
José Virgolino de Alencar
Circula por aí, rolando na rede, um estudo sobre homofobia que tem como consequência um preconceito às avessas: o preconceito contra a heterossexualidade.
O estudo já parte de uma falsa premissa. Arrola como homofobia a opinião de quem é, e prefere continuar assim, heterossexual.
A homofobia não é a antítese da homossexualidade.
A fobia é um transtorno, uma doença, que se manifesta por várias vertentes, como acrofobia, aerofobia, agorafobia, baratofobia, ratofobia, e vai por aí. Fobia é a doença do medo.
Medo de altura, de voar, de enfrentar o mundo externo, de barata, de rato, etc.
Ninguém tem medo, sequer leve, muito menos pavoroso, de homossexual. Se alguém tiver esse tipo de medo, é caso de tratamento, não de criminalização.
Criminalizado deve ser, sim, o preconceito e não é também só contra homossexuais, é o preconceito contra negros, pobres, deficientes, índios, credos e outros mais.
A opinião de que se está satisfeito com a heterossexualidade é um direito assegurado nos dispositivos constitucionais que garantem a livre expressão do pensamento, sem qualquer amarra ou censura.
Respeito ao fato, que até pode ser genético, portanto natural, de uma pessoa ser homossexual deve ser uma exigência da própria harmonia social, imputável se provada a ação preconceituosa.
O pretexto de penalizar a homofobia, um equívoco médico-científico, abre caminho para arrolhar a boca e virar o preconceito contra a heterossexualidade, o que, convenhamos, é um absurdo.
Os pais, em sua grande maioria da sociedade brasileira, não mandam seus filhos à escola para eles ouvirem pregação ostensiva da homossexualidade e nem da heterossexualidade.
Peçam respeito ao seu modo de vida, afinal é um direito individual, mas não coletivizem o modo de ser, na contramão do que pensam pais e mães de crianças e adolescentes em fase de formação.
Enfim, estão misturando as estações e querendo impor comportamentos que se situam na esfera muito particular de cada pessoa.
A questão deve ser tratada com racionalidade ou vira guerra social, com todos os males que causam as guerras, inclusive as chamadas guerras santas, quando em nome de Deus, de Alá, de Buda, matam-se inocentes, perpetram-se verdadeiros genocídios.
Não custa buscar a paz, o entendimento, o diálogo, para solução dos conflitos.
4 comentários:
Muito bem exposta a ideia. Fico preocupado com o que se refere à escola. Tratar esse assunto com crianças não é tarefa para "qualquer professor". Já nos é bastante conhecido o fato de que o despreparo é regra geral, entre os docentes do ensino fundamental (e médio) no que diz respeito a assuntos dessa natureza e importância.Já não basta a força negativa da mídia televisiva?!
Do: http://jpfontoura.blogspot.com/
O Sofisma interposto entre a “lei alfarrábica e a lei natural” da sexualidade...
Não se pode tratar esse assunto tangenciando os extremos das verdades e das mentiras, sob pena de permitirmos "a devassidão sexual"...
Penso que estamos bestializados pelo “arcaísmo alfarrábico”, esquecidos da “lei natural”, que rege os “fenômenos” indissociáveis do “corpo e da alma” humana... ...Pois agindo como falsos – ou devassos – defensores do “gaysmo” (sic) não sabem, ou não querem saber, o significado lexicográfico do verbete “sofisma”, razão pela qual relembro o que já disse em texto anterior:
O Aulete diz:
1 - Fil. Argumento ou raciocínio aparentemente lógico, mas na verdade falso e enganoso, FALÁCIA;
2 - Lóg. Raciocínio aparentemente válido, mas na realidade não conclusivo;
3 - P.ext. Argumento falso para induzir alguém a erro ou logro;
4 - Bras. Pop. Burla, tapeação, mentira.
O Aurélio diz:
Argumento aparente (não conclusivo) que serve ao propósito seja de induzir outrem a erro, seja de ganhar a qualquer preço uma contenda ou discussão...
O que se deveria discutir não é o indiscutível “homossexualismo”, mas o desumano segregacionismo e a raivosa homofobia, que estão embutidos nessa pegajosa discussão.
Todos, mas, principalmente, essa gente deveria se informar para saber, que, na Biologia, “sexo” significa o “conjunto de características que, nos seres humanos, nos animais e nas plantas, distinguem o sistema reprodutor, seus contrastes e suas interações (sexo feminino/masculino)”.
Saibam, também, que, na Antropologia, no ramo sociológico da Biologia Médica, o “sexo” que não for para reprodução, que tiver distorcidas suas nuances libinais, é e será, sempre, uma “anomalia congênita”, inclusive a total ausência do desejo sexual e deve ser tratado como tal, mas, em hipótese alguma, com “segregacionismo”, muito menos sofismas...
A “máquina humana” não é nem pode ser perfeita e, no que se refere ao sexo, apresenta muitas anomalias, como por exemplo:
Homossexualismo;
Hemafrodismo;
Tara sexual;
Compulsão sexual;
Pedofilia;
Ninfomania...
...e a “zoofilia”, uma das tendências anômalas do sexo, que, também, ocorre entre humanos... ...Imaginem, então, se esse sofístico raciocínio, de parte da sociedade, fosse válido para essa anômala tendência, sobre a qual não disserto por pudor e em respeito à causa justa!…
Portanto, ser defensor de uma “causa justa” é uma coisa, de um “sofisma” é outra… e esse está sendo o comportamento dessa equivocada parte da sociedade, onde se encontram os justicialistas” de ocasião… …Mas não devemos nos admirar, pois a IDIOTICE grassa solta e fagueira nos últimos dez anos… …Já nos caracterizamos como uma sociedade de corruptos, querem, agora, liberar a “devassidão sexual” para que recriemos uma SODOMA E GOMORRA!…
Delmar Fontoura.
Sr. José Virgolino,
O texto apresenta material para profunda reflexão.
Com certeza, o mundo precisa de paz.
É urgente viver de modo que o entendimento, respeito e diálogo estejam em nossas decisões.
Muita paz para todos nós!
Grata. Márcia
Muito bom o que www.ecologiaemfoco.blogspot.com comentou!Concordo plenamente.O estrago pode ser grande...
Grata. Márcia Juiz de Fora MG
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