segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Ficção!

Téta Barbosa


Ficção nada mais é que uma mentira bem contada.

Mentiras bem contadas são, em sua maioria, mais interessantes que verdades cotidianas.


Um romance de ficção, por exemplo, é um amor de mentira. Como são, aqui pra nós, a maioria dos amores de verdade!

Seguindo esse raciocínio, uma ficção científica é, simplesmente, uma grande e bem contada mentira sobre o futuro. Daquelas que incluem robôs, carros que voam e roupas prateadas.

Durante a ditadura militar no Brasil, que não se enquadra na categoria ficção, infelizmente, mas na prateleira de terror macabro, o slogan do Governo era: “O Brasil é o país do Futuro”. Esse futuro não se tratava de ficção, mas de propaganda enganosa mesmo.

Aqui estamos nós, no futuro! Sem carros que voam, mas com salários que voam.

E , em pleno futuro, eu fico com a impressão que o passado era mais bacana. Com a exceção da cafonice dos anos 80, o “antigamente” me parece sempre mais interessante: os cabelos dos anos 60, a liberdade dos 70, os cara pintadas dos anos 90, a esperança no futuro do ano 2000.

Se tivessem me avisado que era pra chegar aqui com miséria, corrupção, preconceito, Michel Teló, e Big Brother, eu ficava no passado mesmo! Ou pelo menos, iria para um futuro de ficção com geringonças espaciais, raios laser e viagens ao centro da Terra.

Então, daqui para frente, um brinde à ficção porque essa realidade tá meio mal das pernas!

Téta Barbosa é jornalista, publicitária, mora no Recife e vive antenada com tudo o que se passa aqui e alhures. Ela também tem um blog - http://www.batidasalvetodos.com.br/

Um comentário:

Unknown disse...

Do: http://jpfontoura.blogspot.com/

Passados, Presentes e Fuuros...


Já, aqui derrotados, “naquele futuro”, é muito tarde... ...pois erramos porque não sabíamos, que identificar e compreender o inimigo é meio caminho para evitar uma derrota, mas bestializados pela visão da “cornucópia” e abandonados por uma Imprensa, que deveria ser a “Capa Protetora da Soberania” do Povo e no deslumbramento, esquecemos de: parar, olhar, ouvir e escutar (sic) quem, realmente, eram e são esses “supremos enganadores, que sequestram almas e corpos conduzido-as ao negro destino de um caminho sem retorno”!... ...Pois:


O Nosso Passado...

Ora! Mas o que somos
se não partes do passado...
Partes de nossa matéria;
o todo de nossa alma, um
tanto de nosso caráter,
que nos acrescentam,
não dividem, pois
são soma dos pedaços,
que serão num futuro,
o presente de nosso todo...
...resto de nossa matéria,
nossa alma inteira e
soma de nosso caráter:
pretéritos perfeitos ou
imperfeitos, não sei se
mais-que-perfeito, mas lá,
somado a um nosso presente...
...futuro de um nosso passado!...

Delmar Fontoura.