quarta-feira, junho 03, 2009
Nazi-Comunismo
Hugo Caldas
Em verdade vos digo: Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Para mim, na minha mais modesta opinião, esquerda e direita são as duas faces de uma mesma moeda. Entre nazismo e comunismo, "mon coeur balance". Tudo farinha do mesmo saco. Refiro-me ao comunismo da extinta União Soviética (existem vários), esse que a comunistada do velho Partidão se recusa a aceitar como morto e enterrado. O dos livros, o da teoria, esse realmente jamais existiu. Venho de receber de um aluno "O Livro Negro do Comunismo, Crimes, Terror e Repressão”.
Belo presente, um livro muito bem documentado com expressivas fotos, propiciado pela queda do muro de Berlim. Historiadores franceses se debruçaram na história recente do mundo. Bastou uma folheada sem maiores conseqüências para constatar que ninguém se parece mais com um nazista do que um comunista. Bebé e Tomé no dizer de meu Tio Olívio.
Publicado inicialmente na França no 80° aniversário da célebre Revolução Bolchevique em outubro de 1917, o livro logo se transformou no maior sucesso de vendas, teve muita repercussão e detonou as maiores polêmicas. Pudera, a turma do cordão encarnado, logo protestou. Como sempre não se conforma em ver a sua roupa suja lavada em público. Que é isso, gente boa? Mais pé no chão! É compreensível. Afinal de contas foram 80 anos carregando um santo com os pés de barro.
"Os regimes comunistas tornaram o crime em massa numa forma de governo", na palavra do editor Stéphane Courtois. Usando estimativas não oficiais, ele apresenta um total de mortes que chega aos 94 milhões. Veja-se a estatística seguinte:
* 20 milhões na União Soviética
* 65 milhões na República Popular da China
* 1 milhão no Vietnan
* 2 milhões na Coreia do norte
* 2 milhões no Camboja
* 1 milhão nos Estados Comunistas da Europa do Leste
* 150 mil na América Latina
* 1,7 milhões na África
* 1,5 milhões no Afeganistão
É muita gente morta, pois não? Todas acontecidas por ordem expressa e felicidade geral "do povo."
... corta para...
No documentário "O Velho", Luís Carlos Prestes confessa que ordenou de dentro da cadeia, o "justiçamento" de uma garota de 16 anos de idade acusada de traição. Consta que ela se apaixonou perdidamente por Harry Berger, alemão, um dos ajudantes de Prestes, também preso.
Elza, era o seu nome, foi executada sumariamente, pelo método do estrangulamento. Mais uma vez as semelhanças: O "Garrote Vil" era a maneira preferida de Francisco Franco, Caudillo de España por la Gracia de Dios, estrangular e mandar seus desafetos dessa para uma melhor. Esse caso da garota sempre foi tabu, na vergonhosa história do PCB. Já que iniciamos falando sobre um livro vamos aproveitar o ensejo para falarmos de um outro. O livro "ELZA, A GAROTA" de Sérgio Rodrigues, recém-lançado pela Editora Nova Fronteira, conta tudo em detalhes. Simplesmente arrebatador.
Querem mais? Aqui, neste mesmo espaço há poucos dias o Celso Japiassu postou um texto sobre o massacre de 22 mil poloneses na floresta de Katyn, perpetrado pelos soldados soviéticos, na primavera de 1940. Os mortos em sua maioria eram parte da intelectualidade polonesa, mais um sem número de jovens oficiais das Forças Armadas, das universidades e profissões liberais. Queriam e conseguiram o seu intento que era deixar a Polônia sem líderes.
O governo títere polonês, trataria de convencer ao povo de que o crime em massa fora conduzido pelos alemães nazistas. Mas a verdade terminou por prevalecer. O hediondo acontecimento foi creditado na conta de Iossif Vissarionovitch Dzhugashvili, dito Stalin, o grande herói salteador de estradas e sua camarilha encabeçada pelo seu cão de fila, o chefe da NKVD, polícia política, igual à GESTAPO nazista, Lavrentiy Pavlovitch Beria. No início da década de 90 a Russia reconheceu o crime, sessenta e dois anos após o final da Segunda Guerra Mundial.
E tem mais, meus amigos, muito mais. Mas não fiquem tomando o pulso, nem subindo pelas paredes por uma continuação como nas matinés do Cine Metrópole nas jovens tardes de domingo. Pretendo fazer uma série dessas "catilinárias" para alertá-los sobre a valorização do número 3 e da salteadora que nos querem impingir goela abaixo.
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2 comentários:
Hugázio, parabés pelo culhão. Vou ler os dois livros citados. Eis my comment:
"A minha consciência, eu comi com farinha". Essa frase, atribuída a um chefe cangaceiro, cabe como uma luva na esquerda brasileira, incapaz de reconhecer a longa e hedionda história dos regimes comunistas. Ainda hoje olham babosos pra Cuba, apesar dos fuzilamentos, torturas e prisões dos que ousam tentar sair do "paraíso". Já sei, dirão que tudo isso é a história da luta de classes, ou é o materialismo dialético, ou outra bobagem qualquer que aprenderam em alguma apostila do partidão. Burrice misturada com cara de pau, dá nessa patologia. Carlos Mello.
Aqui havia um comentário interessante por sinal, mas este Blog não mais aceita o anonimato de que quer comentar. Desculpe caro anônimo mas o seu comment foi pro beleléu. Hugo
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