
Com 50 anos dedicados à comunicação, Moacir Japiassu despreza a burrice e afirma que os jornalistas escreviam “muito melhor”
"Última semana de março de 1962. Um jovem - cansado de discutir com o pai que não aceitava ver o filho o dia inteiro lendo romances – decide fazer teste para integrar a Redação do Correio de Minas. Foi aprovado, o garoto de 19 anos era oficialmente repórter do diário então recém-lançado em Belo Horizonte. Cinco décadas depois, o rapaz dos anos de 1960 se transformou em jornalista com passagens pelos mais diversos meios e veículos de comunicação. Cargos de copydesk a editor-chefe de programa da Rede Globo fazem parte do currículo deste profissional.
Jornalista que soma funções e passagens por mais de 20 veículos de comunicação – trabalhando em jornais, revistas, emissoras de TV e rádio e escrevendo para sites. Editor-chefe do ‘Fantástico’ (Globo), repórter especial de política do Jornal da Tarde, apresentador da Record e âncora da CBN exemplificam seu desempenho multimídia. Atuação que vai além das notícias do dia a dia. Apaixonado pela literatura também se dedica a escrever livros, apesar de considerar que o escritor não tem a devida atenção e respeito no Brasil. Ainda mais com três mandatos consecutivos do PT na presidência da República. “Até sentem orgulho do analfabetismo”, afirma.
Assim é o paraibano de João Pessoa, Moacir Japiassu, o Japi. 69 anos de idade com 50 dedicados à comunicação. A comemoração de cinco décadas atuando no jornalismo foi realizada na semana passada – sim, esse é o jovem que na década de 1960 entrou na Redação para ter chance de continuar próximo dos livros sem ter que discutir com o pai. Um dos resultados dessa escolha: vencer o Prêmio Esso de Melhor Contribuição à Imprensa de 1999, devido ao trabalho à frente da revista Jornal dos Jornais.
Para repercutir sua carreira cinquentenária, o colunista do Comunique-se, no qual assina o ‘Jornal da ImprenÇa’, publicado às sextas-feiras, o escritor foi entrevistado pelo próprio C-SE. O tempo de foca, o trabalho durante a Ditadura Militar, o próximo livro que está produzindo e críticas à atual geração de jornalistas foram temas da conversa, que está dividida em cinco partes: 'Foca', 'Jornalismo X Ditadura Militar', 'Profissional de Diversas Mídias e Funções',' Literatura' e 'Presente e Futuro' são os temas que podem ser vistos a partir da próxima página." .Leia Mais
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