segunda-feira, outubro 22, 2012

O Supremo e a novela

josémariaLealpaes


Dois fatos marcarão 2012 na memória brasileira:  o julgamento do mensalão e a novela Avenida Brasil. O julgamento provou que o PT, de partido supostamente virtuoso, se transformou em organização criminosa de bandidos e pilantras. Que a Carta aos Brasileiros, de 2002, é, de longe, mais ardilosa que “Mein Kampf”, de 1925. Que, no Brasil, o chefe de uma megaquadrilha pode escapar impune sem que seu nome seja sequer citado no processo.

Já Avenida Brasil, a novela, reacendeu o monopólio da Globo na manipulação do emocional de multidões tendentes à patetice estimulada pelo manjado roteiro do quem matou quem. Em 1511, Erasmo de Rotterdam publicou o Elogio da Loucura, misto de sátira e crítica à doutrina e à corrupção na Igreja Católica. Avenida Brasil, de João Emanuel Carneiro, poderia ser intitulada de O Elogio do Corno.

Tufão deu ibope, afagado e elogiado nas pesquisas de rua:  um corno bom, ingênuo, tolerante e, naturalmente, rico. Corno pobre já é castigo demais.

Nenhum comentário: