José Virgolino de Alencar
Enquanto o babobama, governador do Rio Sérgio Cabral, não largava a sacola do presidente americano, a TV mostrava mais um morro/favela carioca dominado por um traficante e seus asseclas fortemente armados, controlando, além do tráfico, o comércio, o tráfego dos carros e pessoas, o jogo do bicho, enfim, as atividades de uma grande região da cidade do Rio de Janeiro.
O bandido-chefe era mais um daqueles meliantes em liberdade condicional que, pela lógica encontrada na justiça brasileira, merecia a chamada regressão de pena, fato que o bandido aproveitou, se pirilitou e não voltou mais para a cadeia e foi exercer sua vocacional atividade produtiva: produzir o medo, o terror e instituir a insegurança para uma volumosa comunidade carioca.
Aquela ocupação espalhafatosa e a implantação das Unidades de Policia Pacificadora - UPP’s, dispendiosa e improvisadamente planejada, atingiram um percentual mínimo do complexo sistema sob controle da bandidagem, fez-se um marketing estrondoso que vendeu a aparência de que o problema estava resolvido, quando a população carioca permanece insegura, com medo, porque ainda são extensas as áreas controladas pelos traficantes.
Um dos grandes objetivos da maciça pirotecnia que tenta mostrar o neoparaíso é convencer a nação de que a Copa e as Olimpíadas, a serem realizadas, respectivamente, em 2014 e 2016, estão asseguradas e blindadas contra os perigos da ação das quadrilhas.
Muito dinheiro público está sendo carreado para os eventos esportivos, entregue ao velho grupo de cartolas, figuras bastantes conhecidas na manipulação das atividades desportivas do país, que sempre levam para suas contas em paraísos fiscais parte dos recursos saídos do tesouro nacional para financiar competições e torneios nos segmentos esportivos nacionais, sempre terminando em imbróglio, com os Tribunais de Contas identificando irregularidades, notificando os maus gestores, porém tudo terminando como historicamente se termina no Brasil: em pizza.
Os jogos panamericanos realizados no Brasil em 2007 ainda se encontram, quanto à aplicação dos recursos públicos, sub-judice, as prestações de contas não foram aprovadas porque entulhadas de irregularidades, principalmente de desvio de finalidade do dinheiro liberado pelos governos.
Lula, com sua suspeita popularidade estatística, levou uma sonora vaia, os asseclas atribuíram, mas não provaram nada, que tudo tinha partido de adversários, como se fosse possível, num estádio contendo gente de todas as procedências nacionais, reunir grupos tão ecléticos de opositores.
Em 2014 e 2016, não tenho dúvidas de que, se Lula for colocar sua figura de metamorfose ambulante ao teste de popularidade nos estádios, levará mais uma estrondosa vaia e já não mais terá as pesquisas estatísticas de metodologia e intenções duvidosas a seu favor, fazendo-se valer a pesquisa mais autêntica, a voz do povo nas ruas.
Enfim, o Brasil continua em sua triste circunstância de querer fazer educação sem professores, saúde sem médicos e segurança sem militares e agentes suficientes para as exigências da situação.
No quesito segurança, estamos fritos ou fritados pelos bandidos, comuns e políticos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário