sexta-feira, junho 03, 2011
Farinha do Mesmo Saco
Teo José
Aqueles que não acompanham o dia a dia do futebol ficam surpresos com os últimos acontecimentos na FIFA. Mais um mandato para Joseph Blatter e muitas denúncias de corrupções bravas. Se tem algo no esporte que precisa ser mudado é exatamente sua política de dirigentes. Na verdade, se formos olhar a nossa política - e de vários países - também. Isto não acontece só no futebol, na maioria das modalidades esportivas é assim.
No automobilismo é quase igual. Gente que fica anos e anos no comando, prestação de contas maquiadas, às vezes nem feitas, clubes que existem apenas para dar votos aos presidentes de federação, taxas absurdas para promotores de eventos - não existe nenhuma justificativa -, e sempre o poder da grana e do interesse pessoal ou de grupos.
O pior é que não vejo uma luz para uma grande mudança, para se ter mais ética no esporte. Na esfera nacional era só ter um ministério do esporte forte (não este que está aí), gente que queira mudança e com as coisas feitas claramente. Mas, no mundo, não se pode fazer muito. Quem elege os presidentes de federação no automobilismo são os clubes, dominados pelas federação. Quem elege o presidente da confederação são as federações e por aí vai. Ou seja, é uma teia complicada de entrar e quem tenta é detonado rapidamente.
Não vamos muito longe. Na Fórmula 1 tem piloto que é representado por um mesmo empresário. O exemplo está em casa. Nicolas Todt cuida da carreira do Felipe Massa e Pastor Maldonado. E deve ter mais uma penca de clientes querendo entrar. Aquele ex-manda chuva da Renault, que foi banido da categoria tinha , ou tem, Fernando Alonso e mais uns dois.
Onde está a ética? Quem vai ter mais atenção e as melhores oportunidades? Não tenha dúvida que o fator financeiro é que vai pesar.
O panorama dos nossos dirigentes é bem complicado e, em muitos casos, nojento. O pior é que, na boa, não vejo luz no fim do túnel. Ainda bem que o esporte tem outros lados bem mais bacanas, de exemplo e emocionantes.
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