quarta-feira, outubro 20, 2010

No Olimpo

José Virgolino de Alencar



Solidão da madrugada


A madrugada silente é porto de solidão;
A insônia atormenta, é indesejável companhia,
Arde no peito uma angústia, fenece a alegria,
O único ruído é o da batida forte do coração.

O pensamento voa, buscando, na escuridão
Da noite, erma, interminável, brisa fria,
Algo que faça olvidar tão incômoda agonia,
Um abalo sísmico na alma – inexplicável a razão.

O Sol que, ansioso pelo amanhecer, espero ver no horizonte
Parece esconder-se no infinito, e uma eternidade
É o tempo para vê-lo despontar atrás do monte.

Finalmente ele chega, raios de fumegante intensidade;
A angústia não permite – a emoção em desmonte -
Erguer uma segura ponte do coração à felicidade.

Meu caro Virgolino:
Bem-vindo de volta ao Blog. Aqui, à exemplo de Irene, você não precisa pedir licença. Saúde e gordura! HC.

2 comentários:

VIRGOLINO disse...

Ao agradecer a publicação do soneto, faço questão de acrescentar que se Hugão não existisse, Deus precisaria criá-lo de imediato.

Ágil e gentil com os amigos, Hugão é figura ímpar e sua atitude me dá forças nesse momento crucial.

Grato, amigo.

Hugo Caldas disse...

Qual o que, meu caro. É como dizia uma velha empregada da casa da minha mãe aí em JP:
"A gente fazemos o que podemos"!
Hugão.