
Téta Barbosa
Já é oficial: o carnaval começou.
Talvez não para você que mora em Curitiba. Nem para você, amigo paulista.
Também ainda não é carnaval para Luiza, coitada, que está no Canadá.
Mas, se você mora num raio de 30 km do Recife, já está na festa. Com o pé atolado no carnaval.
E não é porque a gente mora no carnaval. É porque o carnaval mora na gente!
Começamos com as prévias, os ensaios, os bailes, as festas.
Enquanto vocês assistem novela, a gente diz: eu acho é pouco!
Porque por aqui Michel Teló perdeu a vez e passou o bastão para o hino do Elefante.
Aqui não tem dancinha do “se eu te pego” porque os amantes de glória já pegaram todo mundo! Ninguém faz coreografia que não seja de frevo.
Ninguém levanta o mamãe sacode, nem fica no cordão de isolamento, porque o guaiamum é treloso e não curte abadá.
Vocês, aí do outro lado, assistem o BBB e, enquanto isso, na sala da justiça, a gente sobe e desce ladeira. E, vou te contar, quanta ladeira, viu?
E já começamos a dançar ao som das alfaias do maracatu, porque, nem sempre lily toca flauta!
É como um culto, uma seita.
Nos dias de momo, Deus é recifense e abençoa seus fieis dos blocos de rua ou dos bailes de gala, sem distinção de cor, sexo ou idade.
Menos Luiza, que continua no Canadá.
Nota para os leitores de fora do Nordeste:
1 – Em negrito no texto, os nomes de alguns blocos que a gente ama.
2 – Mas, quem é Luiza e o que porra ela foi fazer no Canadá, eu não faço ideia. Segue o vídeo publicitário, feito em João Pessoa, que lançou Luiza ao estrelato. Uma pérola do universo criativo que provavelmente foi feito pela Tosco Comunicação, ou algo do tipo.
Téta Barbosa é jornalista, publicitária, mora no Recife e vive antenada com tudo o que se passa aqui e alhures. Ela também tem um blog - http://www.batidasalvetodos.
4 comentários:
Eu não falo mais de Luiza, não quero saber do caso Luiza. SÓ QUANDO ELA VOLTAR DO CANADÁ!
Hugão, tudo indica que a vaidade exarcebada do pai de Luísa (Gerardo Rabelo, colunista social) levou a filha a essa situação de bullying de amplitude nacional (ou já internacional?). Já circula boato aqui em Jampa que a menina, envergonhadíssima, não quer mais voltar ao Brasil. Tu voltarias? Concordo com ela. A não ser que a agência publicitária que veiculou essa matéria personalíssima do Gerardo, tire proveito dessa situação. Não é difícil, basta inteligência (o que não sei se o pessoal da criação de tal agência tem ou terá, depois da merda feita...). Abs, Alaras-Alah
"Velho" Hugo.
Não sou especialista em marketing, mas que esta foi uma jogada de mestre, foi!
Não sei se o objetivo era este, mas os resultados tranquilamente indicam que se alcançou um patamar nunca esperado.
Vejamos, agora, se o mercado - alvo principal da peça publicitária original, vai reagir conforme o novo compasso musical.
Há muito não via uma jogada publicitária tão boa!
Um abraço do velho amigo, Arael
Olá,
Well, eu não levei a propaganda do colunista Gerardo pelo lado da vaidade. Como ele enfatizou a família, argumentou que a filha Luiza não participou porque estava no Canadá.
Realmente a propaganda tomou uma proporção nunca vista.
Criatividade, meu caro.
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