josémariaLealpaes
Ternos de fino talhe em finíssimas
padronagens, MTB ou Márcio Tomás Bastos – ar de Anibal depois de cruzar
o Ródano e atravessar os Alpes – desfilava, esnobe, em Brasília, dias
antes e no primeiro do julgamento do mensalão, como a primeiríssima
grandeza estelar no plenário do STF. Em 2005, dublê de ministro da Justiça e advogado de Lula, MTB engendrou o criminoso argumento do caixa dois partidário. Agora, parecia antever o
acórdão condescendente. Parecia tudo pronto para o show de arrasadora
eficiência na absolvição de bandidos e pilantras. Parecia. MTB na proa,
acreditavam os defensores da quadrilha e a esquadra vermelha petista
Brasil afora que ao menos os oito ministros nomeados por Lula e Dilma
julgariam a bandidagem mensaleira com a gratidão de comparsas. Deu
chabu. Em linguagem marginal, “tá tudo condenado, mano”. MTB sumiu do
noticiário e dos holofotes. A julgar pela constelação de sóis da
advocacia nacional, contratada a ouro, jamais se viu cadeia de
intervenções bisonhas e bizarras em sustentações orais na tribuna do
Supremo. A piada de salão, na profecia debochada de Delúbio, virou condenação dos anjos do mensalão. Cadeia neles!
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