Germano Romero
Algo novo acontece no reino da espiritualidade. Ao lado da imensa e legendária devoção ao Pai e ao Filho, agora chegou a vez do Espírito Santo. Não é à toa que novelas e mais novelas, filmes e mais filmes começam a abordar o mundo espiritual com a devida naturalidade.
É que a história não pode perder o bonde de si própria. Embora a razão e a sensibilidade nos tenham revelado, ao longo de milênios, verdades ocultas que apesar de lógicas são limitadas aos cinco sentidos, os tempos de agora são outros. As novidades que emanam de profissionais da Física Quântica, as avançadas pesquisas científicas da fundação norte-americana Edgar Cace e as descobertas atuais a partir de sérios estudos e experimentos no mundo inteiro só vêm complementar uma certeza antiga que há desde quando Pitágoras a introduziu na cultura grega. Tais ideias constituem o radier que embasou a grande maioria das correntes religiosas do passado, observadas com honrosa consideração por cientistas como Albert Einstein, até chegar a ser debatida nas tradicionalíssimas universidades de Oxford e Cambridge, no ano passado, em conferência proferida pelo Doutor Luís de Almeida, cientista português da Agência Espacial Européia (ESA) e da americana NASA. Foi a primeira vez que ideias espíritas tiveram lugar no conceituado Instituto de Ciências Matemáticas Isaac Newton, dirigido atualmente pelo físico Stephen Hawking.
Na verdade, a vida após a morte, a reencarnação e a comunicação com os espíritos já deixaram de ser tabu e despertam interesses na humanidade fazendo com que os recentes filmes espíritas “Chico Xavier” e “Nosso Lar” batam todos os recordes de bilheteria da história do cinema brasileiro. E com que o capítulo final da recente novela que abordou a temática espírita atinja audiência inédita no horário global das "7".
Aos poucos, as verdades reveladas pelos espíritos ao educador francês Allan Kardec, enfeixadas em uma codificaçāo literária que deu origem ao Espiritismo, vêm fortalecendo a compreensão da vida com bençãos de esperança aos seus adeptos, multiplicadas por seus lídimos divulgadores.
Pode-se mesmo afirmar que trata-se da evolução do pensamento religioso, que desde as primordiais ideias sobre a mediunidade vem encontrando informação segura na comprovação dos fatos, na experiências de projeção astral, desdobramento da alma e entrevistas com milhares de pessoas que experimentaram a morte por alguns momentos e voltam ao corpo com a certeza do mundo espiritual.
Não há como negar, leitor, é a vez do Espírito!
Um comentário:
A Religião ou o Pensamento religioso é tema sobre o qual não me atrevo emitir opinião – embora as tenha –, apenas o faço sobre uma constatação muito curiosa:
Em sociedades ou culturas subdesenvolvidas ou em sociedades em crise é onde se verifica as maiores tendências ou movimentos religiosos. Muitos pensadores afirmam que isso confirma e justifica a “religião” como uma fuga para o homem que se sente “excluído no seu grupo social” e até tomam esse comportamento como parâmetro em estudos desses fenômenos...
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