O cinema pernambucano relevou para o Brasil o ator W.J. Solha, em duas magistrais interpretações
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W.J. Solha é o patriarca Zé Maria em Era uma vez eu, Verônica, dirigido por Marcelo Gomes (Marcelo Gomes/Divulgação ) |
Waldemar José Solha já escreveu livros, peças de teatro, pintou quadros, criou poemas longos, atuou nos palcos e no cinema. Embaixo da sombra do nome artístico W.J. Solha, muitos “filhos” repousam sossegados. O paulista de Sorocaba sempre foi muitos. Mudou-se para a Paraíba na década de 1962 como funcionário transferido do Banco do Brasil. Trabalhando em Sobral, na carteira agrícola, conviveu com os camponeses que o inspiraram a escrever A canga em 1975.
A história da família destinada a puxar o arado do campo por falta de um cavalo inspirou um livro, uma peça de teatro e um curta-metragem dirigido por Marcus Vilar, estrelado por Everaldo Pontes, Zezita Matos e o próprio Solha no papel do patriarca. Aos 71 anos, o tio da atriz Eliane Giardini, topou emendar a atuação em dois longas-metragens pernambucanos. Solha é Zé Maria (pai do personagem de Hermila Guedes) em Era uma vez eu, Verônica, de Marcelo Gomes e Seu Francisco de O som ao redor, de Kleber Mendonça Filho. A boa repercussão dos dois títulos em 2012 apresentaram nacionalmente um artista maduro e inquieto. O multiartista não pretende mais atuar no cinema.
Ponto a ponto WJ. Solha
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Em O som ao redor, do cineasta Kleber Mendonça Filho, o ator (D) faz o papel de Seu Francisco (Kleber Mendonça Filho/Divulgação ) Adicionar legenda |
Classe média
Meus dois últimos romances tiveram a intenção de abordar a classe média nordestina contemporânea. Todo mundo que fazia filmes até essa geração de cineastas abordava o cangaço, a miséria ou a periferia, as favelas da região. Era uma vez eu, Verônica (Marcelo Gomes) e O som ao redor (Kleber Mendonça Filho) eram focados na classe média urbana. Então, os dois convites foram irrecusáveis.
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