terça-feira, agosto 02, 2011

Uma Bela Aula de Português



Recebi do Arael da Costa, velho amigo da juventude, a comunicação abaixo. Repasso com o maior entusiasmo. HC

Caro amigo Hugo


Inclua no seu "Carnaval de sandices" o atentado à nossa língua, perpetrado até pela publicação ou hebdomadário oficial, como podem ainda querer alguns, ao registrar o vocábulo PRESIDENTA, como se fosse uma realidade filológica, embora nestes tempos de renovação que o nosso preclaro e ínclito ministro da deseducação promove, não cause espanto.


A esse respeito, passo às suas mãos comentário que recebi há alguns dias, via "correio da aldeia global", em que uma professora da UFPr põe o dedo na ferida.

Um abraço do amigo que o reencontrou depois de muitos tempos, à semelhança do que ocorre agora com o Paulo Perneta. Arael

A presidenta foi estudanta? (Uma belíssima aula de português).

Foi elaborado para acabar de vez com toda e qualquer dúvida se tem
"Presidente ou Presidenta". Será que está certo?

Existe a palavra: PRESIDENTA? Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?

Miriam Rita Moro Mine - Universidade Federal do Paraná.

No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por
exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte,
o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é
mendicante... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do
verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.

Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação
que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.

Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta",
independentemente do sexo que tenha. Diz-se: capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".

Um bom exemplo do erro grosseiro seria:

"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".

2 comentários:

Zeneudo Luna disse...

Eu também gostaria de saber se a Dilma foi "estudanta"... Belíssima aula de português... um abraço caro Hugo

Márcia Barcellos da Cunha disse...

Parabéns!
Um texto assim precisa ser divulgado, lido e comentado.
Sem dúvida, uma bela aula de português.
Grata. Márcia