sábado, julho 28, 2012

Arquiteto da USP encontra novos culpados pela violência urbana: os “condomínio fechados”

Os culpados de sempre

 Por: Redação Midia@Mais

Projetar casas é pretensão de menos para arquitetos socialistas. Eles juram de pés juntos que têm a solução para todos os problemas se puderem implementar sua agenda nas “cidades”. Usando os culpados de sempre (“os ricos”, a “classe média”, o “mercado”), eles são um risco permanente para pessoas comuns – que continuam imaginando, coitadinhas, que poderão usar cadeados nas portas de suas casas por muito mais tempo.

Tomar as armas de todos os brasileiros honestos, ao mesmo tempo em que enfraquecem as polícias e tornam a legislação penal ainda mais leniente com criminosos violentos, ainda não foi o suficiente para a esquerda brasileira de “escritório”. Diferente daquela esquerda de “chão de fábrica”, que chegou ao poder personificada em Lula e manda e desmanda através da elite sindical, a esquerda de “escritório” continua encastelada em universidades e organizações não-governamentais, confabulando revoluções intelectualizadas para transformar a sociedade. A arquitetura e o “planejamento urbano” são duas ferramentas charmosas para esses revolucionários de canetadas.

José Armênio de Brito Cruz parece ser um deles. Arquiteto formado pela FAU-USP (e de onde mais ele poderia ter saído?) e presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (Seção SP), sua cabeça fervilha de ideias e sentenças a respeito das casas, dos prédios, das ruas e de tudo mais que os paulistas fazem quando não estão, digamos, deitados em suas camas, dormindo. É de gente como ele que nascem ideias brilhantes que, se aplicadas, obrigariam (preferencialmente na marra) as pessoas a mudarem de endereço, a se integrarem à força com vizinhos que mal conhecem e, principalmente, a abrirem mão de qualquer recurso de segurança patrimonial. Brito Cruz é o tipo de arquiteto que detesta “condomínios fechados”.

“O condomínio fechado é uma privatização do espaço. Aqui, só entra quem é dono. Isso, para a cidade, não é bom, porque a partir do momento em que você diz que aqui só entra quem é dono você está dizendo que milhões de pessoas estão ficando fora”, diz ele ao repórter da Folha de S.Paulo [*]. E ele está coberto de razão: isso se chama, precisamente, “propriedade privada”, e é um dos direitos fundamentais do ser humano.

“Talvez, esse milhão de pessoas não fique muito contente de ficar fora daquele espaço”, prossegue o arquiteto. E ele, novamente, tem razão. Talvez esse milhão de pessoas não fique muito contente de não ser presidente do Instituto de Arquitetos, ou de não ser entrevistado por um jornal de grande circulação. Talvez esse milhão de pessoas fique chateado mesmo ao saber que não poderá entrar na casa onde Brito Cruz mora, e abrir todos os seus armários. E então, o que faremos?

“Existem teses na USP que já evidenciaram que, ao mesmo tempo em que cresceram os condomínios fechados, a violência também cresceu”, diz ele, sem explicar contudo que a relação de causalidade pode estar invertida. Criminosos não estupram, assassinam e sequestram porque as pessoas foram morar em condomínio fechados. As pessoas vão morar em condomínios fechados porque os criminosos estupram, assassinam e matam, cada vez em maior constância, com mais crueldade e contando com mais impunidade. Impunidade essa promovida pela intelectualidade esquerdista, da qual fazem parte certamente alguns arquitetos socialistas.

Ao voltar seus esforços contra armas, carros e, agora, “condomínios fechados”, o que pretende essa intelectualidade socialista é impor, sob o pretexto nobre de melhorar a vida de todos e eliminar todos os incômodos da realidade, uma utopia enterrada pela própria realidade, pela experiência, pela História e pelas pessoas de modo geral. A verdadeira “felicidade” (ao menos aquela possível neste vale de lágrimas) nasce inevitavelmente do exercício pleno das liberdades individuais – entre elas, aquela de como se locomover, de onde e como morar, de com quem e quando se relacionar (ou não). Impedir cinicamente que as pessoas possam sentir-se mais protegidas em suas moradias (trancadas, tentando manter a cruel violência lá fora, longe de seus familiares) não tem nada de generoso – soa mais como uma piada macabra. E culpar sua necessidade de segurança e sua busca por proteção pela violência urbana chega a ser insultante.

Mas cuidado: isto não é tudo. Se amanhã alguém lhe disser que sua cama não é mais “sua cama”, que não é justo deixar um estranho de fora de seu quarto, afastado por uma porta e por um cadeado, bem, talvez você ainda não possa dizer que se trata de “comunismo” – talvez seja simplesmente “arquitetura”.

[*] http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1099762-integrar-as-pessoas-da-cidade-coibe-a-violencia-diz-arquiteto.shtml

Um comentário:

ecologiaemfoco disse...

Acho que este trecho diz tudo: ..."Criminosos não estupram, assassinam e sequestram porque as pessoas foram morar em condomínio fechados. As pessoas vão morar em condomínios fechados porque os criminosos estupram, assassinam e matam, cada vez em maior constância, com mais crueldade e contando com mais impunidade. Impunidade essa promovida pela intelectualidade esquerdista, da qual fazem parte certamente alguns arquitetos socialistas".
BG.