Riobaldo Tatarana
Enquanto vocês discutiam aí no blog as façanhas desse bispinho chatinho, fresquinho, irritadinho, eu me deliciava com a notícia que reproduzo abaixo:
Em entrevista concedida ontem à noite, o austríaco Josef Fritzl, chamado "o monstro da Áustria", que espera a condenação à prisão perpétua por seqüestro e estupro da própria filha, que manteve em cárcere privado por mais de 20 anos, e com quem nesse período teve sete filhos, disse que seu maior sonho, agora, era fugir e viajar para o Brasil, onde, conforme acrescentou, gostaria de se candidatar a deputado federal pelo estado do "Maranhon". Muito afável, Josef disse também que sua verdadeira vocação é a política e que tem grande admiração pelo presidente "Lola".
Não é uma maravilha de coerência? Desde o chamado Brasil-Colônia (já deixamos de ser colônia?) que recebemos levas e mais levas de degredados, assassinos, ladrões, traficantes, quengas, tarados... Sempre veio tudo do primeiro mundo de então, Portugal e Espanha, e com o passar do tempo, dos novos donos do mundo, Inglaterra, França, Itália, Japão e principalmente EUA, que continuaram a mandar pra cá sua escória humana, juntamente com lixo atômico, pneus velhos, tecnologias superadas e cursos de marketing. E nós ficamos aqui, como aquelas pobres moças havaianas, com nossos sarongues desbotados, a dançar o nosso hula-hula e a receber de braços abertos a rafaméia que nos mandam como uma esmola.
Vocês me acham mal-humorado. Eu pergunto: dá pra ficar de bom humor diante disso? Será que nunca, jamais, em tempo algum, por mais que esse astro que habitamos role pela imensidão celeste, vamos tomar vergonha na cara? Vejam bem o que diz o monstro austríaco: quer ir pro “Maranhon”, pra ser deputado. Como quem diz: “se o Sarney pode, por que não eu?” E mais significativo ainda é o ato falho de chamar nosso bravo presidente de “Lola”. O macaco tá certo! Pois Lola não é o nome clássico da quenga-tipo, da quenga-padrão, que a Espanha exportava pra cá até um dia desses? Então, que venha o austríaco! Já temos aqui multidões de pedófilos à solta, ou beneficiados por hábeas-corpus malandros, temos sociopatas de todo tipo, nas altas e baixas esferas. Mais um, menos um, que diferença faz? Miserere nobis!
3 comentários:
Hugo,
Jocoso, esse comentário. Bem que o Josef Fritzl poderia vir pra cá. Ele teria companhias não só no Maranhon...
Hebert
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