sexta-feira, maio 06, 2011
Direto da Fonte
Sonia Racy - O Estado de S.Paulo
Lula sem travas
Importantes convidados do Bank of America/Merrill Lynch, para assistir à palestra de Lula anteontem, na Casa Fasano, até se divertiram. Mas os que jamais tinham ouvido o ex-presidente falar em outros recintos sofisticados esperavam algo além do que presenciaram.
O banco americano pagou R$ 250 mil para escutar declarações como "Wall Street não gosta de mim, mas o chefe deles gosta" ou "tem que falar português em aeroporto americano, eles têm que entender o que a gente fala". Bem como a crítica, com alguma razão, sobre a farta comemoração dos americanos pela morte de Bin Laden, "coisa de mau gosto".
O conhecido jeitão do petista surpreendeu parte da plateia, onde se encontrava Thomas Montag, presidente do global banking do Bank of America. Que veio ao Brasil comemorar a autorização do BC à Merrill Lynch para se tornar banco múltiplo.
Tudo nos conformes, com Lula listando os feitos de sua gestão, dando inclusive um upgrade no seu famoso jargão "nunca antes neste País", trocado por "nunca antes neste Planeta". De modo veemente, e carismático, procurou tranquilizar os presentes em relação à inflação, citando e apontando várias vezes para Henrique Meirelles, que estava no salão.
Manifestou também absoluta confiança na política monetária de Dilma, e frisou que a alta da inflação é passageira.
Lula mais solto, o discurso que lia caiu no chão. E aí, o improviso se instalou. Afirmou que o Brasil só começou no século 21: "Quando peguei esse País, só tinha miserável. E eu, operário sem um dedo, fiz mais que o Bill Gates, Steve Jobs e esses aí".
O ex-presidente lembrou também do tempo em que guardava sua marmita debaixo do tanque, chamando Marisa para confirmar. A ex-primeira dama já havia ido embora.
Entre os que assistiram à palestra de uma hora e meia, Lula elegeu alguns interlocutores. Entre eles Luiz Furlan, "não é só vendendo frango para a chinesada que se ganha"; Wilsinho Quintella, "esse está rindo de orelha a orelha com o lixo"; e também para Edson de Godoy Bueno; "nunca vendeu tanto plano para pobre".
E conclamou os presentes à tirarem dinheiro do banco para investir no Brasil.
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Um comentário:
A Culpa.
A culpa da deterioração da política brasileira só pode ser atribuída a Lula auxiliado por seu séquito de aloprados larápios. Mas deformação, imprimida à política convencional, teve início em seus falsos brados nos “Portões das Metalúrgicas” e nos urros que vocifera até hoje encimado em seu pedestal e abaixo de seu topete... ...Mas não é só dele, não, é, também, da “da facção Imprensa”, que lhe deu e o mantém sob essa luz negra, por não terem compreendido a índole de que o “messiânico” é possuído, pois seu ego é mais forte do que sua razão e esta ausente da ética na trilha de sua moralidade política!...
Por essa razão estão apodrecidas as Três Casas do Governo de onde disseminam os “vermes” para os Estados e Municípios. Mas o pior de tudo é que esses vermes já tomaram conta do último refúgio de nossa soberania: a Sociedade Civil e a “Malha da Justiça”!...
Agora é a vez dos “vermes”
Se banquetearem com o que jaz
Inerte, sem as sábias vozes e letras,
Em agonia, imperfeito sim,
Mas este é o meu País.
Oh! Nevoas sujo-escuro sujas!...
Estrofe de: A Gênese.
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