sexta-feira, abril 05, 2013
CASA GRANDE & SENZALA?
Há muitos anos (na época da “escravidão”, como gostam de dizer os politicamente corretos), tive uma empregada que certa noite nos brindou com fumegante travessa de RABADA FRITA. Passadas a perplexidade e a vontade de estrangular a criatura, explicamos a insanidade culinária que ela havia cometido e deixamos a coisa por isso mesmo. Afinal, tratava-se de pessoa muito humilde e igualmente muito honesta. A moça ficou com a gente até se casar e ir cuidar da própria casa. Conto o episódio porque de maneira geral é este o tipo de relacionamento especial que existe entre patrões e empregados domésticos. Não somos capitalistas desalmados que tiram o couro do operariado para obter lucros astronômicos e eles/elas não são profissionais qualificados. Qualquer medida legal que não leve em conta essas diferenças básicas é injusta e preconceituosa. Não somos nem devemos ser tratados como vilões exploradores e nossos empregados não são nem devem ser tratados como nossas vítimas. Têm direitos? Claro que têm. Mas direitos implicam em obrigações. Como, no mínimo, no mínimo, saber fazer o trabalho para o qual foram contratados.
Se fosse hoje, com qualquer outra patroa atolada em encargos sociais, a moça da rabada frita estaria na rua da amargura.
http://antesqueeumeesqueca.weebly.com/
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