terça-feira, setembro 11, 2012

Lembrando o 11 de setembro

José Virgolino de Alencar

Neste dia 11 de setembro, completaram-se 11 anos do maior atentado que se conhece na história do terrorismo mundial de todas as épocas. Um grupo lá não muito grande de suicidas árabes desafiou a maior potência política/econômica/belecista dos tempos modernos, o império americano.

Equipado com a mais moderna tecnologia de guerra, serviços de inteligência e espionagem mais qualificados, o poderoso país viu-se desmoralizado por um bando de kamikazes esfarrapados que conseguiram tomar quatro aviões em plena luz do dia e, em meio à orgulhosa segurança norteamericana, causar um indimensionável estrago, derrubando as duas torres gêmeas do World Trade Center, símbolo do poderio yankee, explodir parte do inexpugnável Pentágono, falhando, apenas, num dos aviões que também produziu uma catástrofe, ao cair e matar terroristas, passageiros e tripulação.

O episódio abalou e assombrou o mundo, espalhou um rastilho de medo, insegurança, deixando a sensação de que não havia mais lugar seguro sobre o planeta Terra. Durante um bom período, a população, em todos os recantos do planeta, viveu aterrorizada, horrorizada, aturdida, até com vontade de esconder-se, mas com a dúvida de que existisse lugar invulnerável.

Dirigidos, então, por um Chefe de Estado estabanado e com a mesma atitude suicida dos terroristas, os Estados Unidos viram seu presidente Bush partir para uma expedição bélica vingativa e com a mesma crueldade dos autores do atentado em seu país.

Avançou sanguinariamente sobre o Afeganistão, onde presumivelmente se encontrava a célula terrorista mentora do atentado, chefiada por Bin Laden, com a colaboração da Al Qaeda.

A ação bélica de Bush foi desproporcional ao nível em que se poderia justificar a revanche, destruindo uma nação, tocando fogo no território afegão e todo o seu povo, transformando a pobre e sofrida nação numa "hacéldama", que significa "terra arrasada" em sua origem hebraica.

Depois de destroçar o Afeganistão, Bush, com a corda toda e aproveitando-se do estado de espírito da população americana e, de resto, a população mundial, girou seu exército, seus canhões e suas bombas na direção do Iraque, sob pretexto de livrar o mundo de Sadam Hussein que, constata-se agora, não oferecia perigo à humanidade, em que pese o regime ditatorial, fechado, personalista, adotado no país.

Revela-se, também, agora que Bush invadiu o Iraque em busca do Petróleo e para isso destruiu uma nação, destronou Sadam Hussein, mas só conseguiu com isso o acirramento do terrorismo dentro do próprio Iraque, onde o conflito ceifa uma média de 50 pessoas diárias, desde abril de 2003.

A guerra contra o Iraque  transformou-se na mesma enrascada em que se meteram os americanos na guerra contra o Vietnã. Nessas investidas dos típicos caubóis de faroestes, o país empurra para a morte um contingente enorme de jovens convocados para servir a uma causa que não é, na essência, de sua nação, morrendo por nada.

E a paz mundial, pela qual tanto se luta, não é alcançada e nem será tão cedo, enquanto a mentalidade xerifesca dos presidentes americanos(incluindo o carismático Obama) achar que os Estados Unidos devem ser a polícia do mundo.

O 11 de setembro está na lembrança como um episódio assustador, mas o susto não passa porque os Bushs da política mundial só sossegarão quando transformarem todo o planeta terra numa embrasada hacéldama.

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