Ipojuca Pontes
O fato concreto é que no Brasil a verdade (histórica ou não) tornou-se mentira, e a mentira, por sua vez, instituiu-se como a paralaxe dos terroristas que, no alvorecer do Terceiro Milênio, a partir de uma Brasília 100% corrupta, comandam a nação. Vejamos, por exemplo, o caso extemporâneo da “Comissão da Verdade”, nomeada pela guerrilheira Dilma Roussef, gestora do terceiro mandato do PT na presidência da República. Tal comissão, que se arroga “efetivar o direito à memória e à verdade histórica” pelo levantamento das violações dos direitos humanos porventura ocorridos entre 1946 e 1985, tem como objetivo (por enquanto camuflado) enquadrar e punir integrantes das nossas Forças Armadas, justamente os que na deflagração da luta armada do pós-64, impediram que o país se tornasse na América Latina uma poderosa vertente do comunismo internacional.
No noticiário recente de O Globo, porta-voz insuspeito das artimanhas esquerdistas, um graduado militante da burocracia ministerial do PT informou que os “trabalhos” da famigerada Comissão se dividirão em três etapas: a primeira terá a missão de localizar e identificar os desaparecidos durante o governo militar; a segunda, investigar violações como mortes e torturas; a terceira, numa etapa final, identificar as estruturas da repressão, a cadeia de comando e a colaboração do setor privado com a ditadura. Infenso a qualquer resquício de pudor, o burocrata militante foi adiante: - “Não cabe investigar as ações da resistência (ao regime militar). Estavam no direito legítimo de lutar contra a ordem ilegítima e a opressão. A Comissão da Verdade serve para investigar os crimes de Estado. Aqueles cometidos pelo ente que deveria proteger os cidadãos e não persegui-los”.
Por que não cabe investigar as ações da “resistência” se é justamente o que, em primeiro lugar, deveria ser feito? É óbvio que tais palavras não passam de uma provocação canalha desferida por parte quem, muito antes do pós-64, já agia para subverter o regime, assaltando, mentindo, roubando e matando. No entanto, é preciso esclarecer que tais palavras expressam perfeitamente a pretensão de se estabelecer nos anais da história e na cabeça das novas gerações a mentira como tradução da verdade, prática típica do comunismo enrageé. De fato, quem quer que tenha vivido o pós-64 sabe perfeitamente que não só os militares, mas a generalidade do povo brasileiro tinha o terrorismo esquerdista na conta de uma prática nociva que postergava o retorno do país à democracia.
Por efeito da pauta amestrada, o sinistro Frei Beto (vai com um “t” só, pois dois é demais), aparece no mesmo jornal levantando a lebre de que a dita Comissão, instalada pela assaltante de banco Dilma Rousssef, “é um passo para previsíveis punições”. Pior ainda: pervertendo o pensamento de São Tomás de Aquino, o falso padre reitera, de forma orquestrada, que “não faz sentido ouvir os dois lados” por ocasião das audiências montadas pelo dispêndio$o comitê armado para condenar, sem o direito ao contraditório, os militares.
Numa revisão retrospectiva, muita gente qualificada admite hoje que o experiente general Sílvio Frota, ministro do Exército de Ernesto Geisel, tinha carradas de razão: a abertura “lenta, gradual e segura” concedida de mão beijada aos comunistas foi um gesto político precipitado, para não dizer insano. De fato, concedido o perdão político antes da hora certa, e uma vez tomado o poder pela facção subversiva, o que esperar de tipos como Brizola, Arraes, Prestes, Gregório Bezerra e herdeiros senão a revanche e a vingança, moldadas no princípio da retaliação ideológica? O jogo de Golbery, patrono de Lula, tal como previa Frota, revelou-se 100% furado.
Aqui o leitor há de dizer que a pressão das “forças democráticas”, encabeçada à época por profissionais da politiquice como o boquirroto Ulyssses Guimarães, era irresistível. E que o advento da abertura no Brasil se apresentava como uma questão de tempo. Papo furado. Qualquer ditadura, ainda que branda (como a dos militares de 64, por exemplo), pode permanecer intocável no poder durante décadas. É preciso citar os exemplos da China e de Cuba, ambas veneradas pelas esquerdas, ainda em vigorosa vigência?
Sim, é fato: os generais da Sorbonne foram generosos com os terroristas hoje instalados em Brasília e as Forças Armadas, pelo gesto da precipitada anistia, estão pagando muito caro. Resta esperar que saibam enfrentar a “Comissão da Verdade” dando o tratamento que ela bem merece: o de uma farsa.
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