
Breno Grisi
Amigo Hugo:
Passadas as festividades de fim de ano (velho)-começo de ano (novo), adentramos este último já enfrentando nossas bem conhecidas tragédias ambientais. O "ecologiaemfoco" destaca os indicadores de tragédias, colaborando para esclarecer aos interessados quão desastrosa poderá ser essa mutilação anunciada no novo código florestal brasileiro, prestes a ser aprovado. Abraço. Breno

Existe uma sociedade internacional da restauração ecológica ("SER ─ Society for Ecological Restoration International"), sediada nos Estados Unidos, cujo site é: http://www.ser.org/. Acesse na página inicial desse site, numa coluna na esquerda, o “Restoration Project Showcase” e veja várias fotos de ambientes “antes” e “depois” de restaurados. Algumas delas estão aqui reproduzidas.
"ECOLOGIA PREVENTIVA". E isso existe?! A importância de se restaurar ambientes degradados não se resume ao aspecto puramente paisagístico. Muitos brasileiros, principalmente os residentes em Santa Catarina e Rio de Janeiro, que escaparam das tragédias das enchentes e desmoronamentos (em 2008), assim como os atuais sobreviventes da tragédia repetida (agora, de dezembro/2011 para janeiro/2012), com maior força em Minas Gerais e novamente no Rio de Janeiro, assim como os sobreviventes daquelas enchentes acontecidas em Pernambuco e Alagoas (em 2010)... talvez suspeitem (mas nem todos) de que na maioria das vezes, nossas próprias ações de desmatamento da vegetação ribeirinha, de encostas e topos de morros causam assoreamento dos rios, que facilmente transbordam com poucas horas de chuvas contínuas, deixando para trás mortes e grandes perdas materiais.
Não seria difícil concluir que há muito tempo a maioria desses rios transbordantes deveria ter sido desassoreada e a vegetação de suas margens restauradas. Esta é a "ecologia preventiva". Observem os leitores que em duas das fotos acima, os ambientes desnudos (quase sem vegetação) que foram restaurados, situados próximos a corpos de água, passaram de condutores de material erosivo para retentores de solo e matéria orgânica diversa. Muitos desses locais constituem-se em planícies de inundação, arrefecendo o impacto das enchentes. Tais locais devem permanecer com vegetação. Observem particularmente a diferença do ambiente desnudo do “Wetland Research Park, Ohio State University” e após restauração (as duas fotos da esquerda). Vejam também as duas fotos da direita.

APRENDENDO COM A NATUREZA. E concluindo. A Natureza ensina. É só observar! E os adeptos do novo código florestal, favoráveis aos desmatamentos em margens de rios, encostas e topos de morros, só lamentam quando os rios transbordam, as encostas desmoronam... e culpam (alguns inocentemente, mas outros “cinicamente”) a agressividade da Natureza!!!
NR - O "Ecologia em foco" está listado nos meus "links recomendados" em sexto lugar, de cima para baixo à direita de que desce. HC
Um comentário:
Somente a mudança de comportamento e participação integral de todos, será possível transformar a triste realidade que vivenciamos. Abraço. Márcia
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