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Foto: Guga Matos-JC Imagem |
“Muitos não sabiam das minhas condições de vida e estudo. Venho distribuindo currículos em algumas empresas, desde que terminei o ensino médio. Minha prioridade é trabalhar num lugar que me dê tempo para estudar, que tenha bons profissionais e remuneração justa pelas atividades que vou desenvolver”, determina o garoto.
Carlos Harten, sócio-diretor do escritório de advocacia Queiroz Cavalcanti, deseja que o rapaz ingresse no programa de trainee do grupo. “Teremos uma conversa hoje. Sua simplicidade, dedicação e capacidade de organização chamaram nossa atenção. Espero que aceite o convite. Se mostrar desenvoltura e aptidão, certamente integrará nossa equipe, assim que concluir o curso”, garante.
Durante o estágio, Higor terá direito a remuneração, vale de transporte, plano de saúde e vale alimentação. Hoje, cerca de 160 estagiários e 200 advogados atuam na Queiroz Cavalcanti.
O escritório de auditoria BVC também está interessado no universitário. “Higor se destacou no vestibular porque teve perseverança e objetivo. Terá a mesma formação que eu e Bernardo Santos, fundador da nossa empresa. Preferimos preparar nossos colaboradores em “casa” a contrata-los prontos”, afirma o diretor de desenvolvimento corporativo Felipe Melo França.
A ideia é que Higor comece na empresa júnior Bevilaqua, da Faculdade de Direito do Recife, parceira da BVC. Depois que ganhar experiência, passaria a atuar no escritório, com bolsa de estágio acima do mercado, auxílio alimentação e auxílio transporte.
Além da vaga na UFPE, Higor também garantiu lugar no curso de Direito da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), pelo Programa Universidade para todos (Prouni). Ele venceu o processo seletivo e conseguiu bolsa integral de estudos. No último domingo, a Reportagem alertou para a documentação exigida pelo governo federal nos sistemas de cotas. Na página eletrônica do Programa Universidade para Todos (Prouni), há uma relação com pelo menos 60 documentos.
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