sábado, junho 22, 2013

Mais um...

Retrato do artista quando jovem
 Recebi da amiga Nazareth Xavier companheira das lides do  Teatro do Estudante da Paraíba o aviso que se segue:

Hugão: "Mais um dos nossos que se vai. Assim que soube da morte de Anco Márcio lembrei que há pouco ele havia voltado a se comunicar através do seu blog. Pareceu-me feliz. É isso aí, a gente está aqui para ir um dia..."

Pois é, digo eu. É triste quando percebemos que os nossos amigos começam a subir, um a um, deixando uma grande lacuna. Morreu o maior "João Grilo" de "A Compadecida" de Ariano Suassuna.

Irrequieto, encrenqueiro, Anco no entanto, era a pessoa mais doce desse mundo. Trabalhamos juntos na “Compadecida” e no “Chapeuzinho Vermelho”, de Maria Clara Machado. Eu, o Caçador, ele, o Lobo Mau. Era uma farra cada espetáculo.

Isso era lá hora de morrer, amigo! Exatamente com o país nessa efervescência, nessa inquietação! Você deveria ter ido às ruas primeiro. Não faz mal, um dia a gente se encontra. Minha saudade. HC 

Um comentário:

Anônimo disse...

A foto do Anco que ilustra seu texto me lembra como ele era quando eu montava uma versão minha da Antígona de Sófocles em que ele era o frágil namorado dela. A Censura Federal frustrou meu projeto e nunca mais vi o nosso amigo, nem Valderedo Paiva, que era meu Creonte, e que também já se foi. Um dia me mandaram um texto de um blog di Anco, que ele ilustrava com o Jeová do Miguelângelo e uma foto minha, dizendo que eu só queria ser deus. Que eu era - na minha visão - um puta de um ator, um poeta genial, um enorme escritor, um poeta supremo, etc, etc. Aquilo doeu.
Quando eu não me encontrar com ele do outro lado - o que certamente não acontecerá em breve - vou exigir que me explique isso tintim por tintim.

Solha