José Virgolino de Alencar
Solidão da madrugada
A madrugada silente é porto de solidão;
A insônia atormenta, é indesejável companhia,
Arde no peito uma angústia, fenece a alegria,
O único ruído é o da batida forte do coração.
O pensamento voa, buscando, na escuridão
Da noite, erma, interminável, brisa fria,
Algo que faça olvidar tão incômoda agonia,
Um abalo sísmico na alma – inexplicável a razão.
O Sol que, ansioso pelo amanhecer, espero ver no horizonte
Parece esconder-se no infinito, e uma eternidade
É o tempo para vê-lo despontar atrás do monte.
Finalmente ele chega, raios de fumegante intensidade;
A angústia não permite – a emoção em desmonte -
Erguer uma segura ponte do coração à felicidade.
Meu caro Virgolino:
Bem-vindo de volta ao Blog. Aqui, à exemplo de Irene, você não precisa pedir licença. Saúde e gordura! HC.
2 comentários:
Ao agradecer a publicação do soneto, faço questão de acrescentar que se Hugão não existisse, Deus precisaria criá-lo de imediato.
Ágil e gentil com os amigos, Hugão é figura ímpar e sua atitude me dá forças nesse momento crucial.
Grato, amigo.
Qual o que, meu caro. É como dizia uma velha empregada da casa da minha mãe aí em JP:
"A gente fazemos o que podemos"!
Hugão.
Postar um comentário