sexta-feira, agosto 24, 2012

É O CARRO!

José Virgolino de Alencar

A conjugação de bebida e carro tem causado muita discussão, muita regulamentação através de leis, decretos, portarias e atos normativos dos órgãos responsáveis, em razão do excessivo número de acidentes com motoristas embriagados.

Data vênia, sem querer descobrir a roda, acho que a raiz de tudo isso está na própria história da humanidade. O homem, e as mulheres passaram a acompanhar, bebem desde que Deus os colocou sobre a Terra. Na pré-história, eles já amassavam as uvas e outras substâncias que se transformavam em álcool, bebendo sem controle e sem medo, porque não havia proibição, não havia carro para dirigir, não havia sequer vias regulares para se criar o perigo de acidentes.

Ora, o carro tem pouco mais de 100 anos, enquanto a bebida vigora há milênios. Assim, quando o homem inventou o automóvel esqueceu desse importante detalhe: a incompatibilidade entre o carro e a bebida.

Se o homem tivesse lembrado que bebida e carro não combinam, poderia, já na raiz da invenção do carro, ter criado um sistema em que separasse, técnica e cientificamente, a direção da bebida.

Foi uma falha imperdoável do homem que criou esse situação paradoxal: o homem adora carro, tanto quanto adora a bebida. Se o carro tivesse mecanismos impeditivos de se dirigir embriagado, não teríamos esse panorama perigoso e caro para a as nações e para a própria humanidade.

Assim, a bebida, por vir de mais longe e seduzir o paladar do homem que não resiste a ela, teria a preferência e não seria importunada por proibições que não funcionam.

Enquanto isso, o carro seria colocado em segundo plano na hora de se beber, evitando os desastres que tiram vidas e recursos dos PIB’s dos países.

Conclusão: o causador do cenário contristador das estradas e vias públicas não é a bebida.

É o carro!

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