No mês em que se comemoram 100 anos do lançamento do único livro de Augusto dos Anjos, (EU) segue a foto do monumento do mesmo que fica na Praça Pedro Américo defronte o Batalhão da Polícia Militar e uma poesia do mesmo que não figurou neste seu livro e que foi resgatada e enviada pela pesquisadora Lourdinha Luna:
A LÁGRIMA – que não consta no EU e fora pronunciado pelo Autor, no balcão da farmácia de Augusto de Almeida que a guardou na memória e ditou para seu irmão: você é a 1ª pessoa a quem dou uma cópia; Diz assim:
A LÁGRIMA
“Faça o obséquio de trazer reunidos
Cloreto de sódio, água e albumina.
Ah! basta isto. É dai que se origina
A lágrima de todos os vencidos.
A farmacologia e a medicina.
Como a relatividade dos sentidos
Desconhecem os mil desconhecidos
Segredos dessa secreção divina.
O farmacêutico me obtemperou.
Vêm-me logo à lembrança o pai Yoyô
Na ânsia fria da última eficacia.
E então a lágrima dos meus olhos cai.
Vale mais lembrar a alma de meu pai
Do que todas as drogas da farmácia
Do blog de Pedro marinho
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