terça-feira, dezembro 04, 2007
VOU REABILITAR O TRABALHO!
O texto abaixo é do discurso de posse do presidente Nicolas Sarkozy da França e me foi enviado sabe-se lá porque! Considerando que o recado foi dado de maneira clara e incisiva, decidi partilhar com os meus parcos leitores do Blog do Hugão. Afinal de contas não é pra quem quer e sim pra quem pode republicar discurso de Presidente que sabe ler, escrever e não martiriza o vernáculo. Coisa rara por estes rincões. Se a minha Tia Nevinha viva estivesse diria ao terminar a leitura: "Pra quem entende...!" H.C.
"Derrotamos a frivolidade e a hipocrisia dos intelectuais progressistas. O pensamento único é daquele que sabe tudo e que condena a política enquanto a mesma é praticada.
Não vamos permitir a mercantilização de um mundo onde não há lugar para a cultura: desde 1968 não se podia falar da moral. Haviam-nos imposto o relativismo.
A idéia de que tudo é igual, o verdadeiro e o falso, o belo e o feio, que o aluno vale tanto quanto o mestre, que não se pode dar notas para não traumatizar o mau estudante.
Fizeram-nos crer que a vítima conta menos que o delinqüente. Que a autoridade estava morta, que as boas maneiras haviam terminado. Que não havia nada sagrado, nada admirável.
Era o slogan de maio de 68 nas paredes de Sorbone: 'Viver sem obrigações e gozar sem trabalhar'. Quiseram terminar com a escola de excelência e do civismo. Assassinaram os escrúpulos e a ética.
Uma esquerda hipócrita que permitia indenizações milionárias aos grandes executivos e o triunfo do predador sobre o empreendedor. Esta esquerda está na política, nos meios de comunicação, na economia. Ela tomou o gosto do poder.
A crise da cultura do trabalho é uma crise moral. Vou reabilitar o trabalho.
Deixaram sem poder as forças da ordem e criaram uma farsa: "Abriu-se uma fossa entre a polícia e a juventude". Os vândalos são bons e a polícia é má. Como se a sociedade fosse sempre culpada e o delinqüente, inocente.
Defendem os serviços públicos, mas jamais usam o transporte coletivo. Amam tanto a escola pública, e seus filhos estudam em colégios privados. Dizem adorar a periferia e jamais vivem nela.
Assinam petições quando se expulsa um invasor de moradia, mas não aceitam que o mesmo se instale em sua casa. Essa esquerda que desde maio de 1968 renunciou ao mérito e ao esforço, que atiça o ódio contra a família, contra a sociedade e contra a República.
Isto não pode ser perpetuado num país como a França e por isso estou aqui. Não podemos inventar impostos para estimular aquele que cobra do Estado sem trabalhar. Quero criar uma cidadania de deveres."
“Primeiro os deveres, depois os direitos."
Nicolas Sarkozy
Presidente da França
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4 comentários:
Adorei a frase " Primeiro os devere depois os direitos" :)
Leio sempre com muito carinho tudo quanto está no seu blog. São assuntos que interessam a todos, bem escritos e sempre com uma boa doze de ironia. Um grande abraço. Mando-lhe um poema de Natal e o endereço do blog de Maria Paula - minha filha - que, ouvindo-me falar sobre você pediu-me que o enviasse.
O nome é PENSAMENTOS, DEVANEIOS E FOTOS, caso não consiga acessar facilmente será encontrado em Favoritos. Outro grande abraço e obrigada pela atenção. Djanira
Atenção leitores!
O poema de Natal da Djanira está devidamente guardado para postagem futura. Hugo
Ave Trajanus! Tai um pronunciamento que faz inveja,falar em deveres nesse Pais dá cadeia, me pergunto - Como ensinar valores a nossos filhos se o que eles veem são manchetes onde corruptus(lat)aparecem como idolos elevados aos sagrados altares de nossas instituições maiores. Vive la France, Hugão.
Hugão:
Você quer nos matar de inveja? Esse cara fala tudo que está preso na nossa garganta em tantas décadas de ditadura militar seguida de ditadura populista. Aqui no Rio, tivemos uma série interminável de ditadores populistas locais que curraram a cidade e arrasaram com o que ela tinha de melhor, tornando-a suja, perigosa, violenta e mal-educada: Brizola, o débil mental do Moreira, Brizola de novo, o porrista Marcelo Alencar, Garotinho, Rosinha. Ninguém merece tanta mediocridade e safadeza. No plano federal, além de sarneys e collores, tivemos duas doses do provincianismo metido a besta do fhc e agora duas (com ameaça de terceira) doses do lulismo analfabeto e petulante. Não creio que haja país capaz de recuperar-se disso. Carlos
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