domingo, novembro 04, 2012

NAZISMO NA PARAÍBA ?

Edival Toscano Varandas


No depósito da Superintendência de Planejamento do Estado, no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa, mais de 100 peças de um piso que fez parte do terraço dos fundos do Palácio do Governo continuam guardadas e ainda sem destino. E não são peças comuns. Na verdade, elas fazem parte de um dos casos mais curiosos da história da Paraíba e que ainda rende polêmica entre historiadore s e personalidades pessoenses e, que, infelizmente, corre o risco de se perder no tempo.

As peças fazem parte do piso desenhado em forma de suástica que compunham um dos terraços do Palácio do Governo desde a reforma do prédio na década de 30. Em 1995, o então governador do Estado, Antônio Mariz, recomendou a retirada do piso; isso dois meses depois de empossado, quando já sofria com um câncer de estômago. Detalhe: contam os historiadores que Mariz se sentia incomodado em passar diariamente pelas suásticas, que lembram – invariavelmente – o símbolo maior do nazismo. Mesmo depois de tentativas de amigos de que a decisão de substituir os ladrilhos não deveria acontecer, não houve jeito. As suásticas foram retiradas no mesmo ano e até hoje estão guardadas no depósito da Suplan. Apenas um painel com algumas peças expostas pode ser visto ainda hoje no Palácio do Governo.

“A nossa intenção é conversarmos com outras alas do governo para definirmos um melhor local para guardar as peças, já que elas fazem parte da história”, explicou o diretor administrativo da Suplan, Hildon Régis, acrescentando que, antes de assumir a direção da pasta, nem ele mesmo sabia que os famosos ladrilhos em forma de suástica do Palácio estavam guardados na secretaria. “Precisamos conservar as peças, porque senão como vamos, no futuro, mostrar que elas existiram?”, questiona.

Enquanto isso não se define, os ladrilhos continuam bem fechados, guardando um segredo do passado que, até mesmo nos dias de hoje, ninguém consegue desvendar por inteiro. Será que elas realmente faziam referência ao movimento do III Reich na época em que foram instaladas? Ou tudo não passa de coincidência e folclore? O tema mexeu com a cidade, rendeu debates, matérias jornalísticas e até hoje ainda divide opiniões; opiniões que vão desde a procedência das peças, até mesmo se a decisão do então governador Mariz – que faleceu no mesmo ano, de câncer de pulmão – foi mesmo a mais correta.

Artigo de • SILVANA CIBELLE - Nazismo deixou lembranças pela Paraíba, 20 de novembro de 2000 

http://www.blogdopedromarinho.com/

12 comentários:

Anônimo disse...

Bom eu acho que deveria manter como era antes, até mesmo pela história que há nessas peças, não se pode apagar uma história porque não gostou das peças.

Abraços e beijos!!!

Ass: Claudinha

Wellington disse...

Hugo- sou paraibano, pessoense, nascido na Maternidade Santa Izabel, em Tambiá, criado, crescido e ainda vivendo nos arredores da antiga "gameleira" no bucólico Bairro do Roger. Quero aproveitar esse espaço para externar uma indignação que carrego desde aquele fatídico dia quando retiraram os ladrilhos de um terraço existente nos fundos do Palácio da Redenção. Não sou político, abomino o nazismo, mas aqueles ladrilhos faziam parte da história do Palácio. Conhecí o Palácio da Redenção, aos 13 anos, com minha turma do Liceu, cursando o terceiro ano ginasial, em 1959. Pisamos sobre os ladrilhos e sequer notamos a presença deles. Coisa inocente que sequer chamava atenção. Na retirada dos ladrilhos, parecia uma festa. Os profissionais da construção civil, retirando os ladrilhos e os bajuladores de plantão, abanando os respectivos rabos, para agradar o "Chefe". Essa foi a grande obra do "Governo Mariz", até porque ele não teve tempo de realizar outras. Morreu no mesmo ano. Temo pelo destino dos ladrilhos. Embora encaixotados, poderão correr o risco de servir de metralhas para algum atêrro !!!!!!!!!!!!

Edvaldo disse...

Será que esse tal Mariz não teria nada mais interessante para fazer, como por exemplo, amenizar o sofrimento dos seus conterrâneos sertanejos ? Desde criança que escuto falação da pobreza da Paraiba. Pobreza, carro pipa, êxodo rural, etc. E vem o tal Mariz destruir uma parte da história do povo paraibano !! Será que foi seu primeiro ato governamental ? Edvaldo Soares do Nascimento. Ji-Paraná/RO, 04/11/2012.

Pinheiro disse...

Ora vejam só: Nazismo na Paraiba !! Para com isso, deixa disso, oh cara pálida. A retirada dos ladrilhos, onde retratavam a suástica, numa área erma do Palácio, não passou de pura ignorância de "babões" do então governador. Foram mostrar a ele, para agradar. Quem mostrou ainda está vivo. Aquele terraço é área morta que governante nenhum tem necessidade de passar por ela. Fica longe da rota do Gabinete. Na época, eu era rádio-telegrafista de Palácio. Cada vez que o pedreiro utilizava a talhadeira, por mais cuidado que tivesse, para retirar um ladrilho, nós outros ficávamos com o sentimento de revolta. Foi triste, mas o texto que Varandas, o popular "Faixa Branca" republicou ainda mexeu comigo.

Tais Cruz disse...

Certamente o ex governador deveria ter deixado o piso no mesmo lugar. Sabendo da importância histórica. Especialmente porque pouca gente conhece a história do nazismo no Brasil. Aqui em Natal temos um piso bem parecido. Só foi preservada porque o prédio foi comprado por um historiador.

Djair Duarte disse...

Algumas perguntas ficam instaladas em nós sobre esse assunto, uma delas é: Os órgãos de preservação foram consultados? Esta edificação não foi tombada em 1980 e não deveria ter sido protegido?

Anônimo disse...

a cruz gamada não tem nada a ver com o nazismo, ela é utilizada desde a época do imperio romano, o que Mariz fez foi esconder uma parte da historia paraibana por besteira. Isso foi pra apagar os resquícios arquitetônicos importantes da presença italiana no estado, especialmente na capital

Anônimo disse...

na pb os coroneis das brenha se acham donos de tudo o outro governador ja vai dar o nome do pai que ele ja deu pro jardim botanico pra outra coisa bandeira nome de capital destroem a imigração italiana dos anos 20s a suastica era comum mas pra se fazer de bom moço e capacho dos anglos do norte ele ate empobrece a historia estadual daqui a pouco vao destruir o forte de cabedelo igrejas coloniais pois colonialismo é nazismo nossos maiores patrimonios da grandeza e urbe real qualquer vestigio de brancos euros sera nazismo

Anônimo disse...

vao apagar tambem as invasoes holandesas francesas que fizeram nossa historia pois é nazismo colonialismo e algo ser branco

Anônimo disse...

ate o patrimonio teuto de rio tinto civilização brilhante que veio do nada se destacou os comunas destruiram potiguarizaram se depender deles a pb volta a ser caçadora coletora pra passar ainda mais vergonha diante de outras americas portuguesas que receberam mais afluxo euro e prosperaram e o unico brilho do ne na colonia foi justo por concentrar reinois

Anônimo disse...

acho que a preocupação dos coroneis de ca com nazismos distantes é pra ocultar o feudalismo paraibano onde eles se acham donos de tudo nomeiam tudo com nome de parente isso engessa mais um lugar que qualquer nazismo alias ramo dos comunas

dudu disse...

Estive em Cuba em 2017, e existe um piso lá exatamente igual a esse em um prédio. Tenho fotos inclusive