sexta-feira, outubro 28, 2011

Paraicubanidade



José Virgolino de Alencar

(Cidadão que só deseja ver a Paraíba em paz)




A badalada viagem do governador do Estado a Cuba causou um grande mal ao chefe do Executivo paraibano e à própria Paraíba. O governante tabajara já trazia em sua formação ideológica o vírus do marxismo/leninismo/estalinismo, que moldou o seu pensamento e as suas lutas políticas/sindicais.

Na época de sua atuação sindical, os ideais de esquerda faziam a cabeça das massas, porquanto recebiam o apoio e a colaboração dos formadores de opinião, que tendiam a aceitar o discurso dito socialista, com promessas de mudanças de costumes, de trato sério da coisa pública e de novos caminhos e métodos de gestão para os entes públicos.

Quando os países comunistas/socialistas do oriente foram flagrados na comprovação de que se tratavam apenas de ditaduras sanguinárias, de cúpulas que assaltaram o poder montados no cavalo selado da falsa revolução, instituindo Estados totalitários, onde foram suprimidas as liberdades e a livre expressão do pensamento e das idéias, começaram então a ser reveladas as farsas, ruíram pouco a pouco os títeres de esquerda que nada ficaram a dever a Franco, Salazar, Hitler, Pinochet, e foram caindo como dominós, uns empurrando os outros.

Foi abaixo, pelo povo alemão revoltado e com o apoio da opinião pública mundial, o Muro de Berlim, o Muro da Vergonha, enterrando de vez o falso ideal comunista e decepcionando os que tinham sinceros ideiais socialistas, ou seja, a defesa honesta das causas dos menos favorecidos, da justiça, da igualdade e da inclusão econômico-social.

Restou, do falso socialismo, Cuba e sua desimportância, comandada pelo insensato Fidel Castro, que, apesar de jogar a ilha do Caribe na miséria e na pobreza como filosofia de governo (todos devem ser igualmente pobres), gozava de certa tranquilidade para suas diatribes e inconsequências, porém, a essa altura, Castro é apenas um cadáver insepulto, um símbolo do que o mundo não deve ser.

Contudo, lamentavelmente, ainda há pelo mundo pessoas desligadas da realidade do século XXI, que não sentiram no socialismo/fidelismo o pior exemplo a ser seguido para o comando de uma nação. E mais trágico se torna quando o governador de uma província, dentro de um país democrático, pensa em aplicar os métodos superados do estatismo personalista, totalitário.

Numa atitude vesga, não consegue entender que estamos numa democracia, onde a imprensa é livre, as comunicações virtuais afloram e influem decisivamente na cena, o Judiciário é autônomo, o Ministério Público é independente do gestor-mor, restando um legislativo realmente dócil, mas bastante vigiado, fiscalizado e cobrado pela opinião pública e pela mídia.

Desse modo, se o condutor da máquina estatal paraibana insiste nos métodos que estão sendo abolidos no mundo inteiro (vide a chamada “Primavera Árabe”), é mais do que previsível de que seu destino é ficar falando sozinho, gritando com seu ar aparvalhado, tentando convencer de que é um administrador normal. Não é.

Deixando claro que em sua alma estão incorporados os espíritos de Marx, Lênin, Stalin, Fidel Castro, Hitler e Mussolini, por exemplo, faz ainda transparecer que também se aloja no âmago de sua personalidade o espírito desses vagantes assombradores noturnos, de almas penadas.

Mas, a Paraíba não tem medo de cara feia e na democracia não cabe o desejo de espalhar assombração em suas noites e perturbar seu tranquilo sono.

Paraicubanidade aqui, decisivamente, não encontra abrigo.

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