segunda-feira, maio 20, 2013

O mito da medicina cubana.

Paulo Sergio Moreira de Carvalho

O governo brasileiro está negociando com a ditadura cubana a vinda de 6.000 médicos para trabalhar no interior do Brasil. O acordo deve ser semelhante ao que existe entre Cuba e Venezuela – onde milhares de médicos cubanos foram importados pelo governo do falecido presidente Hugo Chávez.
Essa é mais uma medida do governo com clara motivação ideológica e eleitoreira.

O cada vez mais escancarado projeto petista de perpetuação no poder tem como premissa básica ações de propaganda e medidas teoricamente favoráveis aos menos favorecidos, mas que, na realidade, não passam de demagogia e populismo chinfrim. A presença de seis mil agentes da propaganda ideológica no interior do país, atuando de forma direta junto à população, constitui forte instrumento de difusão do ideário marxista. Tudo segundo a cartilha de Gramsci e de acordo com o interesse do partido. Alguém ainda duvida disso?

É absolutamente falso o argumento de que a medicina em Cuba é de boa qualidade. Esse mito resulta de estatísticas manipuladas pelo governo cubano, com fins propagandísticos, para mostrar uma medicina avançada e perfeita num país sabidamente miserável. Como acontece em tantas outras áreas, tal propaganda conta com o apoio da mídia, em quase toda a América Latina ideologizada e controlada por governos de esquerda.

Cuba forma médicos em quantidade, entre outras razões, por não exigir prova de seleção, além de oferecer vagas a partidos políticos e organizações de esquerda. Pesquisas apuraram que o MST e organizações indígenas indicam e enviam estudantes para cursarem medicina em Cuba, sem a necessidade de prestarem exame vestibular. Como se vê, um processo confuso e baseado em critérios puramente ideológicos, onde mérito e valor intelectual não entram em consideração. As indicações são políticas. Como esperar que médicos formados a partir de critérios assim exibam qualidade e competência profissional?
Outro aspecto importante, além da baixa qualidade do material humano, é o da forte influência da ideologia imposta pelo Estado na formação profissional.

Lá, o médico faz apenas o que o Estado cubano lhe permite fazer e deseja que faça. Sobre isso, explica Edson de Oliveira Andrade, médico e ex-presidente do Conselho Federal de Medicina, que durante dez dias esteve em missão oficial em Cuba, integrando uma comissão do governo brasileiro para observar o ensino médico ali realizado: “Isso significa adequar o seu (do médico) conhecimento às possibilidades provedoras do Estado, que por sua vez são, a olhos vistos, limitadas e insuficientes.”

Essa medida do governo – mais essa! – não contribui em nada para a solução do problema da falta de médicos no interior do país. Temos que resolver a questão da saúde pública com o nosso pessoal, sem importar médicos de outros países, mas fundamentalmente pela melhoria das condições de trabalho oferecidas aos profissionais de saúde, sobretudo os médicos, nas regiões mais carentes do interior. E muito mais grave que isso é a vinda desses estrangeiros que, se profissionalmente nada acrescentam em termos de qualidade, constituem mais um instrumento de imposição gradativa da ideologia marxista e do projeto de perpetuação do partido do governo no poder. É mais uma medida extremamente grave e prejudicial ao futuro da democracia e da liberdade em nosso país.
 

Caminhamos passo a passo na direção de uma ditadura. É obrigação dos que ainda enxergam alertar.

Vamos acordar, pessoal, enquanto há tempo!

Paulo Sergio Moreira de Carvalho, é brasileiro, pai e sogro de médicos.

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