Germano Romero
Passada a campanha política, é tempo de refletir sobre os efeitos legados à qualidade de vida, à cidadania, e aos nobres objetivos de uma eleição democrática. Porquanto, em não sendo o homem perfeito, nenhum invento por si criado também o seria. Felizmente foi dada à natureza humana a capacidade de pensar e progredir, ainda que as consequências de sua própria evolução nem sempre traduzam o bem coletivo, pois, como transcreveu Allan Kardec em sua obra, “o egoísmo é o grande mal da humanidade”. Porém, diz o ditado popular que “errar é humano, persistir no erro é burrice”, mas, agir de má fé é pura maldade.
E como daqui a 2 anos teremos novo pleito, faz-se prudente que meditemos acerca do que pode se corrigir e melhorar, contando com a alvissareira contribuição da Justiça Eleitoral, progressivamente comprometida com o respeito ao Direito, tendo no Ministério Público seu fiel escudeiro.
Voltemos às observações de um cidadão comum que assistiu a tudo o que se passou durante a última campanha para avaliar, questionar, formular críticas construtivas e, sobretudo, exigir respeito às leis e aos direitos alheios. Vejamos algumas distorções, ainda legais, que podem ser retificadas até o próximo pleito.
Em primeiro lugar, por que não juntar as eleições num só ano? São enormes as despesas, transtornos e prejuízos impostos ao país, que poderiam se concentrar em uma única vez, a cada 4 anos!
E a tamanha poluição? Não há mais quem suporte tanto barulho nos ouvidos, tanta sujeira nas ruas, e essa imensa algazarra a que as desrespeitosas manifestações públicas submetem a população. Jamais num país civilizado seriam permitidas as tais “carreatas” que infringem diversas normas simultaneamente, sejam ambientais, penais ou de trânsito. Carros de som perturbando o sossego alheio com “jingles” pueris que nada acrescentam de útil ao eleitor, são outra excrescência.
E os guias eleitorais? Continuarão a permitir acusações ao invés de ideias e projetos para melhoria do país? Não se viram metas de mudanças estruturais e reformas necessárias aos sistemas tributário, previdenciário, judiciário, penitenciário. Não se viram propostas para deter o descontrolado acúmulo de capital, de distribuição de renda e equilíbrio social, a partir de emprego e mais impostos para grandes fortunas. Só se ouviram promessas de bolsas e mais bolsas numa camuflada tentativa de comprar o eleitor carente. Que absurdo!...
Por fim, que coisa deselegante ver chefes de estado em pleno exercício de suas funções fazer campanha e pedir votos para os seus aliados na TV!... Lembrem-se: há tempo de gritar. Há tempo de mudar!
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