segunda-feira, junho 24, 2013

O Incêndio do Reichtag

Um pouco de história não faz mal a ninguém ou, de como tirar ensinamentos sobre vândalos, vandalismo, infiltração, quebra-quebra, incêndios, simplesmente ao conhecermos um fato emblemático acontecido na Alemanha da década de 30, alguns anos antes da Segunda Guerra Mundia.
 

Está tudo muito bem relatado no livro: "A Ascensão e Queda do Terceiro Reich", do jornalista e escritor norte-americano William L. Shirer.

Dá para acreditar que um homem, doente e sozinho tenha ateado esse fogo?
Em fevereiro de 1933  Adolf Hitler, recém-empossado na Chancelaria alemã queria porque queria matar dois coelhos com uma cajadada só. Ansiava por um acerto de contas com alguns desafetos, a maioria militantes comunistas e ao mesmo tempo empastelar e fechar o Partido Comunista Alemão. Certa noite, o Corpo de Bombeiros da cidade recebeu uma chamada bastante inusitada, difícil de acreditar. O Palácio do Reichtag, estava em chamas. Ora, o Reichtag, era o prédio do parlamento federal alemão. Alguma coisa estava muito errada. E assim iria continuar pelos próximos 75 anos.

A janela na qual supõe-se que Marinus Van Der Lubbe tenha entrado no prédio
Após o rescaldo, no interior do edifício, uma investigação minuciosa conduzida pela polícia resultou na culpa de um tal de Marinus Van Der Lubbe um imigrante holandês filiado ao partido comunista, pedreiro desempregado, doente, epiléptico, quase cego, recém-chegado à Alemanha em busca de trabalho. Pronto, foi o bastante. O incêndio foi utilizado pelos nazistas como prova de que os comunistas estavam tramando uma conspiração contra o governo. Marinus Van der Lubbe foi imediatamente preso, enviado para um Campo de Concentração e decapitado em 1934, exatamente 3 dias antes de completar 35 anos de idade..

Em 1950 um seu irmão entrou na justiça alemã com um processo a fim de reabilitar o nome de Van der Lubbe. Durante o desenrolar do processo se descobriu que existia um túnel nos porões do Reichtag que desembocava diretamente na sede do Partido Nazista e ainda foram encontrados galões de gasolina espalhados pelo chão. A ação na justiça rolou até 2008 quando então o Estado Alemão promulgou uma lei isentando Van Der Lubbe de todas as acusações. À sua família, no entanto, não coube indenização.

Que ensinamentos tirar disso?

A prática da infiltração, do vandalismo, dos incêndios é uma canalhice mais velha do que se pensa. A História é escrita pelos vencedores. Pelos donos do poder. A História não se cansa de se repetir.

Para bom entendedor, meia palavra bas..! HC

Um comentário:

Jorge Duarte disse...

Mais uma vez botou pra ver o efeito Profe.
Jorge