A OUTRA ONDA DO TSUNAMI
Carlos Pereira
Dia 26 de dezembro de 2004. Uma notícia abala o mundo. Um gigantesco maremoto atinge vários países da Ásia provocando a morte de mais de 145 mil pessoas. Índia, Tailândia, Sri Lanka e, principalmente, a Indonésia com mais de 94 mil mortos, foram os países mais atingidos. O fenômeno conhecido como tsunami é uma onda gigante gerada por distúrbios sísmicos. A causa geológica deste tsunami provém do movimento de placas tectônicas situadas no Oceano Índico e em Sumatra, no noroeste da Indonésia. A colisão entre elas provocou uma ruptura. Ao longo da fissura de cerca de 1.000 km de comprimento gerou-se um deslocamento vertical de cerca de dez metros promovendo, assim, o tremor. Na medida em que a onda tsunami se aproxima do litoral, ela diminui de velocidade porque a água fica mais rasa e, com isso, a altura da onda aumenta significativamente podendo chegar à praia com até 20 metros.
As conseqüências do tsunami foram devastadoras. Fome, doenças e desolação. Ajudas humanitárias internacionais chegam numa velocidade menor do que se necessita. Mas por que Deus permitiria uma tragédia dessas proporções? Partindo-se do princípio de que Deus é a suprema justiça e de que nada ocorre por acaso, poderemos especular algumas razões.
Uma outra onda, de ordem espiritual, está, certamente, na origem dos efeitos do tsunami. Os Espíritos Superiores nos esclarecem que as chamadas catástrofes coletivas são provenientes também de resgates cármicos coletivos. Milhares de espíritos comprometidos por maldades provocadas em outras existências são colocados pela espiritualidade numa mesma situação encarnatória e, no tempo aprazado, são submetidos a tais expiações. Outra explicação diz respeito ao processo pelo qual o nosso planeta vem atravessando que é o da regeneração social. Algumas informações transcendentais dão conta que muitos espíritos estão tendo as suas últimas oportunidades encarnatórias na terra e, caso não aproveitem devidamente, serão expurgados para outros planetas de um nível moral mais atrasado que o nosso. Esta depuração será cada vez mais crescente e a humanidade não deveria se surpreender com outras catástrofes coletivas e que representariam, tão-somente, etapas da seleção espiritual que se efetua. Para aqueles que se esforçam no melhoramento interior nada a temer. Como bem exemplificou Jesus na Parábola do Bom Samaritano, não será pelo vínculo religioso que professamos ou pela posição social que reservaremos um futuro tranqüilo, mas pela promoção do bem sem segundas intenções.
(Jornal do Commércio – 23-01-2005)
Nota: Carlos Pereira é presidente da Associação de Divulgadores do Espiritismo de Pernambuco, ADE-PE. (www.ade-pe.com.br)
6 comentários:
Professor Hugão
Ha tempos eu lí este artigo e fique da mesma forma, indignada.Frequentei umas reuniões espíritas e fiquei encantada com a generosidade da filosofia com os erros humanos.Não consigo aceitar ou imaginar método de seleção de almas puras através de tragédias desse porte. Seria bom que espíritos terrenos nos explicassem melhor, que tal? Abraços, Glauce
Quem é esse cara? É gente desse tipo que faz com que desanimemos do gênero humano.
muito bom o comentario sobre a onda gigante!porem a parte do porque do acontecimento me deixou risonho!é ironico ver as pessoas se esquecendo da onisciencia de Deus! o povo se esquece de adorar o deus vivo e por isso sofre as consequencias leia na biblia em'exodo 32:25 e veja que na maioria dos paises atingidos quem eles adoram!!!
Beleza, Hugo. O que esse povo todo precisa é de ler um pouco, pelo menos, a História. Houve alguma época em que o fim do mundo não parecesse próximo? Que tal a razia que o Vesúvio fez em Pompéia, uns poucos anos antes de cristo? Que tal o terremoto que arrasou Lisboa em mil, setecentos e pouco? E São Francisco, no começo do século XX? E que tal ser europeu durante as duas grandes guerras, ou japonês? ou guerniquence, em 1937?
Ora, ora minha gente, eu lá quero saber de tsunami, vesúvio, guernica, sessão espírita e Carlos Pereira !!! O que mais me preocupa no momento, é procurar uma maneira de salvar a nossa cidade do Recife e não estou encontrando alternativa. Aí sim, preciso de São Feancisco.
Eram, os Deuses, nazistas? O que é isso!
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