MARCUS ARANHA
Não é de hoje a discussão se padre deve ou não casar.
A verdade é que são muitos os sacerdotes que abandonaram a igreja porque não suportaram continuar celibatários.
Em 1997 descobri em João Pessoa uma Associação Paraibana de Padres Casados com sede própria no bairro da Torre, funcionando com 40 membros. Naquela época me espantei. Em João Pessoa, os padres que haviam batido pino já eram quarenta!
Foi quando se notou uma enchente de padres estrangeiros em nossas terras. Parece que padre nacional não vinha resistindo às tentações deste país tropical, Brasil esculhambado, mas com belíssimas mulheres, brancas, pretas, louras, mulatas e ruivas. Diante dessa rica fauna feminina, de uma biodiversidade impressionante, os pobres padres brasileiros vêm engolindo o apito com uma facilidade espantosa.
Padre estrangeiro deve ter o cérebro lavado, ser vacinado e imunizado previamente contra as Evas da vida. Têm uma formação mais rígida, além de cursos de prevenção contra acidentes em curvas perigosas, baixadas profundas, altas colinas e picos elevados.
Há quem diga que, na Idade Média, a Igreja instituiu o celibato pr’os padres, visando o aumento dos bens dela, enriquecendo cada vez mais o Vaticano. Sem o casamento os sacerdotes não deixavam herdeiros e, automaticamente, crescia a possibilidade de todos os seus bens serem incorporados ao patrimônio da Ordem a qual pertenciam. Com essa “lei seca” começaram a surgir as notícias de padres com amantes, o que era natural, pois ninguém é de ferro. E evidentemente, apareceram filhos dos padres. A coisa perdurou até nossos tempos, pois ali entre Mamanguape e Itapororoca, havia um deles, o padre Bessa, que ao morrer causou uma tremenda confusão. Não porque foi pr’o inferno. É que na hora do inventário dos bens do sacerdote apareceu mais filho-herdeiro que formiga de roça. Todos eles, a cara do padre!
E é claro que padre continua dando seus pulinhos fora. Quando não fatura uma beata das mais gostosas, se engraça de uma das fiéis mais bonitas. E tem mulher mais atirada que quer provar como é fazer amor com o padre, certa que a abstinência sexual imposta a ele deve dar-lhe um supertesão imperdível.
Hoje, o assunto é objeto de notícia da imprensa quando vem à tona o caso de Fernando Lugo, ex-bispo, hoje presidente do Paraguai. Já apareceram três filhos dele, todos concebidos antes de Lugo ter obtido do vaticano a perda do estado clerical.
O papa já deve ter ”licenciado” Lugo, avisado das estripulias sexuais dele.
Agora essa coisa retorna com toda força na 47ª. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Os documentos produzidos reforçam a condição do celibato ao candidato a padre. Mas apareceu uma novidade: homossexual pode ser padre.
Pois é... Agora gay também poderá celebrar missa, dar extrema unção, casar e batizar. Depois dessa, o clero pode até abicharar, mas que ficou uma evidente demonstração de força do poder gay até no órgão máximo que reúne os bispos do Brasil, ficou.
No entanto a CNBB impõe uma condição aos homossexuais sagrados padres: eles têm de ser solteiros e manter castidade. Ou seja, vão ter que deixar de dar.
As más línguas dizem que é exatamente nos seminários, onde a homossexualidade masculina corre frouxa. Então nada mais coerente deixar que seminarista boiola termine a carreira e se forme em padre.
Os documentos da Conferencia dos Bispos ainda vão ser analisados pelo Papa, mas associações gays do país lavraram um tento: vão ter em seus quadros, quem sabe, uma porção de padres.
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