sexta-feira, junho 17, 2011

SER CHIQUE SEMPRE


GLÓRIA KALIL

Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.

A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.

Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas.

Muito mais que um belo carro Italiano. O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.

Chique mesmo é quem fala baixo. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.

Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.

Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.

Chique mesmo é parar na faixa de pedestre É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.

Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador. É lembrar do aniversário dos amigos.

Chique mesmo é não se exceder jamais! Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor. É "desligar o radar" quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção a sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite! Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos retornar ao mesmo lugar, na mesma forma de energia.

Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não te faça bem.

Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour! Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz!

Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas amor e fé nos tornam humanos!

3 comentários:

Marcia Barcellos disse...

Estimado primo Hugo,

Concordo plenamente com o texto.
É urgente pensar assim. Precisamos rever nossos valores.
Educação, caráter,simplicidade, honestidade...são valores que precisam ser cultivados por cada um de nós.
O mundo encontra-se cada vez mais pobre destas qualidades,invertendo assim a noção dos verdadeiros valores, porque nos atrai e confunde.
Excelente texto para reflexão e mais ainda, para ser seguido.
" Ser Chique "é muito mais que usar uma roupa bonita, um perfume caro, ou ter o carro do ano...Muitas vezes isto é apenas um rótulo.
" Ser Chique " é a nossa postura íntegra diante da vida.
Um grande abraço. Márcia

Unknown disse...

O que é Perfeição?...

O Ramo Biológico da Antropologia estuda o indivíduo enquanto evolui e interage no tempo e espaço – seu universo – limitados por sua compreensão. Mas ocorre que essas dimensões são infinitas, razão do mistério e dos conflitos do homem com a Natureza e consigo mesmo. Isso é tão real que está acima ou além do que afirmam os ramos do pensamento filosófico... ...Mas para o “bem social” precisamos avançar nessa compreensão.

Em princípio as sociedades estabelecem limites entre bem e mal imanentes do caráter, muitas vezes extrapolando a ponto de limitar os imanentes da conceituação maniqueísta, admitindo que o comportamento do “ser humano” é imperfeito, mas não é... ...ao contrário é a “perfeição” que rejeitamos por não a compreender... Não fosse assim como aceitar as ações e reações da evolução do “todo” se não admitimos a de uma “parte”, que somos nós interagindo?

O saber, a bondade, a benevolência, a verdade e a paz assim como o egocentrismo, a soberba a onipotência, a mentira e a guerra são apenas apelidos consuetudinários dados às ações e reações desse “ser antropológico” – o homem – na natureza e partículas infinitesimais dessa perfeição não o contrário como somos levados a acreditar.

O saber baseia-se em dois fundamentos: a capacidade dedutiva e a mnemônica, que são complementares entre si e congênitas. Os privilegiados pela Natureza, que as tiverem, correrão juntos ou a frente do tempo e do “restante”, divididos em três grupos:

a) - Os de percepção completa, que tendem a sublimar-se pela compreensão geral que têm, exemplo:Leonardo da Vinci.

b) - Os de percepção incompleta, são aqueles que desenvolvem somente parte de suas capacidades dedutivas e mnemônicas, exemplo da área: da matemática, da física, da música, da pintura, da Medicina...

c) – Os que variam da “imbecilidade” (congênita) a “medianidade de percepção”, que gravitam dependentes dos dois outros grupos...

Mas a maior virtude do ser humano não é ser mais ou menos: inteligente, rico, poderoso, reconhecido, mas sim ter essa consciência e saber identificar quem é: suas potencialidades, seus limites e suas fraquezas... ...de reconhecer os limites de suas percepções; poder avaliar a “realidade” que o rodeia. Fora isso é o desconhecimento que se sobrepõe, motivo da desarmonia na interação do ser humano com a Natureza.

Muitos entendem isso outros, no entanto, poderiam dizer ou pensar: como? O que esse cara ta falando, ou melhor, digitando?... Esse cara é maluco; deve estar voltando, de “férias”, da Pinel; ta “viajando na maionese”...

Não lhes contestaria, mesmo que pudesse, porque estamos, todos, neste contexto e aceito o que são assim como o que sou, pois não posso limitar-lhes, nem a mim, nesse tempo e nesse espaço que são infinitos...

Esse axioma me leva à indagação: que fazem aqueles que deveriam ter essa compreensão? Nada!... ...Mas devemos, no mínimo, pensar sobre isso!


J. P. Fontoura.

Maria Olindina disse...

Olá,
Adorei o seu comentário, Márcia.
Concordo com vc. Não adianta mostrar uma imagem de Chiquê e não ter uma postura íntegra diante da vida.
Um abraço,
Olindina*