domingo, julho 14, 2013

Sobre vândalos e comunistas

 Ipojuca Pontes

Em 1866, numa carta destinada a Alexander Herzen, mentor do socialismo russo, Mikhail Bakunin (anarquista para quem Marx não passava de um “monte de esterco”), escreveu o seguinte: “Só a partir da associação entre marginais e estudantes se chegará à revolução”.  E acrescentou: “Creia, meu bom amigo, sem a decisiva participação da ‘canaille” não teria havido a queda da Bastilha nem a revolução de fevereiro de 1848, em Paris, com seus milhares de manifestantes incendiando as ruas, num quebra-quebra que terminou por forçar Luís Filipe à abdicação do trono”. 
    
Já durante as escaramuças da Revolução Russa, em 1917, no trem que os alemães cederam a Lenin a fim de que ele  desestabilizasse em S. Petersburgo o Império do Tzar, o bolchevique sifilítico instruiu seus camaradas para que incitassem sem amarras a ação dos marginais na turbulência das ruas, mesmo admitindo que o lumpenproletariat, como queria Marx, fosse  uma escória desprezível (que depois tratou de fuzilar). Para Bakunin, sem a “destruição criadora”, só na base de discursos, manifestações e panfletagem as instituições do governo jamais desabariam.  
    
Meio século depois, na Universidade da Califórnia, retomando o projeto encampado por Bakunin, Herbert Marcuse, integrante da Escola de Frankfurt, vislumbrou nos “outsiders” - e não mais no proletariado – a vanguarda revolucionária. Para Marcuse, marginais e estudantes, sob o estímulo do sexo, das drogas e do rock n’roll levariam os Estados Unidos à derrota no Vietnam e à ruína da sociedade industrial. Ele próprio um chincheiro de marca, gostava de afirmar que os marginais - os deserdados da sociedade moderna - representavam a “força  da negatividade”.
    
Hoje, diante das intermináveis ondas de protestos que varrem o País, a “imprensa burguesa”, de um lado, vem aplaudindo as manifestações pacíficas dos que protestam portando cartazes, entoando cânticos e palavras de ordem, ao tempo em que condena a ação virulenta dos vândalos. 
    
No caso do Brasil, não se vê manifestação pacífica sem quebra-quebra. Na massa heterodoxa que compõe as passeatas há de um, tudo: militantes engajados com o governo central, tais como o MPL, “vândalos” radicais oriundos do próprio PT e partidos de esquerda, desempregados, lupens, estudantes que não estudam nem trabalham, periféricos em geral. Sem a canalha incendiária, a sociedade (ainda que ignore, em transição acelerada para o comunismo) ficaria no ora-veja, subordinada à manipulação do poder.
    
O fato auspicioso (e surpreendente) é que em meio a essa massa heterogênea, prevalece nos protestos das ruas, em sua maioria, uma população oriunda da classe média, a se insurgir contra um governo arbitrário que se refina no roubo e na mistificação; um governo com objetivos totalitários, que se apropria de forma indecente da riqueza criada pela força do trabalho para sustentar partidos engajados, centrais sindicais corruptas, movimentos sociais perniciosos  (tipo MST e afins), além de manter com benesses a corja da burocracia e legiões de parasitas alocados em estatais e ministérios fajutos. É a safadeza institucionalizada ao alcance de todos!
    
Em contraposição, via internet e suas redes sociais - instrumento virtual por enquanto livre do controle do Estado - centenas de milhares de pessoas indignadas encontram fôlego para protestar alto contra os métodos descarados de um governo que tritura a população indefesa.
    
No momento, dá-se o seguinte: diante da indignação geral, o irrefreável esquema de poder petista, tendo a terrorista Rousseff como porta-voz, propõe uma “reforma política” por meio de um plebiscito que tem por finalidade única elevar impostos, financiar com dinheiro público campanhas eleitorais, filtrar ideologicamente os candidatos em “listas fechadas” e agachar ainda mais o congresso nacional; em suma, uma reforma há anos defendida por Lula e sequazes com o propósito de estabelecer no País a apregoada “democracia direta”, sinônimo do mais deslavado comunismo.
    
De minha parte, entendo que o factível  continua sendo apoiar a indignação das ruas, com todos os seus riscos e limitações. 
   
PS – Milton Nascimento, que fala em javanês e diz coisas que ninguém entende, espera “Que essa movimentação toda (das ruas) não fique só em palavras”. O que quer  essa figura enxundiosa? O povaréu enfrentando bombas e balas - e o confuso personagem só deitando falação.
    

3 comentários:

Unknown disse...

A Essência dessa Ética Política.

Existe um axioma antropológico fundamentado na lei da Natureza, que conduz o ser social estabelecendo o equilíbrio entre suas ações e reações como agente dessa interação, origem do conflito que diferencia o homem ético do homem corrupto.

Essa é a razão pela qual os preceitos teóricos e práticos da Ciência Política não conseguem mais explicar o comportamento da maioria esmagadora daqueles que dizem exercer política no Brasil.

Mas por quê? Ora, por que não é política que exercem. O que praticam só pode ser analisado a partir dos princípios da Antropologia, através dos quais o homem é descrito segundo as características identificatórias de suas relações: social, humana e natural, propondo conhecê-lo segundo: seus costumes, suas crenças, a forma como se organiza e esse seu comportamento que envolve, dentre outros, a essência de sua moralidade.

Sob esse aspecto observa-se que esses agentes não se dedicam à lide por ideologia ou pela representatividade do coletivo exigida pelos cargos ou funções que ocupam ou visam ocupar, o que explica a incongruência na função orgânica da Gestão do Governo de Plantão.

Sabemos que a burocracia constitucional possui uma parafernália de normas e regulamentos coibitivos da corrupção, mas o maior delito desse governo é a própria: a corrupção.

No atual ordenamento justicialista, do exercício político na gestão da “Coisa Pública”, trinta Leis, com seus: Artigos, Parágrafos e Alíneas, mandam punir um “infrator”, mas uma Alínea – somente uma – manda absolvê-lo... ...além, é claro, do nefasto aparelhamento ideológico...

É tão injusta essa Justiça, que “infratores” burlam a Lei e se vangloriam, debocham e escarnecem, sobre a sociedade em nome da burla!

Por isso a essência da lei natural de tempos em tempos resurge através da reação do homem ético manifestando, pelos meios que dispuser, suas reações de indignação e repúdio às ações de corrupção que encontrar no seu “caminho”.

François Caranna traduz muito bem essa aberração ao dizer: “Quando o “chefe do bando” se arroga o título de rei, as rapinas e os golpes recebem os nomes lisonjeiros de troféus e vitórias”.

Portanto a esse Ser Social e ou Político, enquanto representante de uma “coletividade”, caberia manter: a correção moral, a compostura, a decência, a dignidade, a nobreza, a honradez e o pudor ético que constituem a essência do decoro, em “qualquer dimensão do tempo e do espaço sociopolítico”, mas não mantém.

Por essas razões as Três Casas do Governo estão apodrecidas de onde os “vermes” se disseminam para as unidades da Federação brasileira. Mas o pior de tudo é que esses vermes já tomaram conta do último refúgio de nossa soberania: a Sociedade Civil e a “Malha da Justiça”!...

Agora é a vez dos “vermes”
Se banquetearem com o que jaz
Inerte, sem as sábias vozes e letras,
Em agonia, imperfeito sim,
Mas este é o meu País.
Oh! Nevoas sujo-escuro sujas!...

“Estrofe de em prosa e versos: A Gênese.”


Os “delitos” que se caracterizam como transgressão e a "obediência" aos fundamentos da ordem social, são os princípios, que, na letra fria da Lei, se antepõem por uma linha muito tênue, que foi amplamente alargada pelo “Justicialismo político” para dar passagem ao séquito de saqueadores aloprados do Neolulopoetismo.

Vê-los caminhar nessa faixa escura do aparelhamento na gestão desse Governo e ou no exercício político não causa mais espanto aos hipnotizados pela “síndrome de submissão” imposta por essa “pseudoideologia do mal”. Até quando vão durar essa indiferenças de “mercador” que: olha e não enxerga; ouve e não escuta...

Delmar Fontoura.

Unknown disse...

A Essência dessa Ética Política.

Existe um axioma antropológico fundamentado na lei da Natureza, que conduz o ser social estabelecendo o equilíbrio entre suas ações e reações como agente dessa interação, origem do conflito que diferencia o homem ético do homem corrupto.

Essa é a razão pela qual os preceitos teóricos e práticos da Ciência Política não conseguem mais explicar o comportamento da maioria esmagadora daqueles que dizem exercer política no Brasil.

Mas por quê? Ora, por que não é política que exercem. O que praticam só pode ser analisado a partir dos princípios da Antropologia, através dos quais o homem é descrito segundo as características identificatórias de suas relações: social, humana e natural, propondo conhecê-lo segundo: seus costumes, suas crenças, a forma como se organiza e esse seu comportamento que envolve, dentre outros, a essência de sua moralidade.

Sob esse aspecto observa-se que esses agentes não se dedicam à lide por ideologia ou pela representatividade do coletivo exigida pelos cargos ou funções que ocupam ou visam ocupar, o que explica a incongruência na função orgânica da Gestão do Governo de Plantão.

Sabemos que a burocracia constitucional possui uma parafernália de normas e regulamentos coibitivos da corrupção, mas o maior delito desse governo é a própria: a corrupção.

No atual ordenamento justicialista, do exercício político na gestão da “Coisa Pública”, trinta Leis, com seus: Artigos, Parágrafos e Alíneas, mandam punir um “infrator”, mas uma Alínea – somente uma – manda absolvê-lo... ...além, é claro, do nefasto aparelhamento ideológico...

É tão injusta essa Justiça, que “infratores” burlam a Lei e se vangloriam, debocham e escarnecem, sobre a sociedade em nome da burla!

Por isso a essência da lei natural de tempos em tempos resurge através da reação do homem ético manifestando, pelos meios que dispuser, suas reações de indignação e repúdio às ações de corrupção que encontrar no seu “caminho”.

François Caranna traduz muito bem essa aberração ao dizer: “Quando o “chefe do bando” se arroga o título de rei, as rapinas e os golpes recebem os nomes lisonjeiros de troféus e vitórias”.

Portanto a esse Ser Social e ou Político, enquanto representante de uma “coletividade”, caberia manter: a correção moral, a compostura, a decência, a dignidade, a nobreza, a honradez e o pudor ético que constituem a essência do decoro, em “qualquer dimensão do tempo e do espaço sociopolítico”, mas não mantém.

Por essas razões as Três Casas do Governo estão apodrecidas de onde os “vermes” se disseminam para as unidades da Federação brasileira. Mas o pior de tudo é que esses vermes já tomaram conta do último refúgio de nossa soberania: a Sociedade Civil e a “Malha da Justiça”!...

Agora é a vez dos “vermes”
Se banquetearem com o que jaz
Inerte, sem as sábias vozes e letras,
Em agonia, imperfeito sim,
Mas este é o meu País.
Oh! Nevoas sujo-escuro sujas!...

“Estrofe de em prosa e versos: A Gênese.”


Os “delitos” que se caracterizam como transgressão e a "obediência" aos fundamentos da ordem social, são os princípios, que, na letra fria da Lei, se antepõem por uma linha muito tênue, que foi amplamente alargada pelo “Justicialismo político” para dar passagem ao séquito de saqueadores aloprados do Neolulopoetismo.

Vê-los caminhar nessa faixa escura do aparelhamento na gestão desse Governo e ou no exercício político não causa mais espanto aos hipnotizados pela “síndrome de submissão” imposta por essa “pseudoideologia do mal”. Até quando vão durar essa indiferenças de “mercador” que: olha e não enxerga; ouve e não escuta...

Delmar Fontoura.

Unknown disse...


Alô Hugo!

Perdoe-me o erro da repetição do texto.