terça-feira, março 31, 2009

O caso psíquico de Lula

José Virgulino de Alencar

O caso de Lula, sua evidente mudança de personalidade ao assumir o cargo de presidente da República, é matéria para a psiquiatria e que seja um profissional profundamente entendido nessas mudanças franksteinianas ocorridas na mente de um cidadão, de cabeça tumultuada, desnorteada, que mostra não ter a menor idéia sobre contexto em que está situado. Faz discurso de mau oposicionista mesmo falando como presidente, emenda com discurso oficial quando o forum nada tem a ver com o governo; fala como sindicalista quando encontra os companheiros de luta de classe e volta a emendar um discurso anti-trabalhista quando a crise surge diante dele como uma assombração, em relação à qual ele ainda não soube situar-se: num momento, não há crise e tudo está às mil maravilhas; em outro, passa a meter medo nos cidadãos, superdimensionando a crise acima do que ela efetivamente representa. Manda a Polícia Federal escarafunchar a vida de adversários, mas, como sempre, as investigações funcionam como bumerangue e se voltam contra membros do governo e de sua base de apoio, e aí ele chia e solta reprimendas públicas no trabalho da corporação. Seus acólitos insistem numa coisa que, pelo menos atualmente no mundo, não existe, ou seja, a prática de uma política de cunho esquerdista/socialista, enquanto o próprio Lula disse, de própria voz e não de terceiros, que nunca teria sido de esquerda ou socialista. E escancara sua aliança com a banda podre da política brasileira, corrupta, retrógrada, reacionária, antitrabalhador, pró-banqueiros e em prol das grandes corporações, nacionais, internacionais e multinacionais. Se o Dr. Simão Bacamarte, o personagem de "O Alienista" de Machado de Assis, de repente aportasse hoje no Brasil, seu primeiro cliente a ser enviado para a Casa Verde, não tenham dúvidas, seria o nosso tonteado estadista, atualmente internado, mas sempre fugindo, na casa de loucos que é o Palácio do Planalto.

O presidente seria um autêntico personagem de ficção, se não fosse uma trágica realidade, que não é mais trágica porque tem muito de cômica.

Porém dúvida não padece de que o presidente do Brasil, ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva, fundador do Partido dos Trabalhadores e que empreendeu luta titânica para chegar a chefe do Estado Brasileiro, tem características psíquicas estranhas, cujas reações são claramente conflitantes, merecendo análise e avaliação especializadas.

Não diria a surrada frase “Freud explica”, porque a psiquiatria de Freud caminha por outra vertente, que não é o caso de Lula.

O caso psíquico de Lula tem menor complexidade, embora com especial singularidade.

virgulinoalencar@hotmail.com

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