segunda-feira, junho 25, 2012

A propósito dos movimentos da Comissão da Verdade:

Delmar Fontoura
 


Mistificação para Mitificar Verdades e Mentiras... O que está por trás dessa página de nossa história política?...

Infelizmente o “Regime de Exceção Militar de 1964” ainda comemorará seu centenário sem que venhamos dar luz ao que esteve por trás dessa triste página de nossa história, pois os Petistas não permitem que essas “feridas” cicatrizem; que paire verdade sobre as verdades e mentiras e muito menos querem saber em que contextos ocorreram suas causas e consequências... Só estimulam o extremismo de paixões e sentimentos de revanchismo, pela “derrota” ou pela “conquista” que não houveram... ...pois sabemos que só houve perdas...

Por que não buscam respostas para as seguintes indagações:

- Em nome do que os militares tomaram o poder em 64?
- Se foram tão maus, como afirmam, o foram por quê?
- Indagações que não fazem:

- Por que só bem mais tarde surgiram as torturas?
- Por que só editaram o AI - 5 em 13 de dezembro de l968?
- Por que a história do Regime Militar registra a existência da “linha Dura”?
- A existência da “linha Dura” não é o contraponto de outra “linha”?
- Quem se insurgiu contra quem nessa “obliteração”?
- Existia ou não a “razão” que os Militares alegavam para o Novo Regime?

- Comparados aos “supostos agentes do mal”, contra os quais afirmam terem se insurgido, quem cometeu mais erros de gestão ou roubou mais dos Cofres Públicos?

- Se têm notícia de que algum militar, presidente ou não, tenha aumentado seu patrimônio desproporcionalmente ao seu “Soldo” durante os 24 anos que estiveram no poder?

- E Lula, Dilma, Dirceu, Palocci, Sarney, Collor, Renan e outros tantos, exemplos de dignidade e ética ilibada, em oito anos quanto aumentaram seus patrimônios?

E não me venham com a “estória das torturas”, que, embora descabidas, ocorreram em tempos de exceção em contrapartida ao “Terrorismo” de então, pois eu argumentarei indagando: em nome do que, uma e somente uma tortura, a de Celso Daniel, praticada em tempo de paz, foi tão covarde e cruel comparada a todas, que alegam terem sido praticadas pelos militares em tempos de exceção...

Que senso de justiça é esse através do qual querem punir “aqueles” e isentarem “esses”?

Se “aqueles” maus, há um tempo, ensarilharam suas armas nos quartéis, por que “estes” justos não ensarilham seus espíritos nos cordéis?

Por que o personalismo maniqueísta de um lado enuncia “heróis e vilões” quando sabemos que não houve... ...colocam o real na nebulosidade da dúvida ao continuarem avivando essas “feridas” e negando verdade sobre as verdades e mentiras, que se confundem na covardia do anonimato, mas por quê? Eu respondo! Porque, nesse caso, nem as supostas “verdades e mentiras são nobres”, pois, entre elas, existem falsos sentimentos tanto de júbilo quanto de dor, “rescaldo” de uma batalha entre irmãos da qual não resultaram vencedores, muito menos vencidos, mas que já está gravada como uma mácula em nossa história...

Ora gente! Chega de mistificação com essa tentativa de mitificar verdades e mentiras de nossa história, que ainda estão vivas em nossa memória...

Do: http://jpfontoura.blogspot.com/

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