Moacir Japiassu (*)
O considerado Hugo Caldas, amigo de infância em João Pessoa e hoje blogueiro e professor de inglês no Recife, envia esta que não é piada:
"O ex-governador da Paraíba, José Maranhão, por ser piloto de avião e entender de aeronáutica, conseguiu, no início do seu governo, economizar oitenta por cento do valor de um serviço mecânico no avião do Estado, acompanhando pessoalmente o conserto da aeronave.
O fato foi bem explorado pela secretaria de imprensa, mostrando o lado austero do governo, e ganhou as manchetes nacionais. Os bajuladores de plantão passaram a cumprimentar o governador sempre associando sua pessoa ao tema "aeronáutica".
Numa visita ao sertão o governador foi recebido por várias autoridades e lá no fim da fila estava um bêbado para também cumprimentá-lo. Como era recruta em bajulação, ficou ouvindo os cumprimentos dos outros para copiar. Vem o primeiro e diz:
- Governador Maranhão, o senhor é um verdadeiro Santos Dumont!...
E outros e outros bajuladores:
- Governador Maranhão, o senhor é o verdadeiro pavão misterioso!...
- Governador Maranhão, o senhor é um verdadeiro condor dos ares!... É a verdadeira águia da austeridade!...
Chega a vez do bêbado:
- Governador, o senhor não é mais um Maranhão, o senhor é um verdadeiro carái-de-asa !!!"
(*) da coluna do Japiassu
(Obs.: "Maranhão também é o nome que se dá no NE àqueles "consolos-de-viúva")
Um comentário:
Embora não relacionado ao tema do artigo, mas tendo a ver com o personagem, posto aqui o comentário que tentei colocar no Blog do Noblat e que não foi publicado, porque não passou no tal filtro, que nada mais é do censura disfarçada. Vejam o texto e julguem se há razão para veto:
"O sr. José Maranhão tomou, no tapetão, o governo do Estado da Paraíba, em 2009, já que perdera a eleição em 2006.
Na aberração que é a permissividade de reeleição, ele foi candidato em 2010 e levou, mais uma vez nas urnas, uma lavagem do candidato Ricardo Coutinho.
Um político desses, rejeitado nas urnas pelo eleitorado paraibano e estranhamente rico da atividade política, não merece ser aquinhoado, como consolo, com um cargo na administração federal, ainda mais num governo do PT, com quem Maranhão, em termos de passado, não tem a menor identidade.
Bem. Se o PT estivesse respeitando, no governo, o seu próprio passado. Como perdeu a compostura, abre de bandeja o desejo de Maranhão de fazer parte do grupo de petralhas."
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