já negocia na surdina, em troca de uma “barra menos pesada”, apoio ao ficha-suja Lindenberg Farias, seu arquiinimigo patrocinado por Don Lula. 
     

São ecos da sórdida guerra vermelha.         

Um comentário:

Unknown disse...

A Gênese da Política Latino Americana.

Após: o movimento civil reivindicando eleições diretas (Diretas Já), l983-l984; a reunificação das Alemanha Oriental e Ocidental simbolizada pela queda do Muro de Berlim em l989; o fim da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética, que durara de l945 a l991, tivemos uma tentativa de realinhamento nas correntes políticas sem que tivessem curadas as feridas dos processos de libertação da América Latina do jugo da Espanha, que coincidiu e influenciou a chamada “Guerra de Independência da América Latina” e “a Independência do Brasil”, por suas motivações, com Cuba e Porto Rico permanecendo sob domínio espanhol, até à Guerra Hispano-Americana em 1898.

Em decorrência dessa pretensão utópica, tivemos, mais tarde, um aparente interregno de aparente democracia autêntica em alguns países da America Latina, que coincidiu com o Governo de Fernando Henrique Cardoso no Brasil, quando, sob sua égide, um grupo de políticos dizia que não havia clima para ditaduras; que as Américas – exceto Cuba – estavam livres desse mal e muita gente acreditou... ...Nada foi feito para prevenir o que era nítido que viria acontecer no Brasil enquanto o “Neolulopetismo” se exercitava suas verdadeiras caras por trás de máscaras de falsos ideólogos... ...Como estavam errados!...

Em meio a essa realidade prevaleceu, por algum tempo, a equivocada convicção de que a tendência ditatorial de alguns Países Latino Americanos enfraquecera; pois a utópica globalização, de início na economia, aflorava apontando falsos realinhamentos políticos, quando se dizia não haver clima para tanto... ...Ledo engano! Os analistas e pensadores se esqueceram de dois fundamentos: a “Natureza universal” e o “ser sócio-antropológico títere do primeiro”...

Embora estejamos dando os primeiros passos na era do conhecimento globalizado, já devíamos ter condições de entender que essas leis universais são inexoráveis no caminho traçado para as sociedades, pois, diante delas, somos partículas desprezíveis, que serão levadas de roldão nesse processo sem retorno.
Veja-se que ao contrário do que se pensara sobre essa equivocada convicção política, permaneceu uma mente doentia como Fidel Castro e surgiram outras como: Lula, Ugo Chaves, Evo Morales, Cristina, Zelay, todos representantes de um “neolateralismo” como se o Dr. Frankstein tivesse usado partes dos corpos e dos cérebros maquiavélicos de Hitler, Stalin e Lenim e os corações de “Mau Tse-tung” e “Pol Pot”... ...e... ...se alma tivessem seria de Satanás!...

Mas esse processo é contínuo, portanto, não nos equivoquemos pela segunda vez... ...O “statu quo da gênese” e o “status” do exercício político no Brasil é exemplo claro desse equívoco. A gênese de Hernán Cortés permanece, inconscientemente, no pensamento político do “Latino-Americano...”.

Delmar Fontoura.