quinta-feira, julho 16, 2009

POR CAUSA DO DNA

Caros: Ainda estou no mato sem cachorro ou seja, sem internet. Meu filho se apiedou da situação e me emprestou um pequenino modem que uso quando posso, esporádicamente. Nesses últimos tempos a minha vida se ressume a andar pelas Lan-Houses deste país.... Tudo culpa da excelência dos serviços prestados pela OI, antiga Telemar. Resolvi postar o texto do Marcus Aranha que é freguês aqui do Blog. Abraço. H.C.

MARCUS ARANHA


A Bíblia conta que os judeus saíram do Egito, perseguidos pelo faraó. Por milagre, atravessaram o Mar Vermelho, a água saída de um rochedo matou-lhes a sede e o maná caído do céu mitigou-lhes a fome. Chegando ao Sinai, Moisés subiu ao monte, onde recebeu de Deus, as Tábuas da Lei com os dez mandamentos.

Desceu e encontrou o povo pecando, na maior farra, adorando um bezerro de ouro. A bronca que ele deu foi tão grande que quebrou as Tábuas. Subiu ao monte de novo e Deus lhe deu uma segunda via. Nela estava escrito: não cobiçarás a casa de teu próximo: não desejarás a sua mulher, nem seu servo, nem a sua serva, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertencer. Era uma espécie de “reserva de mercado” e dentro dela “é pecado mexer na mulher do próximo”.

Se naquela época já havia pastor de ovelhas pecador, imagine hoje.

Há tempos, em Brasília, li uma notícia: Djair Guerra, 47 anos, casado, pastor da Igreja Batista Filadélfia se envolveu com a mulher de um de seus fiéis. O marido traído grampeou o telefone do pastor, gravou a conversa deles e levou pr’o Conselho da Igreja ouvir.

Foi um Deus nos acuda! O Conselho Diaconal, resolveu demitir Djair e pagar a ele uma indenização: 71 mil reais! Aí deu a bronca. Havia quem perdoeasse Djair, mas não concordava em pagar essa bolada. Principalmente o marido, que não se conformava em ver o dinheiro dos dízimos que ele pagou à Igreja, servir para indenizar quem o tornou eternamente corno.

Existe ex-diretor, ex-presidente, ex-deputado e outros “ex’s”. Mas, ex-corno, não! O título é eterno e o chifre levado vai pr’o túmulo junto com o chifrado. O inédito da estória é cornear alguém, ser demitido do emprego por isso e ainda levar 71 mil paus! Djair tinha carteira assinada há 11 anos e ficou difícil, a Igreja Batista provar na Justiça que pastor chifrar fiel, é motivo de dispensa por justa causa.

Escândalos sexuais sempre estiveram em moda. Nos EUA, Bill Clinton respondeu a processo, acusado de fazer sexo oral com a secretária. nele. O general Joseph Ralston só não foi comandante do Estado Maior das Forças Armadas dos EUA por ter cometido adultério. Lá, houve uma onda de puritanismo contra o adultério.

Como o casamento cerceia a liberdade sexual dos cônjuges, o povo chama o ato do adultério de “pular a cerca”. No mundo todo, tem muita gente pulando a cerca. Dizem os psicobiologistas que “trair é um imperativo genético” e que o ser humano “tem a necessidade instintiva de espalhar sua semente pela terra, copular com o maior número de parceiros, deixar herdeiros genéticos e garantir sua presença no planeta.”. A questão sai do campo moral para o científico: o ser humano trai pela ação de seu velho instinto macaco, garantindo sua sobrevivência, a de seus genes e a da sua espécie.

Há quem diga que antigamente se traía, hoje se comete a infidelidade e que “a infidelidade deixou de ser íntima para tornar-se cultura de massa, algo que atinge a todos”. Realmente, nas novelas da nossa TV, o chifre é geral.

Richard Dawkins, autor de O Gene Egoísta, diz que “em termos de DNA, somos 75 mil pares de genes, cada um deles lutando para ingressar na próxima geração”. Quanto mais se pula cerca, mais possibilidade há, disso acontecer. Sendo assim, marido ou mulher que for pego pulando a cerca, pode justificar com a maior cara de pau:

“Não tenho culpa. Foi o meu DNA!”

3 comentários:

Anônimo disse...

Simplesmente ridículo.

Anônimo disse...

O pecado sempre existiu.....
Cego tambem são aqueles que nao querem ver o obvio.

Anônimo disse...

O que tem uma coisa com a outra? Se quer falar de assunto, não precisa divulgar, espalhar o que aconteceu na vida de outra pessoa. Quem está em pé, CUIDADO para na cair.